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INOVAÇÕES EM SERVIÇOS CIRÚRGICOS 
1 
 
 
 Sumário 
 Sumário .......................................................................................... 1 
o INTRODUÇÃO ............................................................................ 3 
o INOVAÇÕES EM SERVIÇOS CIRÚRGICOS ............................. 8 
o CONCEITOS E PRINCÍPIOS IMPORTANTES SOBRE A 
AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS EM SAÚDE ......................................... 14 
o AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS EM SAÚDE NO BRASIL ..... 17 
o REFLEXÕES SOBRE A APLICAÇÃO DE AVALIAÇÃO DE 
TECNOLOGIAS EM SAÚDE EM CENTRO CIRÚRGICO, RECUPERAÇÃO 
PÓS-ANESTÉSICA E CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO ..... 19 
o MARCO TEÓRICO ................................................................... 24 
o CONCLUSÃO ........................................................................... 28 
o REFERÊNCIAS ........................................................................ 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
A NOSSA HISTÓRIA, inicia com a realização do sonho de um grupo 
de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação.Com isso foi criado a INSTITUIÇÃO, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A INSTITUIÇÃO tem por objetivo formar diplomados nas diferentes 
áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para 
a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos 
culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e 
comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de 
comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de 
forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir 
uma base profissional e ética.Dessa forma, conquistando o espaço de uma 
das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela 
inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
o INTRODUÇÃO 
 
O Centro Cirúrgico (CC) é uma unidade hospitalar onde são 
executados procedimentos anestésico-cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos, 
tanto em caráter eletivo quanto emergencial. Esse ambiente, marcadamente 
de intervenções invasivas e de recursos materiais com alta precisão e eficácia, 
requer profissionais habilitados para atender diferentes necessidades do 
usuário diante da elevada densidade tecnológica e à variedade de situações 
que lhe conferem uma dinâmica peculiar de assistência em saúde. 
O Centro Cirúrgico é considerado como cenário de alto risco, onde os 
processos de trabalho constituem-se em práticas complexas, inter-
disciplinares, com forte dependência da atuação individual e da equipe em 
condições ambientais dominadas por pressão e estresse. 1 
Estudo recente buscando identificar as diferentes formas de cuidar do 
enfermeiro no Centro Cirúrgico e sua relação com o contexto institucional 
onde ele exerce suas práticas destacou que este profissional desenvolve uma 
série de estratégias para superar as dificuldades interacionais, frente à 
demanda de coordenação do fluxo de pacientes, dos insumos e da equipe de 
saúde no Centro Cirúrgico, durante a realização do cuidado, influenciando e 
sendo influenciado por ele. 2 
Acerca das questões que envolvem a gestão do enfermeiro sobre a 
equipe de enfermagem no Centro Cirúrgico, pesquisa que objetivou analisar 
a distribuição da carga de trabalho dos profissionais de enfermagem 
relacionada às intervenções e atividades durante o período transoperatório 
sugere que a utilização da Classificação das Intervenções de Enfermagem 
seria o indicador mais preciso para identificar tal condição, contribuindo para 
a alocação de profissionais adequada as necessidades dos pacientes no 
Centro Cirúrgico. 3 
4 
 
 
A busca pela segurança no período transoperatório tem se configurado 
como uma importante atividade gerencial do enfermeiro. No entanto, ao 
avaliar a percepção dos profissionais de saúde sobre a cultura de segurança 
no Centro Cirúrgico de um hospital público, pesquisa recente observou o 
distanciamento entre os gestores e os demais profissionais, com condições 
precárias de trabalho e fragilidade na cultura de segurança, sugerindo 
estratégias como a comunicação entre as equipes e a introdução de novas 
ferramentas gerenciais. 1 
No Brasil, alguns trabalhos sobre a utilização de instrumentos para a 
promoção de segurança e prevenção de eventos adversos no Centro 
Cirúrgico, identificaram que a equipe de enfermagem contribui com registros 
indispensáveis para o desenvolvimento de ações com segurança e cabe ao 
enfermeiro, enquanto líder, adotar e estimular tais iniciativas. 4,5 
Diante desse contexto, os enfermeiros se deparam com desafios ao 
organizar as diferentes interfaces que compõem o seu processo de trabalho, 
implicando no gerenciamento do cuidado de enfermagem no período 
transoperatório. 
Esta condição compreende a articulação entre as dimensões gerencial 
e assistencial do trabalho do enfermeiro, de tal modo que a gerência se 
configura como uma atividade meio da atividade fim, que é o cuidado. 6 
As atividades gerenciais do enfermeiro são ações com a finalidade de 
assegurar a qualidade da assistência de enfermagem e o bom funcionamento 
da instituição. 6 
Entre as ações realizadas em sua prática profissional destacam-se: 
dimensionamento da equipe de enfermagem; exercício da liderança no 
ambiente de trabalho; planejamento da assistência de enfermagem; 
capacitação da equipe de enfermagem; gerenciamento dos recursos 
materiais; coordenação do processo de realização do cuidado; realização de 
5 
 
