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Aula 9B - Contratransferencia

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Contratransferência
Aula 9 B – Teoria Psicananlítica
Contratransferência
Todo terapeuta tem direito de sentir difíceis sentimentos contratransferenciais, como medo, dúvidas, raiva, excitação, confusão, tédio, etc., pois, antes de ser médico, psicólogo, psicanalista, ele é um ser humano. Isso é possível desde que tenha capacidade, coragem e honestidade de reconhecê-los, de modo a não permitir que esses sentimentos se transformem numa contratransferência patológica e, melhor ainda, que possa transformá-los em empatia. Ele pode, sim, envolver-se afetivamente, porém jamais ficar envolvido nas perigosas malhas da contratransferência (Zimerman, 2008, p. 141).
Contratransferência
IDEIA GERAL 
Entende-se por contratransferência as emoções que o terapeuta experimenta no decorrer de uma análise, em relação ao paciente, e que são relacionadas com circunstâncias sentidas na sua própria vida, que o afetaram consciente e inconscientemente. Para Freud, a contratransferência consistia nos “sentimentos que surgem no inconsciente do terapeuta como influência nele dos sentimentos inconscientes do paciente”, e ele destacava o quanto era imprescindível que o analista “reconhecesse essa contratransferência em si próprio, e a necessidade de superá-la”. 
Contratransferência
EVOLUÇÃO DO CONCEITO
O estudo do fenômeno da contratransferência está intimamente ligado ao da transferência;
Considerado como um dos conceitos fundamentais do campo analítico, ao mesmo tempo em que a sua conceituação é uma das mais complexas e controvertidas;
Não obstante, a importância da contratransferência continua plenamente vigente, tendo seu interesse aumentado à medida do emprego cada vez mais generalizado da terapia psicanalítica com pacientes severamente regredidos. 
Contratransferência
EVOLUÇÃO DO CONCEITO
Freud
 
