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ENVELHECIMENTO POPULACIONAL Prof Me Suziane Lemos Dimensão populacional: 195,2 milhões Quantidade de pessoas idosas acima de 60 anos: 23,5 milhões Idosos que residem na zona urbana: 19,8 milhões Idosos que residem na zona rural: 3,7 milhões Expectativa de vida para ambos os sexos: 73 anos Fonte: IBGE - PNAD 2011 MINISTÉRIO DA SAÚDE DADOS BRASIL Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que de 1950 a 2025 a quantidade de idosos no país aumentará quinze vezes, já a população total, cinco. Brasil ocupará o sexto lugar quanto ao contingente de idosos, alcançando, em 2025, aproximadamente 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade. MINISTÉRIO DA SAÚDE (milhões) 25% uma ou mais incapacidades em AVD’s ou AIVD’s básicas 75% independentes para o autocuidado 1% em ILPI 4% acamados 76% uso exclusivo do SUS Fonte:PNAD 2008/PNAD 2011 Principais causas de internações de idosos Tempo médio de permanência (em dias) 1 Doenças do aparelho circulatório 7,1 2 Doenças do aparelho respiratório 6,7 3 Doenças do aparelho digestivo 5,1 4 Neoplasias (tumores) 6,1 5 Pneumonia 6,8 6 Doenças do aparelho geniturinário 5,6 7 Algumas doenças infecciosas e parasitárias 7,7 8 Insuficiência cardíaca 6,5 9 Lesões e outras consequências por causas externas 6,9 10 Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 5,8 Principais causas de internações e tempo médio de permanência de idosos, no ano de 2012 R$ 0,00 R$ 2,00 R$ 4,00 R$ 6,00 R$ 8,00 R$ 10,00 R$ 12,00 2010 2011 2012 R$ 7,68 R$ 7,97 R$ 8,13 R$ 3,06 R$ 3,34 R$ 3,53 B il h õ e s Gastos totais com internações População idosa População < 60 anos Fonte: SIH 2012: 30,30% 2011: 29,50% 2010: 28,47% Envelhecimento é um processo individual, heterogêneo, mas condicionado a fatores sociais, culturais e históricos, que vão rebater na sociedade como um todo. Maior vulnerabilidade DCNT principais causas morbimortalidade e incapacidade Aumento do uso de serviços Qualidade de vida relacionada a capacidade funcional - Manutenção da autonomia e independência Capacidade funcional – orienta cuidado - 69% ao menos uma doença ou agravo crônico Intervenções multidimensionais e intersetoriais Criação da Política Nacional do Idoso em 1994; Política Nacional de Saúde do Idoso em 1999; Plano Internacional para Envelhecimento - ONU – Madri, 2002; Publicação do Estatuto do Idoso em 2003; Aprova a Portaria Nº 2.528/2006, que aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. MINISTÉRIO DA SAÚDE MARCOS LEGAIS Garantir atenção adequada e digna para a população idosa brasileira, em consonância com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde – SUS; tem por finalidade, recuperar, manter e promover a sua autonomia e independência. MINISTÉRIO DA SAÚDE PORTARIA Nº 2.528 DE 19 DE OUTUBRO DE 2006. Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. • Transição epidemiológica - Redução das doenças infecciosas, aumento das doenças crônicas não transmissíveis e violências. Aumento da carga de doenças. • Transição demográfica – Redução das taxas de mortalidade, aumento da expectativa de vida e diminuição da taxa de fecundidade. Aumento da população idosa. • Transição nutricional – Redução da desnutrição e aumento da obesidade, prevalência de excesso de peso cerca de 40%. Saúde em Transição Foco na prevenção da fome/desnutrição Foco no planejamento familiar, controle de doenças infecciosas Predominância de DCNT Fertilidade reduzida Envelhecimento Foco: políticas regula tórias mudanças comportamentais atenção à saúde Foco: envelhecimento saudável Transição Epidemiológica Transição Nutricional Redução de problemas