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Impresso por Iza Carvalho, CPF 084.646.567-18 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não
pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/04/2021 13:49:22
Questão 1
Correto
Atingiu 1,0 de 1,0
Marcar questão
Texto da questão
A empresa, na perspectiva da Responsabilidade Social, ao assumir apenas 
obrigações ou compromissos legais para com os empregados, tais como: vale-
transporte, vale-refeição, creche, dentre outras questões revela somente que esta 
cumpre com os benefícios oferecidos pela .
Feedback
Sua resposta está correta.
A resposta correta é:
A empresa, na perspectiva da Responsabilidade Social, ao assumir apenas 
obrigações ou compromissos legais para com os empregados, tais como: vale-
transporte, vale-refeição, creche, dentre outras questões revela somente que esta 
cumpre com os benefícios oferecidos pela [ legislação trabalhista] .
Questão 2
Correto
Atingiu 1,0 de 1,0
Marcar questão
Texto da questão
Entender o conhecimento é fundamental para o sucesso das empresas e a 
sobrevivência das organizações. O conhecimento não é algo novo; nova é a forma 
como ele é concebido hoje. Mesmo antes da época da organização que aprende, 
das competências essenciais, dos sistemas especializados e do foco na estratégia, 
os bons gerentes já valorizavam a experiência e o .KNOW-HOW
 legislação trabalhista
Impresso por Iza Carvalho, CPF 084.646.567-18 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não
pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/04/2021 13:49:22
Assinale quais fatores levaram à explosão do conhecimento:
Escolha uma:
a. Todas as opções estão corretas. 
b. Percepção e realidade de um novo mundo competitivo globalizado.
c.
Busca de sustentabilidade.
d.
Inovações tecnológicas.
e. Rápidas mudanças. 
Feedback
Sua resposta está correta.
A resposta correta é: Todas as opções estão corretas. .
Questão 3
Correto
Atingiu 1,0 de 1,0
Marcar questão
Texto da questão
O código de ética ou de compromisso social é um instrumento de realização da 
visão e da missão da empresa, orienta suas ações de marketing e explicita sua 
postura de mercado a todos com quem mantêm relações, excluindo os 
funcionários.
Escolha uma opção:
Verdadeiro
Falso 
Feedback
A resposta correta é 'Falso'.
Questão 4
Correto
Atingiu 1,0 de 1,0
Impresso por Iza Carvalho, CPF 084.646.567-18 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não
pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/04/2021 13:49:22
Marcar questão
Texto da questão
De acordo com o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social – BRASIL, a
Responsabilidade Social Empresarial (RSE) é uma forma de conduzir os negócios 
que torna a empresa parceira e corresponsável pelo desenvolvimento social. A 
empresa socialmente responsável, de acordo com esta visão é aquela que: 
Escolha uma:
a. Possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes partes (acionistas, 
funcionários, prestadores de serviço, fornecedores, consumidores, comunidade, 
governo e meio ambiente) e consegue incorporá-los ao planejamento de suas 
atividades, buscando atender às demandas de todos, não apenas dos acionistas ou 
proprietários. 
b. Possui a capacidade privilegiar o interesse dos acionistas e funcionários, 
buscando atender às demandas de todos.
c. Possui a capacidade de ouvir e privilegiar os interesses das diferentes partes 
externas, tais como prestadores de serviço, fornecedores, consumidores, 
comunidade, governo e meio ambiente, independentemente das demandas dos 
acionistas e colaboradores.
Feedback
Sua resposta está correta.
A resposta correta é: Possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes 
partes (acionistas, funcionários, prestadores de serviço, fornecedores, 
consumidores, comunidade, governo e meio ambiente) e consegue incorporá-los 
ao planejamento de suas atividades, buscando atender às demandas de todos, não 
apenas dos acionistas ou proprietários..
Questão 5
Correto
Atingiu 1,0 de 1,0
Marcar questão
Texto da questão
A Logística se torna um diferencial competitivo para as empresas, à medida que 
contribui para a redução de custos e, consequentemente, na melhoria de 
Impresso por Iza Carvalho, CPF 084.646.567-18 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não
pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/04/2021 13:49:22
desempenho das mesmas. No mundo atual não são mais perdoadas as falhas 
estratégicas e a concorrência está sempre pronta para absorver demandas perdidas
por empresas que estão logisticamente mal preparadas.
Diante deste cenário, segundo Novaes (2001), houve a necessidade das empresas 
buscarem novos referenciais para a atuação em diversas áreas – inclusive a 
Logística. Este processo foi motivado basicamente por dois fatores:
Escolha uma:
a. Regionalização da economia e customização dos mercados.
b. Avanço das Tecnologias de Comunicação e informação (TICs). 
c. Abertura da economia e globalização dos mercados. 
Feedback
Sua resposta está correta.
A resposta correta é: Abertura da economia e globalização dos mercados..
Questão 6
Correto
Atingiu 1,0 de 1,0
Marcar questão
Texto da questão
De acordo com o conteúdo do livro texto da disciplina, o Renascimento 
proporcionou o desenvolvimento dos modos de produção da sociedade capitalista 
tendo a maximização do lucro e a geração de riqueza como objetivo. Este 
fenômeno proporcionou o surgimento de um novo tipo de sujeito. 
Com base no texto acima, : marque a opção correta
Escolha uma:
a. O Renascimento fez surgir o homem como ser econômico. 
b. O Renascimento fez surgir o homem como ser social.
c. O Renascimento fez surgir o homem como ser dinâmico. 
Feedback
Sua resposta está correta.
A resposta correta é: O Renascimento fez surgir o homem como ser dinâmico. .
Questão 7
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pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/04/2021 13:49:22
Correto
Atingiu 1,0 de 1,0
Marcar questão
Texto da questão
SISTEMA DE PRODUÇÃO
Podemos afirmar que sistema de produção é formado pelo conjunto de atividades 
e operações inter-relacionadas envolvidas na produção de bens ou serviços. Os 
elementos fundamentais do sistema de produção são:
Escolha uma:
a. Nenhuma resposta está correta.
b. Insumos, processos, Produtos ou Serviços e Subsistema de controle, onde, 
insumos significam recursos a serem transformados em produtos e mais os 
recursos que movem o sistema, como matérias-primas, mão de obra, capital, 
máquinas e equipamentos, instalações, conhecimento técnico dos processos etc. 
c. Insumos e Subsistema de controle, onde, Insumos significam recursos a serem 
transformados em produtos e mais os recursos que movem o sistema, como 
matérias-primas, mão de obra, capital, máquinas e equipamentos, 
instalações, conhecimento técnico dos processos etc.
d. Insumos, processos, Produtos ou Serviços e Subsistema de controle, onde, 
processos significam recursos a serem transformados em produtos e mais os 
recursos que movem o sistema, como matérias-primas, mão de obra, capital, 
máquinas e equipamentos, instalações, conhecimento técnico dos processos etc.
Feedback
Sua resposta está correta.
A resposta correta é: Insumos, processos, Produtos ou Serviços e Subsistema de 
controle, onde, insumos significam recursos a serem transformados em produtos 
e mais os recursos que movem o sistema, como matérias-primas, mão de obra, 
capital, máquinas e equipamentos, instalações, conhecimento técnico dos 
processos etc..
Questão 8
Correto
Atingiu 1,0 de 1,0
Marcar questão
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pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/04/2021 13:49:22
Texto da questão
De uma forma ampla, pode-seafirmar que o foco do comportamento 
organizacional é compreender o comportamento da organização como um todo, 
ou seja, o comportamento das empresas.
Escolha uma opção:
Verdadeiro 
Falso
Feedback
A resposta correta é 'Verdadeiro'.
Questão 9
Correto
Atingiu 1,0 de 1,0
Marcar questão
Texto da questão
A Administração da Produção e Operações é o campo de estudo dos conceitos e 
técnicas aplicáveis à tomada de decisões na função de Produção ou Operações. 
Neste sentido, é possível afirmar que: 
Escolha uma:
a. A Empresa Industrial fornece, em sua forma mais característica, um produto 
físico, tangível, tal como uma geladeira ou um automóvel e que a empresa de 
Serviços complementa essa produção através de elaboração e desenvolvimento de 
produtos sustentáveis. 
b. A Empresa Industrial fornece, em sua forma mais característica, um serviço físico,
tangível e que a empresa de Serviços realiza uma ação de produção de bens. 
c. A Empresa Industrial fornece, em sua forma mais característica, um produto 
físico, tangível, tal como uma geladeira ou um automóvel e que a empresa de 
Serviços realiza uma ação, embora os meios físicos possam estar presentes para 
facilitar ou justificar o serviço. 
Feedback
Sua resposta está correta.
A resposta correta é: A Empresa Industrial fornece, em sua forma mais 
característica, um produto físico, tangível, tal como uma geladeira ou um 
Impresso por Iza Carvalho, CPF 084.646.567-18 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não
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automóvel e que a empresa de Serviços realiza uma ação, embora os meios físicos 
possam estar presentes para facilitar ou justificar o serviço..
Questão 10
Correto
Atingiu 1,0 de 1,0
Marcar questão
Texto da questão
De acordo com o conteúdo da disciplina, o comportamento dos consumidores está
criando novas relações com as empresas no mundo inteiro e configurando cenários
de uma nova ordem econômica (Gazeta Mercantil, 2003). E é provável que essa 
tendência marque o perfil da economia globalizada num futuro próximo.
