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Direito de Família

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DIREITO DE FAMÍLIA
A ORIGEM DO DIREITO DE FAMÍLIA
● Função do Estado —> organização da vida em sociedade
● Intervenção Estatal deu causa ao casamento
● A família é a primeira organização da vida em sociedade
MATRIMÔNIO
● Procriação: regulação das relações sexuais
● Núcleo familiar: hierarquizada e patriarcal, o homem era o “dono”
● Familia indissolúvel e matrimonialista
● Tinhas muitos filhos, assim teriam muita mão de obra, muitos trabalhadores
(principalmente dentro de suas lavouras, suas fazendas)
● Essa era a força de trabalho
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
● Criou a necessidade de mão de obra, momento em que a mulher entrou no mercado de
trabalho
● ESTRUTURA FAMILIAR: voltou-se ao núcleo formato nuclear (casal e prole)
● A mulher começou a ter que trabalhar
● Quantidade de filhos diminuir
CONCEITO ATUAL DE FAMÍLIA
● Eudemonista: repersonalização, afetividade, pluralidade … Novos valores ao direito
de família
CÓDIGO CIVIL DE 1916
● Família do século passado, estruturada no matrimônio
● Não havia possibilidade de dissolução do vínculo conjugal
● Menções aos vínculos extrapatrimoniais e filhos ilegítimos: eram punitivas e excluíam
direitos com a intenção de salvar o casamento
● Estatuto da Mulher Casada (L. 4121): devolveu plena capacidade à mulher casada e
lhes assegurou na propriedade de bens adquiridos exclusivamente com fruto do seu
trabalho
● Divórcio (EC 9/77 e L. 6.515/77): acabou com a indissolubilidade do casamento
● Foi aprovado com um estágio probatório, requisitos. Pode pedir o divórcio se:
○ Primeiro tinha que casar durante 1 ano
○ Estar separado durante 2 anos
○ Aí sim pedir divórcio
○ Aí sim poderia pedir novos vínculos
—> Faziam essas coisas para as pessoas pensarem bastante e desistirem, pra depois
não se arrependerem
● NÃO PODEMOS LER APENAS O CÓDIGO DE 2002, porque ele ainda tem coisas
do requisito de divórcio que não estão mais valendo
FAMÍLIAS (art. 226 da CF)
—> “Base da sociedade”
● “Dissolução dos conceitos de casamento, sexo e reprodução.”
CÓDIGO CIVIL DE 2002:
● ATENÇÃO: O Projeto Original do Código Civil é datado de 1975, ou seja, já nasceu
velho
● Exclusão de expressões e conceitos relacionados à origem dos filhos
● Confere tratamento desigual às entidades familiares oriundas do casamento e da união
estável
● O Código nasceu velho pois ele foi feito em 2002, começou a valer em 2004, pois foi
redigido em 1975, e o divórcio começou em 1977 (dois anos de diferença)
NATUREZA DO DIREITO DE FAMÍLIA
● Direito Público ou Direito Privado?
● Privado
○ “Ainda que tenha o Estado interesse na preservação da família, cabe
indagar se dispõe de legitimidade para invadir a auréola de privacidade
e de intimidade das pessoas” (Maria Berenice Dias)
○ “O Estado não pode mais controlar as formas de Constituição das
famílias … Ela é mesmo plural” (Rodrigo da Cunha Pereira)
IBDFAM
● Apresentação do Estatuto das Famílias
● ATENÇÃO: aprovação do Projeto n. 6.583/2013, que restringe o conceito de família
“homem e mulher”
CONCEITO ATUAL DE FAMÍLIA
● Eudemonista: repersonalização, afetividade, pluralidade … Novos valores ao direito
de família
○ Busca pela felicidade
○ Supremacia do amor
○ Solidariedade familiar
○ Art. 226, parágrafo 8º da CF
○ “A hierarquia familiar cedeu lugar à sua democratização”
● “Procedeu o legislador constituinte ao alargamento do conceito de família, calcado na
realidade que se impôs, emprestando juridicidade ao relacionamento fora do
casamento” (Maria Berenice Dias)
CONTEÚDO DO DIREITO DE FAMÍLIA
