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METODOLOGIA DE PESQUISA 
Técnicas de estudo, artigo cientifico, gêneros acadêmicos e apresentação gráfica 
Unidade 1 
 
1. TÉCNICAS DE ESTUDO 
O desenvolvimento de um trabalho técnico-científico exige uma postura diferenciada no que 
se refere às suas etapas e ela deve ter início desde as primeiras decisões. 
A partir da escolha do objeto de estudo, da questão da pesquisa de seu interesse, você deve 
organizar um plano de atividades, pois faz-se necessária a máxima organização para que tenha 
sucesso ao final de todo seu empenho. 
Gilberto Andrade Martins, no livro Manual para elaboração de monografias e dissertações, 
de 2002, propõe um roteiro inicial de pesquisa, visto que a organização dos passos a serem 
dados é de extrema importância, e, levando-se em conta as características individuais de cada 
trabalho, podemos observar a síntese dos itens desse roteiro como um procedimento de 
abertura: 
1. Escolha do tema-problema; 
2. Identificação das limitações sobre o que será abordado; 
3. Formulação de objetivos; 
4. Levantamento bibliográfico; 
5. Leitura do material selecionado com registros; 
6. Análise e interpretação dos dados coletados; 
7. Elaboração de conclusões; 
8. Elaboração de introdução; 
9. Registro de bibliografias e anexos; 
10. Revisão geral; 
11. Digitação; 
12. Entrega e/ou apresentação. 
No entanto, outras preocupações devem ficar em evidência, entre elas, temos as técnicas de 
estudo e você pode lembrar-se de ações como grifar trechos lidos, fazer releituras, fazer uso 
de mnemônicos, elaborar resumos etc.; entretanto, não se trata disso neste momento. 
Mnemônico, segundo Houaiss (2004, p. 500), é relativo à memória, 
aquilo que ajuda a reter na memória; relaciona-se a técnicas para 
desenvolver a memória por meio de processos de combinação e 
associação de ideias. Isso quer dizer que a elaboração de esquemas, 
mapas mentais, símbolos ou frases de efeito, assim como o uso de 
palavras que permitam essa rápida associação e assimilação fazem parte 
da mnemônica. emônico, segundo Houaiss 
Obviamente, as formas mencionadas são bastante usadas pelos estudantes em geral, porém, é 
preciso evidenciar que existem diferentes formas de pesquisa que geram diferentes tipologias 
de estudos, pois estamos tratando da elaboração de um texto técnico-científico e, de acordo 
com o seu objeto de interesse, podem ser combinadas duas ou mais modalidades, não recaindo 
sobre um único indicativo. 
Temos quatro gêneros de técnicas de estudo, intercomunicados, são eles: 
Pesquisa teórica: Aquela que se dedica ao estudo de teorias. 
Pesquisa metodológica: Aquela que se dedica aos modos de se fazer ciência. 
Pesquisa empírica: Aquela que se dedica a codificar o que é possível ser medido dentro da 
realidade social. 
Pesquisa prática: Aquela voltada para a intervenção na realidade social. 
Assim, levando em consideração que você deverá observar o objeto de estudo de seu trabalho, 
a seguir, serão evidenciadas algumas modalidades de pesquisa geradas a partir dos gêneros 
mencionados, para que seja possível decidir quais os procedimentos mais adequados a esse 
estudo: 
Análise de conteúdo: Com a ocorrência de análise de conteúdos escritos em jornais e revistas 
e que são usados como fontes de informações; 
Bibliográfico: Estudo das contribuições científicas sobre determinado assunto; 
Censo: Levantamento de informações de todos os integrantes do universo pesquisado; 
Clínico: Baseado em técnicas de entrevistas, da história de vida, do aconselhamento, de 
psicodiagnósticos; 
Comparativo: Trata-se de um procedimento científico que examina casos, fenômenos ou coisas 
por analogia, descobrindo aspectos em comum, regularidades e princípios; 
Crítico-dialético: Apoia-se na dinâmica da realidade e na relação teoria e prática; suas 
propostas são críticas e com o objetivo de desvendar conflitos de interesses; 
De campo: Corresponde à coleta direta de informações em locais nos quais acontecem os 
fenômenos em estudo; 
Dedutivo: Apresenta um conjunto de proposições particulares contidas e verdades universais, 
partindo de uma premissa de valor universal para uma particularidade, justifica-se pela 
verdade, pela coerência e não contradição; 
Descritivo: Tem como objetivo a descrição das características de determinado fenômeno ou 
população; 
Documental: Reúne, classifica e distribui documentos de todo gênero das atividades humanas; 
Empírico-analítica: Faz utilização de técnicas de coleta, analisando dados quantitativos para 
validação de provas científicas; 
Entrevista: Ocorre um processo de interação social, baseada em interlocutores que assumem 
papéis, respectivamente de entrevistador e de entrevistado; pode ocorrer em profundidade, em 
grupo ou de forma não diretiva; 
Estatístico: Leva em conta a obtenção, organização, análise e apresentação de dados 
numéricos; 
Estudo de caso: Refere-se ao estudo de interações ambientais de uma unidade social, num 
recorte temporal; 
Experimental: É aquele que tenta descobrir relações causais; 
Fenomenológico: Consiste em uma visão intelectual do objeto, com base e intuição, propondo 
uma reflexão contínua sobre a importância dos processos adotados; 
Fenomenológico-hermenêutica: Faz utilização de técnicas não quantitativas, trabalhando com 
estudos teóricos e análise de documentos e textos, apresentando propostas críticas, busca 
processos lógicos de interpretação; 
Histórica: Reconstruindo o passado de forma sistemática, faz-se a verificação de evidências e 
delineação de conclusões; 
Indutivo: Parte do particular para a generalização como produto de um trabalho de coleta de 
dados particulares; 
Laboratório: Realizado em recinto fechado, exige instrumentação, objetivos, manipulação de 
instrumentos; 
Levantamento: Caracterizado pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento deseja-
se conhecer; 
Método redutivo: Observam o que, através da ciência, é permitido conhecer, descobrir, 
descrever e predizer em relação a fenômenos de ocorrência real; 
Observacional: Trata-se de procedimentos empíricos, ou seja, baseados na experiência; 
Pesquisa de avaliação: Trata-se de um tipo especial de pesquisa aplicada, elaborada para 
avaliar programas de melhoramentos dentro da sociedade; 
Semiótico: Estuda os sinais e seus significados, dando relevância à importância e precisão dos 
símbolos. 
