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Diagnóstico de Gestação

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DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO 
Obstetrícia: área da Medicina responsável pela gestação, parto e puerpério em seus aspectos fisiológicos e 
patológicos 
O diagnóstico clínico da gravidez baseia-se em sintomas referidos quando da anamnese e em sinais identifi-
cados durante o exame físico da paciente. Cada uma dessas informações carrega certo grau de confiabilidade, 
o que permite que elas sejam agrupadas em sintomas e sinais de presunção, sinais de probabilidade e sinais 
de certeza da gravidez. 
“O diagnóstico de gravidez baseia-se na história, no exame físico e nos testes laboratoriais. Ao ocorrer ame-
norreia ou atraso menstrual em mulher na idade fértil, que seja sexualmente ativa, deve-se, antes de tudo, 
suspeitar da possibilidade de uma gestação” 
DIVISÃO DA GESTAÇÃO 
• 1º trimestre→ até 12 semanas 
• 2º trimestre→ entre 12 e 28 semanas 
• 3º trimestre→ entre 28 e 40 semanas 
A gravidez dura 9 meses completos – 10 meses lunares - ou 40 semanas de gestação. 
 
Ex: se a DPP é 40 semanas e o bebê nasce... 
• Com 36 semanas→ pré-termo 
• Com 37 a 40 semanas→ termo 
• Com 40 a 42 semanas→ termo pósdata 
• Com 43 semanas→ pós-termo 
OBS: depois de 42 semanas, a chance de nascer morto é muito grande. 
OBS: quando o embrião se torna blastocisto, no final da 1ª semana depois da 
fertilização, é quando ele pode se implantar (independente do lugar que ele esteja 
[por isso ocorre ectópica]) → ele se implanta e o sinciciotrofoblasto, 
capaz de produzir beta-HCG, é que dá náuseas, vômitos, fadiga etc. 
DIAGNÓSTICO DA GESTAÇÃO 
Diagnóstico Clínico 
• Sinais de Presunção (presume que está grávida, mas não tem outros sintomas além do atraso mens-
trual) 
• Sinais de Probabilidade (mãe) 
• Sinais de Certeza (feto) 
Diagnóstico Laboratorial 
• Hormonal 
• Ultrassonográfico 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO 
Utilizamos os dados propedêuticos, coletados na entrevista, inspeção, palpação, toque, ausculta e pelo exame 
clínico. 
Os diversos sinais percebidos pelo exame clínico são considerados por alguns autores como sendo: presuntivos, 
prováveis e de certeza. Outros autores os classificam em sinais de probabilidade e de certeza (MONTANO ET 
al., 2002). 
De probabilidade, quando se referem ao organismo materno (mais precoces) 
De certeza, quando se referem ao organismo fetal (mais tardios) 
SINAIS DE PRESUNÇÃO 
• 4 semanas: atraso menstrual (amenorreia) 
• 5 semanas: náuseas / vômitos / fadiga / sonolência 
• 6 semanas: polaciúria 
Os principais sintomas de presunção são: 
Falha Menstrual 
Figura 1: 1. Sinal de 
Hunter; 2. Tubércu-
los de Montgomery; 
3. Rede venosa de 
Haller 
O atraso da menstruação é o sinal mais precoce da gravidez, crescendo de importância na presunção da gestação 
quando ocorre em mulher jovem, hígida, que não esteja fazendo uso de método contraceptivo e com ciclos 
menstruais regulares e vida sexual ativa. 
Náuseas 
São, talvez, o sintoma que melhor caracteriza a gestação que se inicia. Provável resultado da adaptação materna 
ao hormônio Gonadotrófico Coriônico (hCG), e os enjoos são potencializados por diversas situações orgânicas. 
Distúrbios Urinários 
Durante o primeiro trimestre da gravidez, o útero em crescimento exerce pressão sobre a bexiga materna e pode 
causar polaciúria, sintoma que surge por volta da 6º semana de gestação. Com o evoluir da gestação, o útero 
ganha a cavidade abdominal e a frequência urinária gradativamente diminui. 
Fadiga e Sonolência 
São sintomas frequentes da gravidez inicial, provável decorrência da vasodilatação observada no organismo 
materno. 
Modificações Mamárias 
Mastalgia e mamas aparecem estar maiores 
• 8 semanas: Tubérculos de Montgomery (“espinhas” que produzem secreção para lubrificar durante a ama-
mentação→ evitar fissuras e infecções) 
16 semanas: rede venosa de Haler (aumenta vascularização para ajudar na ejeção do leite) 
• 20 semanas: Sinal de Hunter (“segunda aréola” → ajuda na amamentação) 
 