No Brasil, há uma tendência de que o consumidor passe a privilegiar:
Escolha uma:
a. Principalmente o preço e a qualidade dos produtos independente 
do comportamento social das empresas fabricantes.
b. O preço e a garantia dos produtos vendidos pelas empresas fabricantes.
c. Não somente o preço e a qualidade dos produtos, mas especialmente 
o comportamento social das empresas fabricantes. 
Feedback
Sua resposta está correta.
A resposta correta é: Não somente o preço e a qualidade dos produtos, mas 
especialmente o comportamento social das empresas fabricantes..
Terminar revisão
◄ Aula 14
Seguir para 
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APX 1 - ADMINISTRAÇÃO BRASILEIRA
10,0 100 de um máximo de 10,0( %)
Questão 1
Correto
Atingiu 1,0 de 1,0
Marcar questão
Texto da questão
SISTEMA DE PRODUÇÃO
Podemos afirmar que sistema de produção é formado pelo conjunto de atividades e 
operações inter-relacionadas envolvidas na produção de bens ou serviços. Os elementos 
fundamentais do sistema de produção são:
Escolha uma:
a. Insumos, processos, Produtos ou Serviços e Subsistema de controle, onde, insumos 
significam recursos a serem transformados em produtos e mais os recursos que movem 
o sistema, como matérias-primas, mão de obra, capital, máquinas e equipamentos, 
instalações, conhecimento técnico dos processos etc. 
b. Insumos, processos, Produtos ou Serviços e Subsistema de controle, onde, processos 
significam recursos a serem transformados em produtos e mais os recursos que movem 
o sistema, como matérias-primas, mão de obra, capital, máquinas e equipamentos, 
instalações, conhecimento técnico dos processos etc.
c. Nenhuma resposta está correta.
d. Insumos e Subsistema de controle, onde, Insumos significam recursos a serem 
transformados em produtos e mais os recursos que movem o sistema, como matérias-
primas, mão de obra, capital, máquinas e equipamentos, instalações, conhecimento 
técnico dos processos etc.
Feedback
Sua resposta está correta.
A resposta correta é: Insumos, processos, Produtos ou Serviços e Subsistema de 
controle, onde, insumos significam recursos a serem transformados em produtos e mais 
os recursos que movem o sistema, como matérias-primas, mão de obra, capital, 
máquinas e equipamentos, instalações, conhecimento técnico dos processos etc..
Questão 2
Correto
Atingiu 1,0 de 1,0
Impresso por Iza Carvalho, CPF 084.646.567-18 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não
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Marcar questão
Texto da questão
A empresa, na perspectiva da Responsabilidade Social, ao assumir apenas obrigações ou
compromissos legais para com os empregados, tais como: vale-transporte, vale-refeição,
creche, dentre outras questões revela somente que esta cumpre com os 
benefícios oferecidos pela .
Feedback
Sua resposta está correta.
A resposta correta é:
A empresa, na perspectiva da Responsabilidade Social, ao assumir apenas obrigações ou
compromissos legais para com os empregados, tais como: vale-transporte, vale-refeição,
creche, dentre outras questões revela somente que esta cumpre com os 
benefícios oferecidos pela [ legislação trabalhista] .
Questão 3
Correto
Atingiu 1,0 de 1,0
Marcar questão
Texto da questão
Em relação à Liderança, segundo Bergamini (2002), o nascimento da credibilidade se 
estabelece quando o líder é percebido como alguém que traz algum benefício à equipe 
como um todo e para cada membro em especial. A influência ocorre: 
Escolha uma:
a. Quando o seguidor confere ao líder autorização consciente para ser influenciado. Isso 
só ocorre quando o seguidor percebe o líder de modo positivo. 
b. Nenhuma das respostas está correta.
c. Quando o seguidor confere ao líder autorização consciente para ser influenciado. Isso 
só ocorre quando o seguidor percebe o líder de modo negativo.
d. Quando o seguidor não confere ao líder autorização consciente para ser influenciado. 
Feedback
 legislação trabalhista
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pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/04/2021 13:46:58
Sua resposta está correta.
A resposta correta é: Quando o seguidor confere ao líder autorização consciente para ser
influenciado. Isso só ocorre quando o seguidor percebe o líder de modo positivo..
Questão 4
Correto
Atingiu 1,0 de 1,0
Marcar questão
Texto da questão
No cenário de planejamento ambiental, as empresas devem estabelecer como objetivo 
comum o elo entre desenvolvimento econômico e proteção ambiental, tanto para o 
momento presente, quanto para o futuro. Portanto, um sistema de gestão ambiental deve
envolver as áreas de Marketing, Produção, Recursos Humanos (RH), Departamentos 
Jurídico e Financeiro e Departamento de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D).
Ashley (2002) define a competência de cada área da seguinte forma: 
 - À área de compete definir e propagar a imagem e a 
filosofia de posicionamento comercial praticadas pela organização, desenvolvendo 
planos de comunicação interna e externa e vigilância quanto aos valores ambientais 
da empresa;
 - À compete a atividade de mensurar riscos internos 
e externos, através de auditorias de qualidade e risco técnico e desenvolver um plano de 
investimentos baseado na reflexão sobre a cadeia produtiva e sobre as opções 
ecologicamente corretas;
- À compete buscar a vocação tecnológica da organização e 
manter um processo de inovação tecnológica constante;
- À área de compete desenvolver planos de construção de 
comportamento ambiental;
Marketing
 Produção
Área de P&D
Recursos Humanos
Impressopor Iza Carvalho, CPF 084.646.567-18 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não
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À área compete a conformidade legal da diminuição de riscos e
da elevação de vantagens financeiras, fazendo-se valer as auditorias jurídicas e balanços
e relatórios ecológicos.
Feedback
Sua resposta está correta.
A resposta correta é:
No cenário de planejamento ambiental, as empresas devem estabelecer como objetivo 
comum o elo entre desenvolvimento econômico e proteção ambiental, tanto para o 
momento presente, quanto para o futuro. Portanto, um sistema de gestão ambiental deve
envolver as áreas de Marketing, Produção, Recursos Humanos (RH), Departamentos 
Jurídico e Financeiro e Departamento de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D).
Ashley (2002) define a competência de cada área da seguinte forma: 
 - À área de [Marketing] compete definir e propagar a imagem e a filosofia de 
posicionamento comercial praticadas pela organização, desenvolvendo planos de 
comunicação interna e externa e vigilância quanto aos valores ambientais da empresa;
 - À [ Produção] compete a atividade de mensurar riscos internos e externos, através de 
auditorias de qualidade e risco técnico e desenvolver um plano de investimentos 
baseado na reflexão sobre a cadeia produtiva e sobre as opções ecologicamente corretas;
- À [Área de P&D] compete buscar a vocação tecnológica da organização e manter um 
processo de inovação tecnológica constante;
- À área de [Recursos Humanos ] compete desenvolver planos de construção de 
comportamento ambiental;
À área [Jurídico-Financeira] compete a conformidade legal da diminuição de riscos e da
elevação de vantagens financeiras, fazendo-se valer as auditorias jurídicas e balanços e 
relatórios ecológicos.
Questão 5
Correto
Atingiu 1,0 de 1,0
Marcar questão
Texto da questão
A responsabilidade social apresenta dois enfoques (CHIAVENATO, 2004):
Enfoque socioeconômico – Segundo esta visão, a responsabilidade da administração é 
fazer somente com que o negócio gere lucros máximos para a organização. Esse ponto 
de vista é apoiado por Milton Friedman, um renomado economista do livre mercado que
prega que as organizações devem proporcionar dinheiro aos investidores. 
Jurídico-Financeira
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pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/04/2021 13:46:58
Enfoque clássico - Prega que uma organização deve estar ligada ao bem-estar social e 
não apenas aos lucros. Esse enfoque é endossado por Paul Samuelson, também um 
respeitado economista. Os principais argumentos da responsabilidade social são os 
lucros a longo prazo para o negócio da empresa, melhoria da imagem 
organizacional junto ao público, maiores obrigações sociais do negócio, 
melhor ambiente para todos, visando satisfazer os desejos do público-alvo.
Escolha uma opção:
Verdadeiro
Falso 
Feedback
A resposta correta é 'Falso'.
Questão 6
Correto
Atingiu 1,0 de 1,0
Marcar questão
Texto da questão
De acordo com o conteúdo da disciplina, o comportamento dos consumidores está 
criando novas relações com as empresas no mundo inteiro e configurando cenários de 
uma nova ordem econômica (Gazeta Mercantil, 2003). E é provável que essa tendência 
marque o perfil da economia globalizada num futuro próximo.
No Brasil, há uma tendência de que o consumidor passe a privilegiar:
Escolha uma:
a. O preço e a garantia dos produtos vendidos pelas empresas fabricantes.
b. Principalmente o preço e a qualidade dos produtos independente do comportamento 
social das empresas fabricantes.
c. Não somente o preço e a qualidade dos produtos, mas especialmente 
o comportamento social das empresas fabricantes. 
Feedback
Sua resposta está correta.
A resposta correta é: Não somente o preço e a qualidade dos produtos, mas 
especialmente o comportamento social das empresas fabricantes..
Questão 7
Correto
Atingiu 1,0 de 1,0
Impresso por Iza Carvalho, CPF 084.646.567-18 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não
pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/04/2021 13:46:58
Marcar questão
Texto da questão
O código de ética ou de compromisso social é um instrumento de realização da visão e 
da missão da empresa, orienta suas ações de marketing e explicita sua postura de 
mercado a todos com quem mantêm relações, excluindo os funcionários.
Escolha uma opção:
Verdadeiro
Falso 
Feedback
A resposta correta é 'Falso'.