Outros procedimentos ainda poderiam ser elencados, tais como correlacional, 
desenvolvimentista, projetivo, psicodrama, sociodrama, história de vida, história oral, 
etnográfico, estudo de mercado, exploratório etc.; entretanto, a enumeração feita engloba a 
maioria utilizada. 
Assim, as modalidades de estudo podem ocorrer de forma simultânea durante a realização de 
suas pesquisas, sua escolha quanto às técnicas adequadas dependerá do objeto de estudo e dos 
objetivos que desejará alcançar. 
2. LEITURA CIENTÍFICA E REDAÇÃO CIENTÍFICA 
A preparação para a elaboração de um texto técnico-científico exige a leitura de diversos outros 
textos, alguns apresentando maior ou menor grau de dificuldade. 
Marshall McLuhan, na obra Os meios de comunicação com extensão do homem, de 1964, 
classificou como de informação fria ou de informação quente ao referir-se aos meios de 
comunicação, mas conseguimos transpor essa classificação para quaisquer tipos de textos 
escritos, pois as noções de quente e frio relacionam-se à concentração de informações, 
respectivamente, com baixo grau de tensão e complexidade e com alto grau. 
Evidentemente, essas concentrações exigem menos ou mais do leitor e de seu repertório. 
Estando nessa situação, procure realizar uma leitura global que lhe permita uma ideia geral do 
texto e de como está estruturado. 
Em seguida, preocupe-se em destacar ideias, fazendo anotações, tentando observá-las de forma 
mais crítica, verificando, de modo mais reflexivo, como aparecem os argumentos que dão base 
às mesmas, ou seja, como o autor defendeos seus pontos de vista. Assim, evite fazer anotações 
logo de início, seja paciente e permita-se a releitura para maior assimilação do que é 
apresentado. 
A redação científica deve ter elaboração que se caracterize pela objetividade, visto que aquilo 
que se pretende destacar é o conteúdo das afirmações que são feitas, ou seja, o que é enunciado 
deve ter destaque e não o enunciador; isso quer dizer que a subjetividade deve ser deixada de 
lado, neutralizando a presença desse enunciador. 
O texto de caráter científico deve apresentar um discurso de persuasão e, nesse caso, torna-se 
mais convincente quando elaborado de modo a criar efeitos de sentido de objetividade, sem a 
presença de verbos e pronomes que indiquem a primeira pessoa do singular, explorando verbos 
que indicam a certeza e o valor conotativo das palavras, além de fazer uso da língua padrão na 
sua expressão formal. 
2.1 Estilo da redação técnica cientifica 
O texto técnico-científico caracteriza-se por abordar temática referente à ciência, na qual se 
usa o instrumental teórico com o propósito de possibilitar a discussão científica na área para 
qual o texto se remete. 
É importante notar que o estilo de redação usado em artigos científicos não segue as mesmas 
características dos artigos jornalísticos ou até mesmo dos textos literários e publicitários. 
A linguagem da discussão científica tem suas próprias características por empregar a 
linguagem técnica em seu nível padrão, respeitando as regras gramaticais e com estilo próprio, 
de acordo com a especificidade de cada área. 
Sobre o estilo de redação na comunicação científica: 
“[...] um artigo científico exige que o autor expresse o que sabe sobre o tema, utilize a 
língua vernácula de maneira precisa e exponha as ideias de maneira simples e com 
palavras que não sejam rebuscadas. Deve-se usar linguagem padrão (por exemplo: 
homem) e não a expressão coloquial (por exemplo: camarada) e nunca gíria (por 
exemplo: cara, careta). Atenção especial ao uso, ou não, do jargão (termos técnicos), 
pois influencia a compreensão do leitor do periódico em que irá publicar (SECAF, 2004, 
p. 47).” 
Alguns aspectos devem ser observados na redação técnico-científica, como ensina Israel 
Azevedo, no livro O prazer da produção científica (1998), seu texto terá de perseguir os 
princípios básicos de qualquer comunicação, como clareza, concisão, correção, encadeamento, 
consistência, contundência, precisão, originalidade e fidelidade, entre outros compromissos. 
Após essas definições teóricas, é importante priorizar algumas características na hora de 
produzir o seu artigo: 
a) Coerência 
Via de regra, em cada etapa do artigo científico se imprime uma sequência que deve ser 
repetida. Por exemplo, a sequência de ideias que foi anunciada no resumo deve estar detalhada 
na introdução e seguir o mesmo ordenamento no desenvolvimento. Nas considerações finais, 
deve-se evidenciar os aspectos essenciais do artigo, na ordem em que foram apresentados no 
desenvolvimento. Isso quer dizer que, entre as etapas do texto, não pode ocorrer contradição 
de ideias, elas devem estar organizadas de tal forma que não ocorram trechos que apresentem 
falta de sentido diante de algo que já foi mencionado, por isso, a releitura do texto deve ser 
constante. 
b) Objetividade 
Os assuntos em pauta, na linguagem científica, devem ser abordados de maneira simples, 
evitando expressões evasivas, com significados dúbios e palavras de difícil compreensão. Na 
redação técnico-científica, deve-se perseguir com afinco a objetividade, como reforça Antônio 
Gil, em Métodos e técnicas em pesquisa social, de 2002, o texto deve ser escrito em linguagem 
direta, evitando-se que a sequência seja desviada com considerações irrelevantes. A 
argumentação deve apoiar-se em dados e provas e não em considerações e opiniões pessoais. 