 
A partir de 5 semanas de gravidez, inicia-se 
processo de congestão que torna as mamas 
doloridas. Com 8 semanas, demais de con-
gestas, as mamas mostram aréolas mais es-
curas, nelas surgindo projeções secundárias (os 
chamados “Tubérculos de Montgomery“). 
Os Tubérculos de Montgomery são glândulas sebáceas, de 
número entre 4 a 28 por mamilo, que tem a função de lubrificar o mamilo e atrair o 
recém-nascido para amamentação após o parto, pois exala um odor característico que estimula o recém-nascido 
para procurar o peito. Tal fato explica a importância da mãe oferecer o peito ao recém-nascido. 
Com 16 semanas, já é possível delas extrair colostro e observa-se aumento da vascularização venosa (a chamada 
“rede de Haller“). Com 20 semanas, os limites dos mamilos tornam-se imprecisos por aumento da pigmentação, 
constituindo a aréola secundária (o chamado “sinal de Hunter”). 
Alterações do Muco Cervical 
O incremento na produção da progesterona, característico da gestação inicial, diminui a concentração de sódio 
nas secreções do colo uterino, elemento necessário para que o muco cervical, quando cristalizado por desidra-
tação, exiba padrão arboriforme. Muco cervical abundante e fluido, que quando desidratado, cristaliza-se com 
imagem microscopia semelhante a folhas de samambaia, fala contra a gravidez. 
Transformações Cutâneas 
Aumenta pigmentação (β-HCG) da aréola, do mamilo, da linha nigra, mama, pescoço, axila e virilha/cloasma; 
aparecimento de estrias 
 
 
 
1. Linha Nigra 
2. Cloasma 
3. Estrias (hidratante com ureia) 
Embora muito pouco sensível e específico, o 
surgimento de cloasma ou da linha nigra, o primeiro 
decorrente da hiperpigmentação da face e a segunda do aumento da concentração de 
melanina na linha alba, e o aparecimento de estrias, sugerem gravidez. 
Cloasma gravídico ou máscara gravídica são manchas provocadas pelo aumento da produção de melanina cir-
cundando parte da testa, ao redor do nariz, bochecha e lábio superior. São fatores determinantes para o apare-
cimento do cloasma: 
• Exposição à luz solar e artificial; 
 
• Uso de alguns medicamentos; 
• Fatores hereditários. 
Nem todas as mulheres terão cloasmas. Aquelas que apresentarem as manchas, terão o desaparecimento do 
cloasma pouco tempo após o parto. A exposição à luz solar contribui para que elas fiquem em definitivo. 
A linha Nigra é o nome dado ao processo de hiperpigmentação da linha alba localizada no abdômen da gestante. 
O primeiro decorrente da hiperpigmentação da face e a segunda do aumento da concentração de melanina na 
linha alba, e o aparecimento de estrias, sugerem gravidez. 
Outros sinais de presunção são: 
• Intolerância a odores (diminui o feromônio, já que o organismo entende que a mulher não precisa mais 
realizar relações sexuais) 
• Sialorreia 
• Constipação (lentidão do intestino) 
• Mastalgia 
• Lentidão: no pensamento, na digestão, na filtração glomerular (maior risco de litíase renal e de infecções 
urinárias), na circulação (maior risco de edema e trombose) 
• Alterações psíquicas 
 Compulsões alimentares, 
 Hipersensibilidade (progesterona e estrogênio estão muito altos) 
 Perversão do apetite (cuidado com a anemia*→ comportamentos alimenta-
res incomuns→ repor ferro e ácido fólico 
*aumenta a volemia sem aumentar a massa eritrocitária → hemodiluição → é como se 
fosse uma anemia fisiológica 
• Se já tiver problemas psicológicos/psiquiátricos → acompanhamento com 
psiquiatra já que o quadro agrava na gravidez 
 
