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Aspergilose Canina

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Aspergilose
Caso Clínico
● Foi atendida na Clínica Veterinária , uma fêmea, da raça Pastor Alemão, com 7
anos de idade e pesando 18 Kg. A tutora relatou que o animal está apático, com
a alimentação reduzida, corrimento nasal, desconforto facial e aumento de
tamanho da cavidade nasal. O animal não apresenta ectoparasitas, vive em
ambiente aberto (quintal) sem cobertura, tem acesso a rua e contato com outros
animais. A alimentação é a base de ração comercial. No exame físico foram
observadas secreção nasal mucopurulenta, anorexia, letargia, perda de peso,
dor na região facial e formação de massa na região nasal. Aos parâmetros
avaliados o animal apresentou febre.
Etiologia
● O gênero Aspergillus apresenta mais de 180 espécies, sendo sapróbias e
oportunistas . As diferentes espécies podem ser isoladas de matéria orgânica,
solo, água, detritos vegetais, ar atmosférico. As espécies de maior importância
em Medicina Veterinária como causadores de aspergilose são A. fumigatus, A.
terreus e A. deflectus, embora muitas outras espécies já tenham sido descritas
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causando doenças no homem e nos animais. Aspergillus terreus é comumente
associado a doenças sistêmicas e A. fumigatus a infecções localizadas.
Patogênia
● Embora a patogenia dos fungos do gênero Aspergillus ainda não seja
perfeitamente conhecida, estes são produtores de hemolisinas, proteases e
micotoxinas.
● A capacidade de invasão do agente está ligada à virulência da espécie e à dose
infectante (quantidade de conídios que foi inalada).
● A principal porta de entrada tanto na aspergilose nasal, quanto na disseminada é
a via respiratória. Conídios de Aspergillus sp são constantemente inalados do
ambiente, mas raramente causam doenças devido à proteção natural das vias
aéreas.
● Os mecanismos de defesa incluem limpeza mucociliar das vias respiratórias
superiores, proteínas de defesa antifúngicas produzidas pelo epitélio
respiratório, glicoproteínas que impedem a ligação do fungo ao epitélio,
secreção de IgA, e fagocitose pelos polimorfonucleares e macrófagos.
● Na forma não invasiva da aspergilose nasal, ocorre a formação de um
aspergiloma (bola fúngica) que se organiza na cavidade nasal, mas não invade a
mucosa, sendo esta forma considerada rara em cães, mas frequente em
humanos. A forma invasiva é a mais comum em cães e, embora, as lesões sejam
limitadas à cavidade e aos seios paranasais, causam marcada destruição da
mucosa e atingem os tecidos moles periorbitais e ossos
● Na forma disseminada os esporos são inalados penetram nos pulmões,
atingindo em seguida a corrente sanguínea, ocorrendo fungemia, atingindo seus
sítios mais comuns: discos intervertebrais, baço, coração, ossos, glomérulos
renais e olhos. A formação de microêmbolos e estase vascular são importantes
fatores para a patogenia da aspergilose disseminada, porque as colônias
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desenvolvem-se em áreas com menor fluxo sanguíneo. É comum a presença de
broncopneumonia necrosante ou hemorrágica, com reação inflamatória aguda,
neutrofílica, com vasos da periferia apresentando tromboses que levam ao
infarto pulmonar.
Sinais Clínicos
Sinais inespecíficos
● Letargia;
● Anorexia;
● Depressão;
● Perda de peso;
● Febre;
● Sinais musculoesqueléticos.
Aspergilose Nasal:
● Descarga nasal mucopurulenta ou serosanguinolenta (uni ou bilateral);
● Ulcerações das partes externas das narinas;
● Despigmentação das narinas;
● Desconforto facial, com dor;
● Osteomielite dos seios paranasais.
Aspergilose Disseminada:
● Dor nos membros, na região cervical e relutância ao levantar, correr ou saltar
(consequência de osteomielite e discoespondilite);
● Poliúria, polidipsia e hematúria (consequência de acometimento renal);
● Uveíte (consequência de acometimento ocular);
● Quando ocorre comprometimento pulmonar, o animal pode apresentar tosse
persistente e pneumonia com hemoptise.
Exames complementares
● Exames bioquímicos (Ureia, Creatinina, ALT, AST e FA)
● Urinálise
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● Rinoscopia
● Radiografia
● Tomografia computadorizada
● Histopatologia (a partir de biópsia)
● Cultura e isolamento
● Testes sorológicos
Diagnóstico / Tratamento
● O Aspergillus spp. pode ser detectado na maioria dos meios de cultivo para
fungos, em histopatologia ou por sorologia, sendo o teste da
contra-imunoeletroforese (CIE) o mais indicado.
● O tratamento para a aspergilose nasal pode ser cirúrgico ou medicamentoso
(tópico e/ou sistêmico).
● As drogas mais utilizadas são: clotrimazol, cetoconazol, itraconazol, flucitosina,
anfotericina B, tiabendazol, enilconazol e fluconazol.
Referências bibliograficas
● http://repositorio.unip.br/wp-content/uploads/2020/12/V25_N4_2007_p391-398.
pdf
● http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/3NMxF5f36DMzZ
Iw_2013-5-20-15-40-20.pdf
● FERREIRA R.R., MACHADO M.L.S., SPANAMBERG A., BIANCHI S.P., AGUIAR
J., HUMMEL J. & FERREIRO L. Infecções fúngicas do trato respiratório de cães
e gatos. Acta Scientiae Veterinariae. v. 35, p. 285-288, 2007.
http://repositorio.unip.br/wp-content/uploads/2020/12/V25_N4_2007_p391-398.pdf
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http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/3NMxF5f36DMzZIw_2013-5-20-15-40-20.pdf
http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/3NMxF5f36DMzZIw_2013-5-20-15-40-20.pdf

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