c) Concisão 
Procure dizer o máximo com o menor número de palavras. Novamente de acordo com Azevedo 
(1998, p. 113), a concisão se obtém com o exercício de reescrever. A cada vez que se faz isso, 
descobre-se uma repetição de ideias ou de palavras, nota-se vocabulário supérfluo, encontra-
se uma maneira de dizer a mesma coisa com menos palavras. 
d) Clareza 
O texto científico deve primar pela redação clara, não deixando margem às diferentes 
interpretações. É fundamental que se evitem comentários irrelevantes e redundantes. Um bom 
teste para a clareza de seu texto é solicitar sua leitura por outra pessoa. Se ela fizer alguma 
pergunta, não responda. Tome o texto e o reescreva. Depois, repita o teste (AZEVEDO, 1998, 
p. 112). 
e) Precisão 
Toda palavra utilizada deve traduzir exatamente a ideia a ser tratada. Um vocabulário preciso 
é aquele que evita linguagem rebuscada, prolixa e atinge seu propósito. Deve-se utilizar uma 
nomenclatura aceita no meio científico de cada área. 
f) Imparcialidade 
O trabalho científico deve evitar ideias preconcebidas. Todo posicionamento adotado em um 
texto deve amparar-se em fatos e dados evidenciados pela pesquisa. O autor deve primar por 
manter seu posicionamento e suas escolhas de pesquisa sem assumir uma postura unilateral. 
g) Encadeamento 
O texto deve ter uma sequência lógica e fluida para não prejudicar o entendimento do público. 
indica > público, indicando como deve ser uma boa redação técnico-científica: 
[...] encadeie as frases, os parágrafos, os tópicos e os capítulos entre si. Procure tornar 
cada frase um desenvolvimento do que veio antes, numa sequência lógica, tanto para 
explicar, quanto para demonstrar, detalhar, restringir ou negar. Cada parágrafo deve 
estar em harmonia e em tranquila transição com o anterior e com o posterior. O mesmo 
vale para tópicos e capítulos (AZEVEDO, 1998, p. 119). 
h) Impessoalidade 
O texto deve ser impessoal, por isso é conveniente que seja redigido na terceira pessoa e que 
se evitem afirmações como: “a minha pesquisa”, “o meu estudo”, “o meu artigo”. O que se 
postula é que se use “esta pesquisa”, “este estudo”, “este artigo”. 
 
2.2 Parágrafo na redação técnico científico 
Escrever na linguagem exigida pela comunidade científica não é nenhum bicho de sete cabeças. 
Mesmo assim, é comum isso gerar desconfortos. 
2.2.1 Como devo iniciar a escrita? Como deve se iniciar um parágrafo? 
De acordo com Victoria Secaf, no livro Artigo cientifico: do desafio à conquista, publicado em 
2004: o parágrafo tem por finalidade expressar etapas do raciocínio e, portanto, conter uma 
única ideia; não se trata de divisões estáticas e sim que o parágrafo seguinte tenha uma relação 
com anterior. 
Cada parágrafo tem um objetivo a ser cumprido e cada qual com etapas de raciocínio. E cada 
raciocínio existente no parágrafo deve ter sequência lógica. Ou seja, não pode ser disposto de 
qualquer maneira, pois se isso ocorrer, pode levar o leitor a não compreender seu raciocínio 
ou, até mesmo, levá-lo a se perder no raciocínio exposto. 
O parágrafo é uma parte do texto que tem por finalidade expressar as etapas do raciocínio. Por 
isso, a sequência dos parágrafos, seu tamanho e sua complexidade dependem da própria 
natureza do raciocínio. 
Enfim, pode-se dizer que o parágrafo tem estrutura semelhante à de um texto composto por 
vários parágrafos. Ou seja, é composto por introdução, desenvolvimento e conclusão. Cada 
parágrafo contém uma argumentação completa, levando a uma conclusão. Após concluir esse 
argumento, mude de parágrafo. 
Explicando 
O argumento é um tipo de enunciado que fundamenta o ponto de vista e aumenta o poder de 
persuasão do texto, contribui para o trabalho de neutralização da figura do enunciador e para o 
efeito de objetividade do texto. Os tipos de argumentos mais usados na redação técnico-
científica são os argumentos de autoridade, aqueles apoiados na consensualidade, os de 
comprovação pela experiência ou pela observação e de fundamentação lógica, entre outros 
encontrados durante a realização daspesquisas (FIORIN; PLATÃO, 2005). 
3. TEXTOS CIENTÍFICOS: LEITURA, COMPREENSÃO DE CONTEXTOS E 
COMPREENSÃO DE INTERTEXTOS 
A leitura de um texto compreende mais do que a mera decodificação do código vigente, isto é, 
não basta que o leitor consiga identificar letras, palavras, frases e períodos; ler significa 
conseguir apreender e compreender o seu conteúdo, ou seja, ocorrem processos cognitivos que 
permitem que esse leitor se apodere das ideias registradas por outros. 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, utilizados para a tomada de decisões sobre os caminhos 
da educação em nosso país, declaram que: 
[...] a leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do 
significado do texto, a partir dos seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, 
sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a língua: características do gênero, do portador, 
do sistema de escrita etc (2001, p. 53). 
Assim, precisamos entender que nenhum texto é isolado em si mesmo e também não representa 
uma manifestação da individualidade do seu produtor: 
De uma forma ou de outra, constrói-se um texto para, através dele, marcar uma posição 
ou participar de um debate de escala mais ampla que está sendo travado na sociedade. 
Até mesmo uma simples notícia jornalística, sob a aparência de neutralidade, tem 
sempre alguma intenção por trás (FIORIN; PLATÃO, 2005, p. 13). 
Isso quer dizer que uma boa leitura não pode estar baseada em observação de fragmentos de 
um texto, pois determina-se cada parte do mesmo pelo contexto em que se encaixa. 
Ainda, aquele que produz o texto tem em mente que encontrará um leitor capaz de entender as 
suas partes e relacioná-las ao todo, assim como relacionar esse texto à sua situação de produção, 
ou seja, ao seu contexto. 