relacionados à pobreza Redução da Mortalidade, mudanças na estrutura de idade Alta prevalência de doenças infecciosas Predominância de DCNT relacionadas à alimentação/dieta Redução da Fome Alta prevalência de desnutrição Alta Fertilidade/ Mortalidade Transição Demógráfica • Anticoncepcionais • Mulher e mercado de trabalho • Urbanização • Estética • Redução da renda Motivos para a queda da fecundidade * Até 1970, os dados referem-se apenas às capitais Mortalidade Proporcional (%) nas capitais: • D. Infecciosas e Parasitárias: 46% em 1930, 5% em 2003 • D. cardiovasculares: 12% em 1930, 31% em 2003 Cenário Brasileiro Causas de morte 1979 (%) 1998 (%) 2003 (%) Doenças de deficiência nutricional 3,1 1,2 0,7 Doenças infecciosas 17,4 9,1 4,6 Doenças crônicas 34,4 42,5 48,3 Causas externas 9,2 12,7 12,6 Outras causas 35,9 34,5 33,7 Total 100 100 100 Mortalidade por diferentes tipos de doença no Brasil 1. Transição Demográfica 2. Transição Epidemiológica 3. Teorias do Envelhecimento 4. Modalidades de Envelhecimento 5. Classificação Funcional x Classificação de Doença 1940 2000 Paradoxo da Medicina Atual Avanços na Medicina: Medicamentos Tecnologia Educação Aumento das Doenças Crônicas: Câncer Doenças do coração Doenças articulares Doenças neurológicas A medicina avança e adoecemos mais ! A Prevenção traz mais benefícios Benefício Benefício Benefício Detecção precoce Tratamento Prevenção Transição Epidemiológica no Brasil • Sobreposição de modelos. • Reaparecimento de doenças seculares ( Dengue, Febre Amarela, Leishmaniose, TB, Hanseníase dentre outras). • Aumento expressivo das causas externas violência urbana • Aumento na prevalência das doenças Cardiovasculares • A Transição Demográfica é muito mais acelerada do que a Transição Epidemilógica. Teorias do Envelhecimento Envelhecimento Biológico Teorias Estocásticas 1. Teoria do “Uso-Desgaste”: O envelhecimento e a morte seriam resultado da constante exposição dos diversos tecidos às injúrias ambientais. 2. Teoria das “Proteínas Alteradas”: O envelhecimento derivaria do acúmulo de proteínas que tiveram “erros” nos processos de transcrição . 3. Teoria das “Mutações Somáticas”: O envelhecimento seria consequência do acúmulo de mutações somáticas com o avançar da idade, alterando a função dos diversos órgãos corporais. 4. Teoria do “Erro Catastrófico”: Falhas no aparato protéico de célula causariam a ação errônea da proteína no ambiente celular, mesmo com a integridade do códon.A somatória desses erros chegaria a um ponto incompatível com a vida Morte. 5. Teoria da “Desdiferenciação”: A célula perderia a diferenciação, ou parte dela, e passaria a produzir proteínas e produtos celulares exógenos aquele tecido Quebra da Homeostase. 6. Teoria do “Dano Oxidativo e Radicais Livres”: O envelhecimento seria resultante da sobreposição dos mecanismos lesivos sobre os reparadores. 7. Teoria do “Acúmulo de Detritos Lipofuscina”: O acúmulo de detritos no interior da célula, sem turnover do mesmo, geraria o envelhecimento e morte celular. 8. Teoria da “Mudança pós-tradução em proteínas”: Modificações químicas em proteínas importantes, como colágeno e elastina, afetariam a constituição e função dos tecidos. Teorias Sistêmicas 1. Teoria da “Taxa de Vida”: Quanto mais lento o metabolismo de um ser, maior sua longevidade. 2. Teoria do “Dano Mitocondrial”: Dano do Oxigênio sobre a Mitocôndria levando a uma menor eficiência respiratória da mesma. Teoria Genética 1. Apoptose: Morte celular programada, ativada por fatores extra celulares. 