Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
01/06/2021 1 Aula 11 2ª Unidad e ... É bom es tar com v ocêsBem- vindos, Prof. C leiçon Gr af 1 O que já entendemos dessa disciplina 2 O que você se lembra das aulas anteriores 3 01/06/2021 2 Cada grupo terá com as seguintes atribuições: 1. RELATO – Comentar no encontro seguinte os pontos importantes abordados no encontro anterior; 2. INTEGRAÇÃO e ORGANIZAÇÃO – Ficará responsável pela integração dos alunos, evitando inclusive que haja faltas ou atrasos. Será também de sua responsabilidade a criação do grupo no WhatsApp. ü DESAFIO: Os dos grupos terão ao final da disciplina, a atribuição de organizar um churrasco de fechamento da disciplina – na condição de que todos estejam aprovados. Grupos de Apoio... Consiste na formação de 2 grupos: Relato, Integração e Organização. 4 1. Criar uma síntese do trabalho produzido, que deverá ser apresentada, por cada um dos par ticipantes, no dia 18/05/2021; 2. Essa síntese com respectivos nomes, matrículas, períodos e turnos, deverá ser enviada ate o dia 25/05/2021, para o e-mail: cleicon@uol.com.br. A atividade vale 1 (um) ponto e compõe o processo avaliativo da disciplina. Caso Analítico O objetivo é o de fazer um paralelo, utilizando o conteúdo da Portaria nº 4 e o vídeo – Saúde na Saúde, em uma atividade prática. Poderá ser desenvolvida no formato: individual, duplas ou trios e, compreende: Referências: Vídeo – Saúde na Saúde, https://www.youtube.com/watch?v=i1BXGNPYkB0 Portaria nº 4 https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-4-de-18-de-maio-de-2020-257673355 5 Neste mundo, o que importa não é o que se sabe... Em vez disso, o que conta é o que se faz com o que se sabe... A informação é valiosa, mas o que importa é o que se faz com ela... O que você esta fazendo com você .... 6 mailto:cleicon@uol.com.br https://www.youtube.com/watch?v=i1BXGNPYkB0 https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-4-de-18-de-maio-de-2020-257673355 01/06/2021 3 Para que serve o psicólogo? Para que serve a Psicologia? Partindo dessas perguntas formuladas por Bezerra (1992) e, pelo percurso que já percorremos nessa disciplina, propomos um recorte mais específico: ü Para que serve o psicólogo no hospital geral? Psicólogo no Hospital: Funções e Atuação... 7 ü E ainda, se estamos nos referindo a uma instituição médica, local de uma prática hierarquizada a partir do saber e da atuação médica; ü Onde os sujeitos se dirigem em busca de uma medicação que dê conta dos seus sofrimentos, quer sejam do corpo, quer sejam da alma, para que serve então, a psicologia no hospital geral? Psicólogo no Hospital: Funções e Atuação... 8 ü A atuação do psicólogo na clínica privada, atendendo a uma clientela de classe social mais favorecida; ü Sua inserção nos ambulatórios e hospitais de saúde mental, mesmo que muitas vezes subordinada aos paradigmas da psiquiatria, já é prática estabelecida; Psicólogo no Hospital: Funções e Atuação... 9 01/06/2021 4 ü É para esse tipo de atuação, principalmente, que se volta a formação do psicólogo; ü A graduação em psicologia enfatiza o modelo psicodinâmico e suas aplicações clínicas na área da saúde mental deixando de lado as temáticas relacionadas à saúde pública e às questões macrossociais. Psicólogo no Hospital: Funções e Atuação... 10 ü Os hospitais gerais constituem um novo campo de trabalho para o psicólogo, não só em função da proposta de atenção integral à saúde, como também em função da crise enfrentada pela clínica privada; Psicólogo no Hospital: Funções e Atuação... 11 ü A abertura de concursos e de possibilidades de atuação do psicólogo nestas instituições, faz com que o profissional se volte para este campo, muitas vezes sem uma reflexão mais cuidadosa sobre a especificidade desse trabalho; Psicólogo no Hospital: Funções e Atuação... 