● PERSONALÍSSIMO
● DIREITOS:
○ INTRANSMISSÍVEIS
○ IRRENUNCIÁVEIS
○ INDISPONÍVEIS
● DIREITOS IMPRESCRITÍVEIS
○ Exemplo: direito de pleitear o estado de filiação
FLEXIBILIZAÇÃO DA DIVISÃO TRIPARTIDA
● DIREITO MATRIMONIAL: casamento, celebração, efeitos, anulação, regime de
bens, dissolução;
● DIREITO PARENTAL: filiação, adoção e relação de parentesco
● DIREITO PROTETIVO OU ASSISTENCIAL: poder família, alimentos tutela,
curatela
● ASPECTOS PROCESSUAIS DO DIREITO DE FAMÍLIA: CPC/2015
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE
● 765 de 14 de julho de 1949: registro civil de nascimento
● 5.478 de 25 de julho de 1968: lei de alimentos
● 8.009 de 29 de março de 1990: impenhorabilidade do bem de família
● 8.069 de 13 de julho de 1990: Estatuto da Criança e do Adolescente
● 8.071 de 29 de dezembro de 1994: direito dos companheiros a alimentos e à sucessão
FAMÍLIA
● Matrimonial
● Informal
● Homoafetiva
● Paralela ou Simutâne
● Monoparental
● Parenta ou anaparental
● Composta, pluriparental ou mosaico
FAMÍLIA
● Matrimonial → casamento
● Informal → união estável
● Homoafetiva → união entre pessoas do mesmo sexo
● Paralela ou Simultânea → mais de uma união estável por exemplo
● Monoparental → um dos pais e seus filhos
● Parental ou anaparental → irmãos que vivem juntos por exemplo, não há limites de
parentesco na linha reta, tipo sobrinho e tio de terceiro grau; vai até o quarto grau
● Composta, pluriparental ou mosaico → família composta pelos meus filhos e filhos
do meu marido que não é pai dos meus filhos e junto os nossos filhos
→ Hoje em dia a doutrina já considera direito de família bens (bens impenhoráveis)
que seja só de uma pessoa
→ o que é família está ligado a felicidade e afetividade
● Família Natural → família biológica, núcleo de pais e seus descendentes (Art. 25
ECA)
● Extensa ou ampliada → aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou
da unidade do casal, formada por outros parentes próximos com os quais a criança ou
adolescente convive e mantém vínculos de afetividade (Art. 25, parágrafo único,
ECA)
● Substituta → apenas quando não pode se inserir a criança na família natural ou
família extensa é que se busca a família substituta (Art. 19, ECA, caráter excepcional)
→ ATENÇÃO: nova redação ao artigo 19 do ECA (Lei n. 13.257/2016)
PRINCÍPIOS DO DIREITO DE FAMÍLIA (princípios aplicáveis ao direito de família)
ALEXY
Regras X Princípios
1. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
a. Art 1, III, CF
b. Declaração Universal do Direitos Humanos (1948); trouxe para os
ordenamentos jurídicos a proteção da dignidade humana
i. Foram adicionados aos ordenamentos depois da Segunda Guerra
Mundial
c. Contribuição de Kant
d. Proteção ao bem de família (Lei n. 8.009/90): impenhorabilidade
e. EC 66/2010: extinção total da culpa para a dissolução do casamento
i. Não preciso mais expor porque quero me separar, assim, sem se expor,
(porque antes tinha que além de cumprir aqueles anos tinha que dar a
motivação) sustentamos o princípio da dignidade humana no direito de
família
ii. Única execução da culpa é a situação econômica da pessoa
f. Tese do abandono parental filial: abandono afetivo causa lesão à dignidade da
pessoa humana
2. PRINCÍPIO DA AFETIVIDADE
a. Não está expresso na constituição, mas decorre da valorização do princípio da
dignidade humana
b. Hoje temos sim concretizado esse princípio dentro da construção jurídica atual
c. Ele nada mais é do que a concretização da afetividade no ordenamento
jurídico que vem do princípio da dignidade
d. João Batista Villela “desbiologização da paternidade” (1979) “O vínculo
familiar constitui mais um vínculo de afeto do que um vínculo biológico”
