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Processo saúde-doença

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PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
INTRODUÇÃO
MODELO BIOMÉDICO
ü Dicotomizado
ü maniqueísta
ü perspectiva anátomo-clínica
ü “especialismos”
ü Exclui fatores sociais e
psicológicos.
MODELO BIOPSICOSSOCIAL
ü visão mais holística
ü terapêutica individualizada e 
personalizada
ü considera condições 
socioeconômicas, psicológicas e 
culturais.
RELATO DE CASO
A., 50 anos, casado, técnico em telecomunicações, funcionário de empresa de telefonia há 28 anos. Seus problemas começaram em
1996, com sucessivas mudanças administrativas: foi transferido de unidade duas vezes e assumiu, sem consulta prévia, posto de gerência,
aumentando suas atribuições, enquanto reduzia-se o efetivo de pessoal. Suas novas tarefas incluíam a demissão de funcionários. Para aprender o
novo serviço, passou a trabalhar até mais tarde nos fins de semana. Começou a sentir-se muito cansado fisicamente, ansioso, tenso e insone. Após a
privatização da empresa, havia sucessivas “mudanças de diretriz” (“mandavam a gente fazer tudo de um jeito, e no dia seguinte não era mais nada
daquilo, o trabalho era jogado fora”), além das ameaças de demissão, da desmoralização dos funcionários e das exigências cada vez maiores de
rendimento.
Além do cansaço físico, sentia-se exigido além do seu limite emocional. Pensar em trabalho deixava-o irritado e impaciente, ao contrário do
que sempre foi (considerava-o como prioridade, fonte de satisfação pessoal e orgulho). Passou a apresentar, além da ansiedade, tristeza profunda,
falta de prazer nas atividades, dificuldade em tomar decisões, perda de apetite e de peso (cerca de 14 kg em 7 meses), “brancos” de memória,
desesperança, sentimento de desvalorização pessoal e vontade de morrer. Foi, então, afastado de suas atividades laborativas, e iniciou tratamento
psiquiátrico em 2000. Foi encaminhado ao Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPUB) após 2 anos de tratamento
privado. Vinha em uso de oxcarbazepina 600 mg/dia, clonazepam 4 mg/dia e levomepromazina 50 mg/dia, que foram então substituídos por
imipramina 75-150 mg/dia, clorpromazina 100 mg/dia e diazepam 10 mg/dia (esquema atual).
Evoluiu com melhora importante da ansiedade e da insônia, melhora parcial dos sintomas depressivos e intensa dificuldade de lidar com
situações referentes ao trabalho. Foi aposentado por invalidez 1 ano após sua admissão no ambulatório do IPUB.
(Adaptado de Viera,et al.; 2006) 
CONCEITOS DE
SAÚDE
ü Plano subindividual: A., 50 anos, homem, 
funcional e normal
ü Plano individual: casado, técnico em 
telecomunicações
ü Plano coletivo: funcionário de empresa de 
telefonia há 28 anos
DOENÇA
ü Processo biopatológico: cansaço físico, perda de
apetite e de peso, ansiedade, tristeza profunda, falta de
prazer nas atividades, dificuldade em tomar decisões,,
“brancos” de memória, desesperança, e vontade de morrer
ü fatores de ordem socioeconômicos e
psicológicos:
Ø Personalidade: Trabalho como prioridade, fonte de 
satisfação pessoal e orgulho
Ø modo de vida: vive para o trabalho, sentia-se 
exigido além do seu limite emocional
E
DETERMINANTES SOCIAIS EM SAÚDE 
ü esferas de diferentes contextos sociais, permeadas, na maioria das vezes, pela
condição socioeconômica e suas relações de dominação-exploração:
“Seus problemas começaram em 1996, com sucessivas mudanças administrativas: foi transferido
de unidade duas vezes e assumiu, sem consulta prévia, posto de gerência, aumentando suas atribuições,
enquanto reduzia-se o efetivo de pessoal. Suas novas tarefas incluíam a demissão de funcionários.
Para aprender o novo serviço, passou a trabalhar até mais tarde nos fins de semana. ”
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA NO SÉCULO XXI
Há um conjunto de doenças que têm sido apontadas como determinantes deste
século, como obesidade, estresse e depressão:
“O caso descrito apresenta sobrecarga, estresse, falta de condições para exercer o trabalho,
insegurança quanto à permanência no emprego, falta de suporte da equipe/chefia, sentimento de
desmoralização pessoal no ambiente de trabalho, sentimento de injustiça. Os sintomas emocionais
desenvolvidos pelo paciente correspondem a síndrome de burnout e, também, de depressão.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)
ü Buscando tratar a saúde mental da população usuária da saúde pública, o Sistema
Único de Saúde (SUS) oferece atendimento psicológico totalmente gratuito:
“O caso descrito o paciente foi encaminhado ao Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal
do Rio de Janeiro (IPUB)”
CONCLUSÃO 
ü este trabalho abordou o processo saúde-doença a partir de um relato de caso,
com bases no modelo biopsicosocial, que apesar de ser o modelo recomendado, nem
sempre é a prevalente nos contextos de atenção à saúde.
ü o acesso a psicólogos, psiquiatras e terapeutas no SUS promove o direto da
camada marginalizada a tratar de sua mente, como os de níveis econômicos
superiores já faziam há anos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Atenção psicossocial a crianças e adolescentes no SUS : tecendo redes para garantir direitos. Ministério da Saúde, Conselho 
Nacional do Ministério Público. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014.
BUSS, P.M.; FILHO, A.P. A saúde e seus determinantes sociais. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v.17 n.1 Rio de Janeiro jan./abr. 2007. Disponível em: 
<http://www.uff.br/coletiva1/DETERMINANTES_SOCAIS_E_SAUDE.pdf>
COMISSÃO NACIONAL SOBRE OS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE (CNDSS) - Carta aberta aos candidatos à Presidência da República. Setembro de 
2006.
MARCO, M.A. A Face Humana da Medicina: do modelo biomédico ao modelo biopsicossocial. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003, p. 35-41.
NARVAI, P.C.; et al. Práticas de saúde pública. In: Saúde pública: bases conceituais. São Paulo: Atheneu, 2008, p. 269-297.
NETO, J. L. F. A Atuação do Psicólogo no SUS: Análise de Alguns Impasses. PSICOLOGIA CIÊNCIA E PROFISSÃO, 2010, 30 (2), 386-399.Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/pcp/v30n2/v30n2a13.pdf> 
OMS – Organizacíon Mundial de La Salud. Documentos básicos. 26 ed. Genebra: OMS, 1976. 
ROMANO, L. G. Medicina, a "ciência exata" do século XXI. Rev. Col. Bras. Cir. vol.26 no.6 Rio de Janeiro Nov./Dec. 1999. Disponível em: 
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SCHRAIBER, M.G. Enfermagem e saúde do adulto, 1996.
SELIGMANN-SILVAL; BERNARDO, M. H.; MAENO, M.; KATO, M. Saúde do Trabalhador no início do século XXI. Rev. bras. saúde ocup. vol.35 no.122. São 
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SILVA, J. L. L. O processo saúde-doença e importância para a promoção da saúde. Informe-se em promoção da saúde, n.2.p.03-05. 2006. Disponível em: 
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VIANNA, L.A.C. Processo saúde-doença. Especialização em Saúde da Família. Universidade Federal de São Paulo, UNA-SUS. Pró-Reitoria de Extensão, 2012.
VIEIRA, I.; et al. Burnout na clínica psiquiátrica: relato de um caso. Rev Psiquiatr RS set/dez 2006; 28(3)

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