Aditivos em Alimentação Animal

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Aditivos 
 Não tem intenção de colocar nutrientes e sim 
maximizar/potencializar alguma função do 
organismo. 
 São substâncias, microrganismos ou produtos 
formulados, adicionados intencionalmente aos 
produtos, que não é utilizado normalmente 
como ingrediente, tenha ou não valor nutritivo 
e que melhore as características dos produtos 
destinados à alimentação animal, melhore o 
desempenho dos animais sadios ou atenda ás 
necessidades nutricionais. 
 Adicionados intencionalmente. 
 Devem ser empregados na quantidade 
estritamente necessária à obtenção do efeito 
desejado. 
 É obrigatório o cumprimento das condições e 
das restrições que se tenham imposto no 
registro referente à comercialização, 
utilização ou manipulação do aditivo ou dos 
produtos que o contenham. 
 Apenas aditivos autorizados podem ser 
colocados no mercado e utilizados -> 
autorizações são concedidas para utilização em 
alimentação de espécies ou categorias de 
animais específicas e são sujeitas a condições 
de utilização específicas. 
 Uso pode deixar resquícios no produto final. 
 Podem ter uma ou mais função. 
 Amplamente utilizados. 
 Busca constante por alternativas aos 
antibióticos. 
 
Aditivos tecnológicos 
 Conservantes, antioxidantes, emulsionantes, 
estabilizantes, reguladores de acidez. 
 Aditivos de silagem (microrganismos, 
substratos, glicose, retém água, aumentadores 
de MS) -> promovem queda de pH. 
 Adsorventes. 
 Aglomerantes e antiaglomerantes, 
antioxidantes. 
 Umectantes e antiumectantes. 
 Conservantes. 
 Emulsificantes e espessantes. 
 Estabilizantes. 
 Gelificantes. 
 Reguladores de acidez. 
 Utilizados principalmente para cães e gatos. 
ADSORVENTES 
 Substâncias que se ligam a micotoxinas. 
 Não são absorvidas no TGI -> transportam as 
toxinas para que não sejam absorvidas pelo 
TGI -> impedem a ação delas. 
 Podem se ligar a drogas administradas com 
finalidade terapêutica. 
 Contaminação por mais de uma toxina dificulta 
a ação dos adsorventes. 
 São o carvão ativado, aluminosilicatos, 
bentonita e mananoligossacarídios. 
ANTIOXIDANTES 
 Proteção de substâncias com maior chance de 
oxidação ou instaurações na cadeia carbônica 
@cacielli 
 Previnem e retardam a oxidação, mas não 
revertem substâncias oxidadas. 
 Neutralizam os radicais livres de O2. 
 Ação na ração, nas células animais ou no 
produto final. 
 Os principais são as vitaminas lipossolúveis e 
ácidos graxos insaturados. 
TAMPONANTES 
 Neutralizam os ácidos presentes na dieta, 
produzidos na fermentação ruminal ou 
secretado durante a digestão. 
 São utilizadas para diminuir variações do pH 
ruminal -> pH ideal deve ficar entre 6,2 e 6,8 
-> grandes alterações afetam a 
degradabilidade do rúmen. 
 São utilizados o bicarbonato de sódio, óxido de 
magnésio e substrato de algas marinhas. 
 É utilizado na suplementação de animais de alta 
produção, com o objetivo de controlar a queda 
de pH e reduzir os casos de acidose ruminal e 
outras doenças. 
UMECTANTES 
 Evitam a perda da umidade dos alimentos -> 
comporstos com moléculas hidrofílicas. 
 Facilitam dissolução de substâncias secas. 
 São o glicerol, propilenoglicol, carragena. 
 Utilizados nos alimentos semi-úmidos para cães 
e gatos. 
ANTIUMECTANTES 
 Redução da capacidade higroscópica do 
alimento -> inibem que o alimento absorva água. 
 Absorvem umidade sem se tornarem 
fisicamente úmidas. 
 Reduzem tendências da adesão de partículas. 
 São o carbonato de magnésio, silicatos, 
morbato de potássio. 
 O leite em pó e sucedâneos possuem esses 
compostos. 
CONSERVANTES E ANTIFÚNGICOS 
 Inibem ou controlam o crescimento bacteriano 
em produtos destinados a alimentação. -> para 
evitar a perda de nutriente e deterioração. 