 
cuidado e/ou procedimentos mais complexos e avaliação do resultado das 
ações de enfermagem. 7 
Convém o assinalamento de que as atividades exercidas pelo 
enfermeiro junto às instituições de saúde lhe conferem a condição de 
profissional essencial para a articulação dos serviços, fundamental para 
promover a continuidade no trabalho ininterrupto da enfermagem. Além disso, 
compreende-se que essas atividades podem assumir características 
específicas conforme o local de trabalho, tal como ocorre no Centro Cirúrgico. 
Publicações recentes (2-5,8) enfatizam que profissionais desse setor 
precisam discutir, implementar e avaliar suas práticas na enfermagem 
perioperatória diante das demandas de qualificação e de segurança dos 
sistemas de saúde, sem permitir que os avanços tecnológicos estejam à frente 
de suas características essenciais, ou seja, o cuidado. 
O enfermeiro, enquanto responsável pelo gerenciamento do período 
transoperatório do paciente, tem ciência de que as intercorrências com 
instrumentais e demais equipamentos incorrem diretamente na qualidade e 
na segurança assistencial, também produzindo impacto na rotina de todos os 
profissionais envolvidos. Inseridos no contexto institucional, os profissionais 
do Centro Cirúrgico tornam-se dependentes da adequada provisão e 
disponibilidade de insumos necessários para a realização de uma assistência 
livre de riscos aos pacientes. 2 
O exercício das atividades gerenciais do enfermeiro no Centro 
Cirúrgico requer de modo bastante peculiar: agilidade de tomada de decisões, 
conhecimento técnico-científico, organização e planejamento das atividades, 
habilidade no trabalho em equipe, flexibilidade e comunicação eficiente com 
os demais profissionais. 
As estratégias elencadas pelos enfermeiros convergiram para o 
desenvolvimento da habilidade gerencial ao discutir a sua atuação no Centro 
Cirúrgico. Ao pontuar o conhecimento científico como uma estratégia 
6 
 
 
gerencial, destaca-se que a formação e a educação permanente em 
enfermagem necessitam acompanhar as modificações, as singularidades e 
as pluralidades dos cenáriosonde o enfermeiro atua, demandando planos 
capazes de atender às constantes tensões e evoluções no campo da saúde, 
e, particularmente, no Centro Cirúrgico. 
 Tal premissa é corroborada por estudo acerca do trabalho em saúde 
que reflete sobre seu agenciamento por uma ética do cuidado, expresso no 
manejo das tecnologias de trabalho junto às subjetividades, compondo a 
complexidade dos cenários de saúde. 15 
Cabe destacar que a enfermagem no Centro Cirúrgico, além do 
trabalho com instrumentais e equipamentos, atua diretamente junto ao 
paciente, desde a sua admissão até a transferência de Unidade, fato que lhe 
confere a formação de vínculos de satisfação, comprometimento e 
identificação do seu trabalho, demandando constante elaboração de ações 
educativas sobre o cuidado por eles realizado. 
Com relação à comunicação, há reconhecimento da importância da 
mesma, nas tomadas de decisões, principalmente para viabilizar a necessária 
articulação de ações que assegurem qualidade no trabalho executado no 
Centro Cirúrgico. A literatura aponta que a comunicação é uma ferramenta de 
gestão que, sendo efetiva, atua para a condução segura dos procedimentos 
anestésico-cirúrgicos. 16,17 
No entanto, quando deficiente, tanto na forma oral quanto escrita, pode 
induzir a erros e convergir em resultados adversos tanto para o usuário quanto 
para os profissionais. 16 
Deste modo, o processo de comunicação requer discussão e reflexão 
de todos os trabalhadores frente a um cenário de constante (re)organização 
e (re)planejamento das práticas características do Centro Cirúrgico, sendo 
destacados como estratégicos pelos enfermeiros: 
Quadro 1: 
7 
 
 
 
Quadro 2: 
 
As tecnologias em saúde são essenciais no centro cirúrgico (CC), na 
recuperação pós-anestésica (RPA) e no centro de material e esterilização 
(CME). Por isso, há grande pressão para sua incorporação tecnológica, o que 
demanda alto investimento e elevados custos operacionais. 
 
 
 
 
8 
 
 
1.1- METODOLOGIA 
Trata-se de um estudo de pesquisa bibliográfica, baseado em 
produções científicas sobre o tema. 
Os trabalhos de revisão são estudos que analisam a produção 
bibliográfica em determinada área temática, dentro de um recorte de tempo, 
fornecendo uma visão geral ou um relatório do estado-da-arte sobre um tópico 
específico, evidenciando novas ideias, métodos, subtemas que têm recebido 
maior ou menor ênfase na literatura selecionada. 
As buscas foram realizadas nas bases de dados SCIELO, LILACS e 
MEDLINE, GOOGLE. 
 
o INOVAÇÕES EM SERVIÇOS CIRÚRGICOS 
O centro cirúrgico (CC), também conhecido como unidade cirúrgica 
(UC) ou bloco cirúrgico (BC), refere-se a um espaço dentro da unidade 
hospitalar destinado a cirurgias de baixa, média e alta complexidade. 62 
Todavia, independentemente desse grau, o Centro Cirúrgico é um 
ambiente complexo, que requer profissionais qualificados e treinados, (estes 
por sua vez devem ser especialistas nas suas funções). É digno de menção, 
salientar que este local deve ser equipado com recursos tecnológicos, que 
muitas vezes são responsáveis pela manutenção da vida dos pacientes. 55 
Figura 1: 
9 
 
