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Direito de Família

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Direito de Família 
 	
· Direito de família vive em constante evolução. 
Família é uma realidade sociológica e constitui a base do Estado, o núcleo fundamental que repousa toda a organização social.
Disposições legais: 
- CF, Art. 226 - A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
- CC, art. 1511 e ss.
 Abrangência: 
Latu Sensu: abrange todas as pessoas ligadas por vínculo de sangue, de afinidade e adoção
 - Sucessório: parentes consanguíneos em linha reta e colaterais até quarto grau. 
- Pequena família: pais e sua prole
 Vínculos do casamento: conjugal, parentesco, afinidade.
Princípios 
Princípio do respeito à dignidade humana
CF, art. 1, III, art. 226 e 227 
Este é o Princípio máximo, superprincípio, macro princípio ou princípio dos princípios 
Família-dignidade (família é um instrumento para desenvolvimento dos filhos e dignidade de seus integrantes) 
Súmula 364 do STJ: ‘’O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas.’’ 
 Existem várias formas de família e não apenas as que foram criadas pelos comerciais de televisão (homem, mulher e criança). 
Doutrina: 
“A dignidade humana concretiza-se socialmente, pelo contato da pessoa com a sua comunidade.”
Lei de bem de família: o que almeja a Lei 8.009/1990 é a proteção da pessoa e não de um grupo específico de pessoas como, por exemplo, a família em si. Com isso, protege-se a própria dignidade humana (art. 1.º, III, da CF/1988) e o direito constitucional à moradia, direito social e fundamental (art. 6.º da CF/1988)
 explicação para a súmula 364 do STJ. 
Princípio da solidariedade familiar 
Em se tratando de crianças e adolescentes, é atribuído primeiro a família, depois a sociedade e finalmente ao Estado (CF, art.227) o dever de garantir com absoluta prioridade os direitos inerentes aos cidadãos em formação. o que é mais importante para se proteger na CF são as crianças e os adolescentes por conta do estado de formação. 
• CC, art. 1.694. Alimentos recíprocos 
• Alimentos na união estável 
• Alimentos após o divórcio. 
• Alimentos após o termino do exercício do poder de família. (para o filho)
• CC, art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges
· Alimentos ao filho cabe somente na primeira graduação, na segunda não. 
Doutrina: 
“A solidariedade familiar justifica, entre outros, o pagamento dos alimentos no caso da sua necessidade”
“Basta atentar que, em se tratando de crianças e adolescentes, é atribuído primeiro à família, depois à sociedade e finalmente ao Estado (CF 227) o dever de garantir com absoluta prioridade os direitos inerentes aos cidadãos em formação” 
Princípio da igualdade jurídica de todos os filhos 
· Antigamente havia diferenciação.
CF, art. 227 § 6º - Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação 
CC, art. 1.596. Os filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
Ex de testamento: 
O pai possui um patrimônio de 100.000 o mesmo tem 2 filhos (A e B). 
Desses 100.000 = 50 mil é disponível = pode dar para quem quiser. 
 50 mil é legítimo = para os herdeiros necessários. 
Neste caso, o pai tem que dividir os 50 mil legítimos entre os dois filhos, ficando com 25 mil cada um e os outros 50 mil disponíveis, se ele quiser dar tudo para o outro filho fazendo com que ele fique com (25 + 50) 75 mil, ELE PODE, pois houve a igualdade em sua divisão legítima. 
Conclusão: Contanto, que a divisão legitima seja igual, pode ser feito o que bem entender com o restante disponível, não sendo justa a alegação de desigualdade entre filhos.
Doutrina: 
“Em suma, juridicamente, todos os filhos são iguais perante a lei, havidos ou não durante o casamento. Essa igualdade abrange também os filhos adotivos, os filhos socioafetivos e aqueles havidos por inseminação artificial heteróloga (com material genético de terceiro” 
Princípio da igualdade entre cônjuges e companheiros (art. 226, § 5.º, da CF/1988 e art. 1.511 do CC)
CF, art. 226, § 5º - Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher. 
CC, art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges. 
Aplicação à união estável
• Marido ou companheiro pode pleitear alimentos da mulher ou companheira.
• CC, art. 1565, § 1o Qualquer dos nubentes, querendo, poderá acrescer ao seu o sobrenome do outro. 
• CC, art. 1.631. Durante o casamento e a união estável, compete o poder familiar aos pais; na falta ou impedimento de um deles, o outro o exercerá com exclusividade 
• Fixação de alimentos transitórios (por determinado tempo para o ex-cônjuge) 
• Substituição da expressão pátrio poder pela expressão poder familiar.
Princípio da paternidade responsável e planejamento familiar 
CF, art. 226, § 7º - Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas. 
 toda pessoa é livre para decidir quantos e se quer ter filhos (de acordo com a interpretação do artigo). 
“Princípio da igualdade na chefia familiar (arts. 1.566, III e IV, 1.631 e 1.634 do CC e art. 226, §§ 5.º e 7.º, da CF)” (doutrina)
Pode ser exercida tanto pelo homem quanto pela mulher em um regime democrático de colaboração, podendo inclusive os filhos opinar (conceito de família democrática). Substitui-se uma hierarquia por uma diarquia.
Princípio da liberdade de constituir uma comunhão de vida familiar ou Princípio da não intervenção ou da liberdade (art. 1.513 do CC)
CC, art. 1.513. É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na comunhão de vida instituída pela família.
 quem decide é a própria família. 
Lei 9263/96, art. 2º Para fins desta Lei, entende-se planejamento familiar como o conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal. 
Parágrafo único - É proibida a utilização das ações a que se refere o caput para qualquer tipo de controle demográfico.
Doutrina: 
“A autonomia privada é muito bem conceituada por Daniel Sarmento como o poder que a pessoa tem de regulamentar os próprios interesses”
Princípio do melhor interesse da criança e do adolescente (art.227, caput, da CF/1988 e arts. 1.583 e 1.584 do CC)
CF, art. 227 
 Lei 8.069, art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, [...] 