Questão 8
Correto
Atingiu 1,0 de 1,0
Marcar questão
Texto da questão
De acordo com Chiavenato (2004):
A rede mundial de negócios está levando a uma competição sem precedentes nos 
mercados mundiais. Com isto, os líderes governamentais estão mais preocupados com: 
Escolha uma:
a. A competitividade organizacional numa economia globalizada e, por outro lado, os 
líderes organizacionais estão mais preocupados com a competitividade econômica de 
suas nações .
b. A competitividade econômica de suas nações e, por outro lado, os líderes 
organizacionais estão mais preocupados com a competitividade organizacional numa 
economia globalizada. 
c. A competitividade organizacional numa economia globalizada e, por outro lado, os 
líderes organizacionais estão mais preocupados com a responsabilidade social de suas 
nações .
Feedback
Sua resposta está correta.
Impresso por Iza Carvalho, CPF 084.646.567-18 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não
pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/04/2021 13:46:58
A resposta correta é: A competitividade econômica de suas nações e, por outro lado, os 
líderes organizacionais estão mais preocupados com a competitividade organizacional 
numa economia globalizada..
Questão 9
Correto
Atingiu 1,0 de 1,0
Marcar questão
Texto da questão
A Administração da Produção e Operações é o campo de estudo dos conceitos e 
técnicas aplicáveis à tomada de decisões na função de Produção ou Operações. Neste 
sentido, é possível afirmar que: 
Escolha uma:
a. A Empresa Industrial fornece, em sua forma mais característica, um produto físico, 
tangível, tal como uma geladeira ou um automóvel e que a empresa de Serviços realiza 
uma ação, embora os meios físicos possam estar presentes para facilitar ou justificar o 
serviço. 
b. A Empresa Industrial fornece, em sua forma mais característica, um produto físico, 
tangível, tal como uma geladeira ou um automóvel e que a empresa de Serviços 
complementa essa produção através de elaboração e desenvolvimento de produtos 
sustentáveis. 
c. A Empresa Industrial fornece, em sua forma mais característica, um serviço físico, 
tangível e que a empresa de Serviços realiza uma ação de produção de bens. 
Feedback
Sua resposta está correta.
A resposta correta é: A Empresa Industrial fornece, em sua forma mais característica, 
um produto físico, tangível, tal como uma geladeira ou um automóvel e que a empresa 
de Serviços realiza uma ação, embora os meios físicos possam estar presentes para 
facilitar ou justificar o serviço..
Questão 10
Correto
Atingiu 1,0 de 1,0
Marcar questão
Texto da questão
O Selo da Carbon Trust – é um selo lançado em março de 2007, que indica: 
Impresso por Iza Carvalho, CPF 084.646.567-18 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não
pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/04/2021 13:46:58
Escolha uma:
a. A quantidade de dióxido de carbono presente na fabricação, entrega e disposição de 
alguns produtos.
b. A quantidade impostos gerados através de crédito de carbono comercializável em 
alguns produtos.
c. A quantidade de dióxido de carbono reduzida na fabricação, entrega e disposição de 
alguns produtos. 
Feedback
Sua resposta está correta.
A resposta correta é: A quantidade de dióxido de carbono reduzida na fabricação, 
entrega edisposição de alguns produtos..
Terminar revisão
◄ Aula 14
Impresso por Iza Carvalho, CPF 084.646.567-18 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não
pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/04/2021 13:38:18
28/09/2020 APX 1 - ADMINISTRAÇÃO BRASILEIRA: Revisão da tentativa
https://graduacao.cederj.edu.br/ava/mod/quiz/review.php?attempt=118483&cmid=318800 1/4
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28/09/2020 APX 1 - ADMINISTRAÇÃO BRASILEIRA: Revisão da tentativa
https://graduacao.cederj.edu.br/ava/mod/quiz/review.php?attempt=118483&cmid=318800 2/4
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Impresso por Iza Carvalho, CPF 084.646.567-18 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não
pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/04/2021 13:38:18
28/09/2020 APX 1 - ADMINISTRAÇÃO BRASILEIRA: Revisão da tentativa
https://graduacao.cederj.edu.br/ava/mod/quiz/review.php?attempt=118483&cmid=318800 3/4

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Impresso por Iza Carvalho, CPF 084.646.567-18 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não
pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/04/2021 13:38:18
28/09/2020 APX 1 - ADMINISTRAÇÃO BRASILEIRA: Revisão da tentativa
https://graduacao.cederj.edu.br/ava/mod/quiz/review.php?attempt=118483&cmid=318800 4/4
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
Contextualização do estudo da 
administração no Brasil
Alessandra Mello da Costa
Carlos Cunha
Esperamos que, ao final desta aula, você seja 
capaz de:
definir a ideia de administração;
identificar a importância da administração e 
das organizações na vida dos indivíduos;
avaliar o estudo da administração no Brasil.
 1
ob
jet
ivo
s
A
U
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Meta da aula 
Apresentar informações acerca do contexto do estudo 
da administração no Brasil. 
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Administração Brasileira | Contextualização do estudo da administração no Brasil
O que é administração? Pode-se argumentar que a tarefa básica da adminis-
tração é interpretar os objetivos propostos pela organização e transformá-los 
em ação organizacional, ou seja, tomar decisões que promovam a utilização 
adequada de recursos de forma a alcançar resultados (MAXIMIANO, 2006). 
Segundo Chiavenato (2001), a administração se refere à combinação e aplica-
ção de recursos organizacionais (humanos, materiais, financeiros, informação 
e tecnologia) para alcançar objetivos e atingir determinado desempenho. A 
administração movimenta a organização em direção ao seu propósito através de 
definição de atividades que os membros organizacionais devem desempenhar. 
E qual o papel do administrador neste processo? A atividade do administrador 
consiste em guiar e convergir as organizações rumo ao alcance de objetivos.
A administração possui quatro funções. A primeira função é planejar. A orga-
nização não ocorre ao acaso. O planejamento define o que a organização 
pretende fazer no futuro e como deverá fazê-lo. Esta pode ser caracterizada 
como a primeira função administrativa e define os objetivos para o futuro 
desempenho organizacional e decide sobre os recursos e tarefas necessárias 
para alcançá-los adequadamente.
A segunda função é organizar. Esta função visa estabelecer os meios e recur-
sos necessários para possibilitar a realização do planejamento e reflete como 
a organização ou empresa tenta cumprir os planos. A organização é a função 
administrativa relacionada com a atribuição de tarefas, agrupamento de tarefas 
em equipes ou departamentos e alocação dos recursos necessários nas equipes 
e nos departamentos. 
A terceira função é liderar ou dirigir. Este é o processo de influenciar e orientar 
as atividades relacionadas com as tarefas dos diversos membros da equipe ou da 
organização como um todo. Envolve o uso de influência para ativar e motivar 
as pessoas a alcançarem os objetivos organizacionais.
A quarta função é controlar e representar o acompanhamento, a monitora-
ção e a avaliação do desempenho organizacional para verificar se tudo está 
ocorrendo conforme o planejado, organizado e dirigido. Este monitoramento 
permite que as correções necessárias possam ser percebidas e implementadas.
E o que são organizações? São entidades sociais desenhadas como sistemas de 
atividades deliberadamente estruturadas, coordenadas e ligadas ao ambiente 
externo. As organizações estão em toda a parte criando vínculos difíceis de 
serem questionados. Existe uma multiplicidade de organizações: (a) com a fina-
lidade de obter lucro; (b) com a finalidade de atender a necessidades espirituais; 
(c) com a finalidade de proporcionar entretenimento; (d) com a finalidade de 
INTRODUÇÃO
JP
Realce
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 desenvolver arte e cultura; (e) com a finalidade de oferecer esportes; e (f) com 
a finalidade de cuidar de assuntos relevantes para a sociedade. 
Apenas como exemplo, podemos perceber essa importância ao pensarmos no 
nosso cotidiano: nós nascemos em organizações (maternidades); nossos nascimen-
tos são registrados em órgãos do governo; somos educados em creches, escolas 
e universidades; moramos em apartamentos e casas construídas e vendidas por 
organizações; trabalhamos cerca de 40 horas semanais em organizações. Podemos 
afirmar que hoje vivemos em um mundo organizacional: a vida das pessoas depende 
das organizações e estas dependem do trabalho das pessoas (CHIAVENATO, 2001). 
Você já pensou o quanto a sua vida depende das organizações? Escolha 
um dia qualquer na última semana e o descreva pondo em destaque as 
organizações com as quais você interagiu. 
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Resposta Comentada
Você deve ser capaz de perceber que, no decorrer de um dia, você está o tempo 
todo em contato e interação com as organizações.
Atividade 1
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OS ESTUDOS SOBRE ADMINISTRAÇÃO
No entanto, apesar de toda relevância, os estudos sobre a adminis-
tração são recentes e atrelados ao processo de modernização da sociedade. 
Antes de final do século XVIII e início do século XX, a maior parte dos 
textos sobre administração abordava, apenas de forma superficial, as práti-
cas administrativas. O primeiro passo no sentido de modificar esta situação 
foi proveniente da Escola da Administração Científica, desenvolvida nos 
Estados Unidos a partir dos trabalhos do engenheiro Frederick W. Taylor. 