12 01/06/2021 5 ü A formação em psicologia não inclui o debate sobre a saúde em seus aspectos políticos, sociais e econômicos; Psicólogo no Hospital: Funções e Atuação... 13 ü Dessa forma, o profissional se insere numa equipe de saúde, marcada pela hierarquia do saber médico, tentando transpor para sua prática o modelo clínico aprendido na graduação, sem a compreensão da complexidade do campo da saúde no Brasil. Psicólogo no Hospital: Funções e Atuação... 14 ü Segundo Spink (1992), a atuação do psicólogo no hospital geral é mais do que um novo campo de trabalho, ela aponta para a necessidade de novas técnicas e para a emergência de um novo campo de saber; ü O atendimento individual, clínico, priorizado na graduação, é substituído pelas ações integradas com a equipe. Psicólogo no Hospital: Funções e Atuação... Fonte: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932000000300005 15 01/06/2021 6 ü O psicólogo hospitalar está́ inserido na área da saúde como um especialista, como facilitador da comunicação e da expressão humana através da linguagem; ü Visando a representação e a elaboração das vivências dos pacientes, do seu relacionamento com os semelhantes, de sua capacidade de amar e de trabalhar; O Lugar da Psicologia no Hospital... 16 ü No hospital, onde o risco de vida e a possibilidade da morte estão presentes, o psicólogo pode facilitar e/ou favorecer o curso da vida; a isto se pode denominar promoção de saúde e de qualidade de vida; O Lugar da Psicologia no Hospital... 17 ü Neste sentido, a Psicologia Hospitalar situa-se além do trabalho de humanização da instituição, oferecendo tratamento específico para as questões do ser humano no decorrer da sua história de vida. Fonte: http://www.revispsi.uerj.br/v11n3/artigos/pdf/v11n3a16.pdf O Lugar da Psicologia no Hospital... 18 http://www.revispsi.uerj.br/v11n3/artigos/pdf/v11n3a16.pdf 01/06/2021 7 Para o Ministério da Saúde do Brasil: ü O termo hospital se refere a um conjunto muito heterogêneo de estabelecimentos de saúde, unidades de diferentes portes’ ü Que podem oferecer uma variada gama de serviços e atividades e desempenhar funções muito distintas no âmbito da rede de atendimento à saúde; O Hospital: Conceito, Funções, Características... 19 ü Enquanto o Observatório Europeu de Políticas e Sistemas de Saúde conceitua hospital: O Hospital: Conceito, Funções, Características... 20 ü ...estabelecimento com instalações para internação e em condições de oferecer assistência médica e de enfermagem, em regime contínuo 24h ao dia, para o diagnóstico, tratamento e reabilitação de indivíduos adoentados ou feridos que necessitem de cuidados clínicos e/ou cirúrgicos e que, para tal fim; O Hospital: Conceito, Funções, Características... 21 01/06/2021 8 ü Contando com ao menos um profissional médico em seu quadro de funcionários; ü O hospital também pode prestar atendimento ambulatorial; O Hospital: Conceito, Funções, Características... 22 ü Entende-se por instituição hospitalar, os grupos ou hospitais que são criados para prestar serviços de saúde e podem ter ou não fins lucrativos; ü Podem ser sociedade particular, hospitais beneficentes, filantrópicos e outros. O Hospital: A Instituição Hospitalar... 23 ü Muito se tem escrito sobre o Processo Saúde-doença, no entanto um novo instrumento intelectual para a apreensão da saúde e da doença deve levar em conta a distinção entre a doença; ü Tal como definida pelo sistema da assistência à saúde – e a saúde, tal como percebida pelos indivíduos; O Hospital: Processo Saúde-doença ... 24 01/06/2021 9 ü Também, deve incluir a dimensão do bem-estar, um conceito maior, no qual a contribuição da saúde não é a única e nem a mais importante; O Hospital: Processo Saúde-doença ... 