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DISPOSITIVOS, MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTOS

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ERGONOMIA APLICADA
DISPOSITIVOS, MOBILIÁRIO E 
EQUIPAMENTOS
Marcello Silva e Santos
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Olá!
Você está na unidade 3 da disciplina de . Aqui você será apresentado (a) aos elementos deErgonomia Aplicada
projeto de dispositivos, mobiliário e equipamentos para atender aos preceitos ergonômicos e garantir conforto,
segurança e a eficácia produtiva aos diferentes usuários.
Saberá, por exemplo, que os critérios de projeto para um assento adequado para atividades de trabalho não são
necessariamente iguais ao que se espera de um sofá de uma sala de estar, ou ainda que diferentes dispositivos
devem respeitar parâmetros distintos para sua alocação conforme a frequência de uso, finalidade ou criticidade
da operação. Em resumo, você perceberá como a Ergonomia é capaz de melhorar a qualidade dos móveis,
eletrodomésticos e ambientes de trabalho ou lazer.
Bons estudos!
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1. Dispositivos, mobiliário e equipamentos
Qualquer pessoa que já tentou utilizar um mobiliário inadequado sabe bem o que isso representa em termos de
desconforto. O uso de dispositivos, mobiliário e equipamentos de trabalho e lazer podem representar sério risco
à saúde e dificuldades na realização de atividades cotidianas quando não atendem aos requisitos de conforto e
usabilidade.
A usabilidade deve ser aqui compreendida como um grau de atendimento de parâmetros projetuais em que há
conformidade entre o que se planejou em relação ao produto e a satisfação do usuário em relação ao mesmo.
Portanto, não basta apenas ao produto conformar-se às especificações, pois é necessário atender às expectativas
de todos os usuários de um produto ou ambiente. Assim, é fundamental que existam parâmetros de projeto e
critérios de especificação, design e fabricação de dispositivos, mobiliários e equipamentos destinados aos seus
diferentes usuários.
Além dos requisitos antropométricos, abordados na Unidade 2, existem aspectos normativos e técnicos que
devem ser considerados ao se projetar dispositivos, mobiliários e equipamentos para as diferentes finalidades e
condições de uso.
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1.1 As implicações biomecânicas no design de mobiliário e afins
As implicações biomecânicas estão relacionadas à adoção de diferentes posições do corpo humano pelas
pessoas. Tais posições do corpo, ou posturas, são necessárias à realização das atividades ao longo do dia, como
no trabalho, em casa ou no lazer. Numa situação de trabalho, por exemplo, as posturas são pelasforçadas 
condicionantes da tarefa, ou impostas pelo trabalho em si, conforme já foi visto na Unidade 1.
As posturas, por sua vez, podem ser definidas como a organização dos vários segmentos do corpo humano
dentro de um espaço. Em uma ação projetual ou ajuste ergonômico, um dos pontos fundamentais a serem
avaliados é a postura no trabalho - assim compreendida como a organização dos segmentos corporais que
ocorrem durante a atividade laboral.
Embora as legislações trabalhistas e de ergonomia não prevejam, de modo geral, as modificações naturais que
ocorrem nos locais de trabalho, eventuais inadequações ainda assim podem surgir no ambiente ou no posto de
trabalho. Assim, quando não são planejadas no plano antropométrico, levam o trabalhador a adotar posturas que
prejudicam o conjunto musculoesquelético (MASCULO; VIDAL, 2011).
Por isso, em Ergonomia, o termo correto de uso não é posturas inadequadas, mas, sim, postura forçada em
função dos determinantes da tarefa - seriam inadequadas se fossem adotadas de forma voluntária pelo
trabalhador, mas não é isso que normalmente acontece. Alguns autores as classificam, ainda, como posturas
desequilibradas ou inadequadas. Mas como aceitar essas descrições quando as posturas que são evidenciadas
pela análise ergonômica comprovam que as mesmas poucas vezes advêm da escolha ou de uma opção por parte
do trabalhador? Em geral elas decorrem do arranjo físico do posto ou local de trabalho, desenho dos
equipamentos e do mobiliário, do conteúdo cognitivo das tarefas e da intensificação do ritmo de trabalho,
componentes que não são controlados pelos indivíduos.
