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Articulação do quadril Tem como função principal a força, a instabilidade e a grande amplitude de movimento Técnicas de exame: Inspeção: Começa pela observação cuidadosa da marcha do paciente quando entra na sala. Observe as duas fases da marcha: · Postural – quando o pé está apoiado no solo e sustenta o peso (60% do ciclo de caminhada) · A maioria dos problemas de quadril aparece durante a fase postural, de sustentação de peso · Oscilação – quando o pé se move para diante e não sustenta peso (40% do ciclo) · Observe a marcha quanto à largura da base (distância de um calcanhar a outro), deve ter entre 5 a 10 cm de largura. · Uma base ampla sugere doença cerebelar ou problemas no pé. · Observar o deslocamento da pelve- que é estabilizada pela contração dos abdutores, ajudando a manter o equilíbrio, elevando o quadril oposto. · Luxação do quadril, artrite, comprimentos desiguais dos membros inferiores ou fraqueza dos abdutores podem ocasionar a queda da pelve para o lado oposto, provocando marcha anserina (ou do pato). · Observar a flexão do joelho- O joelho precisa estar flexionado durante toda a fase postural, exceto quando o calcanhar atinge o solo, para contrabalançar o movimento do tornozelo. · A falta de flexão do joelho, que torna o membro inferior funcionalmente mais comprido, interrompe o padrão uniforme da marcha, causando circundação (rotação do membro inferior para o lado). · Com o paciente em decúbito dorsal, avalie o comprimento dos membros inferiores em termos de simetria. · A disparidades no comprimento dos membrosinferiores ocorrem nas deformidades em abdução ou adução, e na escoliose (desvio na coluna vertebral). O encurtamento e a rotação externa do membro inferior são comuns na fratura do quadril. · Observe a parte lombar da coluna vertebral à procura do grau de lordose e, · O desaparecimento da lordose ocorre com espasmo da musculatura paravertebral; lordose excessiva (hipo) sugere deformidade por flexão do quadril. Palpação: · Marcos ósseos: Palpe os marcos da superfície do quadril: · Marcos anteriores: · Identifique a crista ilíaca na borda superior da pelve, no nível de LIV · Siga a curva anterior para baixo e localize o tubérculo ilíaco, marcando o ponto mais largo da crista, e continue a rastrear para baixo em direção à espinha ilíaca anterossuperior · Coloque seus polegares sobre as espinhas anterossuperiores e deslize os seus dedos, desde o tubérculo ilíaco até o trocanter maior do fêmur · Movimente, então, os seus polegares medial e obliquamente até o tubérculo púbico, que se situa no mesmo nível do trocanter maior. · Marcos posteriores · Palpe a espinha ilíaca posterossuperior diretamente abaixo das depressões visíveis logo acima das nádegas · Colocando seu polegar e seu dedo indicador esquerdos sobre a espinha ilíaca posterossuperior, localize a seguir o trocanter maior lateralmente com seus dedos, no nível da prega glútea, e coloque seu polegar medialmente sobre a tuberosidade isquiática. * A articulação sacro ilíaca nem sempre é palpável, mas pode ser dolorosa à palpação. Observe que uma linha imaginária traçada ao longo das espinhas ilíacas posterossuperiores cruza a articulação no nível de SII. * Dor à compressão da articulação sacroilíaca sugere sacroiliite. · Estruturas inguinais · Com o paciente em decúbito dorsal, solicite a ele que coloque o calcanhar da perna que está sendo examinada sobre o joelho oposto. Palpe, então, ao longo do ligamento inguinal, que se estende da espinha ilíaca anterossuperior até o tubérculo púbico · Abaulamentos ao longo do ligamento sugerem a existência de hérnia inguinal ou, ocasionalmente, aneurisma. · Linfonodos aumentados indicam infecção na pelve ou no membro inferior. · Causas de dor à palpação da região inguinal são sinovite da articulação do quadril, artrite; bursite; ou possível abscesso do músculo psoas. · Hipersensibilidade focal sobre o trocanter confirma o diagnóstico de bursite trocanteriana. Dor à palpação na superfície posterolateral do trocanter maior ocorre em tendinite localizada, espasmo muscular resultante de dor no quadril referida e tendinite da banda iliotibial. · Dor na região inguinal ou anterior, normalmente profundamente na articulação do quadril, irradiando-se para o joelho, indica patologia intra-articular; dor que se irradia para as nádegas ou região trocanteriana posterior indica causas extra-articulares. · Causas intra-articulares incluem osteoartrite (desgaste da articulação), osteonecrose da cabeça femoral (afecção não inflamatória da cabeça e colo femoral), lacerações labrais do acetábulo e fratura pore stresse do colo femoral. As causas extra-articulares incluem bursite trocanteriana, estiramento muscular, distúrbios sacro ilíacos e radiculopatia lombar. · Bolsas · Se sentir dor no quadril, palpe a bolsa (psoas), abaixo do ligamento inguinal, porém em um plano mais profundo · Com o paciente em decúbito lateral e o quadril flexionado e em rotação interna, palpe a bolsa trocantérica, localizada acima do trocanter maior · Normalmente, a bolsa isquioglútea, situada sobre a tuberosidade isquiática, não é palpável, exceto nos casos de inflamação Amplitude de movimento Avalie a amplitude de movimento do quadril e os músculos específicos responsáveis por cada movimento. Os valores normais para flexão do quadril, abdução e adução são 120°, 45° e 20°, respectivamente. Movimento do quadril Principais músculos responsáveis pelo movimento Instruções ao paciente Flexão Músculo iliopsoas “Coloque seu joelho no peito e puxe-o contra o abdome.” Extensão (na verdade, hiperextensão) Músculo glúteo máximo “Deite-se de bruços, depois dobre o joelho e levante-o.” OU “Deitado de costas, afaste a perna da linha média e pendure-a sobre a beirada da maca.” Abdução Músculos glúteos médio e mínimo “Deitado de costas, afaste a perna da linha média.” Adução Músculos adutor curto, adutor longo, adutor magno, pectíneo, grácil “Deitado de costas, dobre o joelho e mova a perna, afastando-a da linha média.” Rotação externa (lateral) Músculos obturadores externo e interno, quadrado femoral, gêmeos superior e inferior “Deitado de costas, dobre o joelho e mova a perna e o pé cruzando a linha média.” Rotação interna Músculo iliopsoas “Deitado de costas, dobre o joelho e mova a perna e o pé, afastando-os da linha média.” Manobras · Flexão: · Coloque a sua mão sob a coluna lombar do paciente em decúbito dorsal. · Solicite a ele que flexione um joelho de cada vez em direção ao tórax e puxe o joelho firmemente contra o abdome. · Verifique quando as costas do paciente encostarem na sua mão, o que indica a retificação normal da lordose lombar – uma flexão ainda maior deriva necessariamente da própria articulação do quadril. * Na deformidade deflexão do quadril, quando o quadril oposto é flexionado (coma coxa contra o tórax), o quadril comprometido não permite a extensão completa da perna e a coxa afetada parece flexionada · Inspecione o grau de flexão do quadril e do joelho, enquanto a coxa é mantida flexionada contra o abdome. · Verifique se a coxa oposta permanece completamente estendida, repousando na mesa de exame. · Extensão: · Com o paciente em decúbito ventral, promova a extensão da coxa em sua direção, em um sentido posterior. · Como alternativa, posicione cuidadosamente o paciente em decúbito dorsal, na beirada da mesa, e estenda a perna dele posteriormente · Abdução: · Estabilize a pelve, mediante a compressão para baixo da espinha ilíaca anterossuperior oposta, com uma das mãos. · Usando a mão livre, segure o tornozelo e realize a abdução da perna em extensão até sentir a movimentação da espinha ilíaca * Abdução e rotação interna e externa restritas são comuns na osteoartite do quadril. · Adução: · Estabilize a pelve do paciente em decúbito dorsal, segure um dos tornozelos e movimente a perna medialmente cruzando o corpo e sobre o membro oposto. · Rotação externa e interna: · Flexione o membro inferior em 90° na altura do quadril e joelho · Estabilize a coxa comuma das mãos · Segure o tornozelo com a outra mão e gire a perna – medialmente para a rotação externa do quadril, e lateralmente para a rotação interna
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