 
 
Partindo desse pressuposto, Kurcgant et al. (1991), enfatiza que o 
Centro Cirúrgico deve estar sempre preparado para a cirurgia, e é de suma 
importância que todos os materiais e equipamentos estejam em seus devidos 
lugares, evitando atropelos, que podem expor o cliente a risco. 60 
De acordo com Destarte, para quem está participando do ato cirúrgico, 
é desagradável e estressante a falta de materiais, a qual denota 
desqualificação e falta de profissionalismo dos indivíduos atuantes no local. A 
enfermagem é responsável por gerenciar e coordenar os profissionais que 
realizam esse trabalho. 
Para o paciente, o centro cirúrgico é um local desconhecido, com 
procedimentos cirúrgicos que, muita das vezes, invadem sua privacidade, 
despertando medo e ansiedade, tornando-o dependente da ação de terceiros. 
Por essa razão, o planejamento desse setor se torna tão relevante. 
O planejamento é essencial e de extrema importância, e deve 
anteceder todas as funções administrativas. 58 
Essa ferramenta reconhece antecipadamente o que fazer; quem o fará; 
como; quando; e onde será feito. Trata-se de um processo proativo e 
10 
 
 
deliberativo que reduz risco e incertezas. Quando realizado de forma eficaz, 
o gerente pode identificar metas a curto, médio e longo prazo, e, assim, 
assegurar mudanças necessárias que a organização necessita para alcançar 
os objetivos previamente elaborados. 62 
Outro ponto importante é a liderança, que, em enfermagem, não se 
difere muito das outras áreas, por ser um processo que concretiza a 
administração de pessoal na organização, compreendendo basicamente 
gerência ou coordenação de equipes. Na formação do enfermeiro, com raras 
exceções, enfatiza-se o cumprimento de ordens e regras, a responsabilidade 
inquestionável a ele prescrita e o conhecimento direcionado ao cumprimento 
da assistência ao cliente hospitalizado. 62 
Para que o enfermeiro desempenhe uma gerência inovadora na busca 
pela melhoria na qualidade da assistência de enfermagem, com maior 
satisfação para a equipe e organização às quais presta serviço, a liderança e 
a comunicação são estratégias fundamentais. 62 
Além disso, o embasamento teórico consiste em um norteador nesse 
processo. Dar ênfase na comunicação é extremamente essencial, pois a 
mesma aproxima o líder de seus liderados. 57 
A gerência de enfermagem, especificamente a desenvolvida no âmbito 
hospitalar, tem assumido uma relevância significativa na articulação entre os 
vários profissionais da equipe, organizando o processo de trabalho da 
enfermagem para a concretização de ações junto aos clientes, na busca por 
melhoria nos serviços prestados, atendendo, assim, as necessidades das 
pessoas em processo de doença saúde. 62 
O autor destaca, também, que na enfermagem o enfermeiro é o 
profissional legalmente responsável por assumir as atividades gerenciais, a 
quem compete à coordenação de auxiliares e técnicos em enfermagem. 62 
Destarte, Svaldi e Siqueira (2010) mostram que, na prática, a 
enfermagem constrói um processo expressivo na área de saúde hospitalar, 
11 
 
 
tomando decisões coerentes e rápidas conjuntamente com outros 
profissionais, ou, até mesmo, de forma independente, contribuindo de maneira 
significativa para manutenção e recuperação da vida. Os 
profissionais de enfermagem conhecem todos os espaços que constituem o 
ambiente hospitalar. 65 
Os autores acreditam que o enfermeiro tem potencial transformador, 
devido à capacidade de pensar, elaborar respostas aos problemas 
emergentes e agir criativamente na busca do equilíbrio, para si e para os 
demais conjuntos da organização, adquirido no decorrer da sua atividade 
realizada como coordenador e gerente de sua equipe. 65 
O planejamento conduz a uma organização do trabalho. Para que isso 
se efetive, faz se necessário que os indivíduos responsáveis pela 
administração e os que levarão a efeito as propostas, trabalhem de forma 
integrada. 60 
O centro cirúrgico (CC) caracteriza-se como uma unidade 
hospitalar com uso intenso de tecnologias em saúde e destacada vocação 
para o pioneirismo na adoção de novas técnicas, equipamentos e produtos 
para a saúde. 30 Também consistem em uma das áreas de maior custo e 
faturamento hospitalar. 
Por tais motivos, recebe grande pressão para a incorporação de novas 
tecnologias, exercida pelos fabricantes, pelos profissionais de saúde e até 
pelos próprios pacientes que desejam ter acesso aos procedimentos 
inovadores em sua assistência. 
Cabe salientar que, inevitavelmente, as tecnologias adotadas no 
Centro Cirúrgico causam repercussão nos processos de trabalho da 
recuperação pós-anestésica (RPA) e no centro de material e esterilização 
(CME). Neste, os impactos são decorrentes de novosequipamentos e 
instrumentais, em sua maioria de estrutura complexa, que necessitam ser 
apropriadamente processados. 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2: 
 