i. Agora não existe mais uma linhagem de preferência, tipo primeiro o
biológico depois a substituta
e. Socioafetividade: agora a criança pode ter o nome do padrasto
f. Multiparentalidade: reconhecida pelo STF em outubro de 2016: pluralidade de
vínculos familiares (afetivo e biológico); podemos reconhecer ambos ao
mesmo tempo extrajudicialmente
g. Provimento n. 63 do CNJ(2017): possibilidade
3. PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE FAMILIAR
a. Art. 3, I da CF
b. Advém do dever civil de cuidado: arts. 226, 227 e 230 da CF
c. Superação do individualismo jurídico
d. Respeito e consideração mútua
e. Art. 1.694 do CC
i. Alimentos após o divórcio
4. PRINCÍPIO DA IGUALDADE ENTRE OS FILHOS
a. Art. 227, parágrafo 6 e art. 1.596 do CC
b. Não se utiliza expressões como filhos“bastardos, adulterinos, incestosos,
espúritos” , todos são iguais perante a lei, iguais aos biológicos (enteado
também)
5. PRINCÍPIO DA IGUALDADE ENTRE OS CÔNJUGES
a. Art. 226, paragrafo 5 da CF e art. 1.511 do CC
b. Casamento: comunhão plena de vida
6. CONVIVÊNCIA FAMILIAR
a. ART. 23 do ECA
b. Pais e filhos devem permanecer juntos
c. Guarda compartilhada independente da situação financeira
7. INTERVENÇÃO MÍNIMA DO ESTADO
a. Estado: papel de apoio e assistência
b. Planejamento familiar é livre decisão casal (art. 1.565, parágrafo 2 do CC)
c. Art. 1.513 do CC
d. Deve ser aplicado ao direito de família, mesmo com as decisões, fatos e
sentimentos sendo privados, alguns momentos o Estado acaba intervindo
(casamento, guarda)
e. O Estado tenta se envolver o menos possível
f. Temos que ter autonomia na vida privada
g. ATENÇÃO: Estado não pode intervir coativamente
h. Planejamento familiar: Lei n. 9.263/1996
CASAMENTO
ORIGEM HISTÓRICA
● A “família” é anterior ao casamento
● O Casamento tem origem no Direito Romano e no Sistema Canônico
ESTADO X IGREJA
● Até 1889 só existia o casamento religioso no Brasil
● Era o único mecanismo legítimo da criação de família
● Em 1890 surgiu o casamento civil
● Lei do divórcio: separação e divórcio
● Constituição de 1988: alargou o conceito de família para além do casamento
CONCEITO
“O casamento é um contrato bilateral e solene, pelo qual um homem e uma mulher se unem
indissoluvelmente, legalizando por este suas relações sexuais, estabelecendo a mais estreta
comunhão de vida e de interesses, e comprometendo-se a criar e educar a prole, que de ambos
nascer.” (BEVILÁQUA, Clóvis)
Mudanças: não é mais indissolúvel, e sexo não é mais “contra lei”; esse conceito foi
escrito a muito tempo)
“O casamento é um ato jurídico negocial solene, público e complexo, mediante o qual um
homem e uma mulher constituem família, pela livre manifestação de vontade e pelo
reconhecimento do Estado.” (LÔBO, Paulo)
(Conceito mais recente)
SOCIEDADE CONJUGAL
1. Vínculos:
a. Vínculo Conjugal entre os cônjuges (com eles começa a FAMÍLIA)
b. Vínculo de Parentesco por Afinidade: ligando um dos cônjuges aos parentes
do outro
● ATENÇÃO: findo o casamento, o parentesco em linha reta (sogro, sogra, genro e
nora) não se dissolve, e é causa impeditiva para o casamento (art. 1.521 CC)
● A Lei não define o casamento, mas explica sua finalidade (art. 1.511 CC)
NOME
● Artigo 1.565: troca de sobrenome entre os cônjuges
NATUREZA JURÍDICA
1. Natureza Jurídica Individualista ou Contratualista:
○ O casamento é um contrato, cuja validade e eficácia derivada da vontade das
partes
2. Natureza Jurídica de Instituição ou Supraindividualista
○ Casamento é uma “instituição social”, vez que reflete a situação jurídica cujos
parâmetros então preestabelecidos
3. Natureza Jurídica Eclética ou Mista: (a utilizada)
