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MÓDULO III saúde do homem-126-140 (1)

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Módulo III 
 
126 
 
 
CENTRO EDUCACIONAL VALE DO IPANEMA 
CNPJ: 04769064/0001-02 
Autorizado pela Resolução101/2006-CEE 
e-mail: cursostecnicos.cevi@outlook.com 
Fones: (82) 99938-3746 
 
SAÚDE DO HOMEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Turma 201_____.____/_____ - Técnico em Enfermagem 
Professor_________________________________________ 
 
 
 
 
mailto:cursostecnicos.cevi@outlook.com
Módulo III 
 
127 
 
 
SAÚDE DO HOMEM – CONCEITOS, CONHECIMENTOS E PREVENÇÕES 
Você conhece algum homem que vá ao 
médico por livre e espontânea vontade? Mesmo 
sem sentir nada, apenas para ver se a saúde vai 
bem? Conhece? Sorte sua, porque eles são 
minoria. Isso é o que comprova uma pesquisa 
sobre hábitos de vida dos brasileiros realizada 
pelo Ministério da Saúde em 2007. Foram 
entrevistadas 54 mil pessoas das 26 capitais e 
do Distrito Federal. 
 Como o papel de provedor ainda é bastante forte na cultura atual, o sexo masculino não pode 
se fragilizar e comprometer esse papel familiar. O homem, que culturalmente ao longo do tempo 
sempre foi considerado como o sexo forte, acredita ser mais resistente às doenças. Essas crenças 
dificultam a incorporação de medidas preventivas e a mudança de estilo de vida. 
 
Prevenir é melhor, sempre 
Por mais batida que esteja essa máxima, ainda faz todo sentido quando o assunto é saúde. E no 
caso dos homens também deve ser aplicada, mesmo que a agenda esteja lotada. É preciso fazer sobrar 
tempo para ir ao médico entre um compromisso e outro. 
No Brasil, os problemas cardiovasculares estão entre as principais causas de morte – e entre os 
homens a incidência é maior. Isso se reflete diretamente nos consultórios dos cardiologistas. Lá os 
homens são maioria, ainda que não esmagadora. E assim, as doenças do coração e do sistema 
circulatório podem ser prevenidas. A prevenção pode ser feita com check-up periódico para controle 
dos fatores de riscos cardiovasculares, como sobrepeso, obesidade, diabetes, colesterol, hipertensão 
arterial, entre outros. 
Mas, quando se fala em prevenção, não basta ir ao médico periodicamente. Se não houver 
mudança de hábitos, de nada vai adiantar fazer visitas regulares. Evitar o cigarro e o álcool em 
excesso, alimentar-se de forma saudável, reservar um tempo para o lazer, para o convívio com a 
família e para desenvolver a espiritualidade também fazem parte de uma atitude preventiva. 
Vencer preconceitos 
Os idosos passam a se cuidar mais para previnir doenças crônicas que aparecem como tempo 
Outro problema entre os homens são os preconceitos com determinados exames. Como o que detecta 
câncer de próstata, outra das principais causas de morte. O diagnóstico traz boas chances aos 
pacientes, mas para isso é preciso quebrar o tabu e realizar o exame de toque retal periodicamente. 
―No caso dos homens que apresentam história familiar de câncer de próstata em primeiro grau, a 
prevenção deve começar a partir dos 40 anos‖. 
 
Módulo III 
 
128 
 
 
Assim como os casados, os homens de mais idade passam a se preocupar mais com a saúde. As 
esposas realizam ―forças-tarefas‖ para que haja visitas periódicas ao urologista, ao cardiologista ou ao 
clínico geral. 
 
Principais exames do check-up masculino: 
 Exames de sangue para verificar os níveis de colesterol total e frações, triglicérides, glicemia e 
insulina 
 Avaliação de calcificação em coronária 
 Função hepática 
 Ácido úrico 
 Câncer de próstata: dosagem da enzima PSA 
 Câncer de cólon: colonoscopia 
 Função pulmonar, indicada aos fumantes 
 Raio X de tórax para avaliar os órgãos sólidos 
 
Problemas mais comuns no homem 
 Algumas doenças são características da condição masculina ou possuem uma incidência maior 
em homens. Portanto, enumeramos os principais problemas que podem colocar em risco a saúde do 
homem. Andropausa A Andropausa não é uma doença, mas sim uma fase onde surgem alterações na 
vida do homem, na faixa etária dos 50 aos 70 anos de idade. Deve-se ao fato de uma redução na 
produção dos hormônios masculinos, provocando alterações sexuais e físicas, como diminuição do 
desejo sexual e flacidez muscular. Para atravessar melhor esta fase, o homem deve ter uma boa 
alimentação, praticar esportes, ter um repouso adequado e, em alguns casos, um apoio psicoterápico. 
 