25 ü O sofrimento experimentado pelas pessoas, suas famílias e grupos sociais não corresponde necessariamente à concepção de doença que orienta os provedores da assistência, como os profissionais da Estratégia Saúde da Família; O Hospital: Processo Saúde-doença... 26 ü Uma nova maneira de pensar a saúde e a doença deve incluir explicações para os achados universais de que a mortalidade e a morbidade obedecem a um gradiente, que atravessa as classes socioeconômicas; ü De modo que menores rendas ou status social estão associados a uma pior condição em termos de saúde; O Hospital: Processo Saúde-doença ... 27 01/06/2021 10 ü Tal evidência constitui-se em um indicativo de que os determinantes da saúde estão localizados fora do sistema de assistência à saúde (EVANS; STODDART, 2003; SCHRAIBER; MENDES-GONC ̧ALVES, 1996 apud OLIVEIRA; EGRY, 2000) O Hospital: Processo Saúde-doença ... Fonte: https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/modulo_politico_gestor/Unidade_6.pdf 28 ü Para Evans & Stoddart (1990) a doença não é mais que um constructo que guarda relação com o sofrimento, com o mal, mas não lhe corresponde integralmente; O Hospital: Processo Saúde-doença ... 29 ü O conhecimento clínico pretende balizar a aplicação apropriada do conhecimento e da tecnologia, o que implica que seja formulado nesses termos; ü No entanto, do ponto de vista do bem- estar individual e do desempenho social, a percepção individual sobre a saúde é que conta (EVANS; STODDART, 1990).” (OLIVEIRA; EGRY, 2000). O Hospital: Processo Saúde-doença ... 30 01/06/2021 11 ü A morte, dentro do hospital traz consigo uma gama de significados culturais que o ser humano construiu ao longo de sua existência (Kovács, 2008; Cherix & Kovács, 2012); ü Ao contrário dos tempos atuais, no passado, a morte era encarada com certa naturalidade; Morte no Contexto Hospitalar ... 31 ü A falta de recursos tecnológicos e as grandes epidemias tornavam a terminalidade um evento habitual; Morte no Contexto Hospitalar ... 32 ü As pessoas buscavam em suas casas o último local de repouso, desenvolvendo rituais de despedida que envolviam a participação da família e da comunidade; ü Contribuindo para a manutenção da identidade do sujeito adoecido, tornando-o como parte ativa de todas as decisões referentes ao fim de sua vida (Mendes, Lustosa & Andrade, 2009; Faraj, Cúnico, Quintana & Beck, 2013). Morte no Contexto Hospitalar ... 33 01/06/2021 12 ü Nesse sentido, o moribundo possuía oportunidades de reestabelecer a organização familiar, tinha os últimos pedidos considerados por seus conviveis e, sua opinião era respeitada até o derradeiro momento (Kovács, 2008; Mendes et al., 2009); Morte no Contexto Hospitalar ... 34 ü Atualmente, a sociedade valoriza a alta produtividade, se esforça para negar a terminalidade e evita falar sobre o assunto (Domingues et al., 2013); Morte no Contexto Hospitalar ... 35 ü A chance de adiar a morte, por meio de tecnologias biomédicas, favoreceu a construção da ideia de que a instituição hospitalar seria o lugar apropriado para morrer, tornando a última fase da vida como um momento de extrema solidão; ü Acompanhada apenas por profissionais de saúde e, quando possível, alguns cuidadores familiares (Medeiros & Lustosa, 2011); Morte no Contexto Hospitalar ... 36 01/06/2021 13 ü Desse modo, a morte deixa de ser pública para se tornar privada e individual; ü Cada vez mais, investe-se em tecnologias para combatê-la, muitas vezes, sem considerar os aspectos emocionais envolvidos (Braga & Queiroz, 2013); Morte no Contexto Hospitalar ... 37 ü Estudos apontam para as dificuldades que pacientes, cuidadores familiares e profissionais de saúde ainda encontram para lidar com o processo de morte e morrer durante a hospitalização (Braga & Queiroz, 2013); Morte no Contexto Hospitalar ... 38 ü Frente às deficiências na sua formação e diante da necessidade de atuação em cenários onde a morte integra o cotidiano; Morte no Contexto Hospitalar ... 