 Art. 1.584. §5º Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou da mãe, deferirá a guarda à pessoa que revele compatibilidade com a natureza da medida, considerados, de preferência, o grau de parentesco e as relações de afinidade e afetividade.
Doutrina: 
“que considera criança a pessoa com idade entre zero e 12 anos incompletos, e adolescente aquele que tem entre 12 e 18 anos de idade.”
Princípio da afetividade 
O vínculo familiar constitui mais um vínculo de afeto do que um vínculo biológico. Assim surge uma nova forma de parentesco civil, a parentalidade socioafetiva, baseada na posse do estado de filho. 
 vínculo familiar vale mais do que biológico. 
- Fundamentos do princípio da afetividade: 
Dignidade da pessoa humana; 
Solidariedade social: (art. 3º, I, CF);
Igualdade entre os filhos:(art. 227, §6º e art. 5º CF) 
Enunciado 256 da III jornada civil – Art. 1.593: A posse do estado de filho (parentalidade socioafetiva) constitui modalidade de parentesco civil.
Princípio da função social da família 
As relações familiares devem ser analisadas dentro do contexto social e diante das diferenças regionais de cada localidade. Por conta dos costumes diferentes. 
Impenhorabilidade de bens que guarnecem a residência da entidade familiar. (atenção às particularidades de cada caso).
Princípio da comunhão plena de vida baseada na afeição entre os cônjuges ou conviventes. 
 o que importa é o afeto. 
CC, arts. 1511 e 1513 
Aspecto espiritual do casamento e companheirismo entre os cônjuges 
Prevalência dos atos de afetividade 
Minimização da culpa quando da dissolução da sociedade conjugal (o que importa é a affectio).
Princípio do pluralismo das entidades familiares
CF, art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. 
§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. 
§ 4º - Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes. 
- Existência de várias possibilidades de arranjos familiares. 
- Uniões extramatrimoniais com natureza familiar
 o que não a ainda é a relação multi matrimonial, porém existem cartórios que fazem o reconhecimento (poli amor)
Princípio da proteção integral do idoso
CF, art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.
Estatuto do Idoso
Natureza Jurídica do direito de família 
- Normas de ordem pública
- Normas imperativas (não permitem modificação)
- Natureza personalíssima (irrenunciáveis, intransmissiveis).
Família e casamento 
- Proibida a distinção entre filhos 
- União estável 
- Família Uniparental. 
Ampliação do conceito de família
- Família matrimonial (casamento)
- Família informal – não precisa de documentos (União estável)
- Família monoparental (1 genitor + filhos) 
Doutrina: “famílias monoparentais, ensinando que “uma família é definida como monoparental quando a pessoa considerada (homem e mulher) encontra-se sem cônjuge ou companheiro, e vive com uma ou várias crianças”
- Família homoafetiva (pessoas do mesmo sexo)
- Família eudemonista (vínculo afetivo)
- Família extensa (estende-se além dos pais). 
Do Casamento
 Direito de família : Direito pessoal ou existencial (normas de ordem pública) 
 Direito patrimonial (normas de ordem privada)
Conceitos: 
- “casamento é a união do homem e da mulher, contraída solenemente e de conformidade com a lei civil” (Josserand)
- “o casamento é um contrato bilateral e solene, pelo qual um homem e uma mulher se unem indissoluvelmente, legalizando por ele suas relações sexuais, estabelecendo a mais estreita comunhão de vida e de interesses, e comprometendo-se a criar e a educar a prole, que de ambos nascer” (Beviláqua)
- “Casamento é o contrato de direito de família que regula a união entre marido e mulher” (Pontes de Miranda)
Conceito atual: não exige diversidade de sexo (STF, Res.175) “homem e mulher”
 não exige a presença de prole filho.
- casamento é uma das formas de constituição familiar. É formal, solene e complexo, porque não se exaure, ou seja, não se aperfeiçoa num único ato. É composto por vários atos, sendo todos eles essenciais, e, tem como norte o princípio da afetividade. 
Natureza jurídica: 
- Concepção clássica (individualista ou contratualista): é um contrato
- Concepção institucionalista (supraindividual): é um casamento social ato de valor para a sociedade (CF: “base para a sociedade”)
- Concepção eclética: contrato + instituição; contrato especial. Silvio Rodrigues e Pablo Stolze Gagliano dizem que o casamento é um contrato especial do Direito de Família.
Caracteres do casamento
a) é ato eminente solene (art. 1535) 
b) As normas que o regulamentam são de ordem pública 
c) Estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges (art. 1511) 
d) Representa união permanente (Dissolúvel pelo divórcio) não é INDISSOLÚVEL.
e) Não exige diversidade de sexos (STF, Resolução 175 do CNJ) 
f) Não comporta termo ou condição não pode colocar data de início ou fim.
g) Permite liberdade de escolha do nubente (art. 1542)
*Casamento de portas TRANCADAS é nulo. 
Espécies de casamento
• Civil: ato apenas celebrado perante a autoridade oficial do Estado (juiz de direito ou juiz de paz)
• Religioso com Efeito Civil: matrimônio celebrado por autoridade de qualquer religião brasileira (eis que, por sermos um Estado laico, não temos religião oficial). (art. 1515)
• Religioso: união informal sob o ponto de vista estritamente jurídico, não sendo oficialmente reconhecido. Nada impede, no entanto, que esse enlace possa configurar uma união estável.
A ruptura injustificada do noivado pode, sim, acarretar, em situações especiais, dano moral ou material indenizável.
