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Desordem do pâncreas endócrino, que causa hiperglicemia devido a produção ineficiente de insulina ou à resistência de seus receptores. Células arranjadas em ácinos pancreáticos, produtoras de suco pancreático, constituído por enzimas que irão atuar na digestão de proteínas, carboidratos e lipídeos no trato intestinal. Células que constituem as ilhotas pancreáticas, produtoras de hormônio que irão atuar no metabolismo de carboidratos e lipídeos. Células β: Insulina (hipoglicemiante, transporta glicose do sangue para tecidos) Células α: Glucagon (hiperglicemiante, transporta glicose do tecido para o sangue) Células Δ: Somatostatina (hormônio regulatório inibidor de insulina e glucagon) Células PP: Polipeptídio pancreático (inibe colecistoquinina e ativa secreção gástrica) A GLICOSE é importante para o metabolismo de todas as células do organismo, pois é fonte de energia. Possui diversos transportadores celular: GLUT-1 e GLUT-3 Não dependentes de insulina GLUT-2 Dependentes de insulina GLUT-4 Dependentes de insulina Estimula liberação de insulina A insulina ativa os transportadores celulares de glicose, diminuindo sua concentração no sangue. Inibe a liberação de glucagon Estimula liberação de glucagon O glucagon estimula a quebra do glicogênio hepático e muscular, disponibilizando glicose no sangue. Inibe a liberação de insulina (EFEITO DESEJADO) Não há produção de insulina pelo pâncreas Produção insulínica deficiente ou resistência dos receptores de insulina Predominante em CÃES Predominante em GATOS CAUSAS: Genético: raças ou família Imunomediado: pouco definida, pode ser ataque de anticorpos contra as células β, insulina ou componentes pré-insulínicos. Pancreatite: inflamação do pâncreas exócrino que pode acometer parte endócrina Amiloidose: depósito de amiloide no tecido pancreático CAUSAS: Obesidade: excedente de lipídios circulantes causam resistência Endocrinopatias concomitantes: Devido alta secreção de hormônios contra-regulatórios (corisol, GH, etc.) Neoplasias ovarianas: Progesterona também é um hormônio que induz resistência insulínica. Pancreatite Amiloidose Principalmente no DIESTRO, PRENHEZ ou NEOPLASIA ovariana produtora de P4 Alta mobilização e circulação de lipídeos na circulação, predispõem a resistência insulínica. Poodle Pinscher Beagle Schnnauzer Labrador Pancreatite HAC Acromegalia Lipidose Hormônios hiperglicemiantes ou que podem causar resistência insulínica. GHCortisol (Mantém a longo prazo) Catecolaminas (Liberação a curto prazo) Progesterona Glucagon Limiar de filtração: 180 a 220 mg/dL Em jejum de 8 a 12 horas Normal: 60 a 110 mg/dL > 200 mg/dL Poliúria: causada pela glicosúria Polidipsia: compensatória a PU Polifagia: falta de glicose nos tecidos ativa o centro da fome Perda de peso: lipólise (via secundária para energia) Definhamento da musculatura dorsal: catabolismo muscular (outra via para energia) Pelame oleoso/seborreia: para poupar energia Catarata: edema permanente do cristalino Glicose, ultrapassa o glomérulo, é reabsorvida pelos túbulos contorcidos proximais. Hemograma de acordo com os valores de referência Hipertrigliceridemia: devido a mobilização de lipídeos Hipercolesterolemia (HDL geralmente) Elevação de FA e ALT leves, geralmente devido a lipidose ou dislipidemias Alterações bioquímicas: DU > 1,025: glicose é uma molécula pesada Cetonúria: devido a mobilização de lipídeos e cetogênese Cistites: glicose é substrato para as bactérias, em sua grande maioria são fermentadoras (cistite enfisematosa) Ausência de sedimento ativo Alterações na urinálise: Limiar de filtração: 180 a 250 mg/dL Poliúria Perda de peso Pelame eriçado Neuropatia diabética: hiperglicemia causa distúrbio na condução do estímulo nervoso em periferia de membro (andar plantígrado ou palmígrado.) Em jejum de 6 horas Normal: 75 a 160 mg/dL > 300 mg/dL Glicose, ultrapassa o glomérulo, é reabsorvida pelos túbulos