Periodo Gestacional Sintomas/sinais Observações 
4ª semana Amenorreia O “atraso na mens-
truação é uma das 
principais maneiras 
que as mulheres des-
cobrem estarem grá-
vidas 
5ª semana Náuseas Cerca de 50% das 
grávidas sentem náu-
seas matutinas que 
em geral levam a vô-
mitos e anorexia 
5ª semana Congestão mamária Mamas congestas e 
doloridas 
6ª semana Polaciúria Cessa em duas sema-
nas e retorna ao final 
da gravidezSinais de Probabilidade (mãe) 
Os principais sinais de probabilidade são: 
• Aumento do volume uterino: volume abdominal (16 a 20 semanas) 
AU: 0cm na sinfese púbica → palpar do apêndice xifoide até sentir uma resistência (ali é o fundo do útero) 
pode apertar que não vai machucar nem a mãe e nem o bebe 
O útero grávido é palpável no abdome materno, logo acima da sínfise púbica, com 12 semanas de gestação. 
Com 16 semanas, ele deve estar a meio caminho entre a sínfise e a cicatriz umbilical. Com 20 semanas, atinge 
a cicatriz umbilical e, em torno de 40 semanas, o apêndice xifoide. 
 
• Até 12 semanas, o útero está sínfise púbica (borda superior da pube) e não consigo medir a altura uterina 
• A partir de 12 semanas, o útero sai da pelve e consigo medir 
• Com 15 semanas, o útero está sobre o pube 
• Quando o útero estiver praticamente no umbigo, provavelmente é uma gestação de 20 semanas 
• A partir daí o útero cresce por volta de 1 cm por semana 
• OBS: AU corresponde a IG até 34 semanas 
!!! Atenção para pacientes obesas, bebês muito grandes, gemelares, etc... 
• Delineação física do feto 
• Contração de Braxton-Hicks (a partir de 28 semanas): “contrações de treinamento” → o organismo se 
preparando para o trabalho de parto 
• Sinal de Hegar: amolecimento do istmo - região entre o colo e corpo (6 a 8 semanas) 
Colo de não-gravida parece a ponta do nariz. Colo da gravida parece a boca. 
 
Com 6 a 8 semanas de gravidez, o útero adquire consistência elástica e amolecida, principalmente na região do 
seu istmo, o que permite seja ele fletido sobre o colo uterino quando examinado simultaneamente pela palpação 
abdominal e pelo toque vaginal. Tem-se a sensação de que o corpo do útero está separado do cérvice. 
OBS: em um útero ginecológico só tem corpo e colo→ em um útero grávido, aparece o istmo (se fizer cesárea, 
é onde faz o corte) 
• Sinal de Piscacek: amolecimento e abaulamento no local de implantação embrionária 
(“útero tá piscando”) 
 
A implantação ovular faz com que o útero cresça de forma assimétrica e adquirida, 
nessa região, consistência amolecida e forma abaulada, se comparada ao restante do 
órgão. 
• Sinal de Nobile-Budin: ocupação de fundos de sacos vaginais (aumenta vascula-
rização e aumenta o próprio útero) 
Quando no toque bidigital examina os fundos-
de-saco vaginais (Fundo de Saco de Douglas), 
pode-se perceber que eles estão preenchidos 
pelo útero gravídico que assumiu forma globosa. 
• Sinal de Osiander: pulso da artéria vaginal em fundo vaginal (não 
sinto em paciente não-grávida) 
Também pelo toque vaginal, pode-se sentir a pulsação arterial no fundo-
de-saco, achado característico de crescimento uterino rápido. 
• Sinal de Jacquemier ou Chewick: vulva 
com coloração violácea genital (8 semanas) – “β-
HCG deixa tudo escuro” 
Por volta de 8 semanas de gravidez, a vulva, congesta, assume coloração violácea, fa-
cilmente observável à inspeção (representa um acúmulo de progesterona) 
 
• Sinal de Kluge: vagina e colo violáceos 
Aqui, a cor violácea pode ser visualizada na mucosa vaginal, também resultado da con-
gestão do órgão (representa um acúmulo 
de progesterona) 
OBS: o Sinal de Kluge e Sinal de Jacquemier ou Chewick caíram 
por terra de firmar um diagnóstico já que geralmente a paciente já 
traz um teste de gravidez positivo 
 
Periodo Gestacional Sintomas/sinais Observações 
6ª semana Amenorreia Se o “atraso” na 
menstruação passa 
dos 14 dias então te-
mos um sinal de pro-
babilidade. Podem 
ocorrer ainda nesse 
período um pequeno 
sangramento que por 
vezes é confundido 
com a menstruação. 
É a implantação do 
blastocisto no útero. 
6ª semana Aumento do volume 
uterino 
Nessa época, o vo-
lume do útero co-
meça a se expandir 
ainda que só seja de-
tectável acima da sín-
fese púbica na 12ª se-
mana 
8ª semana Alteração na consis-
tência uterina 
É, normalmente, 
firme, mas nesse 
tempo adquire con-
sistência cística/elás-
tica 
8ª semana Alteração da forma 
uterina 
Em geral, o local de 
implantação se torna 
maior, formando um 
abaulamento. Ao 
exame especular, 
quando se abre a 
vulva, chama a aten-
ção a sua cor violá-
cea. 
16ª semana Aumento do volume 
abdominal 
Sendo que o útero se 
torna palpável a par-
tir da 12ª semana e é 
pela 16ª semana que 
o volume abdominal 
começa a aumentar 
de maneira progres-
siva. 
 
Sinais de Certeza (feto) 
Todos os sinais de certeza descartam a necessidade de exame de gravidez porque já há CERTEZA. 
Percepção Dos Movimentos Fetais 
A partir de 16 semanas de gravidez (multíparas) ou de 20 semanas (primigestas), a grávida passa a perceber 
suaves ondulações abdominais, a princípio referidas como movimentação intestinal que se acentua e, com a 
evolução da gestação, se evidenciam como movimentos fetais. 
Ausculta dos Batimentos do Coração Fetal 
Pode-se auscultar os batimentos cardíacos do concepto empregando-se 2 técni-
cas distintas: com o sonar doppler, a partir de 12 semanas de gravidez, e com 
o estetoscópio de Pinard, após 16 semanas. 
• Estetoscópio de Pinard (a partir de 16 semanas) 
• Sonar-Doppler (a partir de 11 semanas) 
• USG (5-6 semanas) 
• Transvaginal tem a percepção mais rápida 
OBS: se ouve o batimento, geralmente, a partir de 11 semanas, já em pacientes obesas por volta de 15 semanas 
Sinal de Puzos 
Durante o toque vaginal, produz-se discreto impulso no útero, através do fundo-de-
saco anterior, que deslocará o feto no líquido amniótico para longe do dedo do 
examinador. A tendência do retorno do concepto à sua posição primitiva fará com 
que ele seja novamente palpado, transmitindo ao examinador a sensação do rechaço 
fetal. É sinal que pode ser observado a partir de 14 semanas de gravidez (1º trimes-
tre) → Sinal de Rechaço Fetal → “empurra o bebê e sente ele bater de volta no 
nosso dedo” 
Percepção dos Movimentos Fetais 
Com 18 (pacientes mais magras) a 20 semanas (pacientes mais obesas) de gestação, 
já é possível ao examinador palpar partes identificáveis do corpo fetal e perceber seus movimentos. Importante 
salientar que a movimentação fetal como sinal de certeza da gravidez deve ser percebido pelo obstetra, care-
cendo de precisão o relato da gestante. 
A partir de 16 semanas de gravidez (multíparas) ou de 20 semanas (primigestas), a grávida passa a perceber 
suaves ondulações abdominais, a princípio referidas como movimentação intestinal que se acentua e, com a 
evolução da gestação, se evidenciam como movimentos fetais. 
β hCG positivo (urina ou sangue) 
Feto em Ultrassonografia 
Periodo Gestacional Sintomas/sinais Observações 
14ª semana Sinal de Puzos É o sinal obtido ao se 
impulsionar o fundo 
de saco anterior com 
os dedos. Ao se reali-
zar essa manobra se 
percebe o movimento 
de afastamento e de-
pois de retorno fetal 
18ª semana Palpação e percepção 
de movimento fetais 
Nessa época, se faz 
possível perceber os 
movimentos do feto 
que no começo são 
poucos vigorosos, 
mas que progridem 
com o decorrer da 
gravidez. Importante 
lembrar que as primi-
gestas em geral de-
moram mais a perce-
berem os movimen-
tos de seus fetos. 
18ª semana Palpação de segmen-
tos fetais 
Já se faz possível a 
palpação de partes do 
corpo fetal, em espe-
cial a cabeça, pelo 
seu maior volume. 
20 a 21ª semana Auscultação É o mais fidedigno 
dos sinais. Podem ser 
obtidos pelo sonar-
doppler ou pelo este-
toscópio de Pinard. 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
DOSAGEM HORMONAL 
Gonadotrofina Coriônica (hCG) 
• Hormônio glicoproteico, dosado na urina e sangue 
• Produzido pelo sinciciotrofoblasto 
• Exclusivo da gestação→ é uma confirmação 
• Presente em outras patologias→ mola, corioca 
• Imunossupressão→ inibe a produção de anticorpos pelos linfócitos 
• Atividade tireotrófica 
• Produção de testosterona pelo feto masculino 
Gonadotrofina Coriônica humana é um hormônio glicoproteico,conhecido comumente como hCG, que é 
produzido pela placenta durante a gestação. Esse hormônio é exclusivo da gravidez e por isso é usado para 
a confirmação de tal condição. Entretanto, em algumas doenças, tais como mola hidatiforme e coriocarci-
noma, o hCG também é produzido. Além disso, ele é um importante indicador de tumores testiculares. 
Nidação (bebê se implantou) → trofoblasto → sinciciotrofoblasto e citotrofoblasto → sinciciotrofoblasto 
invade o miométrio e começa a produzir hCG→ o hCG faz o corpo lúteo produzir estrogênio e progesterona, 
o que mantém a gestação 
O HCG também concede uma imunossupressão à mulher, para que ela não rejeite o embrião (inibe a pro-
dução de anticorpos pelos linfócitos); tem atividade tireotrófica e também estimula a produção de 
testosterona pelo testículo fetal (estimula as células de Leydig a produzirem maior quantidade de androgê-
nios), importante para a diferenciação sexual do feto do sexo masculino. 
• Estrutura semelhante ao FSH, TSH, LH 
• 2 cadeias (alfa e beta) → o que dosamos é a cadeia BETA 
O hCG possui características estruturais que o tornam semelhante ao FSH, LH e TSH, uma vez que é for-
mado por duas subunidades, a chamada cadeia α e cadeia β. A cadeia α é bastante semelhante nesses quatro 
hormônios, diferentemente da cadeia β, que confere especificidade. 
 
Gonadotrofina coriônica humana (HCG) é um hormônio glicoproteíco, secretado desde o início da formação 
da placenta pelas células trofoblásticas, após nidação (implantação) do blastocisto (*). 
A principal função fisiológica deste hormônio é a de manter o corpo lúteo, de modo que as taxas de progesterona 
e estrogênio não diminuam, garantindo, assim, a manutenção da gravidez (inibição da menstruação) 
A função fisiológica do hCG é manter o corpo lúteo durante o início da gestação, aproximadamente por 10 
semanas, e estimular a produção de esteroides. Com isso, impede-se que ocorra a perda do endométrio e haja o 
fim da gravidez. 
O beta-hCG, a partir do momento que começa a ser produzido, se duplica a cada 48 horas e se mantém em um 
platô até o final da gravidez (desaparece 1 mês pósparto) 
OBS: o USG transvaginal só capta se o beta-hCG for pelo menos 1000 
Sua produção começa no momento em que ocorre a implantação e possui seu pico quando a gestação completa 
nove semanas. É possível observar o hormônio no sangue da paciente em aproximadamente sete dias após o 
dia da concepção. Após o pico do hCG, os valores tendem a cair progressivamente até desaparecerem por 
completo um mês após o parto e tem a ausência de nova ovulação. 
A dosagem sérica do β-hCG é um dos métodos mais sensíveis para confirmar e observar a viabilidade de uma 
gestação e o que deve ser feito em casos de Doença Trofoblástica Gestacional, como a mola hidatiforme. O β-
hCG também pode ser observado na urina, entretanto, nesses casos, geralmente o objetivo não é verificar a 
quantidade do hormônio, e sim a sua presença, como nos casos de confirmação de uma gravidez. 
É importante destacar que algumas vezes o exame de gravidez pode ser negativo, em razão da idade gestacional 
ser muito baixa. Se os sintomas da gravidez mantiveram-se, pode-se fazer um novo exame a fim de dosar o 
hormônio, uma vez que no início da gestação os valores de β-hCG duplicam a cada 48 horas. 
 
Quando chega em 14-15 semanas a placenta já está formada e madura→ diminui a produção e concentração 
de hCG um pouco (para involuir o corpo lúteo) e a placenta começa a manter a gravidez 
Para mulheres com atraso menstrual maior que 16 semanas ou que já saibam estar grávidas, o teste laboratorial 
é dispensável. Até 15 semanas posso fazer beta-hCG, mas depois disso já se faz USG. 
 
Tipos de Testes Para Identificar hCG 
Teste Imunológico 
• Urina 
• Sangue 
 
1) Urina 
a) Prova da Inibição da Hemaglutinação (Teste do Tubo) 
Fornece leitura em 2 horas. Interpretação raramente duvidosa, de alta sensibilidade. 
Precisão de 90-98% quando o atraso menstrual ultrapassa 10-14 dias. A maioria dos testes caseiros de gravidez 
utiliza este método. 
Pode dar negative até 10-12 semanas, pois há muito beta hCG formando grumos que o teste não detecta 
Exemplo: Pregnosticon All-in. 
b) Prova De Hemaglutinação Invertida Hemaglutinação Passiva Reversa 
Variante do exame anterior, lançada no mercado recentemente, apresenta o anticorpo ao invés do hormônio 
ligado à hemácia, o que "inverte" a imagem dos resultados. É o método de maior sensibilidade entre os testes 
acima citados e pode ser realizado com apenas um a três dias de atraso menstrual. 
c) Prova de Inibição da Aglutinação do Látex (Teste da Lâmina) 
De leitura rápida, sensibilidade menor, interpretação pode ser duvidosa. 
Precisão de 90 a 98% quando atraso menstrual ultrapassa 10 a 14 dias Estes exames podem dar: 
• Falso-positivos no caso de uso de psicotrópicos, proteinúria, e mulheres no climatério 
• Falso-negativos em urinas de baixa densidade, na primeira ou na 2ª semana do atraso menstrual e, ocasio-
nalmente, durante o 2° trimestre (Quando os níveis de hCG encontramse diminuídos. 
• Para maior confiabilidade dos resultados recomenda-se colher a primeira urina da manhã por ter maior 
concentração de hCG. 
Os testes caseiros comprados em farmácia – precisão de 9,9% (SPALLICCI et al., 2002). 
A fim de se obter maior sensibilidade e especificidade com as reações imunológicas, substitui-se a urina pelo 
sangue, dosando-se a subunidade beta do hCG (βHCG) → mais eficaz e precoce para diagnóstico de gravidez, 
podendo-se confirmá-la 10 dias após a fecundação (4 dias antes do atraso menstrual). 
2) Sangue 
A fim de se obter maior sensibilidade e especificidade com as reações imunológicas, substitui-se a urina pelo 
sangue, dosando-se a subunidade beta do hCG (βHCG) - mais eficaz e precoce pra diagnóstico de gravidez, 
podendo-se confirmá-la 10 dias após a fecundação (4 dias antes do atraso menstrual). 
Os testes imunológicos realizados com o sangue pode ser: 
Qualitativo: dá um simples "sim" ou "não" para se a mulher está grávida. 
Quantitativo: mede a quantidade exata do hormônio no sangue. Isso significa que ele pode pegar quantidades 
bem pequenas do hormônio gonadotrofina coriônica humana, tornando-o bem preciso. 
Esse teste de gravidez é mais parecido com o teste de urina em termos de acuidade. 
• Mais específico e sensível 
• Dosa-se a subunidade beta do hCG 
• Diagnóstico mais eficaz e precoce da gestação 
• Pode ser positivo com 10 dias após a fecundação 
• Qualitativo: “sim” ou “não” 
• Quantitativo: mede a quantidade exata do hormônio no sangue→ é o que interessa para saber se a gravidez 
é tópica ou ectópica, por exemplo (MAIS PRECISO) 
 
DIAGNÓSTICO ULTRASSONOGRÁFICO 
ULTRASSONOGRAFIA TRANSVAGINAL (USTV) 
Nessa foto a gestação é provavelmente de 4 semanas já que não se vê embrião (apenas se vê 
o saco gestacional) 
• Não entra no útero 
• Até 4 semanas só consegue ver saco gestacional. 
• 5 a 6 semanas já se vê o embrião 
• 6 a 7 semanas já consegue ver tudo isso + batimento cardíaco (BCF) 
 
A ultrassonografia transvaginal é um exame obrigatório no primeiro trimestre de gestação. O 
saco gestacional, uma estrutura anelar, passa a ser visualizado com 4 semanas. A partir de 5 
a 6 semanas é possível a identificação da vesícula vitelínica e com 6 a 7 semanas, o ultrassom é capaz de captar 
a pulsação cardíaca do embrião. 
Usado para: 
• Avaliar Idade Gestacional corretamente 
• Avaliar gestação ectópica, malformações uterinas 
• Avaliar gestação anembrionada, IIC (Incompetência Istmo Cervical→ gravidade faz com que abra o colo ocor-
rendo um aborto) 
• Detectar precocemente gestação múltiplas 
• Verificar a localização placentária (se é prévia ou não) 
• Detectar precocemente MF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: Se o feto já tem 0,5 cm completando 6-7 semanas de gestação e não apresenta batimento cardíaco, pode 
ser que estejamorto. Com 8 semanas já se confirma que está morto 
A avaliação ultrassonográfica da idade gestacional é confiável até a 12ª semana de gravidez, período em que se 
emprega como parâmetro a medida do saco gestacional ou o comprimento cabeçanádega (CCN) do embrião. 
A partir da 13ª semana, a acurácia da ultrassonografia diminui progressivamente, sendo as medidas utilizadas 
o diâmetro biparietal (sempre antes de 30 semanas) e o comprimento do fêmur. 
Até a 24ª semana de gestação, tem uma margem de erro de menos de 1 semana. 
Após a 24ª semana: maior variação biológica e, o exame apresenta menor precisão. 
Realizado por meio da amnioscopia e da amniocentese. 
Mede-se o CCN (comprimento crâniocaudal) e coloca-se na tabela de ultrassom para determinar a semana de 
gestação. 
OBS: bebê com mais de 0,5 cm tem que ter batimento cardíaco 
 
 
 
 
ULTRASSONOGRAFIA TRANSABDOMINAL (USTA) 
Consegue-se ver o bebê a partir de 8 semanas 
Mostra 1 semana a mais do resultado da ultrassonografia transvaginal 
OBS: só consegue definir idade gestacional a hora que medir o embrião. 
Idade Gestacional 
Figura 3: 4 sem de gest Figura 2: 6 a 7 sem - BCF 
 
 
O 1º USG é responsável por datar a Idade Gestacional (quanto mais tardio o USG é feito, mais erro pode ter). 
Os outros USG avaliam o crescimento do bebê 
De 10 a 14 semanas se faz o exame morfológico para ver o bebê 
• 12ª semana: comprimento crânionádega (CCN) 
↳ Transluscência nucal norteia possíveis alterações cromossômicas 
• 13ª semana: diâmetro bi-parietal (DBP) e comprimento do fêmur (CF) 
• > 13 semanas: diâmetro bi-parietal, circunferência craniana, diâmetro occipito-frontal, úmero (de epífise 
a epífise), fêmur (de epífise a epífise) e circunferência abdominal 
 
Erro 
• Até 12 semanas: 3 dias 
• 12 – 20 semanas: 1 semana 
• 20 – 32 semanas: 1,5 semanas 
• > 32 semanas: 2,5 semanas 
Se eu fizer a idade gestacional e for de até 12 semanas, o erro pode ser de até + ou - 3 dias. Se for de 12-20 
semanas, o erro é de 1 semana. Se for de 20-32 semanas, o erro pode ser de 1,5 semanas. Se for > 32 semanas, 
o erro pode ser de até 2,5 semanas. 
“A ultrassonografia precoce, além de confirmar o diagnóstico, fornece informações sobre o futuro e a viabili-
dade da gestação atual” 
“O primeiro ultrassom data e os outros avaliam o crescimento do bebê” 
US DURANTE A GESTAÇÃO 
Antes de 12 semanas para datar a gestação 
US Morfológico de 1º Trimestre (entre 10 e 14 semanas) 
• Mede a transluscência nucal (TN) do bebê 
• Aspecto do osso nasal 
• Faz o padrão de fluxo do ducto venoso e, às vezes 
• Faz o padrão de fluxo da valva tricúspide 
 
US Morfológico de 2º Trimestre (entre 20 e 24 semanas) 
• Avalia cerebelo 
• Cisterna Magna 
• Ventrículos Laterais 
• Fígado 
• Estômago 
• Mede todos os ossos 
• Avalia distância dos olhos 
• Se tem fenda paliativa 
US Obstétrico Com Doppler (> 30 semanas) 
Avalia a circulação sanguínea (nas artérias uterina, umbilical e na cerebral média) 
• Padrão de fluxo Artérias Uterinas 
• Padrão de fluxo Artéria Umbilical 
• Padrão de fluxo Artéria Cerebral Média