Imagine, por exemplo, um trabalhador que passa horas trabalhando em uma bancada soldando placas que
chegam numa esteira transportadora. Se ele estiver sentado lateralmente em relação à esteira, precisa realizar
constante torção de tronco para recolher as peças, soldar os componentes e retornar o conjunto pronto para
esteira, de forma a seguir para um estágio seguinte da linha de produção. A manutenção dessas posturas
forçadas por um longo período de tempo pode causar dores nos músculos necessários para sua manutenção, até
o surgimento de doenças ocupacionais, como escoliose, lordose e agravamento dos chamados Distúrbios
Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT).
De forma a se garantir a adoção de princípios e conceitos de ergonomia, o cumprimento das diretrizes
antropométricas para os postos de trabalho e as necessidades fisiológicas dos usuários de um sistema de
trabalho, as posturas adotadas deveriam ser as consideradas o mais natural possíveis para o executante de uma
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tarefa, com alternância e variação ao longo da jornada e mitigação das situações nocivas em função da duração
do trabalho e frequência da atividade. Idealmente, isso deveria ser parte do planejamento da organização e do
posto de trabalho, prevendo-se inclusive o rodízio de funções, se for necessário para alternar-se uma postura em
pé com outra função onde seja permitida o trabalho sentado e vice-versa.
Pode-se classificar, de acordo com o escopo, as principais posturas de trabalho como “postura em pé” e “posturas
sentada”, ambas envolvendo carga musculoesquelética estática que são nocivas ao corpo. Obviamente, algumas
situações de trabalho, como a do cirurgião dentista, do mecânico e de caixas de supermercado, por exemplo,
demandam um tratamento diferenciado e a solução passa pela limitação de operação contínua na posição
indesejada.
No meio industrial a postura em pé ainda é bastante comum nas atividades de natureza operacional, o que acaba
sendo relativizado devido às considerações na literatura sobre o fato que, na posição em pé, a coluna vertebral
tende a alinhar-se ao plano sagital do corpo, reduzindo-se a pressão sobre os discos intervertebrais em relação
ao trabalho sentado. Acontece que a posição em pé é uma postura antinatural, já que o mantém uma pessoa em
pé é uma reação de ajuste biomecânico, visando o equilíbrio do corpo, ou seja, as pessoas precisam esforçar-se
para se manter eretas.
Oliver e Middledith (1998), por exemplo, fizeram experimentos conclusivos que demonstraram que os músculos
que sustentam o tronco contra a força gravitacional, embora vigorosos, não são muito adequados para manter a
postura em pé. Esta musculatura seria mais eficaz nos chamados ajustamentos posturais, ou a produção dos
movimentos necessários às principais mudanças de postura durante uma atividade. Por outro lado, ficar em pé
no local de trabalho como postura básica significa assim permanecer um mínimo de duas horas entre as pausas
formais. Isto implica na adoção de um esforço estático para a imobilização prolongada das articulações dos pés,
joelhos e quadris. A força envolvida não é grande e está situada certamente abaixo do limite crítico de 15% da
força total.
Além disso, o longo período em pé é cansativo e difícil não só devido ao esforço muscular estático, mas também
devido ao aumento da pressão hidrostática do sangue nas veias das pernas e o progressivo acúmulo de líquidos
tissulares nas extremidades inferiores. Ao se caminhar, porém, a musculatura das pernas age como bomba,
compensando a pressão hidrostática do sangue, facilitando o fluxo sanguíneo do coração aos membros. Portanto,
na impossibilidade de se adequar o trabalho em pé, torna-se imperativo que se realizem micropausas para uma
curta caminhada, ou mesmo um curto repouso em posição sentada, evitando-se o aumento da fadiga decorrente
do esforço muscular necessário à manutenção do corpoereto.