Outra repercussão da aplicação de novas tecnologias é a pressão pela 
prática do reuso dos produtos para saúde de alto custo, cujos fabricantes 
recomendam uso único. Entretanto nem sempre há evidências sólidas da 
eficácia, efetividade e eficiência dessas novas tecnologias em saúde. Por isso, 
devem ser ponderados os seus benefícios, riscos e 
custos. 46 
A avaliação de tecnologias em saúde (ATS) consiste em uma 
metodologia que produz subsídio técnico ao gestor para tomada de decisão, 
13 
 
 
de forma racional e transparente, quanto à incorporação de determinada 
tecnologia. 31,33 
 
 
 
 
Figura 3: 
 
 
Em busca de técnicas modernas e inovadores, o Centro Cirúrgico está 
em constante evolução tecnológica, utilizando inúmeros equipamentos para 
suprir o atendimento em diferentes especialidades médicas. Para isso, a 
atuação do enfermeiro deve ser baseada em um processo de trabalho 
planejado, com uma série de ações integradas, para proporcionar uma 
assistência adequada ao cliente, à equipe cirúrgica e de enfermagem, como 
serviços gerais e de manutenção, entre outros profissionais atuantes no local. 
22, 57 
14 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: 
 
 
o CONCEITOS E PRINCÍPIOS IMPORTANTES SOBRE 
A AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS EM SAÚDE 
 
As tecnologias em saúde englobam medicamentos, equipamentos e 
procedimentos técnicos, sistemas organizacionais, informacionais, educa-
cionais e de suporte, programas e protocolos assistenciais, por meio dos quais 
a atenção e os cuidados com a saúde são prestados à população. 33 
A rápida inovação das tecnologias em saúde e seu impacto nos custos 
assistenciais preocupam os gestores de sistemas tanto públicos quanto 
15 
 
 
privados, pois o cenário mundial da área da saúde tem apresentado oferta 
praticamente infinita de opções tecnológicas, em oposição a recursos cada 
vez menores, limitados e finitos. Além disso, verifica-se grande leque de 
interesses econômicos envolvidos na expectativa de incorporação das 
tecnologias. 34,36 
Muitos desses interesses são legítimos e pautados nas boas e éticas 
práticas de mercado na área da saúde, entretanto várias denúncias têm sido 
feitas sobre ações criminosas para a incorporação de medicamentos e 
procedimentos de alto custo com ou sem benefício algum aos pacientes. 40,42 
A equipe de enfermagem tem contato intenso com as tecnologias em 
saúde, mesmo com aquelas em que a definição da assistência adotada ao 
paciente não parte do enfermeiro. 30 Por essa proximidade com as 
tecnologias, a enfermagem consegue perceber as dificuldades no uso, os 
problemas em sua aplicação que possam oferecer risco aos pacientes e à 
equipe, a reação do paciente diante da tecnologia aplicada e as necessidades 
não atendidas pelas tecnologias atuais. Além desse papel, muitas vezes o 
enfermeiro pode atuar como gestor, tomador de decisões e formador de 
opinião quanto à incorporação tecnológica.46 
Todos os gestores em saúde necessitam de informações confiáveis e 
detalhadas que lhes permitam tomar decisões racionais, coerentes e 
transparentes no momento de estabelecer prioridades na incorporação de 
tecnologias, tendo como meta obter o máximo benefício com o orçamento 
disponível. 32,33,37 
A Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) é a principal ferramenta 
metodológica para esse processo, pois analisa os impactos clínicos, sociais e 
econômicos da incorporação das tecnologias, visando melhorar a qualidade 
de atendimento e a saúde da população. 32,33,37 
A ATS possibilita mensurar a eficácia (comprovação de resultados 
favoráveis para a condição de saúde a que se destina), a efetividade 
16 
 
 
(confirmação de que os resultados favoráveis identificados nas pesquisas de 
eficácia são mantidos na prática assistencial) e a eficiência (análise dos 
benefícios nos desfechos no tocante aos custos) das tecnologias, em todas 
as fases do seu ciclo de vida. 31,33,37 
A ATS também pode gerar estudos de monitoramento de horizonte 
tecnológico para as tecnologias inovadoras, estudos de custo–efetividade e 
efetividade comparativa para as tecnologias em difusão e estudos de 
obsolescência e desincorporação para as que já estão em fase de descarte. 
31,33,37 
Para a realização da ATS, alguns princípios metodológicos são fundamentais: 
 
 Pergunta da análise explícita e baseada na ferramenta 
PICO, que defne a população (P) a que se destina, a intervenção (I), 
ou seja, a tecnologia analisada, o comparador (C) e os desfechos 
relevantes (O, de outcomes) a serem adotados. 
 Busca ampla, sistemática e reprodutível da literatura, 
nas principais bases eletrônicas, agências de ATS e literatura cinzenta, 
preferencialmente sem restrição de idioma de publicação; análise dos 
estudos por no mínimo dois revisores independentes e sem conflitos 
de interesses com a tecnologia avaliada; 
 Seleção dos estudos pela melhor evidência disponível, priorizando 
aqueles com desenho de menor risco de viés; 
 Avaliação da qualidade metodológica dos estudos por 
instrumentos validados; 
 Análise da qualidade do corpo de evidências para cada desfecho 
defnido no PICO; 
 Análise crítica dos resultados perante a realidade de saúde local e 
seus impactos clínicos e econômicos; 
 Avaliação econômica e estudos de impacto orçamentário pelas 
metodologias da economia da saúde; 
17 
 