Exemplos da doutrina: noivo que deixa a sua pretendente, humilhada, no altar, sem razão ou aviso; a desistência operada pouco tempo antes do casamento, tendo a outra parte arcado com todas as despesas de bufê, enxoval e aprestos, na firme crença do matrimônio não realizado; anúncio constrangedor do fim da relação em plena festa de noivado ou chá de cozinha, por vingança; noiva que deixa o emprego para casar e, com a posterior recusa do prometido, fica sem o trabalho e o marido
CONTRATO DE NAMORO
• Finalidade de afastar o reconhecimento futuro de união estável
• Pablo Stolze Gagliano aponta que se trata de contrato nulo pela impossibilidade jurídica do pedido, pois tendo em vista que as regras que regulam a união estável são normas cogentes, de ordem pública, o afastamento de sua incidência por pacto entre as partes não tem efeito nenhum
• Zeno Veloso não vê impedimento na lei para o reconhecimento dos “contratos de namoro”, sendo forma de o casal atestar em documento escrito que está tendo um envolvimento amoroso, um relacionamento afetivo, que se esgota nisso, não havendo o interesse ou vontade de constituir uma entidade familiar, com consequências pessoais e patrimoniais inerente a união estável
“A 9ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo julgou recurso em uma ”ação movida a fim de se reconhecer a alegada união estável havida entre as partes, para fins de direito à partilha de bens e alimentos”. A câmara confirmou a sentença de primeiro grau e negou provimento ao recurso da autora [...] O desembargador relator do caso Grava Brasil entendeu não haver esse tipo de união “como bem apontou o Juízo de origem, nas razões de decidir: “Verifica-se que os litigantes convencionaram um verdadeiro contrato de namoro, celebrado em janeiro de 2005, cujo objeto e cláusulas não revelam ânimo de constituir família” [...] A defesa da autora alegou em seu recurso que a relação, de quatro anos, acabou por causa do temperamento agressivo do ex-namorado. Argumentou que eles têm um filho, além de citar as provas, como fotos do casal e do relacionamento ser de conhecimento público. Logo, a autora teria direito a partilha de bens e fixação de alimentos [...] Pesou na decisão do desembargador o fato deles só terem vivido juntos durante 6 meses. No mais, viviam em casas separadas, como ficou provado, só vivendo juntos durante os finais de semana. O desembargador também entendeu que a autora não depende economicamente do ex-namorado, pois já trabalhou anteriormente, mostrando ser apta ao trabalho e por fim, utilizou-se do contrato de namoro como meio de prova”.
DOAÇÃO EM CONTEMPLAÇÃO A CASAMENTO FUTURO 
• Rompido o noivado deve-se haver a devolução dos presentes de casamento (aprestos)
• “Art. 546. A doação feita em contemplação de casamento futuro com certae determinada pessoa, quer pelos nubentes entre si, quer por terceiro a um deles, a ambos, ou aos filhos que, de futuro, houverem um do outro, não pode ser impugnada por falta de aceitação, e só ficará sem efeito se o casamento não se realizar”.
DOS IMPEDIMENTOS
• Impedimentos são circunstâncias que impossibilitam a realização de determinado matrimônio (Washington Barros Monteiro)
• Impedimento é a ausência de requisitos para o casamento (Clóvis Bevilacqua)
• São situações de fato ou de direito, expressamente especificadas na lei, que vedam a realização do casamento (Carlos Roberto Gonçalves)
CC 2002 classifica como: 
a) IMPEDIMENTOS (art. 1521): causam a nulidade do casamento 
b) CAUSAS SUSPENSIVAS (art. 1523): obrigam a adoção do regime de separação de bens 
c) CAUSAS DE ANULAÇÃO (art. 1550): erro essencial sobre a pessoa do cônjuge
Impedimento ≠ Incapacidade
Impedimento: Não há legitimação para se casar com determinada pessoa
Incapacidade: Não há legitimação para se casar com determinada pessoa Não pode se casar com qualquer pessoa.
• Espécies: 
a) Impedimentos resultantes do parentesco 
 - Consanguinidade 
- Afinidade 
- Adoção
b) Impedimento resultante de casamento anterior 
c) Impedimento resultante de crime
CAUSAS SUSPENSIVAS
• Não tornam o casamento nulo, mas obrigam a adoção de regime de separação de bens como sanção imposta ao infrator.
• Não existem outros impedimentos na legislação que afetem o matrimônio. Alcoolismo, dependência química, impedimentos canônicos.
DA OPOSIÇÃO DOS IMPEDIMENTOS E CAUSAS SUSPENSIVAS
 • Oposição de impedimento é a comunicação escrita feita por pessoa legitimada antes da celebração do casamento, ao oficial do registro civil perante quem se processa a habilitação, ou ao juiz que preside a solenidade, sobre a existência deum dos empecilhos mencionados na lei
• Pessoas legitimadas para os impedimentos: 
- qualquer pessoa capaz 
- Oficial e juiz podem reconhecer de ofício 
- MP 
 
Momento para oposição dos impedimentos:
 	 - até a celebração
Forma da Oposição dos Impedimentos:
- declaração escrita e assinada, instruída com as provas do fato alegado, ou com a indicação do lugar onde possam ser obtidas 
- Contraditório dos nubentes 
- Procedimento: art. 67, §5º, Lei 6.015/73
Legitimidade para as causas suspensivas 
- Parentes em linha reta dos nubentes 
- Parentes em linha colateral até segundo grau
Momento para opor as causas suspensivas
 	 - 15 dias da publicação dos proclamas
Forma da oposição das causas suspensivas 
- Declaração escrita e assinada instruída com as provas.
- Contraditório dos nubentes.
Processo de habilitação para o casamento 
Três fases do casamento:
1) Habilitação 
2) Celebração do casamento 
3) Registro
1ª fase
Habilitação
• A habilitação é um procedimento que se encontra previsto na Lei dos Registros Públicos (Lei n. 6.015/1973, artigos 67 a 69) e nada mais é do que a colheita de documentos dos nubentes para averiguação da aptidão para o casamento, que transcorre perante o Oficial de Registro Civil do domicílio dos noivos e, caso sejam domiciliados em locais distintos, do Registro Civil de qualquer um deles, sob pena de nulidade relativa do ato (ver artigos 1.525, 1.550, IV, 1.560, II e 1.554 do Código Civil). 
 Ex: se um mora em Leme e outro em Araras, não podem colocar o local de domicilio como São Paulo. 
Da capacidade para o casamento
• Idade núbil: 16 anos 
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
• Suprimento judicial: quando a autorização para o casamento for negada injustamente. 
 É quando os pais não querem dar a autorização, o menor procura o advogado para suprimento judicial. Negar injustamente pode ser os pais dizendo: meu filho é muito novo, sendo que a lei permite maiores de 16 anos se casarem.