 Previnem ou eliminam fungos em matérias 
primas e rações. 
 Evitam micotoxinas, perdas de valor nutritivo, 
oxidação vitamínica e lipídica. 
 Não podem ser substituídos pela peletização. 
 São o formaldeído, diacetato de sódio, ácido 
sórbico, ácidos orgânicos de cadeia curta (ácido 
propiônico, fórmico e acético). 
EMULSICANTES 
 Mantem fases distintas em sistemas coloidais. 
 Responsáveis por manter a homogeneidade e 
estabilização. 
 Auxilia na digestão e absorção de nutrientes. 
ESPESSANTES 
 Aumentam a viscosidade do alimento -> 
textura e consistência. 
GELIFICANTES 
 Espessam e estabilizam os alimentos líquidos. 
 Efeito muito semelhante aos espessantes. 
 Formam géis. 
 Emulsificantes, espessantes e gelificantes: 
oligossacarídeos, celulose, gomas, pectinas, 
caseínas, gelatina, carragena, lectina de soja, 
ésteres de ácidos graxo, mono e digliceridios 
 
@cacielli 
ESTABILIZANTES 
 Substâncias que possibilita a manutenção do 
estado físico e homogeneidade dos alimentos 
 Em aquecimento e refriamento não ocorre 
alteração no alimento. 
 São emulsificantes, gomas, carragena, manitol, 
pirofosdatodissódico. 
 Utilizados em alimentos úmidos. 
REGULADORES DA ACIDEZ 
 Substância que regula a acidez ou alcalinidade 
dos alimentos. 
 Auxilia na regulação do pH urinário. 
 Auxilia na conservação de rações. 
 Regulação do pH das dietas. 
 Podem ser ácidos orgânicos ou minerais, 
bases, agentes de neutralização ou agentes 
tampão. 
 São o bicarbonato de sódio, hidróxido de sódio, 
ácido fórmico. 
Aditivos organoléticos 
 Utilizados para melhorar características 
sensoriais. 
 Aromatizantes, corantes e palatabilizantes. 
 Utilizados principalmente para cães e gatos. 
CORANTES E PIGMENTANTES 
 Reforçar os pigmentos naturais do alimento. 
 Da cor ao produto -> melhorando aspectos 
visuais. 
 Importância econômica -> preferência do 
cliente. 
 Deixam pele de frango e gema do ovo corados. 
 Carotenos: amarelo-alaranjado. 
 Xantofilas: amarelo, marrom avermelhado. 
AROMATIZANTES/FLAVORIZANTES 
 São artificiais ou naturais. 
 Melhoram a aceitação e estimulam o consumo. 
 Provocam secreção das glândulas -> maior 
aproveitamento do alimento pelo organismo. 
 Possuem função aromatizante e palatabilidade. 
 Flavorizantes: alho, anis, bacon, baunilha, 
cebola, fígado, leite, melaço, morango, peixe, 
pastagens, feno, chocolate, carne, caramelo... 
PALATABILIZANTES 
 Modificam o paladar dos produtos destinados à 
alimentação. 
 Melhora aceitação e estimular consumo. 
 Benefícios limitados exceto quando usados 
para mascarar odores e sabores indesejáveis. 
 Melaço é o mais utilizado. 
Coccidiostáticos e histomonostáticos 
 São os únicos antibióticos considerados aditivos 
para a alimentação animal. 
 Tem o intuito medicinal. 
 Utilizados em aves e suínos. 
 São utilizados para melhorar conversão, 
promover crescimento. 
 Não é utilizado com uso terapêuticos 
 Estímulo do crescimento: 10 a 50 g/toneladas 
-> doses muito inferiores ao uso terapêutico. 
 Utilizados para aumentar a produtividade, 
diminuir a mortalidade e prevenir infecções -> 
selecionando microrganismos. 
 Microrganismos desejáveis: são aqueles que 
aumento da digestão de nutrientes, redução da 
produção de toxinas, aumento da síntese de 
vitaminas e redução do recrutamento do 
sistema imune. 