 
 Elaboração do relatório da ATS na linguagem e perspectiva do gestor 
demandante. 32,38,39 
o AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS EM SAÚDE NO 
BRASIL 
Apesar de os princípios de avaliação de tecnologias em saúde já 
estarem firmados em muitos países, no Brasil esse tema ainda 
é novo. O Ministério da Saúde tem investido na estruturação 
de Núcleos de Avaliação de Tecnologia em Saúde (NATS) nos 
hospitais de ensino, secretarias de saúde, instituições de pesquisa e grandes 
hospitais do país. 46 
Tais núcleos auxiliam na capacitação de profissionais da área, 
assessoram os gestores da instituição nas decisões sobre incorporação 
tecnológica e atendem a demandas do Ministério da Saúde e das secretarias 
com estudos de Avaliação de Tecnologia em Saúde (ATS) para análise de 
incorporação no Sistema Único de Saúde (SUS). 46 
Os Núcleos de Avaliação de Tecnologia em Saúde (NATS) agregam-
se à Rede Brasileira de ATS (REBRATS), também vinculada ao Ministério da 
Saúde, que propicia interação, cursos de capacitação, organização de grupos 
de trabalho e elaboração de diretrizes metodológicas que balizam e 
uniformizam os documentos de ATS produzidos no país (http://rebrats . 
saude.gov.br/). 46 
O principal marco legal para a institucionalização da ATS no Brasil deu-
se pela Lei n.º 12.401, de 2011, que alterou a Lei n.º 8.080, de 1990, que rege 
o SUS, especificamente no artigo 1911. A nova redação desse artigo delimita 
a assistência terapêutica integral garantida pelo SUS, que passa a ser a 
estabelecida por diretrizes terapêuticas e protocolos clínicos nacionais ou 
mediante evidências científicas de eficácia, segurança, efetividade e custo–
efetividade para as diferentes fases evolutivas da 
doença ou do agravo à saúde. 46 
18 
 
 
Ou seja, qualquer procedimento, medicamento ou produto para saúde 
fará parte da assistência integral do SUS, desde que haja avaliação de 
tecnologia que justifique sua incorporação, mediante seus benefícios, 
em âmbito nacional. Essa lei também instituiu a Comissão Nacional de 
Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) para assessorar o 
Ministério da Saúde na incorporação, exclusão ou alteração das tecnologias 
em saúde no sistema público, além de elaborar e atualizar os protocolos 
clínicos e as diretrizes terapêuticas nacionais (http://conitec.gov.br/). 46 
Desde a sua instauração, em 2012, até julho de 2016, a CONITEC já 
avaliou492 demandas, e 56% delas foram encaminhadas pelo próprio 
Ministério da Saúde visando à atualização do arsenal terapêutico e 
diagnóstico no SUS. Do total de demandas, a maioria foi de medicamentos 
(65%), seguida de procedimentos (21%) e de produtos para saúde (14%). Por 
meio dessa atuação, a CONITEC possibilitou a incorporação de 173 
tecnologias novas no rol do SUS, com impacto orçamentário estimado em R$ 
2,5 bilhões. 41 
A atuação da CONITEC tem impacto ainda no sistema de saúde 
privado, pois, com a incorporação da tecnologia no SUS (por intermédio de 
evidências de efetividade), as operadoras de planos de saúde se veem 
pressionadas a também ampliarem sua cobertura. 46 
Apesar dessa evolução, os princípios de ATS são pouco praticados 
pelos gestores dos serviços de saúde locais, em grande parte em razão da 
falta de informações sobre o recurso para tomada de decisão e pela carência 
de profissionais capacitados a elaborar avaliações para as suas demandas 
institucionais. Diante da essa realidade, o Ministério da Saúde tem apoiado 
diversos cursos sobre ATS para gestores e estimulado a ampliação do número 
de NATS pelo país. 46 
19 
 
 
o REFLEXÕES SOBRE A APLICAÇÃO DE 
AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS EM SAÚDE EM 
CENTRO CIRÚRGICO, RECUPERAÇÃO PÓS-
ANESTÉSICA E CENTRO DE MATERIAL E 
ESTERILIZAÇÃO 
Há diversos questionamentos sobre o uso excessivo de tecnologias na 
área cirúrgica e seus impactos nos custos da assistência à saúde, sem os 
correspondentes benefícios ao paciente. A revista Época, em maio de 2015, 
ao publicar ampla reportagem acerca dos custos da saúde, citou que os 
médicos do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, SP, reavaliaram 
a condição de quase 1.500 clientes da seguradora Bradesco Saúde que 
estavam prestes a fazer uma cirurgia de coluna. Como conclusão, verificaram 
que dois terços deles não precisariam do procedimento e que teriam melhor 
indicação para tratamento conservador. 42 
Tal realidade não é exclusiva do Brasil. Em agosto de 2016, o The New 
York Times, em reportagem intitulada “Why ‘useless’ surgery is still popular”, 
questionou a realização rotineira de cirurgias ortopédicas que estudos com 
alta qualidade de evidência já demonstraram que não apresentam benefício 
em relação ao tratamento conservador. 21,44 
Essas questões precisam permear toda a sociedade para que os 
profissionais e usuários do sistema de saúde se tornem mais críticos quanto 
às práticas da assistência à saúde. Algumas técnicas cirúrgicas muito 
valorizadas e recomendadas, ao serem examinadas sob sistemática da 
Avaliação de Tecnologia em Saúde (ATS), mostram-se apoiadas em 
pesquisas de baixa qualidade metodológica, ou seja, com carência de 
evidências dos seus reais benefícios. 46 
Nessa situação, pode-se citar o esfíncter urinário artifcial, que, apesar 
de ser considerado padrão ouro para tratamento de incontinência urinária 
moderada ou grave pós-prostatectomia radial, se sustenta em apenas um 
20 
 
