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Vict�ria K. L. Card�so Síndr�mes neur�lógicas Síndrome de hipertensão craniana Definição: trata-se de uma emergência neurológica, que pode ocorrer de forma aguda em hemorragias e traumas ou de forma lenta em tumores. Valor normal: 10-20 cm de H20. Sintomatologia: ● Cefaléia: é moderada e localizada inicialmente, se tornando constante, intensa e global (holocraniana). ● Vômitos: predominante pela manhã e em jato, sem ter relação com a alimentação. ● Vertigem: pela movimentação abrupta da cabeça. ● Edema de papila: sinal muito importante e aferido por o�talmoscópio, a partir da avaliação do nervo óptico. ○ Edema uni ou bilateral. ○ Pode evoluir para atrofia do nervo óptico, causando amaurose definitiva. ● Paralisia do nervo abducente (nervo VI): é o principal acometido por conta de seu longo trajeto - causa estrabismo convergente e pode ser uni ou bilateral. ● Convulsões: mais em crianças e em quadro agudo. ● Distúrbios psíquicos: cursam com irritabilidade, desinteresse, raciocínio lento, confusão e falta de iniciativa - indicam quadros mais graves, sendo comum em fases avançadas. ● Distúrbios vegetativos: ocorre bradicardia, hipertensão e alteração na frequência e no ritmo respiratório - sintoma tardio. ● Crianças: abaulamento da fontanela anterior. Síndrome piramidal Definição: lesão ou interrupção em qualquer parte da via corticoespinhal - lesões no SNC. Caminho das fibras o qual pode gerar síndrome piramidal no caso de lesões: 1. Córtex motor - pré-central. 2. Coroa radiada. Vict�ria K. L. Card�so 3. Cápsula interna. 4. Mesencéfalo. 5. Ponte. 6. Bulbo - decussação das pirâmides - aqui é o local de cruzamento. 7. Toda extensão do corno anterior da medula. Causas: ● AVC. ● Tumores. ● Doenças desmielinizantes. ● Esclerose múltipla. ● Traumatismo. ● Infecções. Sintomatologia: ● Sintomas deficitários: ○ Plegia ou paresia - ausência ou diminuição da força motora. ○ Ausência ou diminuição dos reflexos cutâneos abdominais. ● Sintomas de liberação: ○ Perda de força muscular. ○ Aumento do tônus espástico e hiperreflexia produnda, com espasticidade - principais sintomas de síndrome piramidal. ○ Presença do sinal Babinski - patognomônico de lesão piramidal. ○ Presença do sinal de Hoffman. ○ Presença de clônus - patognomônico de lesão piramidal. Obs: essa síndrome não causa atrofia muscular, pois se ocorrer é por desuso e não por conta da síndrome em si. Síndrome do segundo neurônio motor Definição: trata-se de uma lesão específica no corno anterior da medula, onde se encontra o corpo celular do neurônio, causando alteração em todo o neurônio. ● Também é chamada de lesão do neurônio motor inferior. ● É uma estrutura periférica. ● A partir do corno anterior da medula se encontra o 2* neurônio motor. Caminho: Vict�ria K. L. Card�so ● Corno anterior da medula - a síndrome do 2* neurônio motor ocorre APENAS em lesões aqui, pois a partir da raiz anterior é outro termo. ● Raiz anterior. ● Plexo. ● Nervo periférico. ● Junção neuromuscular. ● Músculo. Obs: o corpo celular do 2* neurônio motor só vai até neurônio motor. Sintomatologia: ● Paralisia - segmentar e assimétrica. ● Plegia ou paresia - perda de força muscular. ● Hipotonia. ● Arreflexia superficial e profunda. ● Fasciculações (contrações involuntárias de fibras musculares únicas). ○ É patognomônico quando ocorre evolução crônica. ● Atrofia muscular. Causas: ● Poliomielite anterior aguda - acomete apenas o 2* neurônio motor. ● Esclerose múltipla - 1* e 2* neurônio motor. ● Amiotrofia espinhal infantil - apenas 2* neurônio motor. Síndromes do sistema nervoso periférico Definição: são lesões no corno anterior da medula; acometem o corpo celular do 2* neurônio