Balanopostite (inflamação da glande e prepúcio) 
Balanopostite é uma inflamação 
conjunta da glande e prepúcio, desencadeada 
por diversos fatores. Os mais comuns são 
consequências de fenômenos irritativos como 
hábitos higiênicos inadequados dos genitais, 
principalmente quando o paciente for portador 
de fimose, e excesso do prepúcio (a pele que 
envolve a glande). 
Portanto, para prevenção desta inflamação, é recomendável uma higiene adequada do pênis e 
uso do preservativo. 
Ejaculação Precoce 
 
 
Módulo III 
 
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A ejaculação precoce é caracterizada pela incapacidade do homem em manter ereção por 
tempo sufi ciente para satisfazer-se a si e à companheira. Pode ser primária ou secundária. Também 
pode ser por período longo ou temporária. Esse problema afeta, principalmente, homens na 
adolescência e na melhor idade. No adolescente, ela é influenciada pela inexperiência, grande 
ansiedade e hiper excitação. Já no homem acima dos 60 anos, a ejaculação precoce vem associada, 
muitas vezes, à disfunção erétil. 
 
O tratamento baseia-se em medicamentos anti-depressivos, ou psicoterapia, exercícios de 
controle e relaxamento. Fimose É uma anomalia comum, que impede em maior ou menor grau, a 
exteriorização da glande (extremidade do pênis), impossibilitando a higiene adequada e, em alguns 
casos, dificultando o ato sexual. Quando necessário, o tratamento é cirúrgico e simples. 
 
Ginecomastia 
Consiste no desenvolvimento excessivo das mamas nos homens. A ginecomastia pode ter 
outras causas, além das hormonais e glandulares. Pode ser decorrente do consumo excessivo de álcool, 
drogas ou certos tipos de medicamentos, como os corticoides. É também um problema comum entre 
os idosos, devido à diminuição da produção dos hormônios masculinos. Depois de analisadas as 
causas primárias desta alteração, o médico avalia a necessidade ou não de cirurgia. Em geral, é a 
opção mais indicada devido aos problemas psicológicos e sociais que a ginecomastia costuma 
acarretar para o homem. 
 
 
Módulo III 
 
130 
 
 
Hipertrofia Benigna da Próstata (HBP) 
 É bastante comum em homens acima dos 50 anos, sendo que sua incidência aumenta 
progressivamente com a idade. Representa o crescimento nodular da próstata, causando obstrução 
mecânica ao fluxo da urina, o que leva à dificuldade para urinar. A urina estagnada na bexiga favorece 
o surgimento de infecção urinária e formação de cálculos. 
 
O tratamento da HPB pode ser clínico ou cirúrgico, dependendo da avaliação médica. 
Disfunção Erétil É a presença do desejo sexual sem a correspondente ereção do pênis. Suas causas são 
diversas e, em alguns casos, o tratamento é simples. A origem da impotência pode ser hormonal, 
neurológica ou vascular, mas na maioria dos casos é de ordem psicológica. O alcoolismo, o fumo e o 
uso de drogas também podem influir neste problema. Ao contrário do que alguns pensam, a 
infertilidade não tem nada a ver com a impotência. 
 
Orquiepididimite 
É a inflamação do testículo e do epidídimo (conduto 
ligado ao testículo). Pode ser causado por vários agentes 
infecciosos ou por traumatismo. Também pode ocorrer como 
uma complicação da caxumba, pois o vírus causador, além de 
instalar-se nas glândulas salivares, pode alojar-se nos testículos. 
É um problema que deve ter acompanhamento médico. 
 
Varicocele 
É o processo de dilatação das veias do testículo, semelhante àquele que ocorre nas pernas 
(varizes). A varicocele pode ocorrer em qualquer um dos testículos, ou mesmo em ambos. A 
varicocele, em geral, é indolor, mas dependendodo seu volume, pode causar dor, além de 
infertilidade. O tratamento da varicocele é cirúrgico. 
 