39 01/06/2021 14 ü É recorrente que profissionais de saúde façam uso de estratégias de enfrentamento baseadas em envolvimento emocional inadequado ou frieza e indiferença, gerando grande sofrimento para todos os envolvidos (Kovács, 2008; Oliveira, Schirmbeck & Lunard, 2013; Poletto, Santini & Bettinell, 2013). Morte no Contexto Hospitalar ... 40 ü Considerando-se tais dificuldades, é recorrente que psicólogos hospitalares sejam convocados a atuar nesse contexto. Morte no Contexto Hospitalar ... Fonte: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582015000200009 41 ü A finitude humana é apontada por Freud (1923) como uma característica da pulsão de morte. No contexto hospitalar e de doença, o individuo tende a tratar a morte de forma distanciada, justamente por ser algo desconhecido. Sobre o Temor da Morte ... 42 01/06/2021 15 ü Uma situação que todo humano passará, porém o próprio humano se comporta como infinito, como se a morte nunca fosse chegar; ü O temor da morte diante de um quadro de doença pode desencadear e/ou desenvolver problemas de outra natureza, a exemplo, dos transtornos mentais. Sobre o Temor da Morte ... 43 ü A morte e o morrer faz parte da existência humana; ü O morrer está pontuado por sucessivas mortes que antecedem a morte final; ü Já a morte pode ser compreendida como um momento que encerra a vida biológica; Atitudes diante da Morte e do Morrer... 44 Koocher (1974 apud KOVÁCS, 2002, p. 52) estudou 75 crianças fazendo quatro perguntas em relação à morte: ü O que faz as coisas morrerem? ü Como fazer as coisas mortas voltarem à vida? ü Quando você morrerá? ü O que acontecerá depois? Surgiu uma relação hipotética entre o desenvolvimento cognitivo e as atitudes da morte: A Criança e o Adolescente diante da Morte... 45 01/06/2021 16 Nível 1 – ligado ao período pré-operacional, envolveu raciocínios fantasiosos e mágicos, ligado ao pensamento egocêntrico; Nível 2 – voltado ao período das operações concretas, incluem-se formas de se infringir a morte; A Criança e o Adolescente diante da Morte... 46 Nível 3 – apresentou explicações mais abstratas, com idéias de deterioração física, nomeação de classes e causas, o reconhecimento da morte como fenômeno natural, presente no período de operações formais. Este autor verificou que as crianças que tiveram contato com a morte, apresentaram melhor elaboração do seu conceito. A Criança e o Adolescente diante da Morte... Fonte: https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/55168933/docslide.com.br 47 ü As crianças terminais, além do medo da morte, apresentam o medo do sofrimento e do tratamento, agravados pelo fato de terem de sofrer constantes separações das pessoas da família; ü Usando o procedimento desenho-estória, de Walter Trinca (1976), foi possível verificar, que as angústias de dezessete crianças com câncer, estudadas, se relacionaram com rejeição e separação. A Criança e o Adolescente diante da Morte... 48 01/06/2021 17 ü Verificou-se também que várias crianças demonstraram clara percepção da morte, mesmo que ninguém lhes tivesse informado a respeito da gravidade de sua doença; ü Não se pode esquecer que as crianças têm um contato mais direto e íntimo com seu corpo, portanto, percebem a deterioração que a doença provoca; A Criança e o Adolescente diante da Morte... 49 ü Por outro lado, muitas vezes em suas perguntas pedem um esclarecimento e confirmação de algo que já́ sabem; ü O escamoteamento da verdade provoca um sentimento de estar sendo enganado ou considerado ingênuo, o que causa um sentimento de profunda solidão. A Criança e o Adolescente diante da Morte... Fonte: https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/55168933/docslide.com.br 50 ü A adolescência é uma fase de transição como qualquer fase do desenvolvimento. ü É um período de lutos, segundo os autores acima mencionados; ü Pois o adolescente tem de realizar a perda do seu corpo infantil, da sua identidade como criança e precisa elaborar a perda dos pais infantis. A Criança e o Adolescente diante da Morte... 