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Semiologia e Semiotécnica 1 Nível de consciência PACIENTE -Acordado; -Responde corretamente aos estímulos verbais; -Mantém diálogo conexo durante a entrevista de enfermagem; Apresenta orientações em relação a si mesmo e ao ambiente em que se encontra. O paciente é capaz de responder corretamente datas, horários, dia da semana, local em que se encontra, endereço etc. Terminologias utilizadas para descrever alterações no nível de consciência - Estado letárgico; - Confuso; - Obnubilado (sonolento/desorientado); - Torporoso (estado de inércia). - Cefaléia (não frequente ou severa); Avaliação Neurológica Semiologia e Semiotécnica 2 - Traumatismo na cabeça; - Tontura (sentimento de leve tontura ou desmaio)/vertigem (sensação de rotação e giro); - Convulsões; - Tremores; - Fraqueza ou falta de coordenação; - Entorpecimento ou formigamento; - Disfagia (dificuldade na deglutição); - Dificuldade na fala; - Histórico neurológico prévio significante (acometimento encefálico, lesão da medula espinal, meningite, encefalite, problemas congênitos, alcoolismo). Escala de coma de Glasgow É uma avaliação objetiva que define o nível de consciência por meio da atribuição de um valor numérico. A utilização dessa escala, para a avaliação da função, presença de lesão cerebral e evolução do nível de consciência, é realizada com base em três indicadores: - Abertura ocular; - Melhor resposta verbal; - Melhor resposta motora. Semiologia e Semiotécnica 3 Cada resposta recebe um determinado valor numérico, que é maior para respostas normais e menor para respostas anormais. Depois de ser atribuído um valor numérico para todas as respostas, somam-se os valores, e o resultado irá refletir a gravidade e os possíveis prognósticos neurológicos. Na utilização da escala, as pontuações devem ser atribuídas sempre para a melhor resposta apresentada pelo paciente. A menor pontuação após a soma é 3 e a maior 15, e uma pontuação menor ou igual a 8 é geralmente aceita como COMA GRAVE Escala de coma de Glasgow INDICADORES RESPOSTA OBTIDA PONTUAÇÃO Abertura Espontânea 4 Ocular (AO) Com estímulo verbal 3 Com estímulo doloroso 2 Nenhuma resposta ocular 1 Melhor Orientado 5 Resposta Confuso 4 Verbal (MRV) Palavras impróprias 3 Sons incompreensíveis 2 Nenhuma resposta verbal 1 Melhor Reação à dor provocada pelo profissional Resposta Obedece a comandos verbais simples 6 Motora (MRM) Locali-za e tenta removê-la 5 Localiza, mas não retira a fonte 4 Apresenta posição de flexão 3 Apresenta posição de extensão 2 Nenhuma resposta motora 1 Semiologia e Semiotécnica 4 Resposta ocular 4 pontos – pontuação máxima, é atribuída se o paciente apresentar os olhos abertos, piscando normalmente, ou se abre os olhos quando o profissional se aproxima. Edema palpebral, hematomas na região ocular, que impossibilite o paciente de abrir os olhos, não realizar a avaliação de abertura ocular. Resposta verbal Se o paciente apresentar sons incompreensíveis, sem que as palavras sejam pronunciadas corretamente, registrar 2 pontos, atentar para não confundir esses sons com obstrução das vias respiratórias. Pacientes intubados não devem ser atribuídos pontos. Resposta motora À pontuação 6 é atribuída quando movimentos são observados ao comando verbal do profissional sem nenhuma aplicação de estímulo doloroso. Avaliação das pupilas Em relação as pupilas, verificar alterações de simetria, tamanho e reação ao estímulo luminoso -Pupilas isocóricas – apresentam diâmetros iguais (simétricas); -Pupilas anisocóricas – apresentam diâmetro diferente (assimétricas – miose/midríase); Semiologia e Semiotécnica 5 Pupilas anisocóricas – MIDRÍASE/MIOSE Pupilas contraídas e fixas - MIOSE Pupilas dilatadas e fixas - MIDRÍASE Sistema motor - Inclui manobras durante o exame físico do aparelho musculoesquelético, mas, também para detectar alterações neurológicas; - Avaliar tônus e força muscular; - Integridade da função cerebral, o cerebelo coordena as atividades musculares, a manutenção do equilíbrio e postura; - Realizar a palpação de vários grupos musculares, verificar tamanho, simetria, atrofias e movimentos involuntários; Semiologia e Semiotécnica 6 -Avaliar a força muscular observando a capacidade do paciente de realizar movimentos de flexão e extensão contra uma resistência imposta pelo profissional. Coordenação e equilíbrio - Mãos sobre a coxa; - Tocar cada dedo com o polegar da mesma mão rapidamente; - Orientar o paciente a permanecer em posição ereta com os pés