• Pressuposto da capacidade matrimonial: idade mínima + inexistência de impedimentos
• Art. 1.518. Até à celebração do casamento podem os pais, tutores ou curadores revogar a autorização.
Proibição de casamento para menores de 16 anos 
• Art. 1.520. Não será permitido, em qualquer caso, o casamento de quem não atingiu a idade núbil, observado o disposto no art. 1.517 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 13.811, de 2019)
Ver artigos: 1517, 1518, 1519, 1525, II, 1537, 1550, I e II, 1551, 1552, 1553, 1555, 1560, § 1º e 1561 III do cc TAXATIVAMENTE DERROGADOS (não permite casar nessas hipóteses)
• NÃO existe mais suprimento judicial de idade MENOR DE 16 NÃO CASA. 
Suprimento judicial do consentimento dos representantes legais 
• Art. 1.519. A denegação do consentimento, quando injusta, pode ser suprida pelo juiz. 
• Motivos justos e fundados: 
a) Existência de impedimento legal 
b) grave risco à saúde do menor 
c) Costumes desregrados, como embriaguez habitual e paixão imoderada pelo jogo 
d) Falta de recursos para sustentar a família 
e) Total recusa ou incapacidade para o trabalho 
f) maus antecedentes criminais, tais como condenação em crime grave.
• Procedimento de jurisdição voluntária (art. 1.103, CPC) 
• Admite-se que o menor outorgue procuração ao advogado sem assistência do seu representante 
• É legitimada também a pessoa com quem o menor irá casar, desde que explique o motivo do noiva ou noivo não o fazer (Pontes de Miranda) 
• MP tem legitimidade 
• Pode ser endereçada a apenas um dos pais, se somente um deles se recusar a dar a autorização 
• Da decisão cabe recurso de apelação 
• Deferido o suprimento será expedido alvará que deverá ser juntado ao processo de habilitação • Regime da separação de bens (art. 1641, III)
Procedimento para a habilitação
• Finalidade de comprovar que os nubentes preenchem os requisitos legais 
• Destina-se a: 
a) Constatar a capacidade para a realização do ato 
b) Verificar a inexistência de impedimento (art. 1.521) 
c) Verificar a inexistência de causa suspensiva (art. 1523) 
d) Dar publicidade, por meio de editais, à pretensão manifestada pelos noivos, convocando as pessoas que saibam de algum impedimento para que venham opô-los.
Documentos necessários
• Art. 1.525. O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os nubentes, de próprio punho, ou, a seu pedido, por procurador, e deve ser instruído com os seguintes documentos: 
• I - certidão de nascimento ou documento equivalente; 
• II - autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato judicial que a supra; 
• III - declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecê-los e afirmem não existir impedimento que os iniba de casar; 
• IV - declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de seus pais, se forem conhecidos; 
• V - certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de anulação de casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio.
Requerimento deve ser realizado no cartório do domicílio dos noivos (se residirem em domicílios diferentes, a habilitação correrá em qualquer deles, mas os editais serão publicados em ambos) 
• MP deverá ser ouvido 
• Afixação dos proclamas em local visível do cartório e publicação na imprensa local, se houver (se houver urgência os proclamas podem ser dispensados pelo juiz) 
• Prazo de 15 dias conta-se em dias corridos. 
• Art. 1539 e 1540 dispensam os proclamas ou a autoridade em caso de iminente risco de vida 
• Custas podem ser dispensadas se houver declaração de pobreza. 
2ª Fase: 
DA CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO
• Formalidades 
- Negócio jurídico solene 
- Falta dos requisitos legais torna o ato inexistente 
- dia, hora e lugar previamente designados pela autoridade que houver de presidir o ato, mediante petição dos contraentes. (regra é que o local seja o próprio cartório) 
- Local é na sede do cartório, mas pode ser em outro local
 – Portas abertas 
- Testemunhas (ao menos 2, podendo ser 4 se algum dos contraentes não souber ou não puder escreverou se a cerimônia for em local particular) 
- Autoridade em SP: juiz de casamentos.
Momento da celebração 
Art. 1.535. Presentes os contraentes, em pessoa ou por procurador especial, juntamente com as testemunhas e o oficial do registro, o presidente do ato, ouvida aos nubentes a afirmação de que pretendem casar por livre e espontânea vontade (pergunta obrigatória), declarará efetuado o casamento, nestes termos: "De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados.“
 é possível casamento por procuração. 
- Quem cala não consente
- casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.
Suspensão da cerimônia 
- se um dos contraentes recusar a solene afirmação da sua vontade; 
- se declarar que esta não é livre e espontânea; 
- se manifestar-se arrependido 
- se houver revogação da autorização dos pais, tutores ou curadores (art. 1518) 
- Se houver alegação de impedimento (tem que ser por escrito)
• Não é possível a retratação no mesmo dia 
• Nulidade virtual (permissão de retratação no mesmo dia)
Assento do casamento no livro de registro 
No assento, assinado pelo presidente do ato, pelos cônjuges, as testemunhas, e o oficial do registro, serão exarados:
I - os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento, profissão, domicílio e residência atual dos cônjuges; 
II - os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento ou de morte, domicílio e residência atual dos pais; 
III - o prenome e sobrenome do cônjuge precedente e a data da dissolução do casamento anterior;
IV - a data da publicação dos proclamas e da celebração do casamento; 
V - a relação dos documentos apresentados ao oficial do registro; 
VI - o prenome, sobrenome, profissão, domicílio e residência atual das testemunhas; 
VII - o regime do casamento, com a declaração da data e do cartório em cujas notas foi lavrada a escritura antenupcial, quando o regime não for o da comunhão parcial, ou o obrigatoriamente estabelecido.
Casamento por procuração 
- Poderes especiais 
- Pode ser para ambos os cônjuges, mas com procuradores diversos 
- Poder de decisão do procurador ad nuptias 
- eficácia do mandato não ultrapassará noventa dias 
- Só por instrumento público se poderá revogar o mandato 
- revogação do mandato não necessita chegar ao conhecimento do mandatário; mas, celebrado o casamento sem que o mandatário ou o outro contraente tivessem ciência da revogação, responderá o mandante por perdas e danos 
– Se mandante falecer antes do casamento e o mandatário não tomar conhecimento antes da cerimônia? 
