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Vias aéreas e intubação orotraqueal

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Efraim Solidade Pacheco – Graduando em medicina 
____________________________________________________________ 
 1 
A técnica da intubação orotraqueal tem como objetivo, garantir uma via aérea definitiva. 
É um procedimento médico caracterizado introdução de um tubo específico pelo trajeto da via 
aérea superior (boca – laringe – traqueia) do paciente, utilizando o laringoscópio para 
visualização da laringe e cordas vocais, com posterior passagem do tubo pelo trajeto. 
Anatomia das vias aéreas superiores 
 
A cavidade própria da boca → é o 
espaço entre as arcadas ou arcos 
dentais maxilar (superior) e 
mandibular (inferior) (arcos 
alveolares maxilar e mandibular e os 
dentes que sustentam). É limitada 
lateral e anteriormente pelos arcos 
dentais. O teto da cavidade oral é 
formado pelo palato. 
Posteriormente, a cavidade oral 
comunica-se com a parte oral da 
faringe (orofaringe). Quando a boca 
está fechada e em repouso, a 
cavidade oral é totalmente ocupada 
pela língua. 
 
Nariz → é a parte do sistema respiratório 
situada acima do palato duro, contendo o 
órgão periférico do olfato. Inclui a parte 
externa do nariz e a cavidade nasal, que é 
dividida em cavidades direita e esquerda 
pelo septo nasal. As funções do nariz são 
olfato, respiração, filtração de poeira, 
umidificação do ar inspirado, além de 
recepção e eliminação de secreções dos 
seios paranasais e ductos lacrimonasais. Em 
suas paredes laterais, identificam-se os conchas nasal superior, médio e inferior, onde se 
determina o ponto de maior estreitamento das fossas nasais. 
 
Efraim Solidade Pacheco – Graduando em medicina 
____________________________________________________________ 
 2 
Parte nasal da faringe → Localizada na região 
posterior onde as fossas nasais se unem. Compreende 
a região da coana nasal até o final do palato mole. 
Parte oral da faringe → Região que vai do final do 
palato mole até a inserção da base da língua. Nas 
paredes laterais da orofaringe, encontram-se as 
amídalas palatinas, limitadas pelos pilares amidalianos 
anteriores e posteriores. 
Parte laríngea da faringe → região que compreende 
da base da língua até a entrada da laringe, onde ocorre 
a separação das vias aérea e digestiva. 
 
 
Laringe → Complexo órgão de produção 
da voz, é formada por nove cartilagens 
unidas por membranas e ligamentos e 
contém as pregas vocais. A laringe está 
situada na região anterior do pescoço no 
nível dos corpos das vértebras C III a C VI. 
Une a parte inferior da faringe (parte 
laríngea da faringe) à traqueia. Embora 
seja conhecida mais frequentemente por 
seu papel como o mecanismo fonador 
para produção de voz, sua função mais 
importante é proteger as vias 
respiratórias, sobretudo durante a 
deglutição, quando serve como 
“esfíncter” ou “válvula” do sistema 
respiratório inferior, mantendo, assim, a 
perviedade da via respiratória. 
 
 
Efraim Solidade Pacheco – Graduando em medicina 
____________________________________________________________ 
 3 
Traqueia → Estende-se da laringe até o tórax, termina 
inferiormente dividindo-se em brônquios principais 
direito e esquerdo. Transporta o ar que entra e sai dos 
pulmões, e seu epitélio impulsiona o muco com resíduos 
em direção à faringe para expulsão pela boca. A traqueia 
é um tubo fibrocartilagíneo, sustentado por cartilagens 
(anéis) traqueais incompletas, que ocupa uma posição 
mediana no pescoço. As cartilagens traqueais mantêm a 
traqueia pérvia; são deficientes na parte posterior onde a 
traqueia é adjacente ao esôfago. A abertura posterior nos 
anéis traqueais é transposta pelo músculo traqueal, 
músculo liso involuntário que une as extremidades dos 
anéis. Portanto, a parede posterior da traqueia é plana. 
Nos adultos, a traqueia tem cerca de 2,5 cm de diâmetro, 
enquanto nos lactentes tem o diâmetro de um lápis. 
 
Avaliação da via aérea 
Pode ser feita através da técnica LEMON ou simplesmente pela Classificação de Mallampati e 
Classificação de Cormack-Lehane (esta última durante a intubação). Se for observado via aérea 
difícil, devemos solicitar o kit de via aérea difícil e já pensar em possíveis complicações – devendo 
sempre ter um plano alternativo em mente. 
A técnica LEMON é um mnemônico no qual devemos avaliar 5 itens: 
L → Look externally Edema, traumas faciais, desvio traqueal 
E → Evaluate 3 – 3 – 2 (imagem abaixo) 
M→ Mallampati Visualização da orofaringe 
O → Obstruction Traumas, epiglotites, abcessos 
N → Neck mobility Flexão, extensão , colar cervical 
Intubação Orotraqueal 
Técnica LEMOM: A) 3 dedos de abertura bucal; B) 3 dedos entre o mento e o hioide; C) 2 dedos 
entre o hioide e cartilagem tireóidea 
 