○ Casamento é um ato complexo
CARACTERÍSTICAS DO CASAMENTO
● Ato SOLENE (art. 1.535 do CC) (tem que ser feita essa pergunta sobre a livre e
espontânea vontade)
● Normas de ordem pública: conjunto de normas imperativas que dão à família uma
organização social moral compatível com as apropriações do Estado e condizentes
com os Princípios Constitucionais
● Comunhão Plena de Vida, com igualdade de direitos e deveres
ESPÉCIES DE CASAMENTO
1. Civil
a. Ato solene, levado a efeito por um celebrante e na presença de testemunhas
(mínimo de 2)
b. Art. 1.512, caput e Paragrafo Único
i. As primeiras escrituras são gratuitas, o casamento é gratuito
ii. Ó cartório fala o dia em que as datas estão disponíveis juntamente com
o horário, sendo assim gratuito, sendo vários casamentos acontecendo
sucessivamente, custa menos pro cartório
iii. Contudo, você paga se você quiser uma mudança nisso
iv. Se você quiser segunda via da certidão de casamento você paga, pois
só a primeira escritura é gratuita
c. Tem que ser feito por competente
2. Religiosos com efeitos civis
a. Art. 266, parágrafo 2 da CF
b. Requisitos legais: arts. 1.515 e 1.516
c. Habilitação pode ser feita antes ou depois da celebração
i. A lei não fala
d. Prazo para registro é de 90 dias (depois da celebração)
i. Depois de tudo feito inclusive a celebração voce volta no cartório para
apresentar o certificado
e. Invalidação: art. 1.516, parágrafo 3
3. Por procuração
a. É uma modalidade de casar: art. 1.542 do CC
b. A doutrina fala que é um tipo de casamento, mas na verdade é a forma
c. Instrumento Público com poderes especiais: 90 dias
d. Basicamente alguém vai no seu lugar mas quem casa é você
→ E o divórcio por procuração ?
→ Pode
→ Art. 1.582 do CC
→ Resolução 35,
4. Nuncupativo ou In Extremis
a. Arts. 1.540 a 1.542: quando um dos nubentes está em iminente risco de morrer
b. URGÊNCIA: celebração sem Juiz de Paz, sem prévia habilitação
c. Presença de 6 testemunhas, que em 10 dias deverão confirmar o casamento
perante autoridade judicial (investigação antes do registro do ato) (mesmo com
a pessoa já morta)
d. Efeitos do casamento retroagem à data de celebração
i. O registro do casamento será feito no dia que foi feito a celebração
5. Putativo (vem do verbo imaginar)
a. É um casamento nulo ou anulável, mas contraído de boa-fé por um ou ambos
os cônjuges (art. 1.561)
b. Significa que nunca aconteceu
i. Mas se você estava de boa-fé, pois acreditava que estava casada, o juiz
só tira o status (ou até mesmo os dois estavam de boa-fé os dois
continuam com direitos)
ii. Volta para o status de solteira
iii. Ou seja, patrimônio ou alguns direitos continuam como se fossem
casados
c. Art. 1.563
d. Mesmo desconstruído o casamento, persiste o direito a alimentos e a efeitos
substituem com relação aos filhos
e. Ou seja, você casa acha que tá tudo bem, mas ele é nulo ou anulável, ai pra
não prejudicar o juiz pode declarar como casamento putativo
→ ps: essa é a única maneira de voltar a ser solteira, porque se não só pode ser divorciado(a)
ou viúvo(a)
6. Homossexual
a. Art. 1.565 do CC
b. Lei Maria da Penha alargou-se o conceito de família
c. CNJ: Res n. 175/2013
d. Histórico:
i. Antes, familia e casamento, para a lei, significa a união de um homem
com uma mulher
ii. O STJ reconhece união estável, que é família, entre pessoas do mesmo
século, porque se não está ferindo direitos fundamentais,
iii. em 2013 o CNJ fez a resolução dizendo que o cartório deve registrar o
casamento entre pessoas do mesmo século, sendo que se o cartório
pode ser punido caso não faça
7. Consular
a. Casamento de brasileiros realizado no estrangeiro, perante a autoridade