- Loucura superveniente depois do casamento é valido, pede-se o divórcio. 
CASAMENTO NUNCUPATIVO
• É aquele realizado quando um dos contraentes está em iminente risco de morte e não há tempo para a celebração do matrimônio dentro das conformidades previstas pela Lei Civil
· Um dos nubentes quase morrendo, não tem todo tempo dentro das conformidades da lei. 
• Previsão legal: art. 1539 a 1541
• Casamento in extremis vitae momentis ou in articulo mortis
• Procuração em casamento nuncupativo: Art. 1542, § 2º O nubente que não estiver em iminente risco de vida poderá fazer-se representar no casamento nuncupativo.
· Autoridade poderá ir até o local ou o substituto legal para realizar o casamento. 
· É lavrado de forma avulsa. 
· A procuração só é possível para o nubente que não estiver em perigo de vida. 
DAS PROVAS DO CASAMENTO
• Lei estabelece rigoroso sistema de prova
• Prova pré-constituída: certidão de casamento
• Exceção: Justificada a falta ou perda do registro civil, é admissível qualquer outra espécie de prova 
• Prova supletória tem duas fases: a) prova-se o fato que ocasionou a falta do registro; b) outras provas (certidões nascimento dos filhos, Carteira de trabalho, etc)
Posse do estado de casados: é a situação de duas pessoas que vivem como casadas (more uxorio) e assim são consideradas por todos
• Pode ser usada, excepcionalmente, como prova de casamento em favor da prole comum ou como elemento favorável à existência do casamento quando a prova for dúbia (inexistente) 
• Elementos: 
a) Nomen = nome de casado
b) Tractatus = como o casal se trata 
c) Fama = como as pessoas viam o casal. 
Art. 1.545. O casamento de pessoas que, na posse do estado de casadas, não possam manifestar vontade, ou tenham falecido, não se pode contestar em prejuízo da prole comum, salvo mediante certidão do Registro Civil que prove que já era casada alguma delas, quando contraiu o casamento impugnado.
• Legitimidade: dos filhos e se mortos ambos os cônjuges
• Posse de estado de casados pode ser alegada em vida dos cônjuges quando o casamento for impugnado (in dubio pro matrimonio)
Prova do casamento celebrado no exterior 
- prova-se de acordo com a lei do país onde se celebrou 
- Documente deve ser autenticado, segundo as leis consulares, para produzir efeitos no Brasil (apostilhamento)
- registrado em cento e oitenta dias, a contar da volta de um ou de ambos os cônjuges ao Brasil, no cartório do respectivo domicílio, ou, em sua falta, no 1º Ofício da Capital do Estado em que passarem a residir. 
- Cidadão brasileiro residente no exterior pode optar por casar pela lei brasileira, no consulado 
 funciona como o cartório de registro civil. 
- Lei não exige o registro de casamento de estrangeiros celebrado no exterior, mas ele pode ser realizado.
Casamento cuja prova resultar de processo judicial
 - O registro da sentença no Livro do Registro Civil produzirá, tanto no que toca aos cônjuges como no que respeita aos filhos, todos os efeitos civis desde a data do casamento 
- Ação declaratória 
- Sentença registrada terá efeito retro-operante.
Espécies de Casamento Válido
1) Casamento putativo 
- É aquele que embora anulável ou nulo foi contraído de boa-fé por um ou por ambos os cônjuges
- Ficção de casamento nulo ou anulável, mas válido quanto aos efeitos civis 
- Momento da boa-fé é o do casamento 
* Gera efeitos para aquele que estava de boa-fé, porém se os dois estiverem de ma-fé, vale os efeitos para os filhos (se tiver). 
- Coação: cônjuge coacto deve ser equiparado ao de boa-fé (Projeto de Lei 6.960/02) 
• Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão 
• Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão
2) Casamento nuncupativo (vide retro) já foi dado ali em cima. 
Pergunta: quais são os tipos de casamento valido? (OAB)
3) Casamento religioso com efeitos civis 
Celebração realizada por uma autoridade religiosa
a) com prévia habilitação; (antes do casamento) 
b) com processo de habilitação posterior ao casamento - Celebração feita por autoridade religiosa da religião professada pelos nubentes - Produz efeitos a partir da celebração - Equipara-se ao casamento civil 1º fazem a cerimônia religiosa e depois fazem o processo de habilitação junto ao cartório de registro civil, é necessário que não haja impedimentos. (Equipara-se ao casamento civil, mas pode fazer a habilitação posterior)
4) Casamento consular (vide retro) realizado no consulado, possui uma cacteristica de cartório, gera efeitos da mesma forma, mas é possível se casar em um outro país, com as regras deles e depois fazer a averbação; 
5) Conversão da união estável em casamento (art. 1726)
DA INEXISTÊNCIA E DA INVALIDADE DO CASAMENTO
O legislador preocupa-se tanto com a validade do casamento, que só admite invalidade ou ineficácia em situações descritas textualmente. Esse tratamento diferenciado revela que a intenção é, muito mais, garantir a higidez do casamento. (Maria Berenice Dias)
Inexistente: não cumpre os requisitos mínimos previstos na lei. 
· A inexistência e a invalidade consistem em hipóteses taxativas. 
Casamento inexistente 
O casamento é inexistente quando lhe faltam um ou mais elementos essenciais à sua formação. 
Assim, o ato, não adquirindo existência,não poderá produzir nenhum efeito. 
- Nulidade absoluta e relativa/ casamento inválido designa o casamento realizado com um defeito que impede a formação do vínculo matrimonial válido
 Inexistência ≠ validade
Invalidade: o casamento foi realizado, por isso se torna inválido. 
Inexistência: não irá gerar nenhum efeito, não existe. 
Controvérsia sobre a existência do casamento 
Caso haja controvérsias sobre a existência do casamento, ainda que não havendo provas de que fora celebrado e, estando o cônjuge desfrutando da posse do estado de casado, presumir-se-á o casamento. 