Efraim Solidade Pacheco – Graduando em medicina 
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 4 
 
Classificação de Mallanpati: Quanto maior, mais difícil será a intubação 
 
Grau I: visualização do palato mole, úvula, amígdalas, pilares amigdalinos anteriores e 
posteriores. 
Grau II: visualização do palato mole, amígdalas e úvula. 
Grau III: visualização do palato mole e da base da úvula. 
Grau IV: o palato mole não é visível 
As indicações mais comuns da IOT 
• Rebaixamento do nível de consciência; 
• Insuficiência respiratória; 
• Trauma de face; 
• Edema de glote; 
• Atenuar o risco de aspiração do conteúdo gástrico; 
• Facilitar a aspiração traqueal; 
• Facilitar ventilação sob pressão positiva. 
Materiais básicos 
• Dispositivo bolsa-valva-máscara 
• Cânula de IOT com cuff 
• Fio-guia 
• Luvas 
• Laringoscópio 
• Seringa de 20 mL 
• Lubrificante 
 
 
Efraim Solidade Pacheco – Graduando em medicina 
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 5 
• Dispositivo bolsa-valva-máscara Valva 
 
 
Bolsa - É constituída pelo reservatório de oxigênio, feito de polímero flexível, e há um segundo 
reservatório, também flexível, feito usualmente de silicone ou vinil, que é a porção 
compressível. 
A valva - É composta por uma válvula que permite o fluxo de gás do reservatório para o paciente 
e desloca o ar expirado pelo paciente para o ambiente, e não de volta para a bolsa. A válvula 
também se abre para o ambiente quando há um excesso de pressão dentro da bolsa, deixando 
que apenas determinada pressão (habitualmente entre 40 e 60 cmH2O para adultos) seja 
transferida para a via aérea do paciente. 
Máscara - é feita de polímero flexível, pode ter ou não um cuff (balonete) ajustável por pressão 
de ar e é responsável pelo acoplamento do fluxo de ar/oxigênio da bolsa para a via aérea do 
paciente. 
Técnica - Deve-se posicionar a máscara sobre a 
região da boca e do nariz do paciente, 
encobrindo-os, e certificar-se do 
posicionamento adequado da máscara. 
Quanto mais bem posicionada a máscara, mais 
fácil será a vedação com o rosto do paciente. 
 
Técnica da IOT 
1- Posicionamento do paciente (hiperextensão cervical, preferencialmente com 
colocação de coxim sob o músculo trapézio). 
2- Seleção da cânula (7,5 a 8 para mulheres, 8 a 9 para homens) e teste do cuff. 
3- Introdução lenta do laringoscópio com a mão esquerda e deslocamento da língua 
para a esquerda até visualização da epiglote (Figura 10). 
4- Posicionamento da lâmina do laringoscópio na valécula. 
5- Elevação da valécula com o laringoscópio até visualização das cordas vocais 
6- Introdução do tubo orotraqueal. 
7- Insuflação do cuff (Figura 12). 
Efraim Solidade Pacheco – Graduando em medicina 
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 6 
8- Checagem da IOT: ausculta durante ventilação com dispositivo bolsa-valva. 
 
 
 
 
O êxito do procedimento de intubação, determinado pelo posicionamento do tubo orotraqueal 
na traqueia, deve ser checado tão logo o procedimento seja concluído. Devem-se utilizar as 
auscultas gástrica e pulmonar na ordem a seguir: 
1- Estômago– determinar a ausência de ruídos durante a ventilação, indicativa de 
que o esôfago foi intubado, e não a traqueia. 
2- Base pulmonar esquerda – confirmar a presença de murmúrios caso o tubo esteja 
locado em algum brônquio-fonte (é mais comum que seja no direito, devido ao seu 
ângulo). 
3- Base direita. 
4- Ápice esquerdo. 
5- Ápice direito. 
 
No paciente agitado, em que é necessário obter uma via aérea definitiva, pode ser necessário 
proceder à intubação de sequência rápida, a qual consiste em utilizar sedação e curarização para 
intubar. Nessa situação, é necessário estar preparado para a impossibilidade de intubar, ou seja, 
realizar uma cricotireoidostomia. A técnica sugerida para intubação de sequência rápida é a 
seguinte: 
 
• Pedir auxílio. 
• Pré-oxigenar o paciente a 100%. 
• Administrar 1 mg/kg de succinil colina endovenoso associado a 15 mg de midazolan. 
• Realizar compressão da cartilagem cricoide (manobra de Sellick). 
• Proceder à intubação orotraqueal 
• Ventilação com dispositivo bolsa-valva-máscara e intubação orotraqueal). 
Efraim Solidade Pacheco – Graduando em medicina 
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 7 
• Estar preparado para realização de via aérea cirúrgica de acordo com a técnica descrita 
adiante. 
 
 
Referências 
MOORE, K. L.; DALEY II, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 7ª. edição. Guanabara 
Koogan. Rio de Janeiro, 2014. 
Neto A., Dias R., Velasco I. Procedimentos em Emergências. FMUSP. 2ª Ed. Manole, 2016.

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