Módulo III 
 
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Varicocele 
Varicocele é a dilatação anormal das veias do plexo pampiniforme testicular. Existe uma 
associação direta entre varicocele e infertilidade masculina, muito embora 2/3 dos portadores de 
varicocele sejam férteis. A varicocele é a causa tratável mais comum de infertilidade masculina. 
 A incidência de varicocele na população masculina é de aproximadamente 25% nos homens 
que apresentam qualquer alteração seminal e 11% nos homens com análise seminal normal. Na 
população de homens com infertilidade primária é de 35 a 40%, enquanto nos homens com 
infertilidade secundária este número sobe para 70 a 80%, evidenciando o caráter progressivo da lesão. 
Em adolescentes, este valor é semelhante ao dos adultos, sendo o pico de seu aparecimento entre os 14 
e 15 anos de idade. 
O conhecimento clássico sobre varicocele afirma que sua incidência no lado esquerdo ocorre 
em 80 a 95%, bilateralmente entre 25 a 45%, e raramente apenas no lado direito. Porém, estes dados 
devem ser reavaliados e até mesmo questionados quando se trata da população com infertilidade. 
Existem diferenças nos métodos de avaliação utilizados por diferentes examinadores (ex.: exame 
físico, método de classificação da varicocele), bem como diferenças nas condições utilizadas nestes 
estudos, como temperatura ambiente e população estudada. 
 
Utilizando-se métodos radiológicos de maior sensibilidade, alguns estudos consideram a 
varicocele como uma doença bilateral sugerindo que o exame físico é pouco sensível e sujeito a 
variações de acordo com os examinadores. Evidenciam também que a presença de refluxo 
contralateral pode ser identificada em aproximadamente 80% dos casos. 
 
Câncer de próstata 
O câncer de próstata ocorre principalmente em homens mais velhos. Cerca de 6 em cada 10 
casos são diagnosticados em homens com mais de 65 anos, sendo raro antes dos 40 anos. A média de 
idade no momento do diagnóstico é de cerca de 66 anos. Desta forma, recomenda-se que a prevenção 
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132 
 
 
passe a ser feita a partir dos 45 anos se existe risco elevado para o surgimento do câncer, ou seja, casos 
de câncer de próstata na família. Se não existem, o homem deve visitar o urologista anualmente a 
partir dos 50 anos e realizar o exame de toque e de PSA, principais meios para detectar a doença 
precocemente, quando as chances de cura são maiores e os tratamentos, menos invasivos. Converse 
sempre com seu urologista sobre o tema, tirando dúvidas e quebrando preconceitos. As taxas de PSA 
total devem ser inferiores a 2,5ng/dl. Valores superiores devem ser analisados pelo médico. 
 
O exame físico (de toque) é realizado pelo médico e dura apenas 10 segundos! Tem como 
objetivo analisar a consistência da próstata, o tamanho e se existem lesões palpáveis através do reto na 
glândula. Esse exame ainda gera muita polêmica e, talvez por isso, a conscientização sobre a 
gravidade da doença seja tão necessária. É preciso acabar com o preconceito que ainda existe em 
muitos homens. 
 
O exame de toque, junto com o PSA, deve ser feito anualmente, como rotina. É fundamental 
que todo homem entenda que a saúde deve ser colocada em primeiro lugar, acima de qualquer 
construção cultural que possa levar ao preconceito. 
 
Módulo III 
 
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Novembro Azul 
 Novembro Azul (Movember) é uma campanha de conscientização realizada por diversas 
entidades no mês de novembro dirigida a sociedade e aos homens sobre a importância da prevenção e 
do diagnóstico precoce do câncer de próstata e outras doenças masculinas. 
Em vários países, o Movember é mais do que uma simples campanha de conscientização. Há reuniões 
entre os homens com o cultivo de bigodes (ao estilo Mario Bros), símbolo da campanha, onde são 
debatidos, além do câncer de próstata, outras doenças como o câncer nos bagos, depressão masculina, 
cultivo da saúde do homem, entre outros. 
 