Como pode ser visto até aqui, a posição em pé não deveria ser mantida por longos períodos e, contrariando a
suposição que o trabalho estático sentado é mais danoso ao conjunto musculoesquelético, existem restrições ao
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trabalho em pé que vão além ao fato de que o mesmo pode provocar varizes. Por impulso natural e necessidade
fisiológica, os indivíduos alternam o apoio na perna direita e esquerda, não apenas como um mecanismo para
bisca de equilíbrio como de forma a facilitar a circulação sanguínea e diminuir a pressão sobre as articulações
dos membros inferiores. De acordo com Masculo & Vidal (2011), quando o indivíduo trabalha em pé, na mesma
posição e por muito tempo, de modo a se manter confortavelmente nesta posição ele ou ela precisa usar
diferentes mecanismos como: a)fazer de forma intuitiva uma alternância na distribuição dos pesos entre um pé e
outro ou b) depois de um certo tempo, fazer um balanço elíptico ou circular da cabeça e do tronco, mais ou
menos intenso dependendo do tempo na posição de pé parado. Isso é um mecanismo de regulação do tônus dos
músculos posturais para facilitar a alternância e evitar a fadiga localizada.
Segundo Masculo & Vidal (2011), por conta dessas questões, e de acordo com a Nota técnica 060 / 2001 do
extinto Ministério do Trabalho e do Emprego, a escolha da postura em pé somente se justificaria caso a tarefa
exija:
Manipulação de cargas com peso igual ou superior a 4,5 kg.
Aplicação de forças para baixo, como no caso de empacotamento.
Operações frequentes em vários locais de trabalho, fisicamente separados.
Movimentações intraposto frequente, com alcances para cima, para frente ou para baixo.
Com base na NR 17, o trabalho que pode ser projetado para ser realizado sentado deve ser modificado, caso não
o seja. Assim, fora de situações como as descritas anteriormente, o trabalho contínuo em pé é desaconselhado e
considerado desconforme. Curiosamente, um dos argumentos usados pelas empresas para manter o trabalho em
pé é que ele impede a desconcentração e evita a morosidade que, segundo as mesmas empresas, ocorreria no
trabalho sentado. Ora, isso não se verifica empiricamente, já que o que causa a fadiga física e mental é a natureza
do trabalho executado. Um trabalhador que monitora um painel de controle verificando parâmetros de produção
em pé, portanto, tenderia a cansar-se mais rápido ao trabalhar em pé.
Na prática, verifica-se que a postura sentada melhora o bem-estar e o rendimento no trabalho, pois tende a gerar
menor fadiga. Os motivos seriam de natureza fisiológica, pois de pé a pessoa encontra-se em permanente
consumo energético para busca de equilíbrio, com esforço muscular estático constante nas articulações dos pés,
joelhos e quadris, ao passo que, ao sentar-se, o indivíduo passa a não ter esse tipo de trabalho muscular.
Atualmente cerca de três quartos dos trabalhadores têm uma atividade sentada nos países industrializados
(MASCULO; VIDAL, 2011).
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Efetivamente o trabalho sentado traz alívio das pernas, mais possibilidades de evitar posições forçadas do corpo
e redução no consumo de energia, o que traz, consequentemente, alívio na pressão de circulação sanguínea. As
desvantagens seriam a flacidez dos músculos da barriga (que deixam de ser solicitados) e a cifose (que provoca
um arredondamento na parte superior das costas).
De uma forma mais sistemática, pode-se listar as seguintes consequências indesejáveis da postura sentada para
o indivíduo:
As articulações dos braços (cotovelos e punhos).
A coluna cervical.
Os membros do esqueleto (pernas e braços).
A coluna lombar.
Quando sentado, o pescoço dobra-se para frente para que possamos olhar o trabalho, na posição mais comum.
