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ABORTO (1)

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ABORTO: •Um aborto ou interrupção da gravidez é a remoção ou expulsão prematura de um embrião, ou feto do útero, resultando na sua morte ou sendo por esta causada.
TIPOS: Acidental: O aborto acidental, é aquele que ocorre com a queda ou mesmo algum acidente relacionado à mãe que acaba por expulsar o feto, sem a intenção; Espontâneo: aborto espontâneo é aquele que ocorre repentinamente, sendo mais frequente na 3ª semana de gestação; Induzindo: aborto induzido pode ocorrer em clinicas clandestinas ou legalizadas, em casa, com a ajuda de outras pessoas ou a mãe sozinha, esta prática se constitui por intenção da mãe ou de outras pessoas e pode acontecer com a ajuda de medicamentos ou com a introdução de objetos
ABORTO INDUZIDO A sucção ou aspiração; A dilatação e curetagem; A dilatação e expulsão; Injeção de soluções salinas; Esquartejamento; Sufocamento; Pílula do dia seguinte;
MÉTODOS ABORTIVOS MAIS COMUNS: 
•ABORTO MEDICAMENTOSO: O aborto medicamentoso ocorre quando agentes farmacológicos são administrados vaginal ou oralmente, para provocarem a expulsão do conteúdo uterino.
•Aspiração por vácuo (AV): A aspiração por vácuo (AV) remove o conteúdo do útero, aplicando sucção através de uma cânula que é inserida no útero através do cérvix. Outros termos para aspiração por vácuo incluem: aborto por sucção, curetagem a vácuo, curetagem por sucção, regulação menstrual (RM) e mini sucção. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a aspiração por vácuo pode ser usada até às 12 ou 15 semanas, dependendo dos instrumentos disponíveis e do treino e capacidades do provedor.
O que diz a lei? A Constituição Brasileira protege a vida humana sem distinções. Ela considera que a vida se inicia na fecundação.
Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento: Art. 124. Provocar aborto em si mesmo ou consentir que outrem lhe provoque: Pena - detenção, de um a três anos.
O aborto provocado pela própria gestante, também chamado auto-aborto ou a gestante lhe consente em que outrem lhe pratique o aborto. Quem apenas auxilia a gestante, induzindo, indicando, investigando, acompanhando e pagando etc..., será coparticipante do crime do art. 124.
Art. 125. Provocar aborto, sem o consentimento da gestante. Pena - reclusão, de três a dez anos.
Art. 126 - Provocar Aborto com o consentimento da gestante: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de 14 (quatorze) anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.
 Art.128: Não se pune o aborto praticado por médico: Diante do pedido de autorização do aborto, instruída com laudos médico e psicológicos e favoráveis, evidenciando o risco à saúde da gestante, comprovando que o feto é portador de anencefalia (ausência de cérebro), autoriza-se a interrupção da gravidez.
Consequências: O aborto é condenado justamente porque, além de ser um crime, só gera complicações, independente do método utilizado. Muito mais do que consequências físicas, o aborto pode provocar danos psicológicos para a mãe. Danos causados às trompas por possível infecção pós- aborto, causando infertilidade. O aborto pode provocar complicações placentárias novas, tornando necessária uma cesariana (histerectomia), para salvar a vida da mãe. O mais grave é a hemorragia, podendo levar ao óbito.
ABORTO CONSIDERADO CRIME: O Código Penal Brasileiro estabelece que o aborto é crime quando praticado: pela própria gestante; a pedido da gestante; sem o consentimento da gestante. Penas: detenção de 1 a 3 anos, para a mulher que faz o aborto em si mesma ou consente que outra pessoa o faça; reclusão de 3 a 10 anos, para a pessoa que faz o aborto em uma mulher, sem seu consentimento; reclusão de até 10 anos, para a pessoa que faz o aborto com o consentimento da gestante menor de 14 anos, da alienada ou da débil mental, ou ainda se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.
Penas: As penas são aumentadas de um terço, se a gestante sofrer lesão corporal de natureza grave e são duplicadas, se morrer por causa da lesão (crime de homicídio). •Violência física, como pontapé na barriga da mulher grávida, provocando aborto, é considerada crime de lesão corporal de natureza gravíssima. 
ABORTO: Porém, há um movimento a favor da interrupção da gravidez quando o feto for incompatível com a vida. Esse grupo propôs projetos de lei que autorizam o aborto quando o nascituro apresenta uma anomalia grave e incurável implicando na impossibilidade de vida extra-uterina, por exemplo, em casos de anencefalia, agenesia bilateral renal e/ou pulmonar.