 
estudo controlado randomizado, com pequeno número amostral e baixa 
qualidade metodológica, comparado apenas à injeção de macroplastique. 22,23 
Os outros estudos sobre o esfíncter urinário artificial são 
observacionais de muito baixa qualidade que apontaram resultados 
signifcativos na continência e satisfação do paciente, porém com maior risco 
de complicações (infecção, estenose uretral, mau funcionamento, 
necessidade de revisão do dispositivo ao longo dos anos e eventual troca ou 
retirada). 22,23 
A cirurgia robótica é outro exemplo de tecnologia de 
alto custo, com muita repercussão nos eventos científcos e na mídia, que 
ainda não tem, porém, evidência sólida sobre benefícios que justifquem sua 
incorporação na prática assistencial. No Brasil, foi realizada uma investigação, 
por demanda do Ministério da Saúde, sobre prostatectomia 
radical assistida roboticamente (PRAR) comparada à técnica aberta e à 
laparoscópica. 24 O trabalho foi desenvolvido em três hospitais que já tinham 
o robô cirúrgico e faziam cerca de 25 PRAR/mês. 
Os resultados indicaram menor perda de sangue na PRAR em relação 
à cirurgia aberta, mas, comparando-se à técnica laparoscópica, a diferença 
não foi relevante. Os outros desfechos analisados, tais como tempo de 
internação e de cirurgia, não foram animadores, entretanto os custos de 
aquisição do equipamento e de insumos foram enormes. 24 
O primeiro estudo clínico randomizado sobre prostatectomia 
radical assistida roboticamente (PRAR) está em andamento; os resultados 
parciais foram recentemente publicados com o acompanhamento dos 
pacientes por 12 semanas. 25 Nele, houve diferença signifcativa entre o grupo 
de PRAR, em comparação à cirurgia aberta, apenas em dor nas primeiras 24 
horas e na primeira semana de pós-operatório, em perda de sangue e em 
tempo de internação. 46 
21 
 
 
Todavia, não houve diferença significativa na hemotransfusão, 
e a diferença no tempo de sala não foi relevante. Entretanto o resultado mais 
surpreendente é que não se constatou diferença significativa entre os grupos 
para os desfechos funcionais como a função urinária, a função sexual, a 
margem positiva nas amostras cirúrgicas e o tempo para retorno ao 
trabalho. 46 
A conclusão dos autores é que existe necessidade de mais 
acompanhamento e que, para prostatectomia radical, a experiência do 
cirurgião é mais importante do que o tipo de abordagem cirúrgica. 46 
Quanto aos instrumentos utilizados nas cirurgias, o NATS do Hospital 
de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) teve a 
oportunidade de avaliar os grampeadores cirúrgicos de uso único, por 
demanda da instituição, por conta do alto custo dos produtos e das restrições 
de ressarcimento pelo SUS, que prevê seu uso somente para 
algumas cirurgias. 
Na análise da literatura, com estudos de alta qualidade de evidência, 
em cirurgias do trato gastrointestinal e pulmonar, não houve evidência de 
melhores desfechos clínicos pós-operatórios com o uso dos grampeadores. 
Como a análise do seu consumo na instituição resultou em 
custo 25% acima do ressarcido, o hospital optou por restringir sua utilização 
apenas para os procedimentos nos quais os grampeadores são previstos pelo 
SUS. 26 
Outra tecnologia que tem sido bastante divulgada é o sistema de 
desinfecção de superfícies no-touch com vaporização de peróxido de 
hidrogênio ou radiação ultravioleta. Esses aparelhos são indicados para 
limpeza terminal de áreas críticas, especialmente nas quais há risco de 
contaminação com bactérias multirresistentes e Clostridium difficile. 27 
Embora os estudos apresentem eficácia de tais sistemas na inativação 
de vasto espectro de microrganismos e algum resultado na redução de 
22 
 
