Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ O diagnóstico precoce da gravidez é importantíssimo; os cuidados médicos começam com a constatação da prenhez, tais como a prevenção de hábitos que podem ser teratogênicos, permitindo o melhor desenvolvimento fetal O DIAGNÓSTICO CLÍNICO DA GRAVIDEZ A sintomatologia da gravidez pode ser dividida em sinais de presunção, probabilidade e certeza, cada um com o grau de chance de a gravidez estar em curso 1) SINAIS DE PRESUNÇÃO - Amenorreia – de até 14 dias* - Polaciúria – ocorre pela anteroflexão do útero por sobre a bexiga; mais comum no primeiro trimestre, se ausentando no segundo trimestre, e retornando no terceiro trimestre. - Náuseas: primeiro sinal da gravidez; costuma aparecer entre a 6ª e a 12ª semana de gravidez, mais tipicamente pela manhã; associam o aumento de náuseas pela maior produção de hCG, que é intimamente ligado a produção de estrogênio, que é, sabidamente, causador desse tipo de sintomas. - Congestão mamária: tem início em torno da 5ª semana - Tubérculos de Montgomery: glândulas sebáceas hipertrofiadas – são glândulas mamárias acessórias, presentes nas auréolas primárias. - Rede de Haller: aumento da vascularização venosa da mama - Sinal de Hunter: hiperpigmentação da aureola primária, junto com o desaparecimento do limite da auréola secundária. - Cloasma gravídico: manchas provocadas pelo aumento da produção de melanina, principalmente na face, na testa, ao redor do nariz, bochecha e lábio superior. - Linha nigra: pigmentação da linha alba 2) SINAIS DE PROBABILIDADE DE GRAVIDEZ - Amenorreia ACIMA de 14 dias; - Aumento do volume uterino – o útero aumenta cerca de 1cm por semana, após as 4 primeiras semanas de gestação; a partir da 16ª semana, o fundo do útero já pode ser palpado ao nível da metade do caminho entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical; a partir da 20ª semana, o útero alcança o nível da cicatriz umbilical. - Sinal de Piskacek: alteração do formato uterino; ocorre pelo crescimento assimétrico o útero, devido a implantação do embrião em um lado especifico do útero; é visto durante a PALPAÇÃO do abdome e pelve - Sinal de Nobile-Budin: percepção do preenchimento do fundo de saco pelo útero que está crescido, atingindo um aspecto globoso, e ocupando o fundo de saco; é visto no TOQUE VAGINAL. - Sinal de Osiander: percepção do pulso da artéria vaginal ao toque vaginal; - Sinal de Jaquemier: coloração violácea do meato urinário e da vulva; visto entre a 8ª e a 12ª semana. - Sinal de Kluge: coloração violácea da vagina; entre a 8ª e 12ª semana. - Sinal de Hegar: amolecimento do Istmo uterino durante o toque bimanual. 3) SINAIS DE CERTEZA DA GRAVIDEZ - Sinal de Puzos (sinal do rechaço intrauterino): durante o exame de toque bimanual, ao tocar, gerar um discreto impulso, que descolará o feto e o próprio feto retornará à posição inicial, tocando o dedo do examinador novamente, ou estando novamente palpável. - Percepção e palpação dos movimentos fetais ativos: geralmente após as 18 semanas - Ausculta dos batimentos cardiofetais (BCF): sinal mais fidedigno da gravidez; feito pelo estetoscópio de PINARD (a partir de 20 semanas) ou pelo sonar (a partir de 10 a 12 semanas) DIAGNÓSTICO LABOTARORIAL/HORMONAL DA GRAVIDEZ É o melhor parâmetro para o diagnóstico da gravidez; suas bases são a pesquisa dosagem da gonadotrofina coriônica humana (hCG). a) TESTES IMUNOLÓGICOS (TIG) Deve ser requerido apenas após 10 a 14 dias de amenorreia (atraso menstrual) Baseiam-se na produção de anticorpos de determinado animal (coelho) contra a hCG humano; Como procede? Adicionam esses anticorpos a amostras de urina para identificar o hCG, havendo ou não aglutinação; Obs.: são testes QUALITATIVOS. b) TESTES RADIOIMUNOLÓGICOS É a dosagem do hCG por método radioimunológicos; ocorre competição do hormônio com um traçador. Uma das dificuldades é a reação cruzada com LH hipofisário; para superar essa limitação, é possível aferir subunidades beta do hCG, que são mais específicas; A dosagem da subunidade beta pode ser possível a partir de 10-18 dias após a concepção, com a sensibilidade de 5 mUI/mL. c) TESTE ELISA Teste quantitativo, semelhante do RIA; funciona com uma enzima específica, que se liga ao hormônio hCG, atuando sobre um substrato incolor, gerando um produto colorido; quanto mais intensa a cor, maior a concentração do hormônio reagente. Principal vantagem: tempo de vida útil; é também um exame de alta sensibilidade; permite a dosagem da subunidade beta. · Níveis de beta-hCG acima de 1000 mUI/mL asseguram em 95% a presença de gravidez; Resultados falso-positivos comuns: - Uso de psicotrópicos - AC orais – pelo escape de LH - Hipertireoidismo – a subunidade alfa do TSH é homologa a subunidade alfa do hCG - Reações cruzadas com anticorpos (ex.: fator reumatoide, anticorpos heterofilos, proteínas ligantes) - Neoplasias produtoras de hCG Resultados falto-negativos comuns: - Urinas de baixa densidade - Duas primeiras semanas de atraso menstrual (teste muito cedo) !!! fator mais importante para resultados falso-negativos. DIAGNÓSTICO ULTRASSONOGRÁFICO DA GRAVIDEZ Pode ser transabidominal ou transvaginal, sendo preferido o transvaginal; Já pode ser usado a partir da 4-5ª semanas; A partir de 4 semanas já é possível visualizar o Saco Gestacional, por meio do USG-TV Com 5 semanas a vesícula vitelina é visualizada Com 6 e 7 semanas pode ser observados o eco embrionário e BCF A partir da 8ª semana se vê os movimentos fetais. - Saco gestacional: o circulo anecoico dentro do útero; - Vesícula vitelina: o outro circulo anecoico, dentro do saco gestacional, porém menor; Com 10 para 12 semanas vemos o bebê dentro do saco gestacional; a área mais “branca” dentro do saco gestacional é a placenta. · A relação entre dose positiva de hCG e a visualização do saco gestacional no USG é importantíssimo para a conclusão do diagnóstico da gravidez. Imagens e quadros: MEDGRUPO
Compartilhar