CURIOSIDADES: Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) Cerca de 3 milhões de adolescentes de 15 a 19 anos fazem abortos inseguros todos os anos. Segundo estimativa da OMS, no Brasil, 31% das gestações terminam em abortamento e anualmente ocorrem mais de 1 milhão abortamentos espontâneos e inseguros. Na Alemanha nazista o aborto era proibido por que era dever da mulher fornecer filhos para o III Reich Os gregos permitiam o aborto, mas os romanos o puniam com pena de morte. O primeiro país a permitir aborto no prazo de 28 semanas foi a Inglaterra, tornando-se atração turística para feministas.
Segundo Maria Tereza Verardo, toda mulher quando está com a menstruação atrasada sabe como é angustiante, principalmente quando a possível gravidez é indesejada. Os métodos anticoncepcionais, sendo eles pílulas, injeções, preservativos, não são 100% (cem por cento) seguros, apesar de esses métodos diminuírem os riscos da gravidez malquista. No entanto, quando a gravidez acontece só existem dois caminhos: o parto ou o aborto. Para a mesma, o aborto é a interrupção de uma gravidez, sendo ele um aborto terapêutico, quando o mesmo é necessário, pelo fato da mãe correr risco de vida; ou aborto eugênico, sendo este resultante de um estupro, podendo ser classificada como aborto terapêutico uma vez que o estupro causa um forte abalo psíquico na mãe. Alguns obstetras delimitam o tempo de gestação até a 22ª (vigésima segunda) semana de gravidez. Após esse período, a interrupção é considerada parto prematuro e, se houver óbito do feto, este é considerado natimorto. Ou seja, até os cinco meses e meio de gravidez a expulsão do feto é considerada aborto pela medicina; dos cinco meses e meio em diante, parto prematuro. Já, sob a ótica do jurista Adilson Mehmeri, citado pela Revista Jus Vigilantibus (2004), o aborto é a expulsão violenta, dolosa e prematura do feto do útero materno, de que resulte sua morte, ou seja, a interrupção de seu curso fisiológico no útero materno, causando-lhe a morte.
O aborto pode ocorrer espontaneamente (sem a intromissão de alguém, sendo ela a mãe ou uma terceira pessoa) ou artificialmente (com a ajuda da mãe ou de uma terceira pessoa), sendo finalizada a gestação, e consequentemente a vida do feto, pois segundo o Código Civil Brasileiro, em seu artigo 2º, afirma que a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
O aborto pode ocorrer em várias situações: a primeira é na situação de estupro, quando a gravidez provém de uma violação, as mulheres têm propensão para abortar, uma vez que o filho foi fruto de um ato cruel e totalmente isento de amor, causado na maioria das vezes pela própria família em que o pai, irmãos e até mesmo tios cometem tal ato, isso se deve a desestrutura familiar, que faz de seus filhos suas vítimas; a segunda situação é a má reação por parte da família, muitas vezes quando a gravidez se dá em adolescentes solteiras a família tem tendência para não aceitar a criança e, muitas vezes, a própria mãe, esta não tem coragem para revelar a sua situação, poiscorre o risco de sofrer represálias por parte da família e, por isso, decide abortar; a terceira situação é o risco de vida, quando de uma gravidez de risco em que um ou ambos os intervenientes correm risco de vida, a mãe pode tomar a decisão de abortar, pois é preferível a ver o filho morrer à nascença ou a não poder acompanhar o seu crescimento; a quarta situação é no caso de doenças transmissíveis, quando uma grávida está infectada com doenças sem cura e o filho corre o risco de ser também infectado; a quinta situação é a incapacidade econômica, devido ao fato de as mães não terem capacidades financeiras para suportar o desenvolvimento do filho; a sexta situação é a malformação do feto, quando se dão problemas na gravidez e o feto tem malformações, as mães, para evitarem problemas futuros, decidem abortar; a sétima situação é a instabilidade emocional, em que as mulheres abortam pois não possuem condições, nem sanidade mental para acompanhar o desenvolvimento do filho; e a oitava situação é a gravidez na adolescência, em que adolescentes abortam não só por não estarem preparadas para criar um filho mas também porque os filhos de grávidas adolescentes têm elevadas probabilidades de nascerem prematuramente, o que conduz a problemas de saúde futuros.
 Diante disso, acredita-se que as profissionais enfermeiras devem estar constantemente buscando a atualização e permeando a sua assistência não só no fazer técnico, mas também que se contemplem os aspectos éticos científicos. No caso do atendimento a mulher em processo de abortamento, requer que a enfermeira reflita sobre sua conduta e se desapegue de valores e crenças pessoas para que possa oferecer um atendimento holístico e de forma humanizada, livre de pré-julgamentos e condenações. O cuidar é um ato complexo, que deve ser realizado considerando que a pessoa que recebe este cuidado é digna de tê-lo de maneira respeitosa. Os princípios bioéticos auxiliam a enfermeira a ter em mente estas considerações e agir de acordo com elas, fazendo com que o cuidado não se torne apenas uma aplicação de técnicas de enfermagem, mas sim, uma prática que considere a integralidade da paciente.

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