Quanto mais dobrado para frente, maiores serão as queixas com desconforto em função de sobrecarga nos
ligamentos e articulações da região. A impossibilidade de movimentação da cabeça exigirá dos músculos mais
trabalho para manter a posição (trabalho muscular estático). Na figura reproduzida a seguir observam-se
movimentos de inclinação do pescoço que devem ser evitados. Conforme a figura, da esquerda para a direita, a
inclinação do pescoço pode acontecer por causa de uma mesa ou teclado mais baixos, a cadeira estar alta, o
assento muito afastado da mesa ou bancada ou ainda o trabalho pode estar exigindo que os olhos se mantenham
em posição fixa.
Figura 1 - Tipos de inclinação da cabeça por imposição da tarefa
Fonte: Fonte: MASCULO; VIDAL, 2011, p. 68.
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 A figura mostra quatro tipos de posturas de pessoas sentadas trabalhando; a primeira com a#PraCegoVer:
cabeça voltada para a frente, mostrando a curvatura incorreta das costas e, a última, com as costas eretas,
mostrando a postura correta.
Recomenda-se que, quando inclinado para frente, o pescoço flexione-se até o limite entre 20 a 30 graus, e em
torno de 15 graus, se o trabalho for prolongado. Quando a bancada é baixa, o corpo dobra-se para frente,
facilitando o aparecimento de dor e outros sintomas na região lombar. Para diminuir o ângulo do pescoço, deve-
se manter a cadeira bem próxima à bancada de trabalho, ajustar os equipamentos sobre a mesa, estabelecer
pausas e exercícios. Para quem realiza trabalho com digitação, é importante o uso de suporte de papel, devendo-
se evitar posturas estáticas inadequadas como atender ao telefone e anotar algo. Esta posição requer uma
acentuada inclinação do pescoço.
Também quando se trabalha sentado, ocorre o deslocamento do braço para frente e o para o lado. A elevada
frequência destes movimentos e sua grande amplitude podem provocar dores no pescoço, ombros e braços.
Problemas também podem acontecer se os braços forem mantidos em contração estática por um longo período,
como acontece em certos tipos de atividade, como no comércio e nos checkouts de supermercado, por exemplo.
A contração muscular estática torna os músculos dos ombros doloridos, podendo inflamar, o que compromete os
ligamentos e vasos sanguíneos.
O arranjo do posto de trabalho e a distribuição dos equipamentos sobre a mesa podem causar ângulos
superiores a 60 graus, em abdução entre o braço e o corpo. Deve-se eliminar, portanto, a tarefa ou partes da
tarefa que essas disfunções posturais, movimentos inúteis. Isso é possível com medidas simples, como a
reorganização do material de trabalho, de forma que os de uso mais frequente permaneçam junto ao corpo. Para
prevenir possíveis problemas para os ombros, a mesa e o assento devem ser ajustados de forma a permitir que
os ombros permaneçam relaxados, os cotovelos abaixados e próximos ao corpo, formando ângulo de até 15
graus com os braços que, por sua vez, devem estar com os antebraços em posição neutra, ou próximo a 90º.
Em relação às pernas, a pressão contínua das nádegas nas coxas contra o assento da cadeira reduz a circulação
local. Com o passar do tempo, esta pressão conduz a uma diminuição da temperatura nas pernas, sensação de
formigamento, dormência, dor e inchaço, principalmente nos pés, tornozelos e pernas, deixando o usuário
propenso a problemas circulatórios como as varizes. Para diminuir estes problemas circulatórios, é necessário
usar o assento da cadeira de forma adequada à altura e ao comprimento das pernas do usuário.
A figura a seguir apresenta os efeitos da altura do assento na circulação das pernas. Da esquerda para a direita
observa-se que se o assento for muito alto, toda a coxa estará fortemente apoiada sobre o assento e os pés
ficarão em balanço total ou parcial. A compressão dessa parte da coxa diminui ainda mais a circulação sanguínea,
pois os vasos sanguíneos e nervos passam superficialmente nesta região. Ocorrerá também a diminuição do
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ângulo interno do joelho, reduzindo a circulação e promovendo dor nesta região. Por fim, se o assento estiver
muito baixo, uma grande parte do peso do corpo estará apoiada sobre uma região muito restrita das nádegas,
causando dores.