consular brasileira
b. Quando você voltar para residir, você registra dentro de 180 dias, registrando
no primeiro ofício do país, que é aqui em brasília, ou no ofício do estado
c. Registro: 180 dias a contar da volta de um ou ambos ao País
d. Art. 1.544
8. De estrangeiros
a. Para a validade do casamento de estrangeiros, no Brasil, vindo o casal fixar
residência aqui, é necessário o registro da certidão de casamento (tradução e
autenticação pelo agente consular brasileiro)
b. LRP (6.015/73), art. 32, parágrafo 1 - lei dos registros públicos
9. Conversão de união estável em casamento
a. Art. 1.726 do CC
b. Intervenção Judicial? Conversão facilitada
c. Será garantido a conversão facilitada da união ao casamento
CAPACIDADE
Idade
● Art. 1.517 CC: mais de 16 anos (idade in dubio)
○ Pode, com autorização dos pais, se já for emancipado antes disso não precisa
○ Casamento é uma causa legal de emancipação
● Art. 1.520 CC: menores de 16 anos
○ Para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal (revogado pela Lei
11.106/2005, posteriormente revogada pela Lei n. 12.015/2009, que prevê o
crime de estupro de vulnerável - 207 A do Código Penal);
→ Não pode com menos de 14, porque sempre seria considerado crime ter
relações sexuais, seria sempre considerado estupro de vulnerável
→ Mesmo com autorização dos pais e consentimento do menor, não pode de
jeito nenhum
→ Essa questão está no CC? Porqueantigamente as meninas eram casadas
bem novinhas, e pq ainda estava no CC de 2002? Porque, lembrando, o CC de
2002 foi escrito muitos anos antes disso (1975)
○ No caso de gravidez (art. 1.551 do CC)
→ Com mais de 14 pode casar por esse motivo, com autorização dos pais
→ Com menos de 14 anos, mesmo grávida, a lei não autoriza o casamento
Emancipação
● Ao casar, os jovens antecipam a plena capacidade jurídica
● ATENÇÃO: mesmo se os jovens se separarem antes de complementares 18 anos,
continuam sendo emancipados legalmente
Artigo 6 da Lei 13.146/2015
→ “Deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para casar e constituir
união estável”
INCAPACIDADE
Incapacidade X Impedimento
● INCAPACIDADE X IMPEDIMENTO
○ Incapacidade: inaptidão genérica frente a qualquer pessoa
○ Impedimento: é o impedimento de alguém casar com determinada pessoa
● Impedimentos: art. 1.521 do CC
● “Não podem casar…”
● Poderão ser suscitados por qualquer pessoa até o momento da celebração do
casamento
● Arts. 1.528 e 1.529 do CC
Causas suspensivas
● “Não devem casar…”
● Repercussão na esfera patrimonial
● Art. 1.523
● Podem ser arguidas pelos parentes em linha reta e os colaterais até o segundo grau
HABILITAÇÃO (para casar)
● Requisitos
○ Certidão de nascimento
○ 2 testemunhas
■ No processo civil podem ser impedidas, se tiverem relações, interesse
■ No casamento pode ser qualquer pessoa
○ Declaração de estado civil
■ Certidão de óbito (para comprovar que é viúvo)
○ Na habilitação precisa entregar a documentação e tudo mais, você faz um
requerimento que deve ser feito 90 dias antes da data do casamento
○ Com isso será proferido um edital que será publicado e ficará à disposição de
15 dias
■ Fala: fulano que é… pretende casar com fulana e pretendem se casar
em tal dia
■ As causas impeditivas do casamento serão as da 1.529 e suspensivas
no 1.530
■ Se não há nenhum problema você recebe uma “certidão de habilitação”
● Art. 1.531 e 1.532
● Você tem um prazo para utilizar essa certidão durante 90 dias,
ele é dado logo após a publicação
CELEBRAÇÃO DE CASAMENTO
● Habilitação: 1.533 do CC
● Portas abertas: 1.534 do CC
○ Tem que ser feito com portas abertas
● Vontade das partes (“sim”): 1.535 do CC
○ Se você disser não?