 
infecções relacionadas, especialmente em situações de surto, a 
operacionalização desse método é o grande fator limitante. Ou seja, a 
efetividade deixa a desejar, pois há necessidade de limpeza prévia de todas 
as superfícies da área, vedação de entrada e saída de ar, bloqueio da área 
durante o tempo de aplicação e de exaustão (que pode levar mais de 1 hora), 
treinamento da equipe, além dos custos do equipamento e insumos. 27 
No caso da radiação ultravioleta, tem-se ainda a limitação do 
sombreamento, pois onde a luz não atingir não haverá a ação microbicida. 
Um estudo conduzido pela Agência Canadense de ATS (CADTH) analisou 
esse sistema e concluiu que não há evidências suficientes para recomendar 
a sua incorporação. 27 
No que se refere ao CME, vê-se grande carência de estudos de ATS, 
apesar da vasta gama de novos produtos para a área. Uma agência de ATS 
da província de Quebec, no Canadá, fez uma avaliação comparativa das 
pasteurizadoras e das lavadoras termodesinfetadoras para material de 
assistência respiratória, comprovando o custo–efetividade de ambas, com 
pequena vantagem às lavadoras, por possibilitarem limpeza em diferentes 
ciclos. 28 
No Hospitalde Clínicas da UNICAMP, em decorrência dos 
questionamentos perante a substituição do glutaraldeído por ácido peracético 
na desinfecção de endoscópios, foi realizada ATS sobre os desinfetantes de 
alto nível. A análise sumarizou as evidências sobre o tema no tocante à 
eficácia, à compatibilidade e a limitações de cada germicida, bem como 
demonstrou a carência mundial de estudos a respeito de danos aos 
equipamentos relacionados aos diferentes desinfetantes. 29 
Ultimamente, presencia-se, no cotidiano da unidade de centro cirúrgico, 
um aumento exponencial de complexidade tecnológica, científica e de 
relações humanas, gerando, dessa forma, um novo perfil para a gerente 
dessa unidade. 66 
23 
 
 
É importante que o enfermeiro de centro cirúrgico compreenda que a 
tecnologia pode contribuir no fortalecimento da capacidade de inovar a 
assistência ao paciente no perioperatório. As exigências do mundo 
contemporâneo observado no cotidiano, à vista da utilização da ciência e da 
tecnologia, repercutem cada dia mais na vida das pessoas, mostram, com 
grande ênfase, que a sociedade deve se organizar para adaptar-se aos novos 
tempos. 80 
Impõe-se, portanto, a necessidade de atualização dos enfermeiros de 
centro cirúrgico para tornarem-se profissionais eficazes e sintonizados com 
as novas exigências do mercado de trabalho. Considerando o valor das novas 
tecnologias (biomédica, comunicação e informação) na assistência hospitalar, 
é necessário que os profissionais de saúde tenham a clareza que esta 
assistência deve ser pautada pelo respeito à vida humana e pela observância 
dos princípios ético-morais no convívio entre profissionais e pacientes. 80 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: 
24 
 
 
 
O NADNTS deve ser compreendido como o conhecimento 
e habilidade dos enfermeiros em efetuar a assistência por meio 
dos recursos tecnológicos (equipamentos e materiais) de 
máxima efetividade em tratamento dispensado ao paciente, 
com eficácia e segurança, a fim de contribuir na assistência de 
enfermagem com qualidade. 80 
Quanto à tecnologia da informação e comunicação, é considerada 
satisfatória, quando essa é exercida no gerenciamento e na administração dos 
serviços e como suporte à prática assistencial, considera-se o NADNTI, 
quando essas atividades são realizadas em forma de processo eventualmente 
ou não. Sendo (NADNTS) e nível de adequação ao domínio de novas 
tecnologias insatisfatório (NADNTI). 80 
o MARCO TEÓRICO 
No trabalho dos enfermeiros em centros cirúrgicos deve-se procurar 
alcançar a qualidade através das novas tendências do mundo 
contemporâneo, a fim de buscar o equilíbrio entre eficácia e eficiência. 80 
Sabe-se que o centro cirúrgico é uma das unidades mais 
complexas do hospital, pela sua especificidade, pelo estresse e a grande 
probabilidade de expor o paciente a riscos da saúde, ao serem submetidos a 
intervenções cirúrgicas. 80 
25 
 
 
Portanto, é responsabilidade dos enfermeiros dos centros cirúrgicos 
proporcionarem estrutura física, recursos humanos e materiais para que o ato 
anestésico-cirúrgico se realize em condições ideais, visando assistência 
integral, o ensino e a pesquisa. Enfim, é da responsabilidade dos enfermeiros 
perioperatórios, gerenciar a unidade com responsabilidade e 
competência, estabelecer condutas éticas a toda a equipe do 
centro cirúrgico, manter um ambiente seguro e educar o paciente a respeito 
de sua doença, tratamento, promoção a saúde e autocuidado, assim 
promover o cuidado ao paciente cirúrgico com qualidade. 67 Assim, “o trabalho 
da enfermagem compreende quatro processos: cuidar/assistir, administrar/ 
gerenciar, ensinar/educar e investigar/pesquisar”. (68:68) 
Será dada ênfase ao processo gerenciar/administrar da enfermagem. 
Nessa maneira de gerenciar, a enfermeira de centro cirúrgico coordena e 
lidera atividades assistenciais, atividades administrativas e atividades 
tecnológicas. 80 
A tecnologia, em todas as áreas, evolui muito rapidamente, é 
necessário, portanto, que o enfermeiro que gerencia o centro cirúrgico, 
desenvolva novas habilidades e novos conhecimentos referentes à tecnologia 
para que ofereça ao paciente uma assistência de qualidade e com vantagens 
competitivas. 80 
Neste sentido, a rápida obsolescência do conhecimento 
causada pelas contínuas mudanças tecnológicas e mercadológicas impõe a 
necessidade de transformar o aprendizado em uma prática constante. 69 
Sendo assim, o bom desempenho do Centro Cirúrgico está diretamente 
condicionado ao bom gerenciamento e coordenação realizados pelo 
enfermeiro, combinados ao bom estado de conservação dos materiais, 
instalações físicas, equipe especializada e recursos tecnológicos. 80 
Os autores propõem, para maior efetividade nos processos 
desenvolvidos, a criação de programas de avaliação, com base em critérios 
26 
 