Figura 2 - Constrangimentos físicos às pernas em função do assentoFonte: Fonte: MASCULO; VIDAL, 2011, p. 68.
 A figura mostra duas pessoas sentadas em uma cadeira; uma delas corretamente, com os pés#PraCegoVer:
totalmente apoiados no chão e, a outra, com apenas as pontas dos pés voltadas para o chão.
A cadeira deve ser considerada como parte integrante do posto de trabalho. A regulagem do assento deve estar
em acordo com a superfície de trabalho de trabalho. Porém, se mesmo com os ajustes, a altura do sistema não
estiver adequada e o assento for muito baixo, recomenda-se a utilização de uma almofada firme sobre ele, desde
que o encosto continue fornecendo os apoios necessários à coluna. Se o assento for muito alto, recomenda-se o
uso de apoio para os pés. Um bom apoio para os pés permite a movimentação dos mesmos sob a bancada. Note-
se que o piso é o melhor apoio de pés que existe, ou seja, se a pessoa tem altura suficiente e o assento permite as
regulagens devidas, a pessoa pode apoiar os pés no próprio piso, dispensando qualquer acessório.
Recomenda-se que o desenho do posto permita a movimentação das pernas. O espaço entre a borda frontal do
assento e a parte posterior das coxas deve ser considerado e também espaço para inserção das pernas e dos pés
sob a bancada. Cada pessoa deverá poder ajustar o assento na cadeira de forma a manter os pés apoiados no
chão e, sempre que possível, manter suas coxas e seus joelhos dobrados em ângulo próximo a 90º. Para uma boa
movimentação das pernas, a área abaixo da mesa deve ter um espaço horizontal mínimo de 60cm na altura do
joelho e de 80cm na altura dos pés. É interessante também que o assento apresente uma borda levemente
arredondada para baixo e que haja um espaço livre de 5cm entre a borda do assento e a parte posterior da perna.
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Em relação à coluna cervical, a primeira consequência importante da postura sentada para o corpo humano é o
aumento da pressão entre os discos intravertebrais, em função da diminuição da curva lombar e diminuição do
espaço entre os discos. Na postura sentada ocorre uma maior compressão nas extremidades do disco, devido à
deformação natural das curvaturas da coluna vertebral na posição sentada. Outra observação pertinente é que,
quanto mais fechado o ângulo entre o tronco e as coxas, maior será a pressão dentro dos discos.
Na figura a seguir percebe-se que as forças verticais são menores quando há inclinação para trás. Assim, sentar-
se fora da posição neutra – que normalmente é tida com a postura ideal – mantendo o corpo em ângulo por volta
dos 100º seria o ideal, entretanto essa não é uma posição normalmente possível na realização de tarefas na
posição sentada. Na posição neutra, a carga é menor, mas deve-se enfatizar também que manter essa posição por
longos períodos também sobrecarregam a coluna. As piores posições no trabalho sentado são exatamente
aquelas mais comuns quando se utilizam a digitação ou o trabalho administrativo em si.
Figura 3 - Constrangimentos físicos às costas em função do assento
Fonte: Fonte: MASCULO; VIDAL, 2011, p. 71.
A figura mostra quatro pessoas sentadas em uma cadeira com diferentes posturas; uma com o#PraCegoVer: 
corpo voltado para trás, como se estivesse encostada no apoio; outra com a postura correta; e, as outras duas,
voltadas para a frente.