A maior prova de um casamento é a certidão de casamento. 
Hipótese que facilita a presunção: art. 1545 CC (com relação as provas do casamento)
Geram inexistência de casamento: 
a) Falta de consentimento: ou declaração de vontade. Hipóteses em que um dos noivos disse "não", ficou em silêncio ou outra pessoa respondeu por ele, sem que o celebrante tenha percebido. Se um dos noivos não buscar a desconstituição do casamento pelo prazo de até 4 anos, não há que se falar em inexistência do ato –> prazo decadencial. (tem que manifestar a vontade, de forma inequívoca, se não, gera a inexistência). *OAB 
b) Ausência de celebração na forma da lei: o ato de celebrar o casamento, representa um de seus elementos formais. No entanto, ainda que celebrado por autoridade incompetente, se esta exercer publicamente a função de juiz de casamentos, ele será válido. 
Identidade de sexo não gera mais inexistência (resolução CNJ): Nem a Constituição Federal e nem o próprio STF¹ impõem a diversidade de sexos como condição que gera inexistência do casamento.
Casamento inválido 
Diz respeito à natureza do vício carregado pelo ato, levando em consideração sua maior ou menor gravidade.
Diz respeito a nulidade (+ grave) 
 Nulidade ≠ anulabilidade 
- Considera-se nulo o casamento que for eivado de vícios mais intensos, que infringem vedação a princípios ordenadores da sociedade. casamentos realizados com impedimento absoluto ex: pai casando com a filha. 
– Considera-se anulável o casamento que for eivado de vício sanável, como por exemplo, quando desobedecer norma legal que infringirá o interesse dos particulares protegidos pelo legislador. (separação total de bens)
Hipóteses: 
- Quando infringe impedimento – Art. 1.521e incisos / 1.591; Art. 1.548, II; 
Observação: enfermidade mental não invalida mais o casamento conforme previsão do Estatuto da Pessoa com Deficiência. 
Pessoas legitimadas a arguir a nulidade 
- Qualquer interessado
- MP
Ação declaratória de nulidade 
- Efeitos ex tunc 
- Separação de corpos 
- Rito ordinário - competência: a) de domicílio do guardião de filho incapaz; b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal (art. 53, CPC).
Casamento anulável 
Quando o casamento é celebrado ferindo apenas o interesse de quem o Estado tem o dever de proteger, por considerá-lo hipossuficiente, a reação do ordenamento jurídico é mais moderada 
Art. 1.550. É anulável o casamento: 
I - de quem não completou a idade mínima para casar; (não pode mais tratar como causa, pois é absoluto, ninguém pode casar antes dos 16 anos, este inciso encontra-se prejudicado)
II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal; 
III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558; 
IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento; (não é o deficiente mental ou intelectual, neste caso a pessoa está impedida de alguma forma) se por exemplo a pessoa conseguir manifestar só piscando, ele consegue se manifestar, uma pessoa em coma, não consegue. 
V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges; 
VI - por incompetência da autoridade celebrante. Parágrafo único. Equipara-se à revogação a invalidade do mandato judicialmente decretada. 
Casamento Putativo: Art.1.561. O casamento que se acredita ser verdadeiro, legal e certo, não o é. Assim, mesmo que o casamento venha a ser anulado, mantém sua eficácia até ser desconstituído.
DA EFICÁCIA JURÍDICA DO CASAMENTO
Efeitos jurídicos do casamento 
Igualdade entre o casal: Art. 226, § 5º CF. 
Relação jurídica e moral 
Numerosos e complexos 
Espécies: 
- De cunho social 
- De cunho pessoal 
- De cunho patrimonial
Efeitos sociais
-Debitum conjugale 
-Constituição da família legítima ou matrimonial 
-Presunção de concepção dos filhos na constância do casamento 
-Emancipação do cônjuge menor (-18/+16)
-Estabelece vínculo de afinidade entre cada cônjuge e os parentes do outro 
-Planejamento familiar: Art. 226, § 7º CF e Art. 1.565, § 2º CC ter quantos filhos quiser e se quiser. O objetivo do casamento é constituir uma familia e não precisa necessariamente de filhos
· Mesmo que o casal não resida no mesmo teto, ele é valido. 
Efeitos pessoais 
-Comunhão plena de vida com base na igualdade de deveres e direitos entre os cônjuges 
-Direitos e Deveres recíprocos (art. 1566, CC) 
-Direito de acrescer o sobrenome do outro (art. 1565, §1º) 
-Direção conjunta da família
Efeitos patrimoniais
- Regimes de bens: opção dos cônjuges 
- Doações recíprocas 
- Obrigação de sustento de um ao outro e da prole
- Usufruto dos bens dos filhos durante o poder familiar 
- Direito sucessório
Deveres recíprocos
- Fidelidade recíproca: infração - adultério (hoje em dia não é mais crime) 
- Coabitação (vide art. 1569) 
- Mútua assistência 
- Sustento, guarda e educação dos filhos 
	– Sustento e educação: dever típico para ambos
	 – Guarda: é mais direito dos pais do que uma obrigação (Silvio Rodrigues)
- Respeito e consideração mútuos
Direitos e deveres de cada cônjuge 
 - Sistema de cogestão (art. 1567) 
- Copatrocínio da família (art. 1568) 
Art. 1.570. Se qualquer dos cônjuges estiver em lugar remoto ou não sabido, encarcerado por mais de cento e oitenta dias, interditado judicialmente ou privado, episodicamente, de consciência, em virtude de enfermidade ou de acidente, o outro exercerá com exclusividade a direção da família, cabendo-lhe a administração dos bens. por conta de uma situação transitória um dos cônjuges age de forma exclusiva. 
O exercício de atividade empresária pelos cônjuges 
entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória. (art. 977) 
- empresário casado pode alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real. 
- A sentença que decretar ou homologar a separação judicial do empresário e o ato de reconciliação não podem ser opostos a terceiros, antes de arquivados e averbados no Registro Público de Empresas Mercantis.