51 https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/55168933/docslide.com.br01/06/2021 18 ü A grande tarefa da adolescência é a aquisição da identidade, segundo Erikson (1972), quando o individuo se define com pessoa; ü Para realizar esta definição, o adolescente tem de romper limites e desafiar o mundo. A Criança e o Adolescente diante da Morte... 52 ü É um período de grandes aquisições, desde um corpo novo e altamente potente, até a capacidade cognitiva que lhe permite conquistar a ciência; ü Descobrir e inventar coisas novas, participar da conversa dos adultos com idéias e com a possibilidade de discordância, agora pautada em conhecimentos capacidades de elaboração A Criança e o Adolescente diante da Morte... Fonte: https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/55168933/docslide.com.br 53 ü Para o adolescente, essa fase é de lutos, pois percebe que houve uma perda da infância; ü Ao mesmo tempo, é um momento de paixões e intenso investimento em si mesmo; A Criança e o Adolescente diante da Morte... 54 https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/55168933/docslide.com.br 01/06/2021 19 ü Lidar com a morte nessa etapa da vida parece complexo demais, uma vez que é esperado que a adolescência seja uma etapa da vida muito fértil para o desenvolvimento e as grandes conquistas. A Criança e o Adolescente diante da Morte... 55 ü É como se a vida fosse uma construção a parte, na contramão do morrer; ü Acontece que todos os dias, até mesmo o próprio dia, é uma perda, uma morte; ü O ser humano parece não está preparado para perdas, cisão, morrer; Morte, Separação, Perdas e o Processo de Luto... 56 ü A morte, dentro do hospital manifesta uma amplitude de significados culturais que o ser humano construiu ao longo de sua existência (Kovács, 2008; Cherix & Kovács, 2012). ü Elaborar o processo de morte, exige estágios de vivência e elaboração. Morte, Separação, Perdas e o Processo de Luto... 57 01/06/2021 20 ü Os aspectos emocionais andam muito presente nesses momentos, provocando oscilação no comportamento; ü O desapego exige muita maturidade psíquica, uma vez que o ser humano tem o apego em sua essência; ü Além do apego ao sistema material. Estágios de Elisabeth Kubler-Ross... 58 Estágios de Elisabeth Kubler-Ross... 59 Fase 1 – Negação ü É um processo que faz com que o indivíduo negue o problema; ü Arruma justificativa para evitar lidar com a perda/morte, que não se refere apenas a vida, mas também a situações de perdas de emprego, de amizades; ü É esperado que a pessoa também não fale sobre o assunto... Estágios de Elisabeth Kubler-Ross... 60 01/06/2021 21 Fase 1 – Negação ü No contexto hospitalar também não é diferente, sentimentos vêm com o diagnóstico, negação da situação posta; ü O paciente necessita de tempo para absorver a informação. Estágios de Elisabeth Kubler-Ross... 61 Fase 2– Raiva ü Nessa fase o indivíduo se revolta com o mundo, com as pessoas, com a vida, se sente injustiçada, maltratada e não se conforma por estar passando pela situação. Estágios de Elisabeth Kubler-Ross... 62 Fase 3– Barganha ou negociação ü Permite que o indivíduo começa a negociar, iniciando consigo; ü Promessas de novas atitudes, pedido de perdão e desejos de mudanças são elementos esperados, na sutil esperança de diminuir o seu sofrimento e prolongar a vida. Estágios de Elisabeth Kubler-Ross... 63 01/06/2021 22 Fase 4– Depressão ü Nessa fase a pessoa se volta para seu mundo interno, se isolando, melancólica e se sentindo inferior diante da situação que passa. Evite falar com