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Administração Brasileira | Contextualização do estudo da administração no Brasil
O contexto histórico de surgimento dessa escola foi gerado pela 
Revolução Industrial e as mudanças que esta promoveu na sociedade, 
como o crescimento acelerado e desorganizado das empresas, complexi-
ficando a administração e as relações de produção (produção em massa, 
aumento no número de assalariados, divisão do trabalho, êxodo rural 
etc). De forma complementar, era necessário aumentar a eficiência e a 
competência das organizações para obtenção de melhores rendimentos. 
Cabe ressaltar, também, que administração passa a ser considerada 
um fenômeno universal, tornando-se estrategicamente tão importante 
quanto o próprio trabalho a ser executado. Assim, como um reflexo 
institucional desse processo, neste momento foram fundadas as principais 
escolasde administração de elite nos Estados Unidos: Wharton School 
em 1881 e Harvard Business School em 1908. 
A ideia era conceber a administração como ciência: ao invés de 
improvisação, planejamento; ao invés de empirismo, ciência. Assim, os 
seus elementos de aplicação são: 
(a) estudo de tempo e padrões de produção;
(b) supervisão funcional; 
(c) padronização de ferramentas e instrumentos; 
(d) planejamento de tarefas e cargos; 
(e) princípio da exceção;
(f) utilização da régua de cálculo e instrumentos para economizar 
tempo; 
(g) fichas de instruções de serviço; 
(h) ideia de tarefa associada a prêmios de produção pela sua 
execução eficiente;
(i) classificação dos produtos e do material utilizado na manu-
fatura; 
(j) delineamento da rotina de trabalho.
A partir deste momento – e por meio de estudos e pesquisas empí-
ricas – as concepções sobre o homem, a organização e o meio ambiente 
foram transformando-se e tornando-se mais complexas. A área que 
estuda este desenvolvimento do estudo da administração é a Teoria 
Geral da Administração. 
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LEITURA COMPLEMENTAR: Texto 1 – em anexo.
SARAIVA, L. A. S.; PROVINCIALI, V. L. N. Desdobra-
mentos do Taylorismo no setor têxtil: um caso, várias reflexões. 
Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 9, n. 1, 
jan./mar., 2002.
Mas e o indivíduo que trabalha nas organizações? Como é a sua situação neste 
momento? Este também passa a ser considerado um objeto de pesquisa e de estudo 
relevante? Os trechos reproduzidos a seguir descrevem um dos aspectos da inserção 
dos indivíduos no contexto organizacional durante o período inicial de estudo da 
administração das organizações. Em sua opinião, é importante que os estudos consi-
derem a relação entre organizações e os indivíduos que trabalham nas organizações? 
Justifique a sua resposta.
A divisão do trabalho (...) tornou-se intensa e crescentemente especializada, à medida 
que os fabricantes procuravam aumentar a eficiência, reduzindo a liberdade de ação dos 
trabalhadores em favor do controle exercido por suas máquinas e supervisores. Novos 
procedimentos e técnicas foram também introduzidos para disciplinar os trabalhadores 
para aceitarem a nova e rigorosa rotina de produção na fábrica. (MORGAN, 1996 p. 25)
(...) tornando os trabalhadores servidores ou acessórios das máquinas, completamente 
controlados pela organização e pelo ritmo de trabalho. (...) [onde] as pessoas desempenham 
responsabilidades fragmentadas e altamente especializadas, de acordo com um sistema 
complexo de planejamento de trabalho e avaliação de desempenho (MORGAN, 1996 p. 33).
Resposta Comentada
Para responder a esta questão, você deve destacar a complexidade nas relações 
de trabalho nas organizações.
Atividade 2
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ESTUDO DA ADMINISTRAÇÃO NO BRASIL
Os programas de graduação em Administração de Empresas chegam 
ao Brasil no mesmo formato dos cursos correspondentes ensinados em 
Escolas norte-americanas, com o mesmo material e os mesmos professores. 
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Administração Brasileira | Contextualização do estudo da administração no Brasil
A forma mais recorrente de estudo da administração no Brasil é a 
abordagem das principais teorias administrativas por meio do estudo das 
escolas de administração. De forma esquemática, podemos categorizar 
as principais teorias da administração a partir da ênfase em cinco pontos 
diferentes (CHIAVENATO, 2001): 
(1) ênfase nas tarefas; 
(2) ênfase na estrutura;
(3) ênfase nas pessoas; 
(4) ênfase na tecnologia; 
(5) ênfase no ambiente.
A principal teoria da administração vinculada à ênfase nas tarefas 
é – como já foi mostrada – a Administração Científica. 
As teorias da administração vinculadas à ênfase na estrutura são a 
Teoria Clássica, a Teoria da Burocracia, a Teoria Estruturalista e a Teoria 
NeoClássica. Seus principais pontos norteadores são: desenho organizacio-
nal, especialização vertical (hierarquia) e especialização horizontal (depar-
tamentalização), os princípios da administração e a organização formal. 
As teorias da administração vinculadas à ênfase nas pessoas são 
a Teoria das Relações Humanas e a Teoria Comportamental. Seus prin-
cipais pontos norteadores são: organização informal, grupos e dinâmica 
de grupos, liderança, motivação e comunicação.
As teorias da administração vinculadas à ênfase na tecnologia 
são a Teoria Estruturalista, a Teoria NeoEstruturalista e a Teoria da 
Contingência. Seus principais pontos norteadores são: interação entre 
organização formal e informal, administração de conflitos, tecnologia, 
mudança e inovação. 
As teorias da administração vinculadas à ênfase no ambiente são a 
Teoria Estruturalista, a Teoria de Sistemas e a Teoria da Contingência. Seus 
principais pontos norteadores são: interação entre organização e ambiente 
externo, incerteza, mudança, inovação, flexibilidade e ajustamento.
LEITURA COMPLEMENTAR: Texto 2 – em anexo.
HSM MANAGEMENT. Dois séculos de management, 50, 
maio/junho, 2005. 
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 De qualquer forma, cabe uma última ressalva em relação a estas 
teorias. Como a Administração e o processo de administrar são fenô-
menos dinâmicos e atrelados aos seus respectivos contextos sociais, 
econômicos, políticos e culturais torna-se imprescindível uma constante 
atualização do que se ensina e se pratica. E essa atualização diz respeito 
tanto aos gestores quanto às próprias organizações. 
LEITURA COMPLEMENTAR: Texto 3 – em anexo.
DRUCKER, P. F. Os novos paradigmas da administração. 
Exame, São Paulo, 24 fev. 1999. 
CONCLUSÃO
O estudo da administração no Brasil é um fenômeno recente e 
caracterizado pela ocorrência da incorporação de teorias e modelos 
estrangeiros sem uma preocupação com a adequação destes à realidade 
brasileira (MOTTA, ALCADIPANI; BRESLER, 2000). Em outras pala-
vras, este processo ocorre sem o que Guerreiro Ramos (1996) denominou 
de um procedimento crítico-assimilativo da experiência estrangeira. A 
ideia não é inviabilizar a difusão de procedimentos não brasileiros, mas 
sim de proceder uma releitura que considere as nossas particularidades 
e especificidades sociais, econômicas, políticas e culturais.
No entanto, como esta situação poderia ser diferente? Existe uma 
forma específica e particularmente brasileira de administrar? 
Esta terceira atividade é como uma preparação para a próxima aula. Você deverá refletir 
sobre a existência ou não de um jeito brasileiro de gestão e apresentar (no espaço a seguir) 
um exemplo de empresa que justifique o seu posicionamento. 
Atividade Final
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Administração Brasileira | Contextualização do estudo da administração no Brasil
Resposta Comentada
O que é administração brasileira? Existe uma forma brasileira de planejar, organizar, 
dirigir, liderar e controlar? Sim. Não é possível desvincular um estilo de administra-
ção dos seus fatores culturais. As heranças culturais brasileiras promovem estilos e 
características próprias na relação entre líderes e liderados: a concentração de poder, 
o paternalismo, o personalismo, a lealdade às pessoas, o formalismo, a flexibilidade 
e a impunidade aceitável. 
Como exemplo, podemos citar a Semco (Ricardo Semler), Gol (Constantino de Oliveira 
Jr), Embraer, Habbi’s (Antonio Alberto Saraiva) ou Irineu Evangelista de Souza, o 
Barão de Mauá.
A ciência da administração se baseia em utilização adequada e racional de recursos 
e sua transformação em ação com intuito de alcançar os objetivos organizacionais. 
Para isso, são tomadas decisões em todos os níveis hierárquicos. Essa tomada de 
decisão é inerente à função de administrar.
Por sua vez, as organizações são entidades sociais estruturadas, coordenadas e 
ligadas ao ambiente externo, cujos vínculos tecem uma rede com capilaridade global.
Podemos afirmar que hoje vivemos em um mundo organizacional: a vida das 
pessoas dependedas organizações e estas dependem do trabalho das pessoas. 
Esse ciclo dinâmico depende do administrador para coordená-lo.
A formação do administrador no Brasil começa na década de 1940 com a 
necessidade de mão de obra qualificada. Nesse momento, a sociedade brasileira 
passa de um estágio agrário para a industrialização. Esse processo de formação 
e qualificação leva o Brasil a ocupar posição econômica privilegiada no cenário 
internacional no início do século XXI.
R E S U M O
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 INFORMAÇÃO SOBRE A PRÓXIMA AULA
A próxima aula falará sobre autores clássicos em administração brasileira, 
tais como Alberto Guerreiro Ramos, Fernando Prestes Motta e Mauricio 
Tragtenberg.
