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PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA Profª Alessandra Teixeira DEFINIÇÃO A Paralisia Facial Periférica corresponde à lesão do Nervo Facial que se manifesta por paralisia flácida dos músculos da mímica facial e que, dependendo do local da lesão, associa-se à alterações da gustação, audição e salivação. PARALISIA FACIAL MÚSCULOS DA FACE PFP: ETIOLOGIA �Congênitas: Anomalias congênitas, traumatismo neonatal; � Infecciosas: Otites, parotidite, mononucleose infecciosa, Herpes;mononucleose infecciosa, Herpes; �Tumorais: Neuroma do nervo facial, neuroma acústico, tumor de parótida; �Traumáticas: Fratura da base do crânio, laceração facial, fratura de mandíbula; � Idiopáticas: Paralisia de Bell , Síndrome de Melkerson-Rosenthal. PARALISIA DE BELL � EPIDEMIOLOGIA: -15-40 casos novos/100.000 habitantes/ano - 50% de todas as PFPs - Prevalência maior no sexo feminino - Incidência bimodal: picos na 3ª e 8ª décadas de vida - PARALISIA DE BELL � ETIOLOGIA : Desconhecida. Pode estar relacionada com uma infecção viral e mecanismo auto-infecção viral e mecanismo auto- imune. � FATORES DE RISCO: - Gestação e diabetes - História familiar positiva PARALISIA DE BELL �EVOLUÇÃO : - Início súbito, com referência de dor atrás ou na frente da orelha (hiperacusia) - A paralisia é flácida e, na maioria das- A paralisia é flácida e, na maioria das vezes, unilateral, progredindo durante os primeiros 14 dias - Paciente pode referir sensação de dormência na hemiface comprometida, além de alteração da gustação PARALISIA DE BELL �SINAIS CLÍNICOS : �Dificuldade para enrugar a fronte, fechar completamente o olho (Sinal de Bell), sorrir, mostrar os dentes, bochechar, assoviarassoviar �Desvio da comissura labial e nariz para o lado contrário à lesão �Apagamento dos sulcos e rugas na hemiface afetada; aumento na hemiface contralateral �Lacrimejamento contínuo (lagoftalmos) PARALISIA DE BELL � PARAISIA FACIAL PERIFÉRICA DIREITA: • Assimetria facial • Paralisia dos músculos faciais à direita comfaciais à direita com apagamento dos sulcos e rugas de expressão • Contratura dos músculos faciais à esquerda com aumento dos sulcos e rugas de expressão PARALISIA DE BELL �Diagnóstico : Baseado em critérios clínicos. Obs: A presença de hemiparesia, ataxia, sinais de comprometimento de outros nervos cranianos e/ou ausência de alterações gustativas e dee/ou ausência de alterações gustativas e de secreção lacrimal leva à suspeita de lesão central. Ressonância Magnética Exames TC Complementares Testes Eletrofisiológicos Sorologia Escala de House-Brackmann Grau Descrição Medida Função % Função estimada % I Normal 8/8 100 100 II Leve 7/8 76-99 80 III Moderada 5/8-6/8 51-75 60 IV Moderadame nte grave 3/8-4/8 26-50 40 V Grave 1/8-2/8 1-25 20 VI Total 0/8 0 0 • A aferição é determinada com a medição do movimento superior da porção média do topo da sobrancelha e do movimento lateral do ângulo da boca. • Cada ponto de referência ganha 1 ponto para cada 0,25 cm de movimento, até um máximo de 1 cm. Os escores são então somados para dar uma pontuação até 8. PARALISIA DE BELL � PROGNÓSTICO: � Recuperação completa em 95% dos casos de paralisia parcial �Recuperação total em 75% dos casos de�Recuperação total em 75% dos casos de paralisia completa até 3 semanas �Cerca de 1/3 dos pacientes apresentam sequelas estéticas ou funcionais PARALISIA DE BELL � FATORES RELACIONADOS AO MAU PROGNÓSTICO: � Idade acima de 60 anos �Diabete Melitus�Diabete Melitus �Hipertensão arterial �Parallisia completa �Hiperacusia �Ausência de lacrimejamento PARALISIA DE BELL �SEQUELAS : • Fraqueza muscular - 30% • Contraturas c/ acentuação dos sulcos faciais - 20%faciais - 20% • Sincinesias (movimentos involuntários) - 50% • Lágrimas de crocodilo (reinervação anômala) – 6% PARALISIA DE BELL Sequela da Paralisia Facial : Presença de movimentaçãomovimentação involuntária no olho durante a realização de movimentos da boca. PARALISIA DE BELL �TRATAMENTO CLÍNICO: • Corticosteróides + aciclovir (antiviral) • Colírios e pomadas oftálmicas �TRATAMENTO CIRÚRGICO: �Reconecção nervosa (neurorrafia) �Transferência Nervosa �Transplante Muscular PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA: TRATAMENTO CIRÚRGICO CROSS-FACE: Cirurgia de transferência de nervo com enxerto. CROS-FACE + transplante muscular PARALISIA DE BELL: FISIOTERAPIA �HEMIFACE NÃO-PARALISADA �OBJETIVOS: Relaxar e alongar os múscu- los contraturados e encurtados; promover los contraturados e encurtados; promover simetria. �CONDUTAS: �Alongamentos �Massoterapia: relaxamento �Termoterapia PARALISIA DE BELL: FISIOTERAPIA �HEMIFACE PARALISADA �OBJETIVOS: Estimular a contração muscular; Restaurar a força e tônus muscular.muscular. �CONDUTAS: � Crioestimulação � Massoterapia: tonificação � Tapping PARALISIA DE BELL: FISIOTERAPIA �CINESIOTERAPIA �INDICAÇÃO: Quando se observa esboço de movimento da musculatura envolvida. �Exercícios ativo-assistidos, ativos livres e contra- resistidos �Método Kabat (FNP) PARALISIA FACIAL: CINESIOTERAPIA Levantar as sobrancelhas Músculo Frontal Franzir as sobrancelhas M. Corrugador do Supercílio PARALISIA FACIAL: CINESIOTERAPIA Franzir o nariz M. Prócero Fechar os olhos com força M. Orbicular dos Olhos PARALISIA FACIAL: CINESIOTERAPIA Fazer Bico M. Orbicular da Boca Sorrir mostrando os dentes M. Zigomático PARALISIA FACIAL: CINESIOTERAPIA Sorrir com os lábios juntos M. Risório Protrusão do lábio inferior M. Depressor do Lábio Inf. FNP: Músculo Frontal FNP: Músculo Corrugador do Supercílio FNP: Músculo Orbicular do Olho FNP: Músculos Prócero e Nasal FNP: Músculo Levantador do Lábio Superior FNP: Músculo Depressor do Lábio Inferior FNP: Músculo Orbicular da Boca FNP: Músculo Zigomático FNP: Músculo Mentoniano FNP: Músculo Bucinador PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA �OUTROS RECURSOS TERAPÊUTICOS: �Laser �Eletroacunpuntura �FES �Biofeedback � Controvérsias e pouca evidência científica com relação aos riscos, eficácia e técnicas de aplicação
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