as pessoas, e sua atenção está em si; ü É um momento de solidão e reclusa. A autora considera dois tipos de depressão: Estágios de Elisabeth Kubler-Ross... 64 Fase 4– Depressão 1. Reativa – que requer um tratamento multidisciplinar com apoio técnico e orientação de profissionais da área social; 2. Preparatória – É o momento que o paciente entende que a qualquer momento perderá tudo que ama. Exige uma atenção ainda maior da equipe junto ao paciente e aos familiares. Estágios de Elisabeth Kubler-Ross... 65 Fase 5– Aceitação ü É a fase de maior desgaste físico do indivíduo/paciente; ü Enxerga a realidade e que não tem como escapar da morte; ü Viver, talvez seja mais danoso do que morrer; ü Nessa fase, o paciente pode desejar falar sobre seus sentimentos, sua história; ü Para isso, a disponibilidade de profissionais da escuta é essencial. Estágios de Elisabeth Kubler-Ross... 66 01/06/2021 23 ü O psicólogo diante da terminalidade humana, busca a qualidade de vida do paciente, amenizando o sofrimento, ansiedade e depressão do mesmo diante da morte; ü A atuação do psicólogo é importante tanto no nível de prevenção, quanto nas diversas etapas do tratamento O Profissional de Saúde diante da Morte... 67 ü Pode ajudar os familiares e os pacientes a quebrarem o silêncio e falarem sobre a doença, fornecendo aos mesmos as informações necessárias ao tratamento; ü Que muitas vezes é negado pela própria família, pois consideram melhor manter o paciente sem a informação. O Profissional de Saúde diante da Morte... 68 ü O trabalho do psicólogo em cuidados paliativos consiste em atuar nas desordens psíquicas que geram estresse, depressão, sofrimento, fornecendo um suporte emocional à família; ü Que permita a ela conhecer e compreender o processo da doença nas suas diferentes fases, além de buscar a todo tempo, maneiras do paciente ter sua autonomia respeitada; O Profissional de Saúde diante da Morte... 69 01/06/2021 24 ü A escuta e o acolhimento são instrumentos indispensáveis ao trabalho do psicólogo para conhecer a real demanda do paciente; ü Além de ter que possuir uma boa comunicação interpessoal seja em linguagem verbal ou não, firmando assim uma relação de confiança com o paciente. Fonte: Hermes e Lamarca (2013) O Profissional de Saúde diante da Morte... 70 ü Composta por quase todas as especialidades médicas, assim como outros profissionais de saúde; ü Como enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos, pedagogos institucionais, farmacêuticos e auxiliares diversos de saúde. A Equipe Multidisciplinar no Hospital... 71 ü No contexto hospitalar, cuidado em saúde tem a ver com acolhimento e humanização; ü Tratar bem, respeitar, acolher, atender o ser humano em seu sofrimento com muita qualidade, buscando formas de resolução de seus problemas clínicos; Cuidado da Saúde... 72 01/06/2021 25 ü Para Celício (2011), o cuidado passa por um conjunto de dimensões no âmbito dos serviços de saúde; ü Cada dimensão possui sua especificidade e ao mesmo tempo, uma conexão quando o assunto é cuidado humano; Essas dimensões são classificadas em: Cuidado da Saúde... 73 Dimensão Individual do Cuidado: ü É o cuidar de si no sentido de que cada um de nós pode ou tem potência de produzir um modo singular de andar a vida, fazendo as suas escolhas para ser feliz; Cuidado da Saúde... 74 ... ü Mesmo sofrendo determinações do ambiente e da sociedade no seu processo de saúde e doença, é possível ter autonomia nos processos de cuidar de si e de viver a vida de forma mais plena. Cuidado da Saúde... 75 01/06/2021 26 Dimensão Familiar do Cuidado: ü É a dimensão do cuidado que se realiza no mundo da vida e tem como principais atores as pessoas da família, os amigos, os vizinhos... Cuidado da Saúde... 