O movimento surgiu na Austrália, em 2003, aproveitando as comemorações do Dia Mundial 
de Combate ao Câncer de Próstata, realizado a 17 de novembro. 
No Brasil, o Novembro Azul foi criado pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, com o objetivo 
de quebrar o preconceito masculino de ir ao médico e, quando necessário, fazer o exame de toque. 
Desde o início a campanha nacional de combate ao câncer de próstata vem superando todas as 
expectativas. Em 2014, o Instituto realizou foram 2.200 ações em todo o Brasil, com a iluminação de 
pontos turísticos (como Cristo Redentor, Congresso Nacional, Teatro Amazonas, Monumento às 
Bandeiras), adesão de celebridades (Zico, Emerson Fittipaldi, Rubens Barrichello), ativações 
emestádios de futebol, corridas de rua e autódromos, além de palestras informativas, intervenções em 
eventos populares e pedágios nas estradas. Até na Times Square a campanha chegou. Toda essa 
iniciativa fez com que, hoje, a campanha já faça parte do calendário nacional de campanhas de 
prevenção no Brasil. 
Na verdade, novembro azul é mais tradicionalmente dedicado ao diabetes mellitus. Em 14 de 
Novembro, data do nascimento do Dr. Banting, descobridor da insulina, comemora-se o dia mundial 
do diabetes (a data foi instituída pela Federação Internacional de Diabetes -IDF e pela Organização 
Mundial da Saúde (OMS) desde 1991, e conta com o reconhecimento e apoio da Organização das 
Nações Unidas (ONU), que em dezembro de 2006 assinou uma Resolução reconhecendo o diabetes 
Módulo III 
 
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como uma doença crônica e de alto custo mundial), e no mundo inteiro, ações são desenvolvidas para 
que o diabetes seja mais divulgado, seus modos de prevenção, diagnostico precoce e manejos. Em 
muitos locais do mundo, instituições são iluminadas de azul, caminhadas são propostas, ações em ruas 
movimentadas, etc. 
Há também o agosto azul, mês dedicado à prevenção das causas gerais de mortes masculinas, 
incluindo a violência urbana com mortes por armas de fogo e armas brancas, mortes no trânsito, 
câncer de próstata, etc, mas sem menção ao diabetes. Portanto, classicamente, novembro azul é o 
movimento mundial para o diabetes. A IDF- Federação Internacional de Diabetes estima que haverá 
410 milhões de diabéticos em 2025, hoje há mais de 230 milhões de diabéticos, uma doença que traz 
inúmeras complicações, mortes cardiovasculares, incapacitações e amputações, cegueira, etc. 
 
Alcoolismo 
É a dependência do indivíduo ao álcool, considerada doença pela Organização Mundial da 
Saúde. O uso constante, descontrolado e progressivo de bebidas alcoólicas pode comprometer 
seriamente o bom funcionamento do organismo, levando a consequências irreversíveis. A pessoa 
dependente do álcool, além de prejudicar a sua própria vida, acaba afetando a sua família, amigos e 
colegas de trabalho. 
 
O abuso de álcool é diferente do alcoolismo porque não inclui uma vontade incontrolável de 
beber, perda do controle ou dependência física. E ainda o abuso de álcool tem menos chances de 
incluir tolerância do que o alcoolismo (a necessidade de aumentar as quantias de álcool para ficar 
"alto"). 
 
Complicações possíveis 
O álcool encontrado nas bebidas é o etanol, uma substância resultante da fermentação de 
elementos naturais. O álcool da aguardente vem da fermentação da cana-de-açúcar, e o da cerveja, da 
fermentação da cevada, por exemplo. Quando ingerido, o etanol é digerido no estômago e absorvido 
no intestino. Pela corrente sanguínea suas moléculas são levadas ao cérebro. 
Módulo III 
 
135 
 
 
Principais complicações 
 Gastrite, quando ocorre no estômago 
 Hepatite alcoólica, no fígado 
 Pancreatite, no pâncreas 
 Neurite, nos nervos. 
A longo prazo, o álcool prejudica todos os órgãos, em especial o fígado, que é responsável pela 
destruição das substâncias tóxicas ingeridas ou produzidas pelo corpo durante a digestão. Dessa forma, 
havendo uma grandedosagem de álcool no sangue, o fígado sofre uma sobrecarga para metabolizá-lo. 
O alcoolismo, também conhecido como "síndrome da dependência do álcool", é uma doença 
caracterizada pelos seguintes elementos: 
a. Compulsão: uma necessidade forte ou desejo incontrolável de beber 
b. Perda de controle: a inabilidade frequente de parar de beber uma vez que a pessoa já começou 
c. Dependência física: a ocorrência de sintomas de abstinência, como náusea, suor, tremores 
e ansiedade, quando se para de beber após um período bebendo muito. Tais sintomas são aliviados 
bebendo álcool ou tomando outra droga sedativa 
d. Tolerância: a necessidade de aumentar as quantias de álcool para sentir-se "alto". 
 
