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Micoses superficiais cutaneas

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Cinthia Eduarda - 103  
Micoses Superficiais Cutâneas  
 
Dermatofitose 
- Grupo de fungos filamentosos, hialinos, 
septados, algumas vezes artroconídios; 
- Invade tecidos queratinizados; restrita ao 
estrato córneo, mas pode causar lesões em 
pelo, e unha; 
- Pertecem à divisão ascomytcota, 
- 3 generos: 
- Trichophyton 
- Microsporum 
- Epidermophyton 
- Provocam resposta do hospedeiro e podem 
tornar-se sintomáticas; 
- Estão na sua forma anamórfica, mas há 
relatos de fase teleomorfa em alguns 
Trichophyton e Microsporum - chamado de 
Arthroderma; 
- Podem ser: 
- Geofílicos: vive nos solos ricos de 
queratina - maioria; atingem os 
homens ou animais raramente; 
quando parasitam o homem 
apresenta quadros mais 
inflamatórios e exuberantes; 
tendência à cura espontânea; 
- Zoofílicos: vive do parasitismo 
animal; 30% das dermatofitoses 
humanas; abandonaram o solo; 
adaptação a condições de 
parasitismo em animais em contato 
com o solo; cães, gatos, cavalos, 
porcos e bois; infecções agudas e 
restritas às áreas onde o hospedeiro 
é encontrado; 
- Antropofílicos: vive do parasitismo 
humano; 70% das dermatofitoses; 
adaptação ao homem; infecções 
crônicas, evolução lenta, pouca ou 
nenhuma hipersensibilidade; 
frequentes na comunidade; surtos 
localizados em presença de 
condições favoráveis de 
transmissão; mais resistência ao 
tratamento; transmissão 
inter-humana; 
- Distribuição geográfica : cosmopolita (Ex: 
Trichophyton rubrum, Trichophyton 
mentagrophytes e Epidermophyton 
floccosum); podem ter preferência por 
determinadas regiões 
- Fatores predisponentes: 
- Corticoterapia, diabetes, pessoas que 
usam sapatos fechados o dia todo, 
má-higienização, contato com 
animais, áreas do corpo com 
umidade; 
- Mecanismos de defesa 
1) Pele: estrutura física e química; 
2) Exposição à luz UV; 
3) Temperatura e falta de umidade; 
4) Microbiota normal; 
5) Queratinização (renovação do estrato 
córneo); 
 
Patogenia 
- Fatores que favorecem a infecção: 
- Lesões na pele: estrato córneo s/ 
mecanismos de defesa; 
- Hidratação do estrato córneo p/ gll 
sudoríparas e pela perda 
transepidermal de água; 
- Temperatura da pele mais baixa 
que a do corpo; pH alterado; 
 
 
Cinthia Eduarda - 103  
- Aderência do conídio - 6 horas - conídio 
germinante - secreção de enzimas (proteases, 
lipases, fosfatases, nucleases e glicosidases) - 
penetração do tubo germinativo nos tecidos. 
Absorção de nutrientes para crescimento 
fúngico - formação de novos conídios e 
desenvolvimento de resposta inflamatória 
(devido liberação de metabólitos tóxicos; 
 
Patogênese - Epiderme 
- Inoculação de propágulos fúngicos; 
- Penetração da camada córnea da epiderme; 
(por força mecânica ou produção de 
enzimas) 
- Desenvolvimento circular e centrífugo dos 
conídios no local da inoculação (crescem de 
dentro para fora; com o tempo, liberam 
metabólitos tóxicos que gera uma resposta 
inflamatória); 
- Após alguns dias: 
- Aspecto circular com lesões 
vesiculares que circunscrevem a 
parte central (borda um pouco 
elevada com eritema - fungo na 
forma ativa); 
- Parte central tende à cura; 
Patogênese - pelos 
- Geralmente secundária a evolução de pele; 
- Remove a cutícula e ganha o pelo; 
- Infecção: superfície até a parte mais 
profunda do pelo; 
- Parasitismo endotrix: parasita por dentro do 
pelo; o pelo não cresce, pois quebra quando 
emerge 
- Parasitismo ectotrix: parasita por fora do 
pelo; mantida pelo movimento contrário do 
parasitismo e o crescimento do pelo; 
- Invasão fúngica: 
- Crescimento fúngico; 
- Crescimento do pelo; 
- Micro: presença de artroconídios; 
 