2. Fagocitose: Proteínas anormais de superfícies tornariam as células “no self” e, consequentemente, seriam eliminadas. Teorias Neuroendócrinas: 1. Desregulação dos sistemas neuroendócrinos afetando a Homeostase. Teoria Imunológica: 1. Alterações qualitativas e quantitativas no sistema imunológico levariam a perda da Homeostase. Conclusão Nenhuma das teorias, sozinha, consegueexplicar todos os passos deste complexo processo que é o envelhecer. Em cada uma delas encontramos “pedaços” da “verdade” biológica do envelhecer. A busca pela explicação do processo de envelhecimento não acaba, pois o desejo da eternidade move os homens desde a antiguidade e nunca vai parar. Incapacidade Infância Adulto Velhice Envelhecimento Saudável Envelhecimento Patológico Envelhecimento Saudável X Envelhecimento Patológico Envelhecimento Fisiológico ( Senescência) Refere-se aos processos biológicos inerentes aos organismos e são inevitavelmente involutivos. Provavelmente, essas transformações sofrem influência do ambiente físico e social. Entretanto, ainda não se sabe a extensão do impacto ambiental, principalmente devido à dificuldade de desenvolvimento de um método que separasse a fração de declínio fisiológico inerente ao organismo daquelas advindas dos estresses ambientais anteriores ao envelhecimento. O envelhecimento fisiológico é dividido em: • Envelhecimento usual: apresenta prejuízos significativos, mas não são qualificados como doentes; • Envelhecimento Bem Sucedido: perda fisiológica mínima, com preservação da função robusta em uma idade avançada. O processo de envelhecimento é “puro”, isento de danos causados por hábitos de vida inadequados, ambientes inapropriados e doenças. Envelhecimento Patológico (Senilidade) Refere-se ao envelhecimento na presença de traumas e doenças que “desviam” a curva de capacidade para baixo. • Diabetes mellitus por Obesidade • Osteoartrose por esforço repetitivo • DPOC por tabagismo Hábito + Genética = Patologia Patologia + Envelhecimento Usual = Envelhecimento Patológico Patologias mais prevalentes na pessoa idosa Doenças que se relacionam com a idade, as quais se associam com mais freqüência a determinada idade (Osteoporose e Fratura de Fêmur, Doença de Parkinson, Demência de Alzheimer, etc;) Patologias às quais o idoso apresenta maior suceptibilidade: •Transtornos Motores do Esôfago •Catarata •Osteoartrite Efeito da morbidade de doenças crônicas • Diabetes mellitus não controlada + 30 anos de doença = IRC, Cegueira, Amputações. • Hipertensão Arterial Sistêmica não controlada + 30 anos de doença = ICC, IRC, AVC. •Osteoporose + Queda = Fratura de Fêmur Disfunção de bomba ICC Disfunção perfusional Insuficiência coronariana Insuficiência vascular periférica Estenose carotídea Aneurisma abdominal INSUFICIÊNCIA CARDIOVASCULAR Disfunção elétrica Bloqueio de condução Fibrilação atrial e arritmias ventriculares Osso Fratura (osteoporose) Articulação Osteoartrose INSUFICIÊNCIA OSTEOMUSCULAR Músculo Polimialgia reumática (arterite temporal) INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA DPOC Pneumonia INSUFICIÊNCIA GÊNITO-URINÁRIA Incontinência urinária Insuficiência renal Infecção urinária INSUFICIÊNCIA ENDÓCRINA Diabetes mellitus Hipotireoidismo INSUFICIÊNCIA VISUAL Catarata Glaucoma Degeneração senil INSUFICIÊNCIA AUDITIVA Surdez de condução (rolha de cerumen) Perda neurosensorial Outras co-morbidades freqüentes no idoso Constipação intestinal, diverticulose, diarréia, colelitíase Neoplasias: mama, cólon, pulmão, próstata, estômago, pele, neoplasias linfo ou mieloproliferativas, Hipertensão arterial, hipotensão ortostática, dislipidemia, tromboembolismo pulmonar Infecções: pneumonia, infecção urinária, erisipela, tuberculose,influenza, ... Hiperplasia prostática benigna, disfunção sexual Insônia, xerodermia, úlceras de pressão Hipertireoidismo e hiperparatireoidismo Anemia, hiponatremia (SIHAD), deficiência de B12 FUNCIONALIDADE É um termo que abrange todas as funções do corpo, atividades e participação. INCAPACIDADE É um termo que abrange deficiências, limitação de atividades ou restrição na participação. Idade Infância e adolescência Adultez VELHICE Limiar de Incapacidade ORGANISMO PSIQUISMO Envelhecemos todos iguais ? 