Precisa fazer averbação na JUCESP. 
DO DIREITO PATRIMONIAL
DO REGIME DE BENS ENTRE OS CÔNJUGES
Conceito
Regime de bens é o conjunto de regras que disciplina as relações econômicas dos cônjuges, quer entre si, quer no tocante a terceiros, durante o casamento. 
É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver.
É nula a convenção ou cláusula dela que contravenha disposição absoluta de lei. 
Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial. (legal ou supletivo) 
O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a data do casamento.
Princípios 
Imutabilidade ou irrevogabilidade: não é absoluta, no entanto, conforme dispõe o art. 1629, §2º, a alteração de regime não pode ser requerida unilateralmente. 
	- art. 1639, § 2º É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros. (art. 734, CPC) 
Variedade de regimes: 4 tipos de regimes. Podem os contraentes adotar um dos quatro regimes ou combiná-los entre si, criando um regime misto. 
Livre estipulação/ autonomiaprivada: Art. 1639 - liberdade de escolha pelos nubentes.
Administração e disponibilidade dos bens 
Reforça a situação de igualdade entre os cônjuges
	Art. 1642 Qualquer que seja o regime de bens, tanto o marido quanto a mulher podem livremente: 
I - praticar todos os atos de disposição e de administração necessários ao desempenho de sua profissão, com as limitações estabelecida no inciso I do art. 1.647; 
II - administrar os bens próprios; 
III - desobrigar ou reivindicar os imóveis que tenham sido gravados ou alienados sem o seu consentimento ou sem suprimento judicial; 
IV - demandar a rescisão dos contratos de fiança e doação, ou a invalidação do aval, realizados pelo outro cônjuge com infração do disposto nos incisos III e IV do art. 1.647; 
V - reivindicar os bens comuns, móveis ou imóveis, doados ou transferidos pelo outro cônjuge ao concubino, desde que provado que os bens não foram adquiridos pelo esforço comum destes, se o casal estiver separado de fato por mais de cinco anos; (?) 
VI - praticar todos os atos que não lhes forem vedados expressamente. 
Quando um dos cônjuges não puder exercer a administração dos bens que lhe incumbe, segundo o regime de bens: art. 1651 e 1652.
Atos que um cônjuge não pode praticar sem a autorização do outro 
Previstos no art. 1657:
	 - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
 	- pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos; 
	- prestar fiança ou aval; 
	- Fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação.(são válidas as feitas ao filho que casar ou constituir economia separada) 
 	- A proibição estende-se à união estável: art. 1725
Hipóteses em que não ocorre a proibição 
· Os cônjuges casados sob regime de separação absoluta de bens (arts.1.687 e 1.688) 
· Os companheiros da união estável que tenham realizado contrato entre si estipulando a separação absoluta de bens.
Suprimento da autorização conjugal 
· Cabimento: falta de motivo justo para a recusa e impossibilidade de conceder a autorização. 
· Cabe ao juiz 
· Denegação injusta ou concessão impossível 
· Se não suprida, o outro cônjuge poderá anular o ato praticado em até 2 anos 
· Convalidação por instrumento público ou particular autenticado
Pacto antenupcial 
· Os nubentes têm autonomia para estruturarem, antes do casamento, o regime de bens distinto do regime da comunhão parcial (Paulo Lobo). 
· Escolha do regime de bens 
· Ausência de pacto = comunhão parcial 
· É o contrato solene e condicional, por meio do qual os nubentes dispõe sobre o regime de bens que vigorará entre ambos, após o casamento 
· Instrumento público ad solemnitatem 
· celebrado por menor depende da anuência do representante legal, dispensado quando se tratar do regime da separação de bens
Regime da separação legal ou obrigatória 
· Hipóteses: 
- inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
- da pessoa maior de 70 (setenta) anos; 
- de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial 
· Não necessita de pacto antenupcial
Regime da comunhão parcial ou limitada 
· Prevalece na falta de pacto ou se este for nulo ou ineficaz
· Regime legal ou supletivo
· Estabelece a separação quanto ao passado e comunhão quanto ao futuro, gerando três massas de bens: os do marido, os da mulher e os comuns
Bens excluídos da comunhão 
- Os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar; 
- os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares;
 - as obrigações anteriores ao casamento; 
- as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal; 
- os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
 - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge; 
- as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.
Bens que se comunicam: 
- os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges; 
- os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior; 
- os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges; 
- as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
 - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.
Regime da comunhão universal 
É aquele em que se comunicam todos os bens, atuais e futuros, dos cônjuges, ainda que adquiridos em nome de um só deles, bem como as dívidas posteriores ao casamento, salvo os expressamente excluídos pela lei ou pela vontade dos nubentes, expressa em convenção antenupcial.
Bens excluídos da comunhão: 
- os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar; 
- os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva; 
- as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum; 
- as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade; 
- Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659 
* Os frutos dos bens incomunicáveis quando vencidos ou percebidos durante o casamento comunicam-se. 
Regime da participação final nos aquestos 
· No regime de participação final nos aquestos, cada cônjuge possui patrimônio próprio, consoante disposto no artigo seguinte, e lhe cabe, à época da dissolução da sociedade conjugal, direito à metade dos bens adquiridos pelo casal, a título oneroso, na constância do casamento.
· Na dissolução do regime de bens por separação judicial ou por divórcio, verificar-se-á o montante dos aquestos à data em que cessou a convivência. 
Art. 1.674. Sobrevindo a dissolução da sociedade conjugal, apurar-se-á o montante dos aquestos, excluindo-se da soma dos patrimônios próprios: Ver tópico
 I - os bens anteriores ao casamento e os que em seu lugar se sub-rogaram;
II - os que sobrevieram a cada cônjuge por sucessão ou liberalidade; 
III - as dívidas relativas a esses bens.
Apuração da participação se faz em etapas 
1) Verificação do acréscimo patrimonial de cada um dos cônjuges 
2) Apuração do respectivo valor para a compensação e identificação do saldo em favor de um ou de outro 
3) Execução do crédito
Projeto de Lei n. 2.285/07 pretende extinguir tal regime.