76 ... ü É um local de muitos conflitos e contradições tendo em vista a complexidade das relações aí presentes (relação cuidador /cuidado, sobrecarga de trabalho, etc.); É importante devido ao envelhecimento da população. Cuidado da Saúde... 77 Dimensão Profissional do Cuidado: ü É aquela que se dá no encontro entre profissionais e os usuários; ü É um encontro privado, que na sua forma mais típica ocorre em espaços protegidos fora de qualquer olhar externo de controle; Esta dimensão é regida por três elementos principais que lhe conferem maior ou menor capacidade de produzir o bomcuidado: Cuidado da Saúde... 78 01/06/2021 27 a) Competência técnica do profissional no seu núcleo profissional especifico; b) Postura ética do profissional, em particular, o modo com que se dispõe a mobilizar tudo o que sabe e tudo o que pode fazer em suas condições reais de trabalho para responder da melhor forma possível às necessidades dos usuários; c) Não menos importante, a capacidade de construir vínculos com quem precisa de seus cuidados. Cuidado da Saúde... 79 Dimensão Organizacional do Cuidado: ü É a que se realiza nos serviços de saúde e evidencia novos elementos como: o trabalho em equipe, as atividades de coordenação e comunicação, além da função gerencial. Cuidado da Saúde... 80 Dimensão Organizacional do Cuidado: ü Nesta dimensão é vital a organização do processo de trabalho, a definição de fluxos de atendimento e adoção de alguns dispositivos como agenda, protocolos, reuniões de equipe, avaliação; É um território também marcado por diferenças e dissensos. Cuidado da Saúde... 81 01/06/2021 28 Dimensão sistêmica do Cuidado: ü É aquela que trata de construir conexões formais regulares e regulamentadas entre os serviços de saúde, compondo redes ou linhas de cuidado com o sentido de garantir a integralidade do cuidado. Cuidado da Saúde... 82 Dimensão societária do Cuidado: ü Papel do estado na produção e implementação de políticas publicas e de saúde; ü É uma dimensão bem mais ampla de gestão ou produção do cuidado: Produção de cidadania; de direito a vida e, de acesso a tecnologias que contribuam para uma vida melhor. Cuidado da Saúde... Fonte: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/4097.pdf 83 ü Sabe-se que o psicólogo é um dos profissionais da escuta qualificada; ü Ele assume uma função muito importante no acolhimento das diversas manifestações de afetos e desafetos dos pacientes; Atenção Psicológica em Pacientes Hospitalizados com variadas Patologias... 84 01/06/2021 29 ü A atenção psicológica ganha ainda mais corpo não apenas nos processos de humanização hospitalar, mas, sobretudo, na condição subjetiva e singular de cada paciente com várias patologias e assistência aos seus familiares; ü O estar perto do paciente, entendendo-o em sua condição clínica faz parte do fazer psicológico no hospital. Atenção Psicológica em Pacientes Hospitalizados com variadas Patologias... 85 É bom es tá com vo cêsBem-v indos, Prof. C leiçon Gr af Referênci as bibliog ráficas ... 86 ANGERAMI, V.A. Psicologia Hospitalar. A Atuac ̧a ̃o do Psico ́logo no Contexto Hospitalar. Sa ̃o Paulo: Traço, 1984/2003. ______ (Org.). Psicologia Hospitalar: teoria e pra ́tica. Sa ̃o Paulo: Pioneira, 1995. ______. (Org.). E a Psicologia entrou no hospital. Sa ̃o Paulo: Pioneira, 1997. ______. (Org.). Urgências psicolo ́gica no hospital. Sa ̃o Paulo: Pioneira, 1998. ANGERAMI-CAMON, V.; CHIATTONE, H.; NICOLETTI, E. (Orgs.). O doente, a Psicologia e o hospital. Sa ̃o Paulo: Pioneira, 1996. BAPTISTA, MALKILIM NUNES. Psicologia Hospitalar. São Paulo: Guanabara Koogan, 2010. BOFF, L. Saber Cuidar: e ́tica do humano – compaixão pela terra. Petrópolis: Vozes, 1999. CAMPOS, T. O psico ́logo em hospitais: aspectos de sua atuac ̧a ̃o em hospital geral. 