Autores clássicos em 
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Organizações e Sociedade: A Cultura Brasileira
ORGANIZAÇÕES E SOCIEDADE:
A CULTURA BRASILEIRA
Prof. Fernando Prestes Motta.*
stou tendo três alegrias. Primeiro, estar aqui participando do relançamento
da Revista Organizações e Sociedade, que, no Brasil, é o perfil de revista de
administração com que mais eu me afino. Eu acho que eu poderia contar
algumas revistas, uma ou duas na Europa, uma ou duas nos Estados Unidos
e essa no Brasil que tem esse perfil, que é uma visão da organização como siste-
ma social. Isto está presente, inclusive, no nome. A outra alegria é estar na Escola
de Administração da Universidade Federal da Bahia, onde é sempre bom voltar; e
a terceira alegria é estar na Bahia, evidentemente. De modo que, com tantas
alegrias assim, eu já estou numa certa idade que é preciso tomar um pouco de
cuidado. De qualquer maneira, vamos começar a tratar do assunto dessa palestra
que é Organizações e Cultura no Brasil.
Inicialmente eu gostaria de dizer que o Brasil é uma sociedade coletivista;
isso, o Brasil é uma sociedade onde o social é mais importante do que o indi-
vidual. Agora, segundo alguns especialistas, o Brasil não é das sociedades
mais coletivistas, existem outras mais coletivistas. Mas, ainda assim, é mais
coletivista que o Japão e o Japão é tido como uma sociedade coletivista por
excelência. Uma outra característica da sociedade brasileira é a distância de
poder muito grande entre os grupos sociais e, nesse aspecto, o Brasil perde
para as outras sociedade latino-americanas, salvo a Argentina; ou seja, só a
Argentina é caracterizada por uma distância menor de poder entre grupos
sociais do que o Brasil. Uma outra característica importante da sociedade bra-
sileira é que ela procura com afinco evitar as incertezas e nós podemos dizer
que, no mundo inteiro, o Brasil é dos países que procuram evitar a incerteza
com maior afinco mas, na verdade, isso apenas mostra que as organizações
nessa sociedade são muito burocratizadas e muito hierarquizadas, ou seja,
distância de poder e procura de evitar a incerteza são características das or-
ganizações brasileiras, como são características da sociedade brasileira. Ago-
ra, o Brasil é também um país que, segundo Hofstede, um especialista holan-
dês, está em uma dimensão feminina entre os que procuram evitar a incerte-
za, mas ele está em uma dimensão feminina próxima de uma dimensão mas-
culina, sendo difícil situar a sociedade brasileira entre o masculino e o femini-
no. Mas o que é o masculino e o feminino para o Hofstede? O masculino é a
orientação para o material e o feminino é a orientação para o humano. Então,
na verdade, no Brasil, a orientação para o humano e a orientação para o
material nas organizações, ficam muito próximas. De um modo geral, o Hofstede
faz uma análise comparativa que abrange cerca de 160 países do mundo,
quer dizer, organizações nesses países e, na verdade, numa situação mais
indefinida entre o masculino e o feminino que o Brasil, só está um país, que é
o Paquistão. Já, tomando um grupo selecionado de 29 países, um autor in-
glês, chamado Charles Turner, considera o talento administrativo brasileiro
relativamente baixo e compara esse talento ao da Grécia, ao da Espanha e da
Malásia e considera que só é superior ao de Portugal. Ele não chega, no en-
tanto, a dizer exatamente o que entende por talento administrativo.
Agora, no que se refere à motivação dos trabalhadores, bem como à
identificação com as empresas, o Brasil já se coloca um pouco acima da mé-
dia, mas abaixo ainda do Japão, de Taiwan, da Coréia, da Dinamarca, da
* Professor da EAESP/FGV
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Suíça, da Áustria, da Holanda e perto de Singapura. Quer dizer que esses
dados apontam para o fato de que no Brasil os trabalhadores se identificam
muito com as empresas, mas um pouco menos do que em certos países de-
senvolvidos. Já no que se refere a relações sindicais o Brasil está numa posi-
ção muito baixa, ou seja, em termos de relações sindicais como base das
relações dos empregados dentro da empresa, o Brasil está próximo da Tur-
quia. E, na propensão para delegar autoridade o Brasil vem depois do Japão,
da Suécia, dos Estados Unidos, da Noruega, da Dinamarca, da Nova Zelândia,
da Alemanha, da Holanda, da Malásia, da Finlândia, da Suíça, da Austrália,
da Bélgica, de Luxemburgo, de Tawain, da Coréia, do Canadá, de Singapura,
da Inglaterra e de Hong-Kong; ou seja, todos esses países têm administra-
dores mais democráticos do que o Brasil. Agora, a distância de poder no
Brasil, entre os grupos sociais, é tão grande quanto a distribuição de renda
e tem muito a ver com o passado escravocrata do país. Então, na verdade, o
que a gente pode perceber, é que os trabalhadores e os executivos são
controlados de forma muito rígida por controles masculinos, tipo autoridade,
e por controles femininos, tipo sedução. Mas o Brasil é, também, um país que
foi imaginado como economia de extração e, como tal, o Brasil exibe a lógica
das economias de extração, ou seja, os recursos humanos, o meio-ambien-
te, o consumidor são explorados ao máximo no seio da empresa e na relação
da organização com a sociedade.
Bom, mas, como é que começou isso? Começou com uma apropriação, com
a apropriação da cultura indígena. No Brasil, o colonizador se apropriou da cultu-
ra indígena, principalmente, através da índia, através da mulher. Continuou com
a apropriação da cultura negra, num contexto de um modo de produção, o capi-
talismo, que não podia mais ser compatível com a escravidão. Ou seja, na verda-
de, o que a gente tem no Brasil é um colonizador que não termina, existe sempre
o colonizador, ainda hoje há o colonizador, só que o colonizador de hoje é o
burguês e o tecnocrata e o escravo de hoje é o operário. Agora, qual é a base
dessa nossa cultura da qual nós somos tão críticos e à qual nós somos também
tão apegados? A base dessa cultura é o engenho, a base dessa cultura é a
relação casa grande – senzala. Então, na verdade, o que a gente tem no enge-
nho é o germe de uma sociedade onde a distância social convive com a proximi-
dade física; as relações sociais no engenho são muito ambíguas; quem é escra-
va de quem, quem é amante de quem, quem é favorito de quem; tudo isso existe
no engenho. E com um dado muito importante: no engenho, não é feio ser favo-
rito, as pessoas são protegidas porque essa é a ordem das coisas. Além do
mais, nós temos no Brasil um conjunto de capitanias e essas capitanias são
subordinadas ao governo central, mas elas são muito pouco subordinadas ao
governo central, elas são, de fato, subordinadas aos senhores de engenho. De
modo que, a família no Brasil sempre foi mais importante do que o Estado. Como
dizia Sérgio Buarque de Holanda, a família, no Brasil, não se forma sob o Estado,
ela se forma sobre o Estado. Um sociólogo brasileiro, muito interessante, chama-
do José Carlos Durand, escreveu um livro sobre arte, privilégio e distinção e
nesse livro ele conta que mesmo no Segundo Império, quandofoi criada a Aca-
demia Nacional de Belas- Artes, no Rio de Janeiro, para ir estudar na Academia
era preciso ser indicado por um senhor de terra. Ou seja, eu sou fazendeiro daí
um dia eu estou passando lá nos meus domínios, vejo um menino rabiscando a
parede. Eu digo: “puxa, esse menino... taí um pintor de mão cheia”. Eu escrevo
uma carta para o imperador e o imperador recebe. Com jeito dá nesses nossos
clássicos aí, Pedro Américo e assim por diante; sem jeito, não dá em nada. Ago-
ra, essa distância social, também, no Brasil, parece ser um pouco responsável,
pelo menos, pelo desprezo que as classes dominantes têm hoje com relação aos
miseráveis. Ou seja, quando alguém passa no seu automóvel, numa esquina de
uma das capitais brasileiras e vê lá os menininhos pedindo esmola, vendendo
coisa, a impressão que dá é que são seres de uma espaçonave que está se
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Administração Brasileira | Autores clássicos em Administração Brasileira
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Organizações e Sociedade: A Cultura Brasileira
vendo; ele não considera aqueles meninos como seres da mesma espécie que
ele e isso porque o senhor de engenho não tinha nada a ver mesmo com o
escravo, ele estava muito longe do escravo.
Então, na verdade, o que a gente pode dizer é o seguinte: todos esses
traços fazem com que as pessoas pensem que no Brasil a cultura é uma forma
de se adaptar melhor aos colonizados; ou seja, os portugueses desenvolve-
ram essa cultura nos trópicos, para melhor se adaptarem aos índios, aos ne-
gros e assim por diante. Bom, mas parece que não é isso que na verdade se
dá, essas coisas não explicam muito, apenas dizem: “Olha a Holanda foi de
um jeito, nas colônias holandesas foi de um jeito, nas colônias portuguesas
foi de outro, nas colônias inglesas foi de outro...” .E não se explica nada com
isso. A única coisa que parece que a gente começa a entender, é que no Brasil
há um arremedo de revolução burguesa. O que é que significa um arremedo
de revolução burguesa? No Brasil a desigualdade interna é tão grande e a
dependência com relação aos países do primeiro mundo é tão grande, que
não dá para falar numa revolução burguesa, ou seja, nos Estados Unidos houve
uma revolução burguesa, na Inglaterra houve uma revolução burguesa, na
França houve uma revolução burguesa, no Brasil não houve uma revolução
burguesa. Na verdade, o que nós temos no Brasil é uma substituição de uma
oligarquia agrária por uma burguesia e uma tecnocracia que se formam a par-
tir da rápida introdução de organizações multinacionais no país e isso, claro, é
um movimento que demora algum tempo, mas, contudo, não há uma revolu-
ção, não é a burguesia que depõe a oligarquia, a burguesia toma o lugar da
oligarquia e, pelo contrário, a burguesia começa a assumir traços de compor-
tamento muito cosmopolitas, traços de comportamento europeus, america-
nos, mas, no entanto, sempre que pode, volta a traços de comportamento
oligárquicos, traços de comportamento do tempo dos senhores de engenho;
ou seja, no Brasil não existe arcaico ou moderno, existe arcaico e moderno.