Patogenese - unhas 
- A invasão inicia-se, geralmente, na parte 
distal do leito ungueal em direção a parte 
proximal; 
- Diferentes tipos de acometimento: 
- Localização da lesão; 
- Etiologia do agente causal; 
- Onicomicose por leveduras: da parte 
proximal para a parte distal; faz cultivo; 
- Onicomicose por dermatófitos: da parte 
distal para a parte proximal; 
 
Agentes dermatofíticos 
1) Trichophyton 
- T. rubrum; T. mentagrophytes; T. tonsurans; 
T. schoenleinii; T. verrucosum; T. 
concentricum e T. violaceum; 
2) Microsporum 
- M. canis e M. gypseum; 
3) Epidermophyton 
- E. floccosuum; 
Manifestações clínicas 
Corrente inglesa (a que vamos usar) 
- Tinea corporis: tinha de corpo; 
- Tinha facei: tinha de face; 
- Tinha pedis: tinha do pé; 
- Tinha unguium: tinha das unhas; 
- Tinha cruris: tinha inguino-crural; 
- Tinha capitis: tinha de couro 
cabeludo; 
- Tinha barbae: tinha de barba; 
- Tinha manum: tinha de mão; 
Corrente francesa 
- Epidermofitíase; 
 
Cinthia Eduarda - 103  
- Onicomicose; 
- Tinea/tinha; 
 
1) Tinha corporis/T. facei 
- Lesão circular única/múltipla; 
- Regular ou irregular/ descamativa; 
- Bordos inflamatórios/vesiculosos; 
- Avermelhada 
- Crescimento fúngico; 
- Leve prurido; 
- Maior incidência em crianças e adultos; 
- Principais agentes: T. rubrum/T. 
mentagrophytes; M. canis/gypseum e E. 
floccosum; 
 
Tinea manum 
- Superfície palmar e regiões interdigitais; 
- Aspecto desidrótico; 
- Eczematóide a hiperceratósico; 
- Principais agentes: T. rubrum, T. 
mentagrophytes e T. tonsurans; 
 
Tinea barbae 
- Barba e bigode; 
- Pústulas foliculares isoladas//agrupadas; 
- Evolução cronica; 
- Alopécia cicatricial; 
- Principais agentes: T. rubrum, T. 
mentagrophytes e T. verrucosum; 
 
Tinea pedis 
- Sola dos pés e região interdigital; 
- Forma desidrótica - vesículas na região 
plantar; 
- Forma hiperceratósica - placas 
eritemato-escamosas em região plantar e 
bordos laterais do pé; 
- Forma intertriginosa (pé de atleta), 
maceração com formação de fissuras; 
- Principais agentes: T. rubrum, T. 
mentagrophytes e E. floccosum; 
 
Tinea unguium 
- Unhas das mãos e pés; mais comum nos pés 
- Subungueal distal e/ou lateral - onicólise/ 
distrofia/ espessamento/ opacificação; 
- Principais agentes: T. rubrum, T. 
mentagrophytes; 
- Branca superficial: manchas bracas na parte 
média da lamina superior; 
- Principais agentes: T. rubrum e T. 
mentagrophytes; 
- Rara - geralmente em 
imunodeficientes; 
- Subungueal proximal: rara; manchas 
brancas na porção proximal; 
- Principais agentes: T. rubrum e T. 
mentagrophytes; 
- Distrófica total: evoluçãocom queda das 
unhas; 
- Todos os outros tipos podem evoluir 
para esse, caso não haja 
tratamento; 
- T. rubrum e T. mentagrophytes; 
 