juntos e as mãos paralelas ao corpo, primeiro com os olhos fechados durante 10 a 30 segundos (teste de Romberg). Teste de Romberg Caminhar calcanhar-dedo Semiologia e Semiotécnica 7 Prova do dedo no nariz - Orientar o paciente a manter-se em posição ereta, com os braços abduzidos e em extensão; - Solicitar que leve a ponta do dedo indicador de cada mão ao nariz, um de cada vez; enquanto isso, avaliar a capacidade em realizar o movimento; Desconfiar: lesão cerebelar. Reflexos - Respostas do organismo a um estímulo de qualquer natureza; - Identificar alterações em canais sensoriais e motores. Reflexos tendíneos O grau de atividade dos reflexos deve ser estimado pela velocidade e vigor da resposta, pela extensão do movimento e duração da contração - 0: ausente (arreflexia); - +: diminuído (hiporreflexia); - ++: normal (normorreflexia); - +++: hiperativos; - ++++: marcadamente hiperativos. Para avaliar os reflexos tendinosos, utilizar um martelo para reflexo; Posicionar os membros do paciente, esticar suavemente o músculo a ser avaliado, orientar a manter-se relaxado, pois a tensão muscular pode influenciar a resposta motora. Semiologia e Semiotécnica 8 O martelo de percussão deve permanecer solto entre o polegar e os dedos, de modo que possa balançar livremente e percutir o tendão; O enfermeiro realiza percussão comparando a simetria do reflexo bilateralmente. Reflexos que podem ser avaliados Reflexo braquirradial – apoiar o antebraço do paciente sobre uma superfície plana, com as mãos levemente curvadas; Utilizar a extremidade mais larga do martelo de reflexos, percutir o tendão braquirradial (2,5 a 5 cm acima do punho); Resposta normal: flexão do cotovelo com leve rotação do antebraço. Reflexo patelar Com a pessoa sentada com as pernas suspensas no ar, deixar as pernas balançarem livremente para flexionar o joelho e estirar os tendões; Golpear o tendão diretamente um pouco abaixo da patela; Resposta esperada: a extensão da perna. REFLEXO PATELAR Semiologia e Semiotécnica 9 Reflexo bicipital Apoiar o antebraço da pessoa sobre o seu, essa posição relaxa e flexiona parcialmente o braço da pessoa; Colocar seu polegar no tendão do bíceps e dar um golpe no seu polegar; Da para sentir, ver, a resposta normal, que é uma flexão do antebraço. REFLEXO BICIPITAL Semiologia e Semiotécnica 10 Reflexo tríceps Orientar a pessoa para deixar que o braço “fique morto”, enquanto você o suspende segurando-o por cima; Golpear o tendão do tríceps pouco antes do cotovelo; Resposta normal: extensão do antebraço. REFLEXO TRICIPTAL Semiologia e Semiotécnica 11 Reflexo de aquiles Posicionar a pessoa com o joelho flexionado e o quadril rodado externamente; Segurar o pé em dorsiflexão e golpear diretamente o tendão de aquiles; Resposta normal: a planta do pé irá flexionar sobre a sua mão. REFLEXO DE AQUILES Semiologia e Semiotécnica 12 Reflexo plantar Com a ponta do martelo neurológico, desenhar uma leve linha de pressão no lado lateral da sola do pé e passar próximo aos dedos, como um j invertido; Resposta normal: flexão plantar dos dedos e algumas vezes do pé inteiro. Reflexo cutâneo Reflexo plantar ou Babinski - Posicionar o paciente em decúbito dorsal; - Realizar a raspagem da região plantar em um dos pés lateralmente no sentido calcanhar-hálux; - Observa-se o movimento dos artelhos. Resposta normal: contração e fechamento dosartelhos simultaneamente. SINAL DE BABINSKI REFLEXO PLANTAR Semiologia e Semiotécnica 13 Percepção sensorial Percepção tátil Utilizar um fiapo de algodão ou mononylon para tocar diferentes áreas do corpo; Comparar as áreas bilateralmente e questionar o paciente do local estimulado. Percepção dolorosa e térmica São sensações transmitidas juntas, assim pode realizar tanto o teste para: Sensação dolorosa - objeto pontiagudo em diferentes áreas do corpo, comparando-as simultaneamente, e solicitar ao paciente que identifique a diferença entre extremidades pontiagudas e obtusa; Exemplo: um abaixador de língua íntegro e outro partido. TESTE DE AVALIAÇÃO SUPERFICIAL DA DOR Semiologia e Semiotécnica 14 Percepção térmica Utilizar um copo de água quente e outro fria. Aplicar cada um deles em diferentes regiões corpóreas, e o paciente descreve as sensações obtidas. Integração sensorial Avaliar com a aplicação de dois objetos pontiagudos simultaneamente, em diferentes regiões; Perguntar ao paciente quantos objetos ele consegue sentir; Resposta normal: reconhecimento da aplicação de dois objetos.
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