Mesmo nas regiões mais modernas, o moderno convive com o arcaico. E a
gente pode até... lembrando de uma conversa que eu tive ao chegar aqui em
Salvador... afirmar: Salvador é uma cidade que tem hoje coisas de uma cidade
tradicional, muita coisa de uma sociedade tradicional e muita coisa de uma
sociedade moderna. Isso não é uma característica única de Salvador, isso é
uma característica do Brasil inteiro; mas, formando uma espécie de sincretismo,
formando uma espécie de arcaico e moderno ao mesmo tempo. Então, na
verdade, a gente só pode entender isso pensando: Bom, mas a noção de
progresso não é uma noção brasileira; está na bandeira brasileira, mas é ex-
terna, é uma noção que veio de fora. Então, as formas de modernização da
sociedade brasileira, as formas de progresso trazidas de fora, só podem ser
desajustadas para o Brasil.
Mas, o que nós podemos pensar, é que tudo isso provoca no Brasil o
surgimento de algumas instituições: uma instituição é o jeitinho brasileiro. As or-
ganizações no Brasil são tão burocratizadas que o único jeito de contornar a buro-
cracia é através do jeitinho. Mas, como? O jeitinho serve para quem? Leis muito
complicadas, leis muito difíceis, leis num número exagerado, são contornadas pelo
jeitinho. O jeitinho é um jeito humilde, não é um jeito arrogante. É o seguinte, eu
chego para o Paulo e digo: “Você é de Rio Claro, a mesma terra que eu.”. Ele diz:
“É, você também é de Rio Claro, de que família você é? Qual é o seu pessoal?”.
Esse é o jeitinho, é um time de futebol comum, é uma cidade comum, é isso que se
faz no Brasil. Com isso se costuma furar uma fila de cinquenta pessoas. A pessoa
vai passando. Ela é de Rio Claro conhece gente... Assim vai passando... Bem, a
outra instituição é o despachante. A classe média e a classe alta no Brasil não
sabem fazer nada sem o despachante. Por que existe o despachante? Existe,
outra vez, por causa da burocracia, da burocracia muito desenvolvida. Outra insti-
tuição que é comum no Brasil é “o você sabe com quem está falando?”, que é
muito desagradável para se ouvir, mas que é geralmente o jeito de se dizer: “Eu
sou parente daquele desembargador, você não sabe, quem é você? Eu sou paren-
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te do desembargador, você não é nada.” Muito bem, mas no Brasil tem um jeito
que é único, que é o jeito de combinar o você sabe com quem está falando com o
jeitinho, ou seja, ao mesmo tempo dá uma humilhada e dá uma acariciada, isso
também é comum no Brasil. Uma outra coisa que a gente pode lembrar, é o seguin-
te: na religião africana, por excelência, no Brasil, o Candomblé, o Exu é o interme-
diário entre o céu e a terra, o Exu é aquele que abre caminhos, quem é o despa-
chante? O despachante é aquele que abre caminho. Agora, veja no caso do can-
domblé: para chegar ao Exu eu tenho que passar pelo Pai de Santo, quer dizer
que eu não me livro do formal. Mesmo para chegar no informal, eu tenho que
passar pelo formal e é isso que acontece também nas organizações.
Ricardo Bresler, da FGV/SP, estudou uma marcenaria do tipo artesanal, mui-
to pequena, e descobriu uma coisa também curiosa. Nessa marcenaria os operá-
rios chamavam os proprietários de pais, cada um tem o seu pai. O proprietário era
fulano, ele era meu pai; você tem outro pai, era outro proprietário da marcenaria.
Isso parece também mostrar que a sociedade brasileira segue um modelo familiar
nas empresas, seja em empresas pequenas, seja em empresas grandes; e Liliana
Petrilli Segnini e Maria Tereza Leme Fleury, que são duas pesquisadoras da
UNICAMP e da USP, descobriram um modelo familiar quando estudaram, respec-
tivamente, um grande banco em São Paulo e uma grande empresa estatal. Parece
que o modelo familiar é alguma coisa que toma o lugar de espaços não preenchi-
dos, ou seja, eu não sei bem como me relacionar com meu chefe mas o modelo
que me sugere é o modelo de pai; eu não sei me relacionar com a organização
mas o modelo que se me sugere é o de mãe. Para isso é preciso que não haja um
modelo anterior, um modelo alternativo. Então, de fato, as pessoas constróem
nas organizações segundas e terceiras famílias, é o caso da marcenaria onde
todo mundo tem o seu pai.
Uma outra coisa, também, que a gente poderia lembrar aqui, é que uma
outra instituição brasileira, finalmente, é a malandragem. E essa todo mundo co-
nhece um pouco, já foi vítima. Lá em São Paulo os carros estão com uma
decalcomania: já fui assaltado. Todo carro tem essa decalcomania, não sei se aqui
tem também. E o malandro é isso, o malandro é o cara dos pequenos roubos, o
malandro é o pequeno assaltante, o malandro é aquele que bate carteira, o ma-
landro é aquele que passa por amigo e não é, que tenta levar vantagem. Malan-
dragem é diferente do jeitinho, porque o jeitinho pode ser uma relação amistosa,
enquanto que a malandragemsignifica sempre passar para trás, passar alguém
para trás. Agora, o malandro brasileiro também pode ser uma figura muito simpá-
tica, Walt Disney, por exemplo, consagrou o malandro brasileiro na figura do Zé
Carioca. Então, Zé Carioca, aquele papagaio meio maluco, é um malandro brasi-
leiro É para ser o malandro brasileiro.
Agora, uma das últimas formas de ver a cultura brasileira, tem sido a psica-
nalítica, e aí se vê o brasileiro como uma pessoa que tem um discurso ambíguo,
que fala ao mesmo tempo como colonizador e como colono, que não consegue ser
o senhor e não consegue ser o subordinado; ele é, ao mesmo tempo, senhor e
subordinado. Então, o brasileiro, enquanto colonizador, ele tem um discurso que é
meio triste e é meio triste porque ele saiu da sua terra, de Portugal, da Itália, do
Japão, seja lá de onde for, da Espanha, ele saiu da sua terra e veio para o Brasil
para possuir uma outra terra, mas quando ele chegou aqui, ele percebeu que
essa terra era uma meretriz, era uma substituta, ou seja, a terra que ele queria
era sua mãe, em Portugal e esses outros países, e não uma substituta da sua
mãe. Bom, então, na realidade, com isso o que é que sobra? A única coisa que
sobra é explorar ao máximo essa terra, tirar dessa terra o máximo de proveito e é
o que as pessoas tentam fazer. Agora, o colono... se o colonizador tem uma fala
triste, o colono tem uma fala tristíssima, porque o colono sai desses países de
origem, certo que vai arranjar um pai que não tinha, o pai “não estava nem aí para
ele”, não era pai para ele, se negava a assumir a paternidade, então ele esperava
encontrar um pai indo para países de colonização mais recentes, como o Brasil e
assim por diante. Nos Estados Unidos, ele achou um pai porque quando ele che-
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Administração Brasileira | Autores clássicos em Administração Brasileira
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Organizações e Sociedade: A Cultura Brasileira
gou lá a terra estava dividida, ele encontrou a sua fazenda, a sua pequena propri-
edade e assim por diante. No Brasil, ele não encontrou pai nenhum, na verdade
ele encontrou um pai mas foi aquele que tentou colocar os imigrantes nas mesmas
condições de escravos. Então, na verdade, os brasileiros, segundo Contardo
Calligaris, oscilam entre a fala do colonizador e a fala do colono. Mas, com isso
tudo, a única coisa que a gente pode pensar é a seguinte: o que é que o brasileiro
não pode ser? O brasileiro não pode ser pai, no sentido de que ele não consegue
estabelecer diretrizes, ele não consegue estabelecer limites e assim por diante.
Ele não consegue ser mãe porque não consegue proteger. Ele não pode ser ir-
mão, porque ele não pode ver o outro na sua alteridade, isso é, na sua semelhan-
ça e na sua diferença. Então, na verdade, o que é que falta para o Brasil? O que
falta para o Brasil é tentar assumir a busca de ser aquilo que Caetano Veloso falou
magistralmente numa música: ‘Eu não quero Pátria, quero Mátria e quero Fátria’;
ou seja, para o brasileiro falta quase tudo em termos de carência, pensada psica-
naliticamente. Ora, quem é tão carente assim, na realidade só pode precisar de
tanta burocracia, de tanta lei inútil e, com tanta burocracia, com tanta lei inútil,
precisar de tantas instituições, de perfumaria, que vão perpassando essas leis e
essa burocracia. Bom, era basicamente isso que eu queria falar.