62 anos 91 anos COMPROMETIDO ACIDENTAL PLANEJADO “BEM SUCEDIDO” Podemos ser idosos joviais ... WJF – FMUSP Afeganistão, 1988 – 2002. Ou jovens envelhecidos ... 17a 31a Para um indivíduo ser considerado independente deve ser capaz de tomar banho, vestir-se, deslocar-se da cama ou da cadeira, andar, comer e ir à casa de banho sem necessidade de ajuda. Básicas (ABVD): São as atividades de Auto-Cuidado; ◦ banhar-se, vestir-se, alimentar-se Intermediárias (AIVD): Englobam as ABVD e incluem tarefas essenciais para a manutenção da independência; ◦ gerir o orçamento doméstico, utilizar o telefone, sair só, fazer compras Avançadas (AAVD):Referem-se às funções necessárias para se viver sozinho, sendo específica para cada indivíduo. ◦ manutenção das funções ocupacionais, recreacionais e prestação de serviços comunitários. 0 – fisicamente incapaz: nenhuma AVD; 1 – fisicamente dependente: algumas ABVD; 2 – fisicamente frágil: tarefas domésticas leves; 3 – fisicamente independente: realiza todas as AIVD e AAVD; 4 – fisicamente apto/ativo: capazes de fazer todas AAVD (exercício moderado, resist. e jogos) 5 – atleta: realiza atividades competitivas, aparenta ser mais jovem que seus pares. Aptidão cardiovascular (aeróbia) Força Flexibilidade Composição Corporal Degeneração das fibras musculares no miocárdio; Limitação do ATP disponível; Estreitamento do diâmetro das artérias; ↓ da elasticidade dos pulmões; Atrofia dos músculos respiratórios. Conseqüências: - aumento da pressão arterial; - diminuição do débito cardíaco; - diminuição da FCmáx; - diminuição do VO2max; - aumento da ventilação durante o exercício a capacidade aeróbia entre as pessoas fisicamente ativas é, em média, 25% mais alta que aquela das pessoas sedentárias em cada categoria etária 50 anos (ativo) = 20 anos (sedentária) perda de massa muscular (sarcopenia) ↓ secção transversal do músculo ↑ gordura intramuscular atrofia muscular (↓20% das fibras, princ. tipo II) ↓ força: 15% por década Conseqüências: ↑ fadiga; Alterações na marcha; Equilíbrio precário ↑ incidência de acidentes, quedas, dor, fraturas. Alterações das fibras de colágeno; Perda de elastina; ↓ água dos tendões e ligamentos = ↑rigidez; ↓ capacidade regenerativa ↓ elasticidade / afinamento da derme e epiderme Conseqüências: - AVD: sentar-se, pentear os cabelos, banhar-se, vestir-se, amarrar os sapatos. Peso ↓ água; ↑ gordura; ↓ massa muscular esquelética e massa óssea Estatura ↓1,0 a 1,5 cm / década (dos 30 aos 70 anos) mais acelerado após 70 anos fatores: - achatamento das vértebras - redução dos discos intervertebrais - ↑ cifose dorsal - achatamento do arco plantar dos pés Melhoria: perfil lipídico, tolerância à glicose e da sensibilidade da insulina. Preservar níveis mais altos de capacidade funcional, particularmente na esfera cardiovascular e muscular; Prevenir a sarcopenia e a obesidade; Melhorar a execução de mtas atividade cotidianas; Relaxamento; Melhor saúde mental (depressão); Rede social ampliada. Melhora: - tempo de reação; - equilíbrio; - postura; - locomoção; - mobilidade; Atividade Física Mobilidade Autonomia Dignidade VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA ENVELHECER?
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