- -11
Manter essas posturas por um longo período, ou trabalhar em atividade que exija a adoção de postura sentada
durante mais de cinco anos, pode facilitar o enfraquecimento da parede do disco, ocorrendo rachaduras e
aumentando as chances de hérnia de disco, o que se agrava com a idade. O senso comum diz que a hérnia de
disco ocorreria apenas em consequência do trabalho pesado, mas a epidemiologia mostra que a mesma também
pode ocorrer na posição sentada, em trabalhos leves. Algumas ações amenizam estes impactos:
Disponibilizar um encosto da cadeira móvel e ajustável, para acompanhar o movimento do corpo e que não seja
muito macio nem muito duro, visto que este elemento suporta uma parte do peso do corpo, diminuindo a
sobrecarga das costas.
Priorizar a utilização de cadeiras com o espaldar alto, preferencialmente com encosto de cabeça separado,
possibilitando maior conforto e estimulando a adoção de posturas neutras.
Providenciar apoio para a parte baixa da coluna de forma a manter a curvatura lombar tão natural quanto
possível.
Realizar pausas frequentes, levantando-se e caminhando sempre que possível.
Também é importante evitar torcer o tronco ou manter o corpo inclinado para um dos lados. Quando a mesa tem
mais de um plano de trabalho, é comum girar o corpo para alcançar objetos e documentos. Estes movimentos de
torção do tronco sobrecarregam a coluna. Cadeiras com rodízios podem poupar estes constrangimentos. Deve-se
girar a cadeira, ao invés de girar o corpo.
Em relação ao restante do mobiliário, deve-se atentar ao projeto de armários em quantidade suficiente para as
atividades de trabalho e acondicionamento de pertences de todos no setor. É comum que ocorram problemas
diversos, com consequências variada, advindos da falta de mobiliário, como capacetes no alto de armários que
caem nas pessoas, mochilas no piso que causam quedas etc. A utilização de gavetas muito baixas pode aumentar
a pressão nos discos, o atrito nas articulações e mesmo o chamado travamento de coluna na tentativa de apanhar
uma pasta, por exemplo. Assim sendo, recomenda-se transferir materiais cujo uso seja mais frequente e
constante para gavetas superiores, deixando os menos usados para as gavetas inferiores.
Naturalmente, durante o exercício profissional outras posições podem ser usadas, independentemente da
imposição do mobiliário. Mas, por imposição da tarefa, podem existir posições de trabalho curvadas, alongadas,
ajoelhada, agachada e até deitada, como acontece no trabalho dos mecânicos de automóveis. Nestes casos o fator
mais cansativo é o esforço estático para manter a cabeça, e eventualmente o tronco numa posição que permita o
controle visual do trabalho e certa mobilidade. Esta posição é extremamente fatigante porque ao trabalhar
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deitado o indivíduo fica sem apoio para a cabeça e geralmente usa os membros superiores num plano acima do
corpo. Portanto, idealmente deve-se deixar a posição deitada exclusivamente para o repouso, por permitir um
relaxamento perfeito dos músculos.
As posições curvada e agachada também são muito cansativas, pois os músculos têm de assegurar o tronco e a
cabeça e, no caso da agachada, o equilíbrio também precisa ser mantido, o que causa ainda mais esforço. Todas
estas posições menos comuns envolvem sobrecarga estática excessiva, tônus muscular aumentado, diminuição
da estabilidade corpórea e diminuição da liberdade de movimentos. Estas posições podem levar ainda a edema
dos músculos, calosidade dos joelhos e nos dedos, bursites, tenossinovites, portanto, nunca devem ser
recomendadas para projeto do trabalho.
Assista aí
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/6d8fbefacd4c89e0d46ec91f842a8427
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2. Design de dispositivos, mobiliário e equipamentos
No contexto do design de interiores e da ergonomia aplicada, o projeto de dispositivos, mobiliário e
equipamentos também está sujeito aos condicionantes das tarefas e as necessidades de atendimento às
características físicas dos usuários. Nenhum padrão de design pode ser visto como imutável ou perene, já que o
trabalho e a vida em sociedade se encontram em constante evolução, como tudo que é humano.