@cacielli 
 Microrganismos indesejáveis: são aqueles que 
realizam competição por nutrientes, produção 
de amônia/aminas biogênicas, irritação e 
espessamento da parede intestinal e maior 
renovação celular intestinal (gasto de 
nutrientes). 
ANTIBIÓTICOS PROMOTORES DE CRESCIMENTO 
 Difícil manutenção de ambiente produtivo livre 
de patógenos-> usa-se esses aditivos para a 
prevenção de quadros clínicos, sub-clínicos e 
queda de desempenho. 
 Melhores índices de crescimento e eficiência 
alimentar. 
 Redução de mortalidade e morbidade. 
 Tem maior efetividade em lugares precários 
de criação. 
 Proibidos: tetraciclinas, penicilinas, 
cloranfenicol, furazolidona, nitrofurazona, 
sulfonamidas sistêmicas, avoparcinas. 
 Permitidos: avilamicina, bacitracina de zinco, 
enramicina, flavomicina, halquinol, lasalocida, 
lincomicina,ractopamina, salinornicina, tiamulina, 
tilasina e virginamicina. 
 Atendimento de mercado internacionais 
adotam as proibições específicas do país. 
IONÓFOROS 
 São antibióticos que deprimem ou inibem o 
crescimento de algumas espécies de 
microrganismos do rúmen. 
 São produzidos por fermentação de diversas 
linhagens de microrganismo (Streptomyces). 
 Tem efeito na alteração na fermentação 
ruminal, com alterações na proporção de 
ácidos graxos voláteis produzidos e na 
concentração de amônia. 
 Promovem aumento na produção de 
propionato e diminuem o metano e níveis de 
ácido lático. 
 No Brasil, é permitido a monoensina e a 
lasalocida para ruminantes. 
 Monoensina sódica e lasalocida é tóxica para 
cavalos e suínos. 
ANTICOCCIDIANOS 
 Previne a coccidiose -> que causa destruição 
das células e tecidos do intestino. 
 Composto químico que alteram o metabolismo 
de coccídeos, 
 São seletores de microrganismos, promotores 
de crescimento. 
 Utilizados, principalmente, para monogástricos. 
Aditivos nutritivos 
 Tem intuito de adicionar nutrientes 
 São as vitaminas, minerais, aminoácidos e 
oligoelementos 
VITAMINAS: 
 Substâncias orgânicas indispensáveis para as 
funções vitais. 
 Produzidas por processos químicos ou por 
fermentação microbiológica. 
 Vitamina E e C como antioxidantes -> também 
são aditivos tecnológicos. 
AMINOÁCIDOS: 
 São essenciais e necessitam sua 
suplementação. 
 Permitem reduzir o excesso de proteínas das 
dietas -> reduzindo a excreção de nitrogênio. 
 
@cacielli 
Aditivos zootécnicos 
 Melhoradores de digestibilidade, estabilizantes 
da flora intestinal. 
 Utilizados principalmente em ruminantes. 
 Promotores de crescimento ou eficiência 
alimentar. 
 São enzimas, probióticos, prebióticos, 
simbióticos, nutracêutico e ácidos orgânicos. 
ENZIMAS: 
 Melhora a eficiência de utilização dos alimentos 
pelos animais. 
 Enzimas endógenas: complementar as enzimas 
já existente no organismo. 
 Enzimas exógenas: enzimas que os animais não 
produzem no organismo. 
 Remoção de fatores antinutricionais 
(decomposição ou inativação de algum 
nutriente). 
 Enzimas fibrolíticas: são compostas de celulose 
e hemicelulose -> extraídas de fungos ou 
bactérias, em ação conjunta com as enzimas 
produzidas pelos microrganismos ruminais, 
potencializam a degradação dos polissacarídeos 
estruturais (fibras). 
PROBIÓTICOS 
 Cepas de microrganismos vivos viáveis -> 
bactérias e leveduras. 
 São alternativas quando se tem restrições no 
uso de promotores de crescimento 
antibióticos. 
 Auxiliam na recomposição da flora microbiana 
TGI -> reduz microrganismos patogênicos ou 
invejáveis. 
 Melhoram o aproveitamento dos alimentos. 
 Bactérias hospedeiro-específicas, com máxima 
eficácia -> Streptococcus, Lactobacillus, 
Bacillus, Saccharomyces. 
