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Patologias do Sistema Genital Masculino - Tumores penianos, tumores testiculares - Patologia

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Patologias do Sistema Urogenital 
Profª Cristiane Tefé 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
 
• Pênis 
Tumores 
Condiloma cuminado: relacionado a infecção por HPV (6 e 11). Formação de 
verrugas na superfície mucosa. 
 
 
1) Projeções papilares das células que estão infectadas por HPV. 2) Inclusões, atipias coilócitóticas. 
 
 
Carcinoma de células escamosas in situ (Doença de Bowen): 
Ocorre em homens incircuncisos mais velhos. HPV 16. 
Macroscopicamente: placa solitária no corpo do pênis. 
Histologia: células morfologicamente malignas em toda a epiderme, sem qualquer invasão do estroma subjacente. 
Displasia, mitoses - membrana basal intacta. 
Dá origem ao carcinoma escamoso infiltrante em aproximadamente 10% dos pacientes. 
 Carcinoma em situ. 
Displasia em epitélio, sem invasão da membrana basal. 
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Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
 
Células pleomórficas, desorientadas, desorganizadas: ninho de 
células. 
 
Observas mitoseses. Pleomorfismos, mitoses, desorientações – displasia. 
 
 
 
Carcicnoma de células escamosas invasivo: 
Associado ao HPV 16 e 18. 
Lesão papular, crostosa e acinzentada, mais comumente na glande ou no prepúcio. Em muitos casos, a infiltração do 
tecido estromal subjacente produz lesão ulcerada e endurecida com margens irregulares. 
Possui crescimento lento e é indolor. 
Histologicamente: típico carcinoma de células escamosas queratinizante. 
O prognóstico está relacionado com o estágio do tumor: lesões localizadas, a taxa de sobrevivência em cinco anos é 
de 66%, ao passo que as metástases para os linfonodos inguinais arrastam essa taxa para 27%. 
 
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Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
 
 
Invasão da membrana basal, presença de extenso infiltrado inflamatório linfocítico. Presença de céls com diceratose, 
pérolos de queratina, mitoses, angiogênese, quielócitos (ou coilócitos, não sei como escreve kkkk).. 
Rosa: queratina. Tumor bem diferenciado. 
 
Presença de linfócitos, disceratose, coilócitos, pleomorfismos. 
 
• Testículo e epidídimo 
Inflamações 
Epididimite: gonorreia; tuberculose. 
Orquite: sífilis. 
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Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
 
Epididimite – intenso processo inflamatório. 
 
Abscesso – necrose liquefativa em testículo. 
 
Normal. Formação de abscesso – grande infiltrado neutrofílico. 
Tuberculose (na macro é difícil de diferenciar a necrose caseosa da liquefativa). 
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Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
 
 
Inflamação granulomatosa com necrose caseosa. 
Ao centro área de 
necrose caseosa, ao redor colar de macrófagos e linfócitos – granuloma. 
Torção 
A torção do cordão espermático resulta, tipicamente, na obstrução da drenagem 
venosa testicular enquanto deixa abertas as artérias de paredes mais resistentes e 
espessas, e, a menos que a torção seja aliviada, ocorrerá ingurgitamento vascular 
intenso e infarto venoso hemorrágico. 
Torção do cordão espermático interrompe a drenagem sanguínea: INFARTO 
HEMORRÁGICO. 
 
 
Hemorragia extensa leva a difícil visualização – necrose coagulativa. 
 
 
 
 
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Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
 
 
 
Tumores testiculares 
As neoplasias testiculares acometem aproximadamente seis em cada 100.000 homens. Elas são os tumores mais 
comuns nos homens entre 15-34 anos de idade. 
Em homens pós-púberes, 95% dos tumores testiculares surgem das células germinativas e todos são malignos. 
As neoplasias derivadas das células de Sertoli ou de Leydig (tumores estromais do cordão sexual) são incomuns e 
geralmente benignas. 
→Tumores de células germinativas 
10% das mortes por câncer em homens. 
Marcadores tumores: AFP: alfafetoproteina. HCG: gonadotrofina coriônica. 
Patogenia: 
Fatores predisponentes: 
Criptorquidia (associada a um risco 3-5 vezes maior de se desenvolver câncer no testículo não descido, assim como 
ao risco aumentado de câncer no testículo contralateral normal). As síndromes relacionadas ao intersexo, incluindo 
a síndrome da insensibilidade ao androgênio e a disgenesia gonadal, também estão associadas a uma frequência 
crescente do câncer testicular. 
Histórico familiar: irmãos de pacientes com tumores das células germinativas têm risco 8-10x maior. 
Alterações cromossômicas: cromossomo 12 
Os tumores das células germinativas testiculares são subclassificados em seminomas e tumores não seminomatosos. 
Tumores seminomatosos: seminoma 
Tumores não seminomatosos: carcinoma embrionário; coriocarcinoma; teratoma. 
 
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→Seminoma: 
 Típico: população uniforme de células: células poliédricas – citoplasma contém glicogênio. Anaplásico. 
Morfologia: 
Os seminomas são tumores macios, bem delimitados e branco-acinzentados que formam uma protuberância. Os 
tumores grandes podem conter focos de necrose de coagulação, geralmente sem hemorragia. 
Microscopicamente: células grandes, uniformes e com limites bem definidos, com citoplasma claro e rico em 
glicogênio, e núcleos arredondados com nucléolos evidentes. As células geralmente estão dispostas em pequenos 
lóbulos com septos fibrosos interpostos. Podem haver formação de granulomas. 
Em cerca de 15% dos casos, os sinciciotrofoblastos estão presentes e são a fonte das concentrações minimamente 
elevadas de GCh sérica encontradas em alguns homens com seminoma puro. 
 