Os projetos de Ergonomia, por sua vez, objetivam promover intervenções para melhorar de forma integrada e
não dissociada a segurança, o conforto, o bem-estar e a eficácia das atividades humanas. É, assim que deve ser
pensado todo o componente de um sistema arquitetônico, como móveis,acessórios, materiais de acabamento,
posição de janelas, enfim, todo o design deve ser planejado de forma holística, antevendo o impacto do ambiente
sobre o usuário, pois o meio ambiente construído pode afetar o homem não apenas fisicamente, mas
principalmente psiquicamente.
Como já abordado anteriormente, a ergonomia visa adequar os sistemas homem-máquina-ambiente às
características das diferentes pessoas que nele operam, interagem e habitam. De forma a reforçar alguns pontos
principais dessa relação entre o homem e seus artefatos, listam-se a seguir algumas definições importantes:
Condições de trabalho
Do ponto de vista normativo, definem-se condições de trabalho pelas condicionantes das tarefas realizadas na
prática laboral, em situações envolvendo, por exemplo, o transporte e descarga de materiais; utilização de
mobiliário e equipamentos específicos; condições ambientais do posto e local de trabalho e a própria organização
do trabalho.
Ambiente de trabalho
Diz-se de todo o meio que envolve a situação de trabalho, como a temperatura, ruídos, vibrações, luz, cores, gases,
equipamentos, companheiros de trabalho e outros.
Situação de trabalho
Fique de olho
Frank Lloyd Wright, um dos maiores arquitetos que já andou sobre a terra, disse certa vez
numa palestra que tinha plena consciência de seu papel e respeito pelo seu poder, pois sabia
que poderia acabar com qualquer casamento se assim quisesse.
- -14
É considerada a menor unidade produtiva possível, envolvendo geralmente um(a) operador(a), seu local de
trabalho e as relações de proximidade e interações correntes com outras situações de trabalho na empresa.
Local de trabalho
Compreende o posto de trabalho, o ambiente imediato e suas vizinhanças cuja interferência mútua seja notória
(por exemplo, dois postos em uma mesma sala).
Posto de trabalho
É definido pelos equipamentos, mobiliários e acessórios que formam uma unidade não tripulada do processo de
trabalho.
Tarefa
É o conjunto de metas, instruções e requisitos de produção estabelecidos ao operador ou uma atividade de
trabalho.
Atividade de trabalho
Trata-se da materialização da tarefa prescrita, ou seja, a execução de uma tarefa ou conjunto de tarefas em uma
situação de trabalho.
Equipamentos
São os meios técnicos necessários para dotar um posto de trabalho das capacidades requeridas pelas tarefas que
a serem executadas e incluem, dentre outros, as máquinas, computadores, periféricos, correias transportadoras,
meios de comunicação verbal e virtual, e assim por diante.
Mobiliário
São os meios técnicos necessários para dar o suporte essencial a um posto de trabalho garantindo-lhe conforto e
funcionalidade. Incluem-se nesta categoria: mesas, assentos, armários, estantes, gaveteiros, bancadas, suportes,
prateleiras, etc.
Acessórios
São os complementos típicos aos equipamentos e mobiliários e que aumentam a capacidade destes componentes.
Incluem-se nesta categoria: apoio de pés e punhos, porta-documentos, suporte de monitor e assim por diante. Em
tese, qualquer atividade humana pode ser realizada sem os acessórios, mas isso implicaria, no mínimo, em maior
desconforto para quem a executa.
Contrantes
São os elementos físicos ou não que impõem restrições, obstáculos, dificuldades, constrangimentos e incômodos,
ou seja, elementos que na situação de trabalho restringem ou contrariam a intenção do trabalhador em realizar
sua tarefa.
Astrantes
São os efeitos fisiológicos e psicológicos das contrantes nos trabalhadores. Ou seja, são os efeitos na pessoa da
exposição aos riscos ergonômicos executando uma tarefa num dado processo de trabalho.
Especificação
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É a definição precisa dos elementos de um conjunto operacional (maquinas, equipamentos e acessórios). A
especificação pode ser feita em conjunto (KIT) ou por componente isