Pancreatite aguda e crônica

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- Fabiana Bilmayer
PÂNCREAS
ANATOMIA
Localização: Retroperitoneal
Abrange as regiões abdominal epigástrica,
do hipocôndrio esquerdo e uma porção da
umbilical.
Partes:
● Externas - cabeça, colo, corpo e
cauda
● Internas - ducto pancreático
principal (de Wirsung) e ducto
pancreático acessório (de
Santorini).
Função:
- Digestão através da libertação de
peptidases, lipases, nucleases e
amilases.
- Regulação hormonal pela
libertação de insulina (células
beta), glucagon (células alfa) e
somatostatina (células delta)
Vasos sanguíneos
- Artérias pancreaticoduodenais
- Artéria esplénica
- Artéria gastroduodenal
- Artéria mesentérica superior
Inervação
● Parassimpática: Nervo vago
● Simpática: Nervos esplâncnicos
Função
O pâncreas é um órgão único, pois possui
tanto funções endócrinas como exócrinas.
A sua função exócrina inclui a síntese e
libertação de enzimas digestivas para o
duodeno, no intestino delgado.
A sua função endócrina envolve a
libertação de insulina e glucagon para a
corrente sanguínea , duas importantes
hormonas responsáveis pela regulação do
metabolismo da glucose, lípidos e
proteínas.
Os principais agentes responsáveis pela
função pancreática são as glândulas
endócrinas e exócrinas. As últimas
sintetizam enzimas digestivas
pancreáticas inativas (zimogênios), que
são libertados para os sistemas ductais
glandulares e pancreáticos. Ao atingir o
duodeno, os zimogênios são ativados por
enzimas proteolíticas, tornando-se
peptidases, amilases, lipases e nucleases
ativas que atuam para digerir ainda mais
os alimentos que entram no intestino
delgado provenientes do estômago.
A função endócrina do pâncreas é
desempenhada pelos ilhéus pancreáticos
de Langerhans.
Estas glândulas endócrinas secretam
hormônios diretamente para a corrente
sanguínea e possuem três tipos celulares
principais: alfa, beta e delta.
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- Fabiana Bilmayer
Resumidamente, as células alfa liberam
glucagon, as células beta secretam
insulina e as células delta produzem
somatostatina.
Estas hormonas são fundamentais para a
regulação não só do metabolismo da
glucose, mas também das funções
gastrointestinais.
PANCREATITE
É um processo inflamatório do pâncreas
que pode ser crônico ou agudo.
PANCREATITE AGUDA
As causas mais comuns são:
1) Cálculos biliares (obstrução do
fluxo pancreático)
2) Alcoolismo (aumento da síntese de
enzimas pancreáticas)
Quadro clínico
- Dor epigástrica severa
- Náuseas
- Vômitos
Exame físico
- Sensibilidade epigástrica
- Ruídos típicos de intestinos
hipoativos
- Febre
- Taquipneia
- Equimoses na região abdominal
periumbilical e do flanco esquerdo
- Icterícia, se obstrução biliar
Exames laboratoriais
● ↑Amilase
● ↑Lipase (mais específica)
↑ aumento em 3x
Exames de imagem
RX - excluir úlcera péptica perfurada
*USG - diagnosticar cálculos biliares
(pancreatite biliar)
Possui sensibilidade de 95%.
TC - apenas para pcts mais graves
Critérios prognósticos
● Ranson
Eliminar pancreatite grave ou prever risco
de mortalidade.
Pontuação feita com base na internação e
depois de 48h de admissão.
● APACHE II
Tratamento
● Controle da pancreatite aguda
- Terapia de fluidos (cristalóides)
- Controle da dor (morfina, dipirona)
- Antieméticos (plasil, vonau)
- Monitorização
- Tto da causa subjacente
PANCREATITE CRÔNICA
Etiologia
● Álcool
● Autoimune
● Medicamentosa
● Tropical
● Idiopática
Quadro clínico
Não específico ou assintomático.
- Esteatorreia (fezes claras): Ocorre
apenas nos pacientes com pelo
menos 80% de comprometimento
pancreático.
Comumente irreversível por lesão crônica.
Diagnóstico - Exames de imagem
RX
*TC
Tratamento
● Controle da pancreatite crônica
- Controle da dor (AINEs)
- Suplementos de enzimas
pancreáticas
- Suplementos de vitaminas e lipases
- Fabiana Bilmayer