Tinea cruris 
- Virilha, raiz das coxas, períneo e região 
interglútea; intensa maceração, quente e 
úmida; 
- Lesões descamativas; 
- Borda eritemato-vesiculoso ou pustuloso; 
- Pruriginosas; geralmente à noite; 
- Lesões bastante parecidas com eritrasma 
(causado por bactérias); diferencia pela 
 
Cinthia Eduarda - 103  
lampada de Wood (eritrasma fica 
avermelhada; tinea fica verde-amarelado); 
- Geralmente bilaterais e contagiosas; 
- Principais agentes: T. rubrum, T. 
mentagrophytes e T. floccosum; 
 
Tinea capitis (Tinha tonsurante) 
- Mais frequente; 
- Acomete principalmente crianças em idade 
escolar (4-10 anos); não tem ác. graxos de 
cadeia longa (ação antifúngica); 
- Aparecimento de uma ou mais placas de 
alopecia aparente, onde se observam 
pequenos fragmentos de pelo emergindo dos 
folículos pilosos; 
- Principais agentes: M. canis e T. tonsurans; 
- Antropofílico - contagioso; 
- Pode ser dos tipos: 
- Microspórica 
- N° reduzido de lesões de 
grande diâmetro; 
- Única placa (microspórica 
- p. ectotrix); 
- Fica amarelo-esverdeado 
na lampada de wood; 
- Tricospórica 
- Lesões de pequeno 
diâmetro; 
- Múltiplas placas 
(Tricospórica - p. 
endotrix); 
- Causada pelo gênero 
Tricophyton 
 
Tinea capitis (tinha supuurativa) 
- Tinha supurativa - crianças e adultos; em 
especial mulheres e crianças - lesão única no 
couro cabeludo; 
- No homem, lesões secundárias (barba e 
bigode); 
- Placa escamosa, edema e rubor; 
- Secreção purulenta, perda de cabelos (n 
permanente); 
- Também conhecida por Kérion Celsi; 
- Principais agentes: M. gypseum e T. 
mentagrophytes; geofílico - intensa 
inflamação; 
 
Tinea capitis (Tinha fávica) 
- Rara; primeira doença fúngica 
diagnosticada; 
- Acomete o couro cabeludo; 
- Presença de gotas de líquido 
seroso/dessecação em torno do pelo; crosta 
amarelada/ godet ou escútulas - crosta 
fávica - odor de urina de rato; 
- Foliculite intensa - alopécia definitiva; 
- Agente causal: T. schoenleinii; não produz 
macro e microconídios 
- Parasitismo do tipo ecto ou endo; formação 
de bolhas dentro do pelo; 
 
Tinea imbricata 
- Placas escamosas branco-acizentadas 
dispostas em aneis concentricos; 
- Bordas elevadas; 
- Epiderme constituída por lamelas que se 
destacam facilmente; 
- Pruriginosas dando aspecto liquenizante; 
- Ausência de sinais inflamatórios; 
- Típica de populações isoladas; 
- Agente causal: T. concentricum; 
 
Diagnóstico das dermatofitoses 
 
Cinthia Eduarda - 103  
- Após presença de sinais clínicos, deve-se fazer 
a pesquisa direta do material clínicos, i.e, das 
escamas epidermicas e ungueais; 
- KOH + tinta parker; pode ver a 
hifa (está invadindo) ou 
artroconídios (está causando 
infecção); 
- Cultura; 
- Isolamento do patógeno em cultivo 
apropriado; 
- Identificação de genero e espécie 
do agente etiológico; 
- No pelo ta,mbém faz-se EMD (KOH (30%) 
+ tinta parker; 
- Parasitismo endotrix: artroconídios 
e/ou hifas no interior do pelo; 
- Parasitismo ectotrix: artroconídios 
pequenos ou grandes no exterior do 
pelo; 
1) Análises macrospóricas 
- Textura: pulvuurulenta, granular, 
camuurçada, cotonosa; 
- Topografis: plana, pregueada, 
cerebriforme, convexa; 
- Cor da colonia; 
- Pigmento (reverso da colonia); 
 