Entendem-se por contexto as circunstâncias que podem ser relativas aos fatos, a recortes num 
período histórico, a conjunturas específicas etc.; o produtor do texto pressupõe que a leitura 
conseguirá atingir as informações que estão por trás dele. 
Também, em muitos momentos, o leitor tem que lidar com a intertextualidade, isto é, a relação 
entre textos, ocorrendo citações explícitas ou implícitas, exigindo que seu universo cultural e 
o conjunto de informações que carrega permitam-lhe o reconhecimento dessas relações. É, 
portanto, do repertório do leitor, do seu acúmulo de conhecimentos, que depende a sua 
percepção das relações intertextuais e das referências que são feitas de um texto para outro. 
Faz-se necessário, desse modo, que ampliemos nossa capacidade de leitura, buscando não só a 
sua prática constante, mas também a aquisição de conhecimentos diversos, para que ampliemos 
nossa compreensão dos diversos contextos e das relações intertextuais. 
Evidentemente, durante a realização de um trabalho de caráter técnico-científico, ressalta-se 
essa necessidade. 
 
Na vida acadêmica, o estudante depara-se com diversos tipos de trabalhos científicos, dentre 
eles: trabalhos de graduação, trabalho de conclusão de curso, monografia, dissertação e tese. 
Cada um deles apresenta peculiaridades, como a sistemática, a investigação ou a 
fundamentação. Contudo, mesmo que cada trabalho seja elaborado com finalidades 
específicas, é possível visualizar neles um padrão que compreende – de modo geral – 
introdução, desenvolvimento e conclusão. A seguir, conheceremos algumas características 
específicas dos trabalhos científicos. 
3.1 Trabalhos de graduação 
No decorrer da sua graduação, é bem provável que o estudante tenha elaborado trabalhos para 
disciplinas diversas. Eles não necessariamente tinham como pretensão atingir o cunho 
científico dos trabalhos de excelência da área em que estudou, mas oportunizar o 
desenvolvimento de um raciocínio aos moldes das pretensões científicas. É possível mencionar 
que os trabalhos de graduação também têm como propósito permitir uma revisão bibliográfica 
ou literária de um determinado assunto ou assimilar conteúdo específico de uma área 
científica.” 
3.2 Trabalhos de conclusão de curso 
O trabalho de conclusão de curso (TCC) é tido como uma monografia sobre um assunto 
específico. Este trabalho possibilita a investigação sobre determinados temas ou fenômenos 
por meio da análise, reflexão e produção textual, bem como, muitas vezes, da defesa oral da 
pesquisa perante uma banca examinadora. 
Na monografia de graduação, é suficiente a revisão bibliográfica, ou revisão de literatura. É 
mais um trabalho de assimilação de conteúdo, de confecção de fichamentos e, sobretudo, de 
reflexão. É uma pesquisa bibliográfica, o que não exclui a capacidade investigativa de 
conclusões ou afirmações de autores consultados. 
3.3 Monografia 
Como se pode verificar literalmente, monografia é um trabalho intelectual concentrado em um 
único assunto. A monografia, exigida para a obtenção do título de especialista em alguns cursos 
de pós-graduação lato sensu, é semelhante ao TCC, apresentado em cursos de graduação. Por 
isso, alguns pensadores, acreditam que não há razão para falar em três níveis: monografia, 
dissertação e tese. Todos são trabalhos monográficos, dissertativos, mas com características 
distintas. 
A diferença entre eles está no grau acadêmico: o graduando faz a monografia, enquanto quem 
busca o mestrando faz a dissertação e o doutorando desenvolve a tese. Apesar da diferenciação, 
o texto não deixa de ser monografia, cada qual com a sua peculiaridade. 
3.4 Dissertação 
A dissertação, que ultimamente se destina aos trabalhos de cursos de pós-graduação stricto 
sensu (mestrado), busca principalmente a reflexão acerca de um determinado tema ou 
problema, o que ocorre pela exposição das ideias de maneira ordenada e fundamentada. Dessa 
forma, como resultado de um trabalho de pesquisa, a dissertação deve ser um estudo mais 
completo possível em relação ao tema escolhido. 
De acordo com a NBR 14724 (2011, p. 2), dissertação é um documento que representa o 
resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo, de 
tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar 
informações. Deve evidenciar o conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a 
capacidade de sistematização do candidato. 
3.5 Tese 
A tese, a exemplo da dissertação dirigida para o mestrado, cumpre o papel do trabalho de 
conclusão de pós-graduação stricto sensu (doutorado). Caracteriza-se como um avanço 
significativo na área do conhecimento em estudo. De acordo com a NBR 14724 (2011, p. 4), 
tese é um documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de 
um estudo científico de tema único e bem delimitado. Deve ser elaborado com base em 
investigação original, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em questão. 
A tese tem a finalidade de abordar algo novo em um determinado campo do conhecimento, de 
forma a promover uma descoberta ou dar uma real contribuição para a ciência. Para Odilia 
Fachin, na obra Fundamentos de metodologias, publicada em 2003, a tese é entendida como 
um trabalho científico habitualmente exigido nos cursos de pós-graduação e que deve ser 
defendido oralmente em público. A tese deve apresentar um estudo original que traga uma 
contribuição para a sociedade científica, com rigor na argumentação, apresentação de provas 
das afirmações e profundidade das ideias. 
4. GÊNEROS ACADÊMICOS 
Quando pensamos nos trabalhos referentes à Metodologia da Pesquisa Científica, outra 
subdivisão de grande importante é a que define os gêneros acadêmicos. 
São os tipos de trabalhos de curta duração, que servem para o aluno desenvolver seu 
conhecimento sobre determinado assunto durante o curso e reforçar seu aprendizado. 
A seguir, você conhecerá as peculiaridades dos gêneros mais utilizados tanto durante a 
graduação como na pós. 
4.1 Resumo 
O resumo é a apresentação concisa dos pontos relevantes deum texto. Seu objetivo é fornecer 
elementos capazes de permitir ao leitor decidir sobre a necessidade de consulta ao texto original 
e/ou transmitir informações de caráter complementar. 
É a condensação de um texto, colocando em destaque os elementos de maior interesse e 
importância. Sua finalidade é difundir as informações contidas em livros, artigos ou outros 
documentos e auxiliar o estudante nos seus estudos teóricos, assim como ajudar o profissional 
a relembrar o assunto e praticar da melhor forma possível. 
Uma modalidade específica desse tipo de trabalho é o resumo crítico. Ele é uma redação técnica 
que avalia de forma sintética a importância de uma obra científica ou literária. O que difere o 
resumo do resumo crítico é sua estrutura, que apresenta a crítica como quarta etapa, logo após 
introdução, desenvolvimento e conclusão. 
4.2 Resenha 
A resenha é uma descrição que faculta o exame e o julgamento de um trabalho (teatro, cinema, 
obra literária, experiência científica, tarefa manual etc.). A apresentação do conteúdo deve ser 
elaborada de maneira impessoal, sem demonstração satírica ou cômica, contendo 
posicionamentos de ordem técnica diante do objeto de análise, seguidos de um resumo do 
conteúdo e possível demonstração de sua importância. 
Em geral, a resenha crítica é elaborada por um cientista que, além do conhecimento sobre o 
assunto, tem capacidade de juízo crítico. Mas, naturalmente, como no caso desta disciplina, 
também pode ser realizada por estudantes, como um exercício de compreensão e crítica. A 
resenha visa apresentar uma síntese das ideias fundamentais da obra. 
Dicas de como fazer uma resenha: 
a) Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais; 
b) Apresente a obra: situe o leitor, descrevendo em poucas linhas o conteúdo do texto; 
c) Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre o foco narrativo; 
d) Descreva o conteúdo: aqui sim, utilize de três a cinco parágrafos para resumir claramente o 
texto; 
e) Analise de forma crítica: nessa parte, e apenas nessa parte, você opina. Argumente baseando-
se em teorias de outros autores e faça comparações. Dê asas ao seu senso crítico; 
f) Recomende a obra: você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora analise o público que 
se interessará pela obra; 
g) Identifique o autor: fale brevemente da vida e de algumas outras obras do escritor ou 
pesquisador; 
h) Assine e identifique-se: no último parágrafo você escreve seu nome e resume seu currículo. 
4.3 Esquema 
Os esquemas são enunciados de palavras-chave em torno das quais é possível organizar grandes 
quantidades de conhecimento. Representam uma enorme economia de palavras e oferecem a 
vantagem de destacar e visualizar o essencial do assunto em análise, podendo ainda ser 
facilmente reformulados. 
Sua utilização nos ajuda a compreender e recordar os acontecimentos, a estabelecer relações 
entre eles ou entre diversos fatores e a entender a influência que esses acontecimentos ou 
fatores exercem uns sobre os outros. 
Há vários tipos de esquemas, entre eles: 
a) Lineares: quando organizam a informação na horizontal ou vertical; 
b) Circulares: que organizam a informação em círculo; 
c) Piramidais: caso a informação dispõe-se em forma hierárquica, de pirâmide; 
d) Sistemáticos: quando a informação se organiza em forma de quadro, representando as 
relações de interdependência de um fenômeno. 
Para fazer um esquema, a primeira meta deve ser identificar as ideias-chave do texto e ordená-
las, escolhendo para isso o modelo mais adequado para a situação. Use setas para estabelecer 
relações entre os conceitos. 
Exemplo: esquema para uma história em quadrinhos. 
a) Pense em alguma história e registre-a no bloco de anotações como se fosse um roteiro; 
b) Crie os diálogos entres os personagens da história; 
c) Em um papel, desenhe as cenas da história. Desenhe balões e escreva com o lápis dentro 
deles as falas de cada personagem; 
d) Se for necessário, faça esclarecimentos sobre a cena no rodapé da folha; 
e) Cole as cópias do seu rosto no espaço reservado; 
f) Faça o acabamento com carvão preto e trabalhe os detalhes com nuances de cinza. 
4.4 Fichamento 
O fichamento é um valioso recurso de estudo que os pesquisadores lançam mão para a 
realização de uma obra didática, científica ou de outra natureza. É um recurso de memória, 
imprescindível, sobretudo na elaboração de monografias. É usado, também, em seminários e 
em aulas expositivas. 
A prática contínua do fichamento contribui para que o estudante aprimore pontos de vista e 
julgamentos, percebendo que é possível reverter um pequeno trabalho inicial em ganho de 
tempo futuro, quando for preciso escrever sobre determinado assunto. Os fichamentos podem 
ser os seguintes: de citação, de resumo, de esboço e de indicação bibliográfica, entre outros. 
O mais utilizado nas avaliações na universidade é o fichamento de citação, que obedece a cinco 
normas: 
a) Toda citação deve vir entre aspas; 
b) Após a citação, deve constar o número da página de onde foi extraída a citação; 
c) A transcrição tem de ser textual; 
d) A supressão de uma ou mais palavras deve ser indicada, utilizando-se, no local da omissão, 
três pontos, precedidos e seguidos por espaços, no início ou no final do texto e, entre parênteses, 
no meio; 
e) A supressão de um ou mais parágrafos deve ser assinalada, utilizando-se uma linha 
completada por pontos. 
4.5 Paper 
É um pequeno texto elaborado sobre um tema pré-determinado, resultado de estudos ou de 
pesquisas científicas, no qual o aluno irá desenvolver análises e argumentações, com 
objetividade e clareza, orientando-se em fatos ou opiniões de especialistas. O objetivo do paper 
é estimular o aluno no aprofundamento de um assunto, já exercitando a elaboração de trabalhos 
sob uma linguagem acadêmico-científica. Espera-se o desenvolvimento de um ponto de vista 
acerca de um tema, uma tomada de posição definida e a expressão dos pensamentos de forma 
original. Deve ser escrito em terceira pessoa. 
Os propósitos de um paper são quase sempre os de formar um problema, adequar hipóteses, 
cotejar dados, prover uma metodologia própria e, finalmente, concluir. 
O Paper é: 
a) uma síntese de suas descobertas sobre um tema e seu julgamento, avaliação, interpretação 
sobre essas descobertas; 
b) um trabalho que deve apresentar originalidade quanto às ideias; 
c) um trabalho que deve reconhecer as fontes que foram utilizadas, que mostra que o 
pesquisador é parte da comunidade acadêmica. 
O Paper não é: 
a) um resumo de um artigo ou livro (ou outra fonte); 
b) ideias de outras pessoas, repetidas não criticamente; 
c) um conjunto de citações; 
d) opinião pessoal não evidenciada, não demonstrada; 
e) cópia do trabalho de outra pessoa. 
4.6 Artigo Científico 
O objetivo principal do artigo científico é levar ao conhecimento do público interessado alguma 
ideia nova ou abordagem diferente sobre determinado tema já estudado, sobre a existência de 
aspectos ainda não explorados em alguma pesquisa ou a necessidade de esclarecer uma questão 
ainda não resolvida. 
A principal característica do artigo científico é que suas afirmações devem estar baseadas em 
evidências, sejam elas oriundas de pesquisa de campo ou comprovadas por argumentos que 
sustentem as conclusões expostas no artigo e que passaram pelo crivo da comunidade 
científica. O autor pode expressar seu parecer, desde que demonstre ao leitor qual o processo 
lógico que o levou a chegar à aquela conclusão. 
Algumas falhas mais comuns na investigação científica são: 
• falta de clareza dos propósitos; 
• falta de originalidade do material; 
• má organização no material expositivo; 
• repetição de palavras, conceitos e informações; 
• desatualização bibliográfica; 
• excessiva dependência das fontes; 
• incorreção ou incoerência no sistema de referenciação das fontes; 
•inadequação na definição dos termos. 
Os artigos podem se apresentar de duas formas, conforme a ABNT (sigla de Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, um órgão privado e sem fins lucrativos que se destina a 
padronizar as técnicas de produção feitas no país). 
ARTIGO ORIGINAL: Apresenta temas ou abordagens próprias. Via de regra, estes artigos 
relatam resultados de pesquisa, bem como desenvolvem e analisam dados não publicados. 
ARTIGO DE REVISÃO: Tem como propósito resumir, analisar e discutir informações já 
publicadas que, geralmente, resultam de revisão de trabalhos já publicados, revisões 
bibliográficas. 
5. ENSAIO CIENTÍFICO 
No seu dia a dia, quando procura artigos científicos do seu interesse ou da área de sua atuação, 
você deve ter percebido que eles podem, na sua apresentação, formatação e organização, ter 
pequenas diferenças entre si. 
Diante disso, você poderá pensar de que forma se deve organizar o artigo científico. Por isso, 
veremos como elaborar um artigo científico para sua pesquisa ou conclusão de curso, 
respeitando as normas de organização, formatação e características do texto técnico-científico, 
as quais estão em consonância com a ABNT. 
Apresentação gráfica 
Para a apresentação gráfica do artigo científico, é necessário se atentar às seguintes indicações: 
• Papel: folha branca de tamanho A4 (21 cm x 29,7 cm); 
• Margens: esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior de 2 cm; 
• Espaçamento entrelinhas: 1,5; 
• Parágrafo: de 1,25 cm (geralmente 1 tab), com uma linha em branco entre um 
parágrafo e outro; 
• Formato do texto: justificado; 
• Tipo e tamanho da fonte: Times New Roman, tamanho 12. 
Importante: 
Nas citações longas, notas de rodapé, número de página e fontes de ilustrações e tabelas use 
Times New Roman, de tamanho 10. 
• Título: tamanho 18 e negrito; 
• Subtítulo: tamanho 16 e negrito; 
• Paginação: as páginas são numeradas com algarismos arábicos, colocados no canto 
superior direito da página, a 2 cm da borda superior: 
o A primeira folha, que apresenta a identificação do artigo, não é paginada, 
embora seja contada; 
o A paginação é iniciada na segunda folha e segue até o final do trabalho, 
inclusive nos elementos pós-textuais opcionais (apêndices e anexos). 
• Extensão do artigo: de 8 a 12 páginas. Veja a proporção dos elementos do artigo 
sugerida no Quadro 1; 
• Títulos e subtítulos internos: os títulos de primeiro nível devem ser colocados em 
letras maiúsculas e em negrito (por exemplo: 3 ADMINISTRAÇÃO); subtítulos de 
segundo nível devem iniciar com a primeira letra maiúscula e seguir com letras 
minúsculas em negrito (por exemplo: 3.1 Administração científica); e subtítulos de 
terceiro nível, em letras minúsculas e apenas a primeira letra do título maiúscula (salvo 
nomes próprios) e sem negrito (por exemplo 3.1.1 Histórico da administração 
científica). A numeração de títulos e subtítulos deve ser alinhada à margem esquerda; 
• Itálico: utiliza-se para grafar as palavras em língua estrangeira, como checkin, resumen 
e workaholic, por exemplo. 
A seguir, apresentaremos um exemplo da organização, formato e apresentação do artigo 
científico: 
TÍTULO DO ARTIGO 
Subtítulo 
Nome do Autor 
Nome do Coautor 
Resumo 
Palavras-chave: 
TITLE 
Subtitle 
Abstract 
Keywords: 
1 INTRODUÇÃO 
2 ESTRATÉGIAS PARA IDENTIFICAR O PAPEL DO CANDIDATO 
2.1 Entrevista 
2.2 Testes 
2.2.1 Avaliação da entrevista 
2.2.2 Avaliação dos testes 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
REFERÊNCIAS 
6. NORMAS METODOLÓGICAS E ELEMENTOS DA ESTRUTURA DO ARTIGO 
O modelo de apresentação do artigo científico seguirá, por razões de normatização, a estrutura 
de artigos científicos apresentada nesta unidade, que está em consonância com a NBR 6022 
(2003), sendo imprescindível o uso e o cumprimento das normas estabelecidas a seguir. 
Pré-textuais 
• Título; 
• Subtítulo (opcional); 
• Autores; 
• Resumo; 
• Palavras-chave. 
Textuais 
• Introdução; 
• Desenvolvimento; 
• Considerações finais. 
Pós-textuais 
• Referências (obrigatório); 
• Apêndice(s) (opcional(is) e não recomendado(s); 
• Anexo(s) opcional(is) e não recomendado(s). 
• 
 
6.1 Elementos Pré-Textuais 
Os elementos pré-textuais são compostos por informações essenciais, conforme explicação e 
modelo a seguir. 
Título do trabalho: Letra 18, centralizado, maiúsculas e negrito. 
Subtítulo, se houver: Letra 16, centralizado, negrito, maiúsculas e minúsculas. Após 
o subtítulo, deixar duas linhas de tamanho 12 em branco. 
Estudante: Nome do estudante, com letra 12, centralizado, negrito, maiúsculas e 
minúsculas, com nota de rodapé indicando a titulação e o e-mail. 
Coautor: Nome do orientador, com letra 12, centralizado, negrito, maiúsculas e 
minúsculas, com nota de rodapé indicando a titulação (especialista, mestre, doutor) 
e o e-mail; (deixar duas linhas de tamanho 12 em branco). 
Resumo: A palavra "resumo" deve ser em letra 12, negrito, alinhado à esquerda. 
Após a palavra “resumo”, deixar uma linha de tamanho 12 em branco. Esse item 
deve ter apenas um parágrafo de, no máximo, 250 palavras (aproximadamente 15 
linhas), sem recuo na primeira linha. Use espacejamento simples, justificado, 
tamanho 12. 
Palavras-chave: É preciso escolher de três a seis palavras ou termos mais 
importantes do conteúdo, frequentemente já expressos no resumo. São separados 
entre si, finalizados por ponto e iniciados com letra maiúscula. A expressão 
“Palavras-chave” deve ser em fonte 12, negrito, alinhada à esquerda. Por exemplo: 
 Palavras-chave: Conhecimento. Ciência. Metodologia Científica. 
Atenção: Após as palavras-chave, deixar duas linhas de tamanho 12 em branco. 
Título e subtítulo do trabalho em inglês: Utilizar as mesmas regras de formatação 
do texto em português. Após, deixar duas linhas em branco em fonte tamanho 12. 
Abstract (resumo em inglês): Escrever “Abstract” em fonte Times New Roman, 
tamanho 12, negrito, alinhado à esquerda. Deixar uma linha em branco. O abstract 
deve ter a mesma formatação do resumo em português. Deixar 1 linha em branco. 
Keywords: Palavras-chave em inglês. Devem ter a mesma formatação do resumo em 
português. Deixar uma linha em branco. 
6.2 Elementos Textuais 
A introdução, o desenvolvimento e as considerações finais fazem parte dos elementos textuais. 
Então, leia atentamente o que se postula sobre cada qual. 
6.2.1 Introdução 
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas, a introdução é a parte inicial do texto, 
na qual devem constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros 
elementos necessários para situar o tema do trabalho. 
A introdução deve anunciar a ideia central do trabalho, delimitando o ponto de vista enfocado 
em relação ao assunto e à extensão. Deve situar o problema ou o tema abordado, no tempo e 
no espaço, enfocar a relevância do assunto e apresentar o objetivo central do artigo. 
[...] na introdução não se deve repetir ou parafrasear o resumo, nem antecipar 
conclusões e recomendações, mas é um convite para a leitura do texto integral. Assim, 
esta parte é importante para que o leitor penetre na problemática abordada, 
familiarizando-se com os termos e o conteúdo da pesquisa (MARTINS, 2002, p. 221). 
A finalidade da introdução é situar o leitor no tema, definindo conceitos, apresentando os 
objetivos do artigo e as linhas de pensamento relevantes para o estudo do assunto e as possíveis 
controvérsias, explicitando qual dessas linhas o autor seguirá e a justificativa para sua escolha. 
Também é aconselhável que o autor, nos últimos parágrafos da introdução, apresente a 
estrutura do artigo. 
A introdução é a apresentação inicial do trabalho, a qual possibilita uma visão global do assunto 
tratado (contextualização), com definição clara, concisa e objetiva do tema. E a delimitação 
precisa das fronteiras do estudo em relação ao campo selecionado, ao problema e aos objetivos 
a serem estudados. 
6.2.2 DesenvolvimentoO desenvolvimento é a parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e 
pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, que variam em função da 
abordagem do tema e do método. Não existe exatamente uma norma rígida que oriente esta 
seção do artigo. 
O texto, no desenvolvimento, poderá conter ideias de autores, dados da pesquisa (caso for 
pesquisa de campo, colocar gráficos e tabelas auxiliares) e interpretações. 
O desenvolvimento do assunto é a parte mais importante e extensa do texto em que é exigido 
raciocínio lógico e clareza. Seu objetivo é proporcionar uma exposição clara da ideia principal, 
fundamentando-as de modo racional com os resultados da investigação (MARTINS, 2002, p. 
221). 
O desenvolvimento do trabalho é a parte principal, mais extensa e consistente. São apresentadas 
os conceitos, teorias, citações das autoridades do assunto que você está abordando, principais 
ideias sobre o tema focalizado, além de aspectos metodológicos, resultados e interpretação do 
estudo. 
6.2.3 Considerações finais 
A conclusão é a parte final do texto, na qual se apresentam conclusões correspondentes aos 
objetivos ou hipóteses. As considerações finais devem limitar-se a uma síntese da 
argumentação desenvolvida no corpo do trabalho e dos resultados obtidos. É importante 
lembrar que elas devem estar fundamentadas nos resultados obtidos na pesquisa: 
[...] deve ser breve, clara, objetiva, apresentar visão analítica do corpo do trabalho, inter-
relacionando-o e levando em conta o problema inicial do estudo. É redigida tendo em 
vista os resultados obtidos. É decorrente dos dados obtidos ou fatos observados, 
portanto não se deve introduzir novos argumentos, apenas demonstrar o que foi 
encontrado no decorrer do estudo (FACHIN, 2003, p. 165). 
Nesta parte do trabalho, podem ser discutidas recomendações e sugestões para o 
prosseguimento no estudo do assunto. 
As considerações finais devem apresentar deduções lógicas correspondentes aos propósitos 
previamente estabelecidos do trabalho, apontando o alcance e o significado de suas 
contribuições. Também podem indicar questões dignas de novos estudos, além de sugestões 
para outros trabalhos. 
6.3 Elementos Pós-Textuais 
Agora, vamos falar um pouco sobre os elementos pós-textuais do artigo científico: 
DICA: Sugere-se que os elementos pós-textuais – apêndices e anexos – não 
sejam incluídos no artigo. 
6.3.1 Referências 
As referências são definidas como um conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados 
de um documento, que permite sua identificação individual. 
As referências fazem parte do todo, em virtude de que o corpo do artigo está sustentado em 
informações pesquisadas também nas autoridades do assunto em questão, os quais foram 
citados no corpo do trabalho. E, dessa forma, as referências permitirão que o leitor tenha acesso 
às obras, aos documentos e aos artigos científicos que foram citados no interior do trabalho. 
6.3.2 Apêndice (opcional) 
Texto ou documento elaborado pelo autor que visa complementar o trabalho. Os apêndices são 
identificados por letras maiúsculas consecutivas, seguidas de travessão e respectivo título. 
6.3.3 Anexo (opcional) 
Texto ou documento não elaborado pelo autor do trabalho, que complementa, comprova ou 
ilustra o seu conteúdo. Os anexos são identificados por letras maiúsculas consecutivas, 
seguidas de travessão e respectivo título. Por exemplo: ANEXO B – Estrutura organizacional 
da Empresa Alfa. 
Ao elaborar um artigo, o estudante não fará necessariamente somente o uso da argumentação 
para um enfoque contrário ao já postulado sobre o assunto ou para oferecer soluções para 
assuntos controversos à sua área de estudo. Também não usará somente citações de autoridades 
do assunto para embasar o que tende a defender ou refutar. 
No decorrer do artigo, o aluno pode usar outros elementos para ilustrar ou, até mesmo, dar mais 
credibilidade às ideias que tenciona defender. Para isso, poderá fazer o uso de ilustrações, 
tabelas e até mesmo gráficos. Sendo assim, veja a seguir como esses itens devem aparecer no 
artigo científico. 
6.3.4 Formato de apresentação de elementos do texto: 
Ilustrações (desenhos, fotografias, organogramas, quadros e outros): As ilustrações devem 
ser centralizadas, com legenda numerada partindo de 1. O título da ilustração deve ser 
precedido pela palavra que a identifique (exemplo: Figura) e pelo seu respectivo número. A 
posição do título é centralizada e a seguir da ilustração. 
A fonte ou nota explicativa deve estar centralizada e abaixo da figura, em fonte Times New 
Roman, tamanho 10. 
Tabelas: A legenda da tabela deve ser precedida pela palavra “Tabela” e pelo seu respectivo 
número. A posição do título é centralizada e acima da tabela. A fonte fica no final da tabela, 
também centralizada, tamanho 10, espaçamento simples entrelinhas e seguindo os padrões 
estabelecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
Gráficos: Os gráficos apresentam dados numéricos em forma gráfica para melhor visualização. 
O mesmo procedimento de títulos deve ser adotado para os gráficos, ou seja, usar a palavra 
“Gráfico”, seu respectivo número e seu título. A posição do título é centralizada e acima do 
gráfico. A fonte fica no final do gráfico, também centralizada, tamanho 10 e espaçamento 
simples entrelinhas. 
Notas de rodapé: As notas de rodapé devem ter o propósito de servir como apoio explicativo 
e devem ficar sempre no pé da página. A nota deverá estar separada do resto do texto por uma 
linha. As notas, a exemplo das figuras, também devem ser numeradas partindo de 1. Sugere-se 
utilizar o recurso de notas do próprio Word para inserir notas de rodapé no texto (comando: 
inserir notas). O próprio Word administrará a numeração. A posição do texto da nota no pé da 
página deve ser alinhada à esquerda. 
Palavras estrangeiras: Sempre que possível, evite o estrangeirismo. Se for inevitável, use 
termos em língua estrangeira, estes deverão ser escritos usando o modo itálico. 
7. SINTETIZANDO 
Muitas são as dificuldades mencionados pelos estudantes diante das exigências estabelecidas 
para a elaboração de textos técnico-científicos. As normas que regem a elaboração e a 
apresentação dessas produções exigem rigor em sua observação, por isso os critérios precisam 
ser compreendidos e a obediência às normas deve prevalecer. 
Sendo assim, iniciamos esta unidade abordando as principais técnicas de estudo, expondo 
detalhes sobre como é feita a leitura e a redação científica para que não reste dúvidas quanto 
aos termos. Na sequência, nós voltamos para os textos científicos, com enfoque na leitura e 
compreensão dos mesmos. 
Nos tópicos seguintes, abordamos os gêneros de trabalho acadêmico – resumo, resenha, 
esquema, fichamento, paper e artigo científico – explorando detalhes sobre cada um deles, com 
informações necessárias para diferenciá-los e produzi-los. 
Um dos pontos principais do conteúdo desta unidade também é apresentação gráfica, na qual 
expomos os detalhes de formatação exigidos conforme a norma ABNT, algo primordial em 
qualquer conteúdo acadêmico. 
Por fim, focamos nas normas metodológicas e elementos estruturais de um artigo científico, 
algo que também denota muita atenção e faz parte das exigências técnicas. 
 
 
	Pré-textuais
	Textuais
	Pós-textuais
	6.2.1 Introdução
	6.2.2 Desenvolvimento
	6.2.3 Considerações finais
	6.3 Elementos Pós-Textuais
	6.3.1 Referências
	6.3.2 Apêndice (opcional)
	6.3.3 Anexo (opcional)
	6.3.4 Formato de apresentação de elementos do texto:

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