■ Já era, tem que fazer tudo de novo
■ Art. 1.538 do CC
● Posse do estado de casado
○ Falta de comprovação do casamento (documento)
○ Art. 1.545 e 1.546
● Estado civil: atributo da personalidade
○ Solteira
○ Casada
○ Viúva
○ Divórciada
○ Separado judicialmente
NOÇÕES GERAIS
● Existência: exige-se, para configuração do negócio jurídico, o atendimento de
determinados requisitos mínimos
● Validade: o fato de um negócio
PLANO DA EXISTÊNCIA
● A manifestação da vontade deverá ser sempre expressa → consentimento dos noivos
● Autoridade: Juiz de Direito,Juiz de Paz, ou a autoridade religiosa (casamento
religioso com efeitos civis)
○ 1.554 do CC (boa-fé dos contraentes)
● Diversidade de sexos
○ Tradição: preessupunha a diversidade de se os para o casamento
○ Resolução 175/2013 do CNJ: permite o casamento homoafetivo
PLANO DA VALIDADE
● Nulo
● Anulável
● Putativo
Casamento entre afins em linha reta
● Parentesco biológico ou parentesco por afinidade
○ Não pode casar com seu filho nem seu enteado, nem seu pai nem seu sogro
○ Adoção: trata-se, em essência, de uma proibição análoga àquela imposta aos
parentes por afinidade em linha reta
■ Art. 1.521,III
■ Se você quer casar com seu enteado que é adotado, não pode, filho do
seu marido, com efeitos civis e que por afinidade é tratado como um
filho biológico, logo por afinidade por você não pode
Casamento entre Colaterais
● Parentes colaterais são aqueles que não descendem um dos outros, derivando, porém,
de um mesmo tronco comum
● Seu irmão é parente de segundo grau, na linha colateral
● Tio (irmão do meu pai) e sobrinha é parente de terceiro grau, pode casar se tiver um
parecer médico
● Primo é parente de 4 grau, pode sem impedimentos
→ Em linha reta o vínculo de afinidade civil não se extingue, nunca pode, em outras retas se
não houver o vínculo de afinidade civil em alguns casos pode casar
→ Afinidade só em primeiro e segundo grau que existe
→ Pode casar com cunhado
1. NULIDADE
a. Art. 1.522 - impedimentos - podem ser opostos até celebração do casamento,
por qualquer pessoa capaz
b. Atenção: celebração a portas abertas
c. Até antes da celebração do casamento, suspende a celebração até ter a decisão
de deferimento ou indeferimento do casamento
d. Juiz ou celebrante pode declarar o impedimento, caso tenha conhecimento
e. E se for depois da celebração? Pode, haver declaração de impedimento
f. Efeitos jurídicos do casamento nulo
i. Art. 1.548 → casamento nulo
ii. Art. 1.549 → Ação direta de nulidade, Atenção: o juiz não poderá
declarar ex officio, sendo necessária a ação própria
1. Tem efeito retroativo
iii. Atenção: a retroatividade dos efeitos jurídicos da sentença declaratória
da nulidade não prejudicam terceiros de BOA-FÉ, em casos de
negócios onerosos
1. Se os dois estavam de boa-fé vira casamento putativo
2. Se eu casei de boa-fé e meu parceiro não, eu não sou
prejudicada, se tem patrimônio no meu nome eu não divido
com ele, ele não pode me pedir pensão
2. ANULÁVEL
a. Art. 1.550
b. O efeito desse é menos “dramático” que o outro
c. Neste tem um determinado tempo para agir, o de nulidade pode ser em
qualquer tempo
d. Qual a idade nubil? 16 anos
e. Causas:
i. Se for menor de 16 anos, se depois de um tempo querer alunar
dependendo não pode mais pois a pessoa alcançou a idade nubil
ii. Falta de autorização dos pais para menores de 18 anos
1. Se os pais mudarem de ideia e não autorização mais será
anulável
2. Contudo se eles revogarem a autorização mas comparecerem na
celebração, não é mais possível caso de anulação
iii. Ação de superação de vontade: neste caso não há anulabilidade (tipo
se um pai deixa e o outro não, e o juiz não deixou)
Lealdade X Fidelidade
Percebe-se a diferença que em dever da família fala sobre fidelidade, na união estável
fala sobre lealdade
CAUSAS SUSPENSIVAS DO CASAMENTO
● 3 anos e cônjuge saindo logo depois
● Sobre idade os ascendentes podem reclamar
● Sobre o celebrante não era credenciado precisa de 2 anos no máximo para corrigir,
depois disso se torna nulo
● Tem que o judiciário analisar se é caso de ser anulado
● Se tiver algum problema em relação a bens (fulano tá casando com regime de união
de bens mas ainda não terminou a divisão de bens do seu divórcio do primeiro
casamento),
○ ou os cônjuges esperam tudo se resolver (a causa suspensiva),
○ ou casar com regime de separação de bens
● As causas suspensivas são feitas entre o pedido de habilitação e a celebração (90 dias
no máximo, ou seja, 90 dias antes do dia que quer casar)
○ Depois de ter a certidão de habilitação você tem 90 dias para casar, se quiser
casar 91 dias depois de ganhar a certidão, você não pode mais e vai ter que
fazer tudo de novo
Pontos extras:
● Tem que levar o documento de que foi celebrado no cartório dentro de 90 dias
● Religioso com efeito civil tudo igual
● Se vc casa com uma autoridade estrangeira e mostra pro consulado brasileiro é valido,
se vc casa com autoridade brasileira no consulado brasileiro todo o procedimento será
igual

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