 
previamente escolhidos, garantindo, ao enfermeiro gestor, a verificação da 
qualidade da sua gestão. Para isso, podem ser adotados indicadores, nos 
processos, de resultados e da estrutura, segundo Destarte, o enfermeiro 
poderá melhor desenvolver seu plano de atuação ou corrigir erros, 
melhorando a gestão do centro cirúrgico (DUARTE E FERREIRA, 2006). 
O termo tecnologia provém de técnica que, de acordo com o 
vocabulário latino, significa arte ou habilidade, então, depreende-se que a 
tecnologia é uma atividade que está ligada à prática. 70 
Dessa forma, aplicar o conhecimento da tecnologia no cotidiano dos 
enfermeiros significa levá-los a compreender melhor o seu papel como 
administrador da assistência ao paciente no perioperatório, utilizando os 
novos recursos tecnológicos. Entendendo que “as organizações utilizam 
alguma forma de tecnologia para executar suas operações e realizar suas 
tarefas”. (71:2) 
Sabe-se que essa tecnologia poderá ser tosca e rudimentar ou poderá 
ser sofisticada, porém, todas as organizações dependem de um tipo de 
tecnologia para poderem funcionar e alcançar seus objetivos. Observa-se que 
a introdução cada vez maior de elementos tecnológicos e científicos nos mais 
variados campos da ação humana, incluindo os serviços públicos e privados, 
exige a atualização de procedimentos de trabalho em velocidade 
que o ensino formal não consegue acompanhar. 80 
Entende-se que na área de saúde, o crescimento tecnológico está 
acionado ao processo de trabalho e promove uma melhor qualidade de vida, 
reduzindo o sofrimento físico do paciente. 80 
A lei do exercício profissional da enfermagem no Brasil, em seu artigo 
8º, diz, na alínea h, que cabem ao enfermeiro, privativamente, “cuidados de 
enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos 
adequados e capacidade de tomar decisões imediatas” e nas atividades como 
27 
 
 
integrante da equipe de saúde, e na alínea q, “participação no 
desenvolvimento de tecnologia apropriada à assistência de saúde”. (72:33) 
Com base nessas constatações e reflexões, considera-se que o 
conhecimento e domínio das novas tecnologias são de grande importância 
para o enfermeiro de centro cirúrgico, que depende dela, para garantir um 
atendimento seguro ao paciente no perioperatório. Por meio dessas 
tecnologias, o paciente recebe o cuidado de que necessita; o enfermeiro 
administra empregando diferentes equipamentos, técnicas e métodos. 80 
Consideram-se tecnologia biomédica os equipamentos utilizados em 
centro cirúrgico, que dão suporte à equipe de saúde nos cuidados prestados 
ao paciente no perioperatório; os tecnológicos da comunicação (fax, telefone, 
vídeo-conferência, entre outros), como forma de beneficiar seus pacientes e 
auxilia-los na assistência, e, considera-se a tecnologia da informação como 
sistema de computadores que coletam dados, armazenam, processam, 
recuperam, mostram e comunicam a informação necessária, em tempo real. 
Em relação à informação, ressaltam “o uso rotineiro de informações em um 
hospital, atende às necessidades,a priori, de dois processos: a assistência ao 
paciente e o funcionamento do próprio hospital”. (74:178) 
Com o crescimento tecnológico, a informação, em especial, constitui o 
elemento básico para a prática da enfermagem perioperatória em centro 
cirúrgico, a fim de melhorar a qualidade da assistência que deve prestar ao 
paciente. 80 
Então, percebe-se a necessidade de abordar as novas tecnologias 
biomédicas, da informação e comunicação em saúde, e em especial em 
enfermagem, que muito é e será utilizada pelos enfermeiros no gerenciamento 
dos centros cirúrgicos. 80 
 
 
28 
 
 
o CONCLUSÃO 
A inevitável escassez de recursos na área da saúde e a pressão por 
incorporação tecnológica têm levado à disseminação dos princípios de 
Avaliação em tecnologias de saúde (ATS) entre os gestores, em todos os 
níveis do sistema de saúde. Há muito que expandir na avaliação de 
tecnologias em saúde adotadas em CC, RPA e CME, o que abre grande 
espaço para os profissionais de enfermagem que se capacitem nas 
ferramentas metodológicas de ATS. A tomada de decisão para investi-mentos 
nessas áreas envolve, muitas vezes, relevante aporte fnanceiro e exige 
análises pautadas na melhor evidência disponível, visando garantir que a 
razão entre custo e efetividade seja favorável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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