 
 
 
O alcoolismo tem pouco a ver com o tipo de álcool bebido por uma pessoa, há quanto tempo a 
pessoa bebe, ou até mesmo exatamente quanto álcool bebe. Porém, tem muito a ver com a necessidade 
incontrolável por álcool. Esta descrição do alcoolismo nos ajuda a entender o porquê de a maioria dos 
dependentes de álcool não conseguir se valer só de "força de vontade" para parar de beber. Estas 
pessoas estão sob a forte compulsão do álcool, uma necessidade que se mostra tão forte quanto a sede 
ou a fome. 
 
Diabetes
1
 e o homem 
Quando pensamos em diabetes, a primeira coisa que vem à mente é o aumento da quantidade 
de açúcar no sangue. E é justamente por causa desse aumento de açúcar no sangue que o diabetes é 
uma doença que nos preocupa tanto. Olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos são afetados pela 
grande quantidade de açúcar, o que leva ao mal funcionamento de vários órgãos... Causando 
problemas como infartos, derrames e insuficiência renal. 
Uma doença que pode ser consequência do diabetes mal controlado é a impotência sexual. 
Para que se tenha ereção, é importante que os vasos sanguíneos e os nervos de sensibilidade da região 
genital estejam saudáveis. A grande questão aqui é que no diabetes ocorre um prejuízo no 
 
1
 O conteúdo referente ao diabetes está no módulo II, em saúde pública. 
Nem todos estes problemas precisam 
estar juntos 
 
Módulo III 
 
136 
 
 
funcionamento dos vasos sanguíneos e nervos. Desde o entupimento dos vasos, chamado de 
aterosclerose - pelo acúmulo de gordura dentro das suas paredes - até a insensibilidade dos nervos que 
estimulam a ereção, existe todo um conjunto de fatores que contribui para a impotência. 
O primeiro passo para o paciente diabético que esteja sofrendo com a impotência é o controle 
dos níveis de açúcar no sangue de forma rápida e efetiva. Usar os medicamentos corretos e controlar a 
medicação e alimentação, praticar exercícios e ter acompanhamento médico: estes são os principais 
pontos do tratamento. 
 
Em alguns casos, será necessário o uso de medicamentos para ajudar os vasos sanguíneos da 
região peniana a funcionarem melhor. Neste caso, a consulta ao endocrinologista e urologista vai 
ajudar a saber o melhor tratamento. O mais importante é procurar tratamento e controlar seu diabetes! 
. 
Impotência sexual 
Leonardo da Vinci, célebre mestre do Renascimento, 
baseado no fato de que acontecem ereções noturnas 
involuntárias, concluiu que o cérebro não controlava a 
função do pênis que, para ele, tinha mente própria. Ao 
dissecar cadáveres de pessoas enforcadas, da Vinci observou 
que o pênis endurecia quando se enchia de sangue e 
descreveu o mecanismo da ereção. 
 
No que se refere à sua autonomia, no entanto, ele estava enganado. O cérebro tem integração 
fundamental com o mecanismo da ereção. O pênis é enervado por dois grupos de fibras nervosas. Uma 
carrega sinais inibitórios que impedem a ereção; a outra, sinais excitantes que a facilitam. Esses dois 
sinais integram-se na medula, localizada no centro da coluna vertebral. Para ser mais preciso, na parte 
inferior da coluna. Por isso, o pênis pode enrijecer sem a participação direta do cérebro, praticamente 
por reflexo nessa região da coluna. Entretanto, por comunicação estabelecida através de nervos, esses 
sinais entram em contato com a região mais central e profunda do cérebro especialmente ligada às 
emoções e à memória a qual, por sua vez, articula-se com o chamado cérebro pensante, isto é, com o 
 
Módulo III 
 
137 
 
 
lobo frontal localizado na frente e na camada mais superficial do cérebro, onde se processam o 
arrazoamento e as tomadas de decisão. 
 