2) Análises microspóricas 
- Micélio vegetativo 
- Septado ou asseptado; 
hialino ou demáceo; 
presença de hifas em 
espiral, em raquete, 
clamidosporos; 
- Estruturas reprodutivas 
- Micronídios e 
macronídios; 
 
Macromorfologia - Micromorfologia 
- M. canis 
- colonia com aspecto de gema de 
ovo (amarelado); glaba - menos 
peluda; macroconídio (fusiforme, 
fragmosporo; mais de 6 células; 
parede celular espessa lisa ou 
espinhosa)s; hifas filamentosas 
hialinas septadas; zoofílico 
- M. gypseum 
- Geofílico; colonia pulvurulenta; 
branco a bege; macroconídios 
menos fusiformes, pontas 
arrendondadas parecendo 
‘charuto’, presença e microconídios; 
hifas hialinas septadas; tem no 
máximo 6 células no macroconídio; 
- M. nanum ? 
- pouca relevância; causa 
dermatofitose em animais; 
- T. rubrum 
- mais comum; antropofílico; colonia 
branca cotonosa, reverso 
avermelhado, hifas hialinas 
septadas, microconídios em forma 
de lágrima, paralelos às hifas; 
- T. mentagrophytes 
- Produz hifa em espiral, hifa 
hialina septada, conídios 
arredondados agrupados ou fixos a 
hifa, colonia esbranquiçada 
pulvurulenta; 
- T. tonsurans 
- Parece centopeia (hifa hialina 
septada com microconídios ao 
redor), colonia bege sulcada; 
***Os T. podem produzir macroconídios, em forma de 
caneta (mais raro); 
 
Cinthia Eduarda - 103  
 
- T. schoenleinnii 
- dificil de isolar; colonia com 
aspecto de vela derretida, cor 
mostrada com borda 
esbranquiçada; não há presença de 
conídios, apenas hifas mais 
alargadas formando o “candelabro 
flavoso” ou “chifre de cervo”; 
- E. floccosum 
- Produz macroconídios que podem 
estar agrupados em caixas todos 
dispostos na hifa ou produzir um 
único conídio fixo na hifa (parece a 
clava do capitão caverna); tem até 
9 septos; colonia com aspecto 
esbranquiçado com bordas 
amarelo-esverdeado; 
 
- Histopatologia 
- Fisher; não é necessário (EMD é 
mais usado); 
 
 
Tratamento 
- Tópico: em infecções não disseminada e não 
acometer cabelos e unhas. Ex: Tinha corporis 
ou cruris (2 sem.) e Tinha pedis tipo seco (4 
sem.); 
- Cremes, loções, sabonetes à base de 
solução de iodo (1%), ácido 
salicílico (2%) e ácido benzóico 
(3%), principalmente para lesões de 
pele, glabra, pés e unhas; 
- E derivados de imidazólicos: 
miconaazol (2%), oxiconazol (1%), 
tioconazol (1%), isoconazol (1%); 
- ½ aplicações diárias; 
 
- Tratamento sistemico: em casos de Tinea 
capitis, Tinea corporis extensa, onicomicose 
cronica e Tinea pedis cronica; 
- Griseofulvina: 10-20mg/Kg 
(crianças); 500 mg/dia (adultos); 
- Tinea capitis (30-45 
dias); Tinea pedis (45 
dias); Tinea corporis (20 
dias); 
- Itraconazol (100 mg/dia)/ 
fluconazol (150 mg/semana) e 
terbinafina (250 mg/dia); 
- Tinea corporis (2-4 
semanas); Tinea capitis 
(4-6 semanas) e Tinea 
unguium (3-6 meses -mãos/ +6 meses - pés); 
 
** Fungos antropofílicos tem a ter resistência ao 
tratamento; mais adaptado ao homem;