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Organizações e Sociedade: A Cultura Brasileira
ORGANIZAÇÕES E SOCIEDADE:
A CULTURA BRASILEIRA
Fernando Prestes Motta
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stou tendo três alegrias. Primeiro, estar aqui participando do relançamento
da Revista Organizações e Sociedade, que, no Brasil, é o perfil de revista de
administração com que mais eu me afino. Eu acho que eu poderia contar
algumas revistas, uma ou duas na Europa, uma ou duas nos Estados Unidos
e essa no Brasil que tem esse perfil, que é uma visão da organização como siste-
ma social. Isto está presente, inclusive, no nome. A outra alegria é estar na Escola
de Administração da Universidade Federal da Bahia, onde é sempre bom voltar; e
a terceira alegria é estar na Bahia, evidentemente. De modo que, com tantas
alegrias assim, eu já estou numa certa idade que é preciso tomar um pouco de
cuidado. De qualquer maneira, vamos começar a tratar do assunto dessa palestra
que é Organizações e Cultura no Brasil.
Inicialmente eu gostaria de dizer que o Brasil é uma sociedade coletivista;
isso, o Brasil é uma sociedade onde o social é mais importante do que o indi-
vidual. Agora, segundo alguns especialistas, o Brasil não é das sociedades
mais coletivistas, existem outras mais coletivistas. Mas, ainda assim, é mais
coletivista que o Japão e o Japão é tido como uma sociedade coletivista por
excelência. Uma outra característica da sociedade brasileira é a distância de
poder muito grande entre os grupos sociais e, nesse aspecto, o Brasil perde
para as outras sociedade latino-americanas, salvo a Argentina; ou seja, só a
Argentina é caracterizada por uma distância menor de poder entre grupos
sociais do que o Brasil. Uma outra característica importante da sociedade bra-
sileira é que ela procura com afinco evitar as incertezas e nós podemos dizer
que, no mundo inteiro, o Brasil é dos países que procuram evitar a incerteza
com maior afinco mas, na verdade, isso apenas mostra que as organizações
nessa sociedade são muito burocratizadas e muito hierarquizadas, ou seja,
distância de poder e procura de evitar a incerteza são características das or-
ganizações brasileiras, como são características da sociedade brasileira. Ago-
ra, o Brasil é também um país que, segundo Hofstede, um especialista holan-
dês, está em uma dimensão feminina entre os que procuram evitar a incerte-
za, mas ele está em uma dimensão feminina próxima de uma dimensão mas-
culina, sendo difícil situar a sociedade brasileira entre o masculino e o femini-
no. Mas o que é o masculino e o feminino para o Hofstede? O masculino é a
orientação para o material e o feminino é a orientação para o humano. Então,
na verdade, no Brasil, a orientação para o humano e a orientação para o
material nas organizações, ficam muito próximas. De um modo geral, o Hofstede
faz uma análise comparativa que abrange cerca de 160 países do mundo,
quer dizer, organizações nesses países e, na verdade, numa situação mais
indefinida entre o masculino e o feminino que o Brasil, só está um país, que é
o Paquistão. Já, tomando um grupo selecionado de 29 países, um autor in-
glês, chamado Charles Turner, considera o talento administrativo brasileiro
relativamente baixo e compara esse talento ao da Grécia, ao da Espanha e da
Malásia e considera que só é superior ao de Portugal. Ele não chega, no en-
tanto, a dizer exatamente o que entende por talento administrativo.
Agora, no que se refere à motivação dos trabalhadores, bem como à
identificação com as empresas, o Brasil já se coloca um pouco acima da mé-
dia, mas abaixo ainda do Japão, de Taiwan, da Coréia, da Dinamarca, da
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Suíça, da Áustria, da Holanda e perto de Singapura. Quer dizer que esses
dados apontam para o fato de que no Brasil os trabalhadores se identificam
muito com as empresas, mas um pouco menos do que em certos países de-
senvolvidos. Já no que se refere a relações sindicais o Brasil está numa posi-
ção muito baixa, ou seja, em termos de relações sindicais como base das
relações dos empregados dentro da empresa, o Brasil está próximo da Tur-
quia. E, na propensão para delegar autoridade o Brasil vem depois do Japão,
da Suécia, dos Estados Unidos, da Noruega, da Dinamarca, da Nova Zelândia,
da Alemanha, da Holanda, da Malásia, da Finlândia,da Suíça, da Austrália,
da Bélgica, de Luxemburgo, de Tawain, da Coréia, do Canadá, de Singapura,
da Inglaterra e de Hong-Kong; ou seja, todos esses países têm administra-
dores mais democráticos do que o Brasil. Agora, a distância de poder no
Brasil, entre os grupos sociais, é tão grande quanto a distribuição de renda
e tem muito a ver com o passado escravocrata do país. Então, na verdade, o
que a gente pode perceber, é que os trabalhadores e os executivos são
controlados de forma muito rígida por controles masculinos, tipo autoridade,
e por controles femininos, tipo sedução. Mas o Brasil é, também, um país que
foi imaginado como economia de extração e, como tal, o Brasil exibe a lógica
das economias de extração, ou seja, os recursos humanos, o meio-ambien-
te, o consumidor são explorados ao máximo no seio da empresa e na relação
da organização com a sociedade.
Bom, mas, como é que começou isso? Começou com uma apropriação, com
a apropriação da cultura indígena. No Brasil, o colonizador se apropriou da cultu-
ra indígena, principalmente, através da índia, através da mulher. Continuou com
a apropriação da cultura negra, num contexto de um modo de produção, o capi-
talismo, que não podia mais ser compatível com a escravidão. Ou seja, na verda-
de, o que a gente tem no Brasil é um colonizador que não termina, existe sempre
o colonizador, ainda hoje há o colonizador, só que o colonizador de hoje é o
burguês e o tecnocrata e o escravo de hoje é o operário. Agora, qual é a base
dessa nossa cultura da qual nós somos tão críticos e à qual nós somos também
tão apegados? A base dessa cultura é o engenho, a base dessa cultura é a
relação casa grande – senzala. Então, na verdade, o que a gente tem no enge-
nho é o germe de uma sociedade onde a distância social convive com a proximi-
dade física; as relações sociais no engenho são muito ambíguas; quem é escra-
va de quem, quem é amante de quem, quem é favorito de quem; tudo isso existe
no engenho. E com um dado muito importante: no engenho, não é feio ser favo-
rito, as pessoas são protegidas porque essa é a ordem das coisas. Além do
mais, nós temos no Brasil um conjunto de capitanias e essas capitanias são
subordinadas ao governo central, mas elas são muito pouco subordinadas ao
governo central, elas são, de fato, subordinadas aos senhores de engenho. De
modo que, a família no Brasil sempre foi mais importante do que o Estado. Como
dizia Sérgio Buarque de Holanda, a família, no Brasil, não se forma sob o Estado,
ela se forma sobre o Estado. Um sociólogo brasileiro, muito interessante, chama-
do José Carlos Durand, escreveu um livro sobre arte, privilégio e distinção e
nesse livro ele conta que mesmo no Segundo Império, quando foi criada a Aca-
demia Nacional de Belas- Artes, no Rio de Janeiro, para ir estudar na Academia
era preciso ser indicado por um senhor de terra. Ou seja, eu sou fazendeiro daí
um dia eu estou passando lá nos meus domínios, vejo um menino rabiscando a
parede. Eu digo: “puxa, esse menino... taí um pintor de mão cheia”. Eu escrevo
uma carta para o imperador e o imperador recebe. Com jeito dá nesses nossos
clássicos aí, Pedro Américo e assim por diante; sem jeito, não dá em nada. Ago-
ra, essa distância social, também, no Brasil, parece ser um pouco responsável,
pelo menos, pelo desprezo que as classes dominantes têm hoje com relação aos
miseráveis. Ou seja, quando alguém passa no seu automóvel, numa esquina de
uma das capitais brasileiras e vê lá os menininhos pedindo esmola, vendendo
coisa, a impressão que dá é que são seres de uma espaçonave que está se
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Organizações e Sociedade: A Cultura Brasileira
vendo; ele não considera aqueles meninos como seres da mesma espécie que
ele e isso porque o senhor de engenho não tinha nada a ver mesmo com o
escravo, ele estava muito longe do escravo.
Então, na verdade, o que a gente pode dizer é o seguinte: todos esses
traços fazem com que as pessoas pensem que no Brasil a cultura é uma forma
de se adaptar melhor aos colonizados; ou seja, os portugueses desenvolve-
ram essa cultura nos trópicos, para melhor se adaptarem aos índios, aos ne-
gros e assim por diante. Bom, mas parece que não é isso que na verdade se
dá, essas coisas não explicam muito, apenas dizem: “Olha a Holanda foi de
um jeito, nas colônias holandesas foi de um jeito, nas colônias portuguesas
foi de outro, nas colônias inglesas foi de outro...” .E não se explica nada com
isso. A única coisa que parece que a gente começa a entender, é que no Brasil
há um arremedo de revolução burguesa. O que é que significa um arremedo
de revolução burguesa? No Brasil a desigualdade interna é tão grande e a
dependência com relação aos países do primeiro mundo é tão grande, que
não dá para falar numa revolução burguesa, ou seja, nos Estados Unidos houve
uma revolução burguesa, na Inglaterra houve uma revolução burguesa, na
França houve uma revolução burguesa, no Brasil não houve uma revolução
burguesa. Na verdade, o que nós temos no Brasil é uma substituição de uma
oligarquia agrária por uma burguesia e uma tecnocracia que se formam a par-
tir da rápida introdução de organizações multinacionais no país e isso, claro, é
um movimento que demora algum tempo, mas, contudo, não há uma revolu-
ção, não é a burguesia que depõe a oligarquia, a burguesia toma o lugar da
oligarquia e, pelo contrário, a burguesia começa a assumir traços de compor-
tamento muito cosmopolitas, traços de comportamento europeus, america-
nos, mas, no entanto, sempre que pode, volta a traços de comportamento
oligárquicos, traços de comportamento do tempo dos senhores de engenho;
ou seja, no Brasil não existe arcaico ou moderno, existe arcaico e moderno.