Esses mecanismos cerebrais totalmente integrados permitem que o cérebro, através de 
circuitos de neurônios, provoque sinais inibitórios e excitativos a fim de que o sangue conduzido pelas 
artérias penetre nos corpos cavernosos e, retido dentro deles por compressão, promova a ereção. 
Quando o sangue reflui, isto é, quando volta para a circulação geral, o pênis fica flácido e a ereção 
desaparece. Desarranjos nesse mecanismo podem ser a causa das disfunções eréteis. 
Até 10 ou 20 anos atrás, pouco se conhecia a respeito da fisiologia sexual masculina e da fisiologia da 
ereção. Nos últimos anos, porém, extensa variedade de estudos provocou uma revolução nessa área, 
possibilitando melhor entendimento da fisiologia peniana e, consequentemente, a descoberta de novos 
métodos cirúrgicos e farmacológicos para o tratamento da impotência. 
 
Disfunção erétil 
Para o indivíduo ser considerado impotente, precisa manifestar disfunção erétil permanente. 
Uma falha ocasional de ereção, que pode acontecer com todos os homens, não enquadra ninguém 
nessa categoria. Por outro lado, quando se fala em impotência sexual, muitas vezes estamos nos 
referindo a outras manifestações da sexualidade masculina que nada têm a ver com a ereção, como a 
falta de desejo ou de orgasmo e a ejaculação precoce ou retardada. Por isso, o termo impotência 
sexual, na literatura, foi substituído por disfunção erétil quando significa a incapacidade de conseguir 
ereção satisfatória para o ato sexual. 
Estima-se que, em âmbito mundial, uma população em torno de 155 milhões de homens 
apresentem disfunção erétil. Considerando-se a população adulta acima de 18 anos, estima-se, ainda, 
que 52% dos homens apresentarão algum grau de disfunção erétil: 10% representam os casos graves; 
25%, os de disfunção moderada e 17%, os de disfunção mínima. 
Mesmo assim, o termo disfunção erétil continua impreciso e contraditório. Deveria ser 
disfunção sexual. Quando se pergunta a um indivíduo sobre sua sexualidade, pergunta-se sobre ereção 
satisfatória ou não e sobre a qualidade da relação sexual. Para analisar o problema, mistura-se um 
pouco da epidemiologia com a avaliação emocional emitida pelo paciente. 
Módulo III 
 
138 
 
 
 
 
Causas as disfunção erétil 
Há quatro causas principais. A mais importante é a emocional e atinge 70% dos homens. Os 
30% restantes apresentam uma disfunção orgânica que pode ser vascular de origem arterial, hormonal 
e, em pequeno número, resultado de alterações na anatomia do pênis, como ocorre na doença de 
 E o cigarro, que influência tem? O cigarro causa impotência sexual, porque isso está 
estampado nos maços que os fumantes compram. Vou citar um trabalho bem simples que fizemos aqui 
em São Paulo mesmo. Foram estudados doze indivíduos com histórico de disfunção erétil, todos 
fumantes. Para investigar a extensão de cada caso, aplicamos o teste de ereção farmacológica, isto é, 
injetamos uma droga no pênis e observamos o resultado. Todos responderam positivamente, obtendo 
um ângulo de ereção maior do que 105 graus em média. Uma semana depois, eles retornaram, mas 
antes de repetir o exame fumaram dois cigarros. Em 80% deles, o ângulo de ereção caiu para 60 graus 
o que não deixa dúvidas sobre a ação deletéria do cigarro no mecanismo da ereção. 
 A disfunção erétil não envolve apenas o pênis. Quando se estuda esse órgão, deve-se pensar 
sempre nele e na pessoa que o comanda, na vagina que está a sua frente e na pessoa que comanda essa 
vagina. Arelação entre pênis e ereção subentende um envolvimento entre pessoas. Daí, a grande 
dificuldade para determinar o diagnóstico. Sexualidade não é doença, é disfunção. Se o indivíduo 
quebra uma perna, o ortopedista avalia a fratura e trata daquela perna independentemente do que o 
paciente esteja pensando ou sentindo. Na sexualidade, ao contrário, o enfoque tem de ser emocional, 
porque o pênis faz parte do relacionamento íntimo entre duas pessoas. É de extrema importância 
estabelecer se ele funciona mal e compromete a relação, ou se funciona mal porque a relação já está 
comprometida. Como já disse, em 70% dos casos de disfunção erétil, a emoção está envolvida na 
causa. É impossível, por exemplo, manter a ereção se o casal for surpreendido por ladrões, pois o 
medo libera substâncias (adrenalina) que bloqueiam o estímulo sexual. Se o indivíduo atravessa um 
mau momento na vida, não se pode exigir que tenha bom desempenho eretivo. 
 
Resistência masculina 
Módulo III 
 
139 
 
 
Os homens com dificuldade de ereção hesitam em procurar ajuda. A resistência parte do próprio 
indivíduo. É muito fácil procurar o médico para queixar-se de falta de ar, tosse ou dores no estômago. 
Admitir, porém, sua impossibilidade de manter relações sexuais é algo custoso e deprimente. 
Grosso modo, o envelhecimento não traz consigo a perda da ereção nem da sexualidade. 
Entretanto, elas variam de acordo com a postura de cada indivíduo perante a vida. Um homem de 90 
anos pode ter atividade sexual satisfatória com ereção, se estiver saudável, otimista e bem disposto. 
Essa capacidade, porém, estará ausente naqueles que, apesar de mais novos, estejam deprimidos ou 
doentes. 
 
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) 
A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do 
Homem (PNAISH) – instituída pela Portaria nº 1.944/GM, 
do Ministério da Saúde, de 27 de agosto de 2009, tem como 
objetivo geral ―promover a melhoria das condições de saúde 
da população masculina do Brasil, contribuindo, de modo 
efetivo, para a redução da morbidade e mortalidade através 
do enfrentamento racional dos fatores de risco e mediante a 
facilitação ao acesso, às ações e aos serviços de assistência 
integral à saúde‖ (BRASIL, 2009a). 
A etapa inicial da implantação dessa Política foi consolidada com a publicação do Plano de 
Ação Nacional (PAN), (BRASIL, 2009b), da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) por meio da Área 
Técnica da Saúde do Homem (ATSH) do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas 
(DAPES) do Ministério da Saúde (MS). ―O processo de construção do Plano foi realizado de forma 
participativa através de reuniões com representantes de sociedades médicas e da sociedade civil, 
gestores estaduais e municipais, profissionais de saúde, além das Secretarias do Ministério da Saúde‖ 
(BRASIL, 2009b). A implantação dessa política, dentre outros aspectos, envolve a mudança de 
paradigmas para que se promovam, junto a segmentos masculinos, os cuidados com a sua saúde e com 
a saúde de suas famílias. Isso demanda inúmeras ações que vão desde a organização dos serviços de 
saúde, passando pela capacitação de profissionais e chegando a ações educativas junto a segmentos 
masculinos. Essas ações, por sua vez, para que possam ser exitosas, necessitam de mecanismos que 
lhes deem sustentação. 
PNAISH por meio da identificação, junto às Equipes da Saúde da Família (ESF), da existência 
de: 
a) cadastro atualizado da população masculina do território; 
b) busca ativa de homens pela equipe de saúde para a realização de ao menos uma consulta/ano; 
c) oferta de atendimento em horários alternativos adequados para a população masculina; 
 
Módulo III 
 
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d) ações de orientação e sensibilização da população masculina quanto às medidas disponíveis para 
detecção precoce do câncer de próstata em pacientes sintomáticos e disfunção erétil, entre outros 
agravos do aparelho geniturinário; 
e) incorporação dos homens nas ações e atividades educativas voltadas para o planejamento familiar; 
f) ampliação da participação paterna no pré-natal, parto, puerpério e no crescimento e 
desenvolvimento da criança; g) oferta de exames previstos para homens que participam do pré-natal 
masculino; 
h) ações de identificação, acolhimento e encaminhamento de situações de violência envolvendo 
homens; e, 
i) ações educativas para a prevenção de violências e acidentes, e uso de álcool e outras drogas voltadas 
para a população masculina. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Novembro_Azul 
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/conscientizacao/4404/149/ 
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/maio/21/CNSH-DOC-Fortalecimento-da-
PNAISH.pdf

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