Regime da separação convencional ou absoluta
· Estipulada a separação de bens, estes permanecerão sob a administração exclusiva de cada um dos cônjuges, que os poderá livremente alienar ou gravar de ônus real. 
· Ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para as despesas do casal na proporção dos rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo estipulação em contrário no pacto antenupcial.
Aula 6 
DA DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE E DO VÍNCULO CONJUGAL
Distinção entre sociedade conjugal e vínculo matrimonial 
· Sociedade conjugal é o complexo de direitos e obrigações que formam a vida comum dos cônjuges.
· Vínculo matrimonial é criado com o casamento, portanto, só o divórcio e a morte pode extingui-lo.
Formas de Extinção do Casamento 
a) divórcio;
 b) morte de um dos cônjuges; 
c) invalidade do casamento.
Emenda 66/2010 
· PEC do divórcio
· § 6º do art. 226 passou a ter a seguinte redação: “o casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio”
· Entendimento doutrinário majoritário atual: não existe mais separação judicial 
· Novo CPC: existe previsão da separação 
· Extinção das causas subjetivas e objetivas da dissolução do casamento para fins de divórcio 
· Culpa pode servir de base para condenação em danos materiais ou morais
Causas terminativas da sociedade e do vínculo conjugal 
Art. 1.571. A sociedade conjugal termina:
 I - pela morte de um dos cônjuges; 
II – pela nulidade ou anulação do casamento; 
III - pela separação judicial; 
IV - pelo divórcio.
Divórcio 
· O divórcio é amedida dissolutória do vínculo matrimonial válido, importando, por consequência, a extinção de deveres conjugais. 
· Trata-se, no vigente ordenamento jurídico brasileiro, de uma forma voluntária de extinção da relação conjugal, sem causa específica, decorrente de simples manifestação de vontade de um ou ambos os cônjuges, apta a permitir, por consequência, a constituição de novos vínculos matrimoniais.
Morte de um dos cônjuges
· Morte real 
· Morte presumida do ausente (ausência, situações do art. 7º / art. 1571, § 1º) 
· Cônjuge do ausente pode requerer divórcio para não esperar os 10 anos para a extinção do casamento 
· E se o presumido morto retornar?
Nulidade ou anulação do casamento 
· Possibilidade de cumulação sucessiva da ação de anulatória com a de divórcio dependendo da causa de anulação 
· Sentença de divórcio ou separação anterior não impedem anulatória.
Separação judicial e extrajudicial 
· EC 66/2010 
· Revogados os seguintes artigos do CC: art. 1571, III, art. 1572, 1573, 1574, 1576, 1577, 1578, 1580, 1702, 1704 
· A separação judicial é mencionada em diversos dispositivos do novo Código (artigo 23, III artigo 53, I artigo 189, II e § 2º artigo 693 artigo 731 artigo 732 artigo 733) 
· Separação judicial retorna ao ordenamento jurídico? 
· Nasce natimorta?
Divórcio Espécies: 
a) Divórcio judicial litigioso 
b) Divórcio judicial consensual 
c) Divórcio extrajudicial consensual 
· Divórcio-remédio: não admite discussão sobre a culpa 
· Caráter personalíssimo (permite-se representação do curador, ascendente ou irmão no caso de incapacidade – art. 1582, parágrafo único) 
· Divórcio não modifica os direitos e deveres com relação aos filhos 
· Novo casamento, união estável ou concubinato do cônjuge credor da pensão extinguem a obrigação do cônjuge devedor
· Extinção do divórcio-conversão 
· o divórcio pode ser concedido sem que haja prévia partilha de bens.
Divórcio Consensual Judicial 
- art. 40, § 2º, Lei 6.515/77, incisos II (pensão) e IV (partilha) 
- Pode ser concedido sem que haja partilha de bens (CC, art. 1.581) 
- Desnecessária audiência de ratificação 
- Sentença é definitiva, impugnável por apelação 
- MP só tem interesse em recorrer se for homologatória
Divórcio Consensual Extrajudicial 
Lei 11.411/07; art. 1.124-A, CC; art. 733, CPC): escritura pública 
- Procedimento administrativo (Inexistência de incapazes e de nascituro (Resolução 35/2007) 
- Extensão à dissolução extrajudicial da união estável – art. 732 do CPC
Divórcio Litigioso 
Procedimento ordinário 
· Não se admite reconvenção (art. 36, Lei 6.515/77) 
· Pode ser proposto mais de uma vez 
· O divórcio não modificará os direitos e deveres dos pais em relação aos filhos 
· Julgamento parcial de mérito Registro Público 
· Ação é personalíssima
Separação de Corpos 
Dever de coabitação 
Não tem mais a finalidade de legitimar a saída do cônjuge do lar conjugal ou de contagem de tempo 
Ameaça ou consumação de violência física, psicológica ou social de um dos cônjuges ou dos filhos 
Art. 22, II, Lei Maria da Penha
Uso do nome do cônjuge após o divórcio 
Nome incorpora-se à personalidade da pessoa Salvo situações excepcionais, os cônjuges deixam de usar o nome do outro:
 I — evidente prejuízo para a sua identificação; 
II — manifesta distinção entre o seu nome de família e o dos filhos havidos da união dissolvida; III — dano grave reconhecido na decisão judicial
Lei 12.874/13 | Lei nº 12.874, de 29 de outubro de 2013. O art. 18 do Decreto-Lei no 4.657, de 4 de setembro de 1942, passa a vigorar acrescido dos seguintes §§ 1o e 2o: Art. 18. ........................................................................ § 1º As autoridades consulares brasileiras também poderão celebrar a separação consensual e o divórcio consensual de brasileiros, não havendo filhos menores ou incapazes do casal e observados os requisitos legais quanto aos prazos, devendo constar da respectiva escritura pública as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o casamento. § 2o É indispensável a assistência de advogado, devidamente constituído, que se dará mediante a subscrição de petição, juntamente com ambas as partes, ou com apenas uma delas, caso a outra constitua advogado próprio, não se fazendo necessário que a assinatura do advogado conste da escritura pública. (NR)

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