Mesmo nas regiões mais modernas, o moderno convive com o arcaico. E a
gente pode até... lembrando de uma conversa que eu tive ao chegar aqui em
Salvador... afirmar: Salvador é uma cidade que tem hoje coisas de uma cidade
tradicional, muita coisa de uma sociedade tradicional e muita coisa de uma
sociedade moderna. Isso não é uma característica única de Salvador, isso é
uma característica do Brasil inteiro; mas, formando uma espécie de sincretismo,
formando uma espécie de arcaico e moderno ao mesmo tempo. Então, na
verdade, a gente só pode entender isso pensando: Bom, mas a noção de
progresso não é uma noção brasileira; está na bandeira brasileira, mas é ex-
terna, é uma noção que veio de fora. Então, as formas de modernização da
sociedade brasileira, as formas de progresso trazidas de fora, só podem ser
desajustadas para o Brasil.
Mas, o que nós podemos pensar, é que tudo isso provoca no Brasil o
surgimento de algumas instituições: uma instituição é o jeitinho brasileiro. As or-
ganizações no Brasil são tão burocratizadas que o único jeito de contornar a buro-
cracia é através do jeitinho. Mas, como? O jeitinho serve para quem? Leis muito
complicadas, leis muito difíceis, leis num número exagerado, são contornadas pelo
jeitinho. O jeitinho é um jeito humilde, não é um jeito arrogante. É o seguinte, eu
chego para o Paulo e digo: “Você é de Rio Claro, a mesma terra que eu.”. Ele diz:
“É, você também é de Rio Claro, de que família você é? Qual é o seu pessoal?”.
Esse é o jeitinho, é um time de futebol comum, é uma cidade comum, é isso que se
faz no Brasil. Com isso se costuma furar uma fila de cinquenta pessoas. A pessoa
vai passando. Ela é de Rio Claro conhece gente... Assim vai passando... Bem, a
outra instituição é o despachante. A classe média e a classe alta no Brasil não
sabem fazer nada sem o despachante. Por que existe o despachante? Existe,
outra vez, por causa da burocracia, da burocracia muito desenvolvida. Outra insti-
tuição que é comum no Brasil é “o você sabe com quem está falando?”, que é
muito desagradável para se ouvir, mas que é geralmente o jeito de se dizer:“Eu
sou parente daquele desembargador, você não sabe, quem é você? Eu sou paren-
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te do desembargador, você não é nada.” Muito bem, mas no Brasil tem um jeito
que é único, que é o jeito de combinar o você sabe com quem está falando com o
jeitinho, ou seja, ao mesmo tempo dá uma humilhada e dá uma acariciada, isso
também é comum no Brasil. Uma outra coisa que a gente pode lembrar, é o seguin-
te: na religião africana, por excelência, no Brasil, o Candomblé, o Exu é o interme-
diário entre o céu e a terra, o Exu é aquele que abre caminhos, quem é o despa-
chante? O despachante é aquele que abre caminho. Agora, veja no caso do can-
domblé: para chegar ao Exu eu tenho que passar pelo Pai de Santo, quer dizer
que eu não me livro do formal. Mesmo para chegar no informal, eu tenho que
passar pelo formal e é isso que acontece também nas organizações.
Ricardo Bresler, da FGV/SP, estudou uma marcenaria do tipo artesanal, mui-
to pequena, e descobriu uma coisa também curiosa. Nessa marcenaria os operá-
rios chamavam os proprietários de pais, cada um tem o seu pai. O proprietário era
fulano, ele era meu pai; você tem outro pai, era outro proprietário da marcenaria.
Isso parece também mostrar que a sociedade brasileira segue um modelo familiar
nas empresas, seja em empresas pequenas, seja em empresas grandes; e Liliana
Petrilli Segnini e Maria Tereza Leme Fleury, que são duas pesquisadoras da
UNICAMP e da USP, descobriram um modelo familiar quando estudaram, respec-
tivamente, um grande banco em São Paulo e uma grande empresa estatal. Parece
que o modelo familiar é alguma coisa que toma o lugar de espaços não preenchi-
dos, ou seja, eu não sei bem como me relacionar com meu chefe mas o modelo
que me sugere é o modelo de pai; eu não sei me relacionar com a organização
mas o modelo que se me sugere é o de mãe. Para isso é preciso que não haja um
modelo anterior, um modelo alternativo. Então, de fato, as pessoas constróem
nas organizações segundas e terceiras famílias, é o caso da marcenaria onde
todo mundo tem o seu pai.
Uma outra coisa, também, que a gente poderia lembrar aqui, é que uma
outra instituição brasileira, finalmente, é a malandragem. E essa todo mundo co-
nhece um pouco, já foi vítima. Lá em São Paulo os carros estão com uma
decalcomania: já fui assaltado. Todo carro tem essa decalcomania, não sei se aqui
tem também. E o malandro é isso, o malandro é o cara dos pequenos roubos, o
malandro é o pequeno assaltante, o malandro é aquele que bate carteira, o ma-
landro é aquele que passa por amigo e não é, que tenta levar vantagem. Malan-
dragem é diferente do jeitinho, porque o jeitinho pode ser uma relação amistosa,
enquanto que a malandragem significa sempre passar para trás, passar alguém
para trás. Agora, o malandro brasileiro também pode ser uma figura muito simpá-
tica, Walt Disney, por exemplo, consagrou o malandro brasileiro na figura do Zé
Carioca. Então, Zé Carioca, aquele papagaio meio maluco, é um malandro brasi-
leiro É para ser o malandro brasileiro.
Agora, uma das últimas formas de ver a cultura brasileira, tem sido a psica-
nalítica, e aí se vê o brasileiro como uma pessoa que tem um discurso ambíguo,
que fala ao mesmo tempo como colonizador e como colono, que não consegue ser
o senhor e não consegue ser o subordinado; ele é, ao mesmo tempo, senhor e
subordinado. Então, o brasileiro, enquanto colonizador, ele tem um discurso que é
meio triste e é meio triste porque ele saiu da sua terra, de Portugal, da Itália, do
Japão, seja lá de onde for, da Espanha, ele saiu da sua terra e veio para o Brasil
para possuir uma outra terra, mas quando ele chegou aqui, ele percebeu que
essa terra era uma meretriz, era uma substituta, ou seja, a terra que ele queria
era sua mãe, em Portugal e esses outros países, e não uma substituta da sua
mãe. Bom, então, na realidade, com isso o que é que sobra? A única coisa que
sobra é explorar ao máximo essa terra, tirar dessa terra o máximo de proveito e é
o que as pessoas tentam fazer. Agora, o colono... se o colonizador tem uma fala
triste, o colono tem uma fala tristíssima, porque o colono sai desses países de
origem, certo que vai arranjar um pai que não tinha, o pai “não estava nem aí para
ele”, não era pai para ele, se negava a assumir a paternidade, então ele esperava
encontrar um pai indo para países de colonização mais recentes, como o Brasil e
assim por diante. Nos Estados Unidos, ele achou um pai porque quando ele che-
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gou lá a terra estava dividida, ele encontrou a sua fazenda, a sua pequena propri-
edade e assim por diante. No Brasil, ele não encontrou pai nenhum, na verdade
ele encontrou um pai mas foi aquele que tentou colocar os imigrantes nas mesmas
condições de escravos. Então, na verdade, os brasileiros, segundo Contardo
Calligaris, oscilam entre a fala do colonizador e a fala do colono. Mas, com isso
tudo, a única coisa que a gente pode pensar é a seguinte: o que é que o brasileiro
não pode ser? O brasileiro não pode ser pai, no sentido de que ele não consegue
estabelecer diretrizes, ele não consegue estabelecer limites e assim por diante.
Ele não consegue ser mãe porque não consegue proteger. Ele não pode ser ir-
mão, porque ele não pode ver o outro na sua alteridade, isso é, na sua semelhan-
ça e na sua diferença. Então, na verdade, o que é que falta para o Brasil? O que
falta para o Brasil é tentar assumir a busca de ser aquilo que Caetano Veloso falou
magistralmente numa música: ‘Eu não quero Pátria, quero Mátria e quero Fátria’;
ou seja, para o brasileiro falta quase tudo em termos de carência, pensada psica-
naliticamente. Ora, quem é tão carente assim, na realidade só pode precisar de
tanta burocracia, de tanta lei inútil e, com tanta burocracia, com tanta lei inútil,
precisar de tantas instituições, de perfumaria, que vão perpassando essas leis e
essa burocracia. Bom, era basicamente isso que eu queria falar.
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209o&s - Salvador, v.17 - n.52, p. 209-219 - Janeiro/Março - 2010
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A Perduração de um Mestre e uma Agenda de Pesquisa na Educação de Administradores: artesanato de si,
memória dos outros e legados de ensino
A PERDURAÇÃO DE UM MESTRE E UMA AGENDA DE
PESQUISA NA EDUCAÇÃO DE ADMINISTRADORES:
ARTESANATO DE SI, MEMÓRIA DOS OUTROS E LEGADOS
DE ENSINO
Tânia Fischer*
Resumo
endo a vida de professor de Alberto Guerreiro Ramos como referência empírica e
inspiração, este artigo pretende sinalizar para as possibilidades

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