A primeira menção ocorreu no Congresso de Psicanálise (1910) em Nuremberg denominação original de Gegenubertragung, (transferência recíproca) - (Tema: As perspectivas futuras da terapia psicanalítica);
Nessa ocasião, Freud usou este termo para referir-se à resistência inconsciente do analista como sendo um obstáculo que o impedia de ajudar o paciente a enfrentar áreas da psicopatologia que ele próprio não conseguia enfrentar.
Contratransferência
EVOLUÇÃO DO CONCEITO
Freud
Em seu artigo de 1912, “Conselhos ao Médico sobre o Tratamento Psicanalítico”, Freud recomenda ao analista tomar como modelo o cirurgião:	
Deixar de lado todos os afetos e também a compaixão humana e concentrar as forças espirituais numa única meta: realizar a cirurgia o mais de acordo possível com as regras da arte.
Da mesma forma, também empregou a metáfora do espelho (“o psicanalista, tal qual um espelho, somente deve refletir aquilo que o paciente lhe mostrar”).
Freud preocupava-se quanto a uma aproximação afetiva entre analista e paciente (Jung e Ferenczi) 
Contratransferência
Freud
Entretanto, no mesmo trabalho de 1912, recomenda que o inconsciente do analista comporte-se, a respeito do inconsciente emergente do paciente, como um receptor telefônico se comporta com o emissor das mensagens telefônicas. 
EVOLUÇÃO DO CONCEITO
Emite ao mesmo tempo duas recomendações contraditórias
Recomendo a necessidade de uma distância afetiva por parte do analista
Entretanto, recomendo também que seja bastante sensível ao paciente. 
X
Contratransferência
EVOLUÇÃO DO CONCEITO
Freud
Revelava a preocupação que tinha com a contratransferência, especialmente pelo mal estar representado pela possibilidade de a psicanálise ficar desqualificada como ciência, devido às raízes subjetivas que caracterizam o seu procedimento. 
Na verdade, manteve essa ambiguidade conceitual ao longo de todos os seus textos sobre técnica, e ele evitava abordar diretamente esse assunto para não dar armas ao “inimigo” (percebia a relação como uma guerra travada entre o paciente e o analista).
Contratransferência
EVOLUÇÃO DO CONCEITO
Freud
A contratransferência consistia nos “sentimentos que surgem no inconsciente do terapeuta como influência nele dos sentimentos inconscientes do paciente”, destacando o quanto era imprescindível que o analista “reconhecesse essa contratransferência em si próprio, e a necessidade de superá-la”. 
Contratransferência
diferencia o que é contratransferência e o que, simplesmente, é a “transferência do analista”
Entendimento do Prefixo “Contra”
No tempo de Freud
unicamente com o significado de “obstáculo” 
No tempo atual
equivale ao sentido de “contraparte” 
EVOLUÇÃO DO CONCEITO
Contratransferência
EVOLUÇÃO DO CONCEITO
Autores kleinianos:
Melaine Klein: Como Freud, sempre sustentou que a contratransferência não era mais do que um obstáculo para a análise, pois ela corresponderia a núcleos inconscientes do analista, insatisfatoriamente analisados;
W. D. Winnicott: No trabalho “O ódio na contratransferência” (1947), destacou os efeitos recíprocos que o par analítico provoca um no outro;
Bion (1963): Entendia o fenômeno transferencial-contratransferencial por meio do seu modelo da interação continente-conteúdo, de modo a valorizar sobretudo a função continente do analista que consiste em acolher, transformar e devolver as identificações projetivas que o paciente forçou a ficarem dentro dele, analista;
Contratransferência
O conceito ressurgiu após 40 anos (Paula Heimann e Racker). Para eles, a transferência constitui-se em um excelente recurso para o analista compreender e manejar cada situação analítica particular.
Na atualidade, predomina entre os psicanalistas a aceitação do tríplice aspecto da contratransferência: como obstáculo, como instrumento técnico e como um campo, no qual o paciente pode reviver as fortes experiências emocionais que originalmente teve;
EVOLUÇÃO DO CONCEITO
Contratransferência
EVOLUÇÃO DO CONCEITO – ela é consciente ou inconsciente?
Mais comumente, a contratransferência é considerada o resultado de uma interação mediante a qual “o inconsciente do analista põe-se em comunicação com o inconsciente do analisando”. Bion e Segal comungam essa ideia; 
 Segal
A parte mais importante da contratransferência é inconsciente e somente podemos reconhecê-la a partir de seus derivados conscientes.
Seguidores dessa linha de pensamento afirmam que quando o analista diz que está angustiado, ou entediado, impotente..., não reflete mais do que um “conteúdo contratransferencial manifesto” e que, assim como ocorre com os sonhos, é o seu “conteúdo latente” que ele deverá decifrar, ou fora da sessão por ele mesmo, ou com a ajuda de uma análise.
Contratransferência
Outros psicanalistas, acreditam ser possível em situações privilegiadas, porém que não seja feita de uma forma ininterrupta e continuada, que o terapeuta perceba conscientemente, mesmo durante a sessão, os efeitos contratransferenciais nele despertados e possa fazer um proveitoso uso disso, desde que esse analista tenha condições para discriminar entre o que foi projetado nele, daquilo que é dele mesmo.
EVOLUÇÃO DO CONCEITO – ela é consciente ou inconsciente?
COMO DIFERENCIAR CONTRATRÂNSFERENCIA DA TRANSFERÊNCIA DO ANALISTA!?!?!
Contratransferência
EVOLUÇÃO DO CONCEITO - Diferença entre contratransferência e “transferência do analista”
CONTRATRANSFERÊNCIA
Altamente prejudicial para a análise 
Atribuir unicamente às “identificações projetivas do paciente” toda a responsabilidade 
X
evidencia uma espécie de fobia de o analista reconhecer os seus próprios conflitos neuróticos 
uma forma de “transferir” para o paciente aquilo que é a sua neurose particular. 
Nessa condição, um critério que pode ser utilizado para discriminar contratransferência de transferência do analista
Contratransferência
EVOLUÇÃO DO CONCEITO - Diferença entre contratransferência e “transferência do analista”
MESMO PACIENTE
ANALISTA 1
ANALISTA 2
mesma resposta emocional
Sugestivo de uma contratransferência
MESMO ANALISTA 
mesma reação emocional 
PACIENTE 1
PACIENTE 2
estrutura psíquica análoga
TRANSFERÊNCIA, pois é dele mesmo que provêm seus sentimentos latentesContratransferência
Assim, o fenômeno contratransferencial surge em cada situação analítica de forma singular e única, cada analista forma uma contratransferência diferente, específica com cada paciente em separado, a qual é variável com um mesmo analisando.
EVOLUÇÃO DO CONCEITO - Diferença entre contratransferência e “transferência do analista”
Contratransferência
Importância da contratransferência no campo analítico: 
	a) ela influi decisivamente na seleção de pacientes para tomar em análise, tendo em vista que a escolha tende a recair nos pacientes que gratifiquem as necessidades neuróticas do analista; 
	b) quando bem-percebidos, os efeitos contratransferenciais podem se constituir para o analista como um relevante meio de compreender um primitivo meio de comunicação não-verbal, que está sendo empregado por certos pacientes, notadamente os que estão em condições regressivas; 
	
EVOLUÇÃO DO CONCEITO – Implicações na técnica
Contratransferência
Importância da contratransferência no campo analítico: 
	c) os inevitáveis “pontos cegos” que acompanham qualquer terapeuta podem adquirir uma visualização através de alguma reação contratransferencial; 
	d) a contratransferência pode servir como um estímulo para o analista prosseguir sempre em sua autoanálise; 
	e) a existência da contratransferência tem uma significativa influência no conteúdo e na forma de o analista exercer a sua atividade interpretativa; 
	f) da mesma forma, é bastante frequente que o analisando esteja mais ligado à resposta contratransferencial do seu analista – de modo a perceber a ideologia deste, o seu estado de espírito, a sua veracidade, etc. – do que propriamente ao conteúdo das interpretações dele.
EVOLUÇÃO DO CONCEITO – Implicações na técnica
Contratransferência
Referências:
Zimerman, D. E. (2008). Contratransferência. In: Manual de técnica psicanalítica: uma re-visão. Porto Alegre: Artmed, pp. 141 – 154. 
Zimerman, D. E. (2017). Contratransferência. In: Fundamentos Psicanalíticos: teoria, técnica e clínica – uma abordagem didática. Porto Alegre: Artmed, pp. 347 – 357.
EVOLUÇÃO DO CONCEITO

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