contorcidos proximais. DU entre 1,026 e 1,034 Ausência de sedimento ativo Cetonúria EXAMES LABORATORIAIS Hemograma s/ alterações Bioquímicos s/ alterações Como o gato é carnívoro estrito, é um animal estocador e mobilizam gordura rapidamente. Polidipsia Polifagia Seborreia seca Deve ser feita sempre após as refeições, no cão é utilizada as insulinas INTERMEDIÁRIAS que demoram um certo tempo para serem absorvidas, com a intenção de que ajam no organismo quando a glicose já esteja disponível no sangue, evitando hipoglicemias. Glargina (lenta) 0,25 a 0,5 UI/kg/SC/BID Utilizada em cães muito resistentes ou muito pequenos Determir (Intermediária: muito potente, NADIR forte) 0,09 a 0,23 UI/kg/SC/SID ou BID Utilizada em cães com endocrinopatias concomitantes. NPH (Intermediária) 0,5 a 2,2 UI/kg/SC/BID Escolha ideal Caninsulin (lenta c/ perfil intermediário) 0,25 a 0,5 UI/kg/SC/BID Escolha ideal Animal comeu: dose normal Comeu menos ou não comeu: meia dose Remissão dos sinais clínicos: principalmente PU e PD, a PF dificilmente cessa Controle glicêmico entre 100 a 250 mg/dL Evitar grandes oscilações glicêmicas Estabilidade do score corporal ideal Diminuir glicosúria Evitar hipoglicemia Útil para insulinas intermediárias NADIR: atenção a possível hipoglicemia Feita durante 12h em casa (evitar estresse) Aferições glicêmicas a cada 2h Animais com sinais clínicos e glicemias controladas: aferir apenas em jejum e no NADIR 1x na semana NADIR: PICO DE AÇÃO DA INSULINA 8h e 20h: horários de aplicações de insulina, posterior a alimentação Aferir em jejum Aferir em jejum Animal controlado Insulina é funcional, mas precisa aumentar dose SOMOGYI: Dose muito alta de insulina, causa alta oscilação de glicemia, remissão dos sintomas de DM e ganho de peso. Efeito compensatório: liberação de hormônios hiperglicemiantes. (ADAPTADO: CRIVELLENTI, S.) Rica em fibras: absorção lenta, evita picos de glicemia e estoca menos Menor concentração de carboidratos Aminoácidos essenciais facilitados: aumentar digestibilidade O ideal é dividir em porções a cada 12 horas. Se o paciente apresentar muita fome durante o NADIR, pode ser oferecido uma porção intermediária (retirar das demais porções) - Se não for uma ROTINA, não adquire resultado (Min: 5x semana) - Estabilidade do peso - Controle da glicemia - Evitar resistência insulínica Evitar petiscos, caso for oferecer, optar por opções mais proteicas: peito de peru, peito de frango, carne bovina magra. Caminhadas diárias (Mínimo: 1h) Natação para animais com artrose, muito obesos ou idosos Devem ser utilizada insulinas LENTAS, pois o gato é um animal que come pequena porções ao longo do dia todo, logo, sua insulina não pode ter pico de ações. O ideal é que mantenha-se um nível basal de insulina. Glargina (lenta) 0,5 UI/kg/SC/BID Escolha ideal Caninsulin (perfil intermediário) 0,25 a 0,5 UI/kg/SC/BID Controlar a glicemia rapidamente Evitar a GLICOTOXICIDADE nas células β-pancreáticas (hiperglicemia persistente mata essas células e pode tornar o animal insulinodepente) Remissão dos sinais clínicos Monitorar GLICOSÚRIA da primeira urina do dia, trocar areia da liteira por pedra branca ou areia que não absorve (se o gato aceitar) Aferir GLICEMIA: - Jejum manhã - 8h após insulina da manhã (se usar caninsulin) - Antes da insulina da noite Work for food Enriquecimento ambiental Lasers, caixas ou brinquedos Caminhadas (se o gato aceitar) Alterar para rações DIABÉTICAS ou OBESITY, apenas se o gato aceitar. Não forçar a troca. Tentar alterar hábito alimentar para 12h cada porção ou em horários mais específicos, apenas se o gato aceitar. Evitar jejum HIPOGLICEMIANTES ORAIS Ação intestinal: diminui absorção de glicose (apenas 30% de resposta) Não utilizar como terapia única, contraindicado e oferece menor chance de remissão. Glipizida (2,5-5 mg/gato/VO/BID) ou Acarbose (12,5-25 mg/gato/VO/BID junto com o alimento).
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