1988. (Doutorado em Psicologia) – Po ́s- Graduac ̧a ̃o em Psicologia Social, Pontifícia Universidade Católica, Sa ̃o Paulo, 1988. Conselho Federal de Psicologia (Brasil). Referencias técnicas para atuac ̧a ̃o de psico ́logas(os) nos servic ̧os hospitalares do SUS / Conselho Federal de Psicologia, Conselhos Regionais de Psicologia e Centro de Referência Te ́cnica em Psicologia e Políticas Pu ́blicas. —— 1. ed. —— Brasi ́lia: CFP, 2019. Conselho Federal de Psicologia (Brasil), regional Pernambuco. Portaria Nº 4, DE 18 de maio de 2020. Acesso em 28 de fevereiro de 2021. Disponível em: http://www.crppe.org.br/noticias/orientacao_do_crp- 02_na_oferta_de_servicos_psicologicos_no_periodo_da_pandemia_do_coronavirus Estudo de Caso: Referencias bibliográficas ... 87 http://www.crppe.org.br/noticias/orientacao_do_crp-02_na_oferta_de_servicos_psicologicos_no_periodo_da_pandemia_do_coronavirus 01/06/2021 30 COUTO, L. O analista Sinthoma: uma das funções do analista no hospital geral. Epistemo-Soma ́tica, Belo Horizonte, v. 4, n. 1, p. 93-109, 2007. CROSSLEY, M. Rethinking health Psychology. Buckingham: Open University Press, 2000. CASTRO, E.; BORNHOLDT, E. Psicologia da sau ́de x Psicologia hospitalar: definições e possibilidades de inserc ̧a ̃o profissional. Psicologia: Cie ̂ncia & Profissão, Brasi ́lia, v. 24, n. 3, p. 48-57, 2004. DIAS, ROSANA RIGHETTO. Psicologia Hospitalar. São Paulo: Guanabara Koogan, 2010. DUTRA, A.; FERRARI, I. Um estudo sobre a Psicana ́lise aplicada em um hospital geral, Arquivos Brasileiros de Psicologia, Rio de janeiro, v. 59, n. 2, p. 270-282, 2007. LAMOSA, B. O psico ́logo cli ́nico no hospital: contribuic ̧a ̃o para o desenvolvimento da profissão no Brasil. 1987. Tese (Doutorado em Psicologia) – Programa de Po ́s-Graduac ̧a ̃o em Psicologia Social, Pontifícia Universidade Católica, Sa ̃o Paulo, 1987. MARCON, C.; LUNA, I.; LISBOA, M. O psico ́logo nas instituições hospitalares: características e desafios. Psicologia: Cie ̂ncia & Profissão, Brasi ́lia, v. 24, n. 1, p. 28-35, 2004. MEJIAS, N. O psico ́logo, a sau ́de pu ́blica e o esforço preventivo. Revista de Sau ́de Pu ́blica. Sa ̃o Paulo, v. 18, p.155-161, 1984. Estudo de Caso: Referencias bibliográficas ... 88 MOREIRA, A.; PAMPLONA, C. Dispositivos clínicos em Hospital Geral. Psicologia Cli ́nica, Rio de Janeiro, v. 18, n. 2, p. 13-24, 2006. MOURA, M.; SOUZA, M. Psicana ́lise e hospital: se ao “a” deve o analista chegar, por onde andava ele? Epistemo-Soma ́tica, Belo Horizonte, v. 4, n. 2, p. 127-138, 2007. PINHEIRO, N.; VILHENA, J. Entre o pu ́blico e o privado: a cli ́nica psicanali ́tica no ambulato ́rio hospitalar. Arquivos Brasileiros de Psicologia, Rio de Janeiro, v. 59, n. 2, p. 201-216, 2007. PISETTA, M. Angústia e demanda de análise: reflexões sobre a Psicana ́lise no Hospital. Boletim de Psicologia, Sa ̃o Paulo, v. 58, n. 129, p. 171-183, 2008. QUINATANA, ALBERTO M. Psicologia Hospitalar e Saúde. Curitiba: Juruá, 2015. SEID, E.; COSTA JR., A. O psico ́logo na rede pu ́blica de sau ́de do Distrito Federal. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasi ́lia, v. 15, n. 1, p. 27-32, 1999. SILVA, R. O trabalho do psico ́logo em centros de sau ́de: algumas reflexões sobre as funções da Psicologia na atenc ̧a ̃o primária a ̀ Sau ́de. 1988. Tese (Doutorado em Psicologia) – Programa de Po ́s-Graduac ̧a ̃o em Psicologia, Universidade de Sa ̃o Paulo, Sa ̃o Paulo, 1988. TEIXEIRA, J. Psicologia da Sau ́de. Análise Psicolo ́gica, Lisboa, v. 22, n. 3, p. 441-448, 2004. Estudo de Caso: Referencias bibliográficas ... 89 YAMAMOTO, O.; CUNHA, I. O psico ́logo em hospitais de Natal: uma caracterização preliminar. Psicologia: Reflexa ̃o e Cri ́tica, Porto Alegre, v. 11, n. 2, p. 345-362, 1998. YAMAMOTO, O.; TRINDADE, L.; OLIVEIRA, I. O psico ́logo em hospitais no Rio Grande do Norte. Psicologia USP, Sa ̃o Paulo, v. 13, n. 1, p. 217-246, 2002. Estudo de Caso: Referencias bibliográficas ... 90 01/06/2021 31 91
Compartilhar