 Fornecimento de leveduras para ruminantes 
para maximizar o aproveitamento de fibra. 
 Fornecido em rações, águas de bebida, 
cápsulas gelatinosas, inoculação no ovo 
embrionados e cama (melhora o ambiente de 
produção). 
 Requisitos necessários para um probiótico: 
 Sobreviver as condições naturais do TGI e 
estarem presentes em número 
significativo. 
 Ser resistente a bile. 
 Ser produtor de ácido e ser ácido 
resistente. 
 Ter capacidade de se adaptar ao intestino 
do hospedeiro. 
 Ter capacidade de se estabelecer no 
intestino delgado. 
 Não deteriorar os alimentos que lhe 
servirão de veículo. 
 Não apresentar patogenicidade. 
 Ser cultivável em escala industrial a ser 
estável no produto comercial. 
 Atuam direta ou indiretamente sobre 
bactérias patogênicas TGI: 
 Redução no pH do TGI (produção de ácidos 
orgânicos). 
 Competição por nutrientes. 
 Competição pela adesão a receptores no 
epitélio intestinal -> diminuem o espaço para 
os patogênicos. 
@cacielli 
 Produção de substâncias antimicrobianas -> 
peróxido de hidrogênio, acidofilina e 
lactobacilina. 
 Síntese de enzimas, vitaminas e outros 
nutrientes. 
 Estimulação do sistema imune. 
 Secreção de bacteriocinas. 
 Atividade anti-enterotoxina -> impedem que 
as toxinas produzidas pelos patógenos 
sejam metabolizadas. 
 Atividade na cama. 
 Exclusão de coccídeas. 
PREBIÓTICOS 
 São ingredientes não digestíveis, que servem 
de substratos para bactérias benéficas. 
 Não são hidrolisados ou absorvidos na porção 
inicial TGI. 
 Estimulo seletivo do crescimento e atividade 
das bactérias intestinais. 
 Reduzem a aderência de bactérias patógenas 
às células epiteliais do intestino. 
 Estimulam bifidobactéria no cólon. 
 Os principais compostos prebióticos: 
frutooligossacarídeos, mananoligossacarídeos, 
lactulose, lactitol (dissacarídeo sintético), 
transgalactosídeos -> são açucares não 
convencionais. 
 Auxiliam nas fases iniciais dos animais -> 
fornecem substrato para o desenvolvimento 
de microrganismo da flora. 
SIMBIÓTICOS 
 Combinação de probiótico e prebiótico -> 
microrganismo viável + substrato. 
 Probióticos já adaptados aos prebióticos -> 
fortalece adaptação intestinal. 
 Multiplicação mais rápida ao entrar em solução 
no intestino -> mais rápida colonização. 
 Estimula o sistema imune: 
 Interação com placas de Peyer e maior 
produção IgA na mucosa. 
 Aumenta atividade fagocitária. 
 Resposta mais rápida à presença de 
patógenos. 
NUTRACÊUTICOS 
 Componente de alimentos com efeito benéfico 
na saúde -> menor contribuição direta na 
nutrição. 
 É um nutriente específico presente em um 
alimento, que não é o alimento em si e nem um 
medicamento. 
 É um tipo de suplemento alimentar que contém 
em sua composição compostos bioativos que 
foram extraídos dos alimentos e que possuem 
benefícios para o organismo, podendo ser 
utilizado como forma de complementar o 
tratamento. 
 Realizam a manutenção do bem-estar e 
promoção de saúde. 
 Moduladores da imunidade. 
 Vários aditivos podem ter efeito nutracêuticos: 
antioxidantes, antimicrobianos, ácidos graxos, 
peptídeos, enzimas, ologossacarídeos, 
emulsificantes, flavorizantes e colorantes. 
ÁCIDOS ORGÂNICOS 
 Alternativa ao uso de antibiótico promotor de 
crescimento. 
@cacielli 
 Baixam o pH do TGI -> inibem o 
desenvolvimento das bactérias patogênicas. 
 Produzidos em laboratório -> por meio da 
oxidação da acetil-coa -> Produção de ATP. 
 São produzidos o ácido fórmico, ácido 
propriônico, ácido fumárioco, ácido cítrico, 
ácido láctico. 
 Inibição de fungos em rações -> conservam. 
 
 
@cacielli