motor. Perguntas para identificação da síndrome deficitária: ● A alteração é só motora, só sensitiva ou motora e sensitiva? ● O acometimento é distal ou proximal? ● A alteração é simétrica ou assimétrica? ● É uma condição aguda ou crônica? Respostas ao local de acometimento: ● Nervo: alterações sensitivas e motoras, distais e assimétricas. ● Gânglio da raiz dorsal: apenas alteração sensitiva. Vict�ria K. L. Card�so ● Músculo e junção neuro-comunicante: alterações proximais. ● Plexo: alterações assimétricas e sensitivas-motoras. ● Raiz posterior: alterações proximais, apenas sensitivas e em dermátomos. ● Raiz anterior: alterações motoras e assimétricas. ● Corno anterior: muitas fasciculações, hipotonia e alterações motoras simétricas. ● Gânglio da raiz dorsal: alterações sensitivas. Síndrome cerebelar Definição: é uma síndrome que causa alteração da coordenação, do tônus muscular, ataxia e desequilíbrio, mas não causa fraqueza. ● Lesões hemisféricas: causam alterações nos membros e são ipsilaterais. ● Lesões no vermis: causam alterações no tronco. Sintomatologia: ● Dismetria. ● Disdiadococinesia. ● Tremor de intenção. ● Disfagia com macrografia. ● Marcha ebriosa. ● Hipotonia. ● Reflexos patelar e triciptal pendulares. Síndrome do cordão posterior “Como reconhecer se a alteração é de cordão posterior (sensibilidade profunda) ou uma ganglionopatia? através dos reflexos, pois em lesão de nervo e de gânglio posterior há perda do reflexo.” Causas: ● Deficiência de B12. ● Degeneração combinada subaguda da medula. Alterações: ● Perda de sensibilidade profunda: propriocepção, vibração e tato epicrítico. ○ Romberg positivo. ○ Apalestesia ou hipopalestesia. ○ Ataxia sensitiva. Vict�ria K. L. Card�so ○ Marcha talonante. Obs: a força e a sensibilidade superficial ficam normais. Síndrome de Brown-Sequard ou hemissecção transversa medular Definição: se caracteriza por paralisia espástica e perda da sensibilidade profunda ipsilateralmente e perda da sensibilidade superficial contralateralmente à lesão. Caso seja alteração ipsilateral: ● Síndrome piramidal. ● Síndrome cordonal posterior. Caso seja alteração contralateral: ● Ausência de sensibilidade superficial. Obs: a altura da lesão determinará o nível da anestesia. Síndrome medular transversa ou de compressão medular Definição: ocorrem manifestações medulares e radiculares, de forma aguda ou gradativa, dependendo da etiologia e se o processo será intraraquiano ou intramedular. ● Alterações motoras: atinge o trato corticoespinhal - as alterações são da lesão para baixo. ● Nível sensitivo: ausência de sensibilidade profunda e superficial da lesão para baixo. ● Alterações esfincterianas: retenção urinária, disfunção sexual e alterações vesicais e anais. Sintomatologia: ● Dor radicular (dor em toda a raiz nervosa acometida), que piora ao tossir ou espirrar. ● Parestesia. ● Paresia ou paralisia - depende do nível da lesão. ● Hiperreflexia. ● Presença do sinal de Babinski. ● Espasticidade. ● Ausência ou diminuição da sensibilidade superficial e profunda. ● Urgência de micção. ● Incontinência retovesical → início = retenção. ● Impotência sexual. Vict�ria K. L. Card�so Sintomatologia em caso agudo: choque medular e paraplegia flácida que pode se tornar espástica. Sintomatologia na instalação gradual: a espasticidade é desde o início do quadro. Síndrome de irritação meningea Achados e sintomatologia: ● Cefaléia. ● Náuseas. ● Vômito em jato. ● Fotofobia. ● Rigidez de nuca. ● Presença de Kernig, brudzinski ou lasegue - não são patognomônicos de meningite, pensa-se em meningite se houver irritação meníngea com síndrome infecciosa. ● Síndrome infecciosa quando em meningite.
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