 
Parte esquerda: testículo normal(seta debaixo). Célula da direita: seminoma. Ampliação (amarelo): infiltrados de 
linfócitos T. Pode haver formação de granuloma. 
 
Formação de pseudolóbulos. Seminoma típico: presença de linfócitos, células mais claras (glicogênio), 
núcleos pálidos, presença de angiogênese. 
 
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Seminoma anaplásico: 
 
 
 
→Carcinoma embrionário: 
São mais agressivos que seminomas. Padrão glandular. 
Morfologia: 
Os carcinomas embrionários são massas invasivas e maldefinidas que contêm focos de hemorragia e necrose. 
Morfologicamente: células tumorais grandes e de aparência primitiva, com citoplasma basofílico, bordas 
indistintas e núcleos grandes com nucléolos proeminentes. As células neoplásicas podem estar dispostas em ninhos 
sólidos e indiferenciados ou conter estruturas glandulares 
primitivas e papilas irregulares. Na maioria dos casos, 
células características de outros tumores celulares 
germinativos (como tumor do saco vitelino, teratoma, 
coriocarcinoma) estão misturadas com as áreas 
embrionárias. 
Carcinomas embrionários puros: 2-3% de todos os 
tumores das células germinativas testiculares. 
 
 Padrão glandular. Bem diferenciado. Mitoses atípicas, pleomorfismo, céls. não 
diferenciadas. 
 
 
 
 
 
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Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
 
 
 Ninhos de células indiferenciadas e as estruturas primitivas 
semelhantes a glândulas, núcleos são grandes e hipercromáticos. 
 
→Coriocarcinoma: 
Altamente maligno. Hemorragias. 
Os coriocarcinomas são tumores nos quais as células germinativas neoplásicas pluripotenciais se diferenciam ao 
longo do revestimento trofoblástico. 
Microscopia: os coriocarcinomas são compostos por ninhos de células cúbicas pequenas misturadas com grandes 
células sinciciais eosinofílicas (ou cobertas por elas), que contêm múltiplos núcleos escuros e pleomórficos, 
representando, respectivamente, as diferenciações citotrofoblástica e sinciciotrofoblástica. A GCh nos 
sinciciotrofoblasto pode ser identificada pela coloração imuno-histoquímicae se apresenta elevada no sangue. 
 
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Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
 
 
Células citrofoblásticas com núcleos centrais (cabeça de seta, canto superior direito) quanto as células 
sinciciotrofoblásticas com múltiplos núcleos escuros encerrados em citoplasma eosinofílico (setas, centro) estão 
presentes. Hemorragia e necrose são proeminentes. 
→Teratoma 
Vários componentes celulares. Comum em crianças e lactentes. Tumores mistos: 45% (seminoma + teratoma); puros 
são raros: 2-3% dos tumores das células germinativas. 
Os teratomas são tumores em que as células germinativas neoplásicas se diferenciam ao longo das linhas de células 
somáticas. Esses tumores formam massas firmes que frequentemente contêm cistos e áreas reconhecíveis de 
cartilagem na superfície do corte. 
Os teratomas são compostos por uma coleção complexa e heterogênea de células diferenciadas ou de estruturas 
organoides, como tecido neural, feixes musculares, ilhas de cartilagem, conglomerados de epitélio escamoso, 
estruturas reminiscentes da glândula tireoide, epitélio brônquico e trechos de parede intestinal ou da substância 
cerebral, tudo integrado em um estroma fibroso ou mixoide. Os elementos podem ser maduros (à semelhança de 
vários tecidos de um adulto) ou imaturos (que compartilham traços histológicos com os tecidos fetais ou 
embrionários). 
Em homens pré-púberes, os teratomas são tipicamente benignos, ao passo que, nos pós-púberes, são malignos e 
capazes de gerar metástases, independentemente do tipo de 
elementos (se maduros ou imaturos) de que são compostos. 
Raramente, os tumores de células não germinativas podem surgir 
em um teratoma—fenômeno referido como “teratoma com 
transformação maligna”. Essas neoplasias podem assumir a 
forma de um foco de carcinoma de células escamosas, de um 
adenocarcinoma secretor de mucina ou de um sarcoma. A 
importância das malignidades das células não germinativas em 
um teratoma é que, quando o componente celular não 
germinativo se espalha para fora do testículo, ele não responde à 
quimioterapia; assim, a única esperança de cura reside na 
possibilidade de resseção das metástases. 
 
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 Glândulas, cartilagem, músculo liso. 
 
Cartilagem e musculatura no entorno. Pérolas córneas. 
 
 
 
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Tumores mistos 
• 60% tem mais de 1 padrão 
• Teratoma + CA embrionário + cels sinciciotrofoblásticas 
• Seminoma + CA embrionário 
• Teratoma + CA embrionário (teratocarcinoma) 
Disseminação: 
✓ Linfática 
✓ Hematogênica: Pulmões; Fígado, cérebro, ossos. 
Seminomatosos – Localizados no testículo 
• 70%: EC I 
• Metástase para linfonodo 
Não seminomatosos – Doença avançada 
• 60%: EC II ou III 
• Metástase hematogênica 
 
Estágio I: confinado ao testículo, epidídimo 
Estágio II: linfonodos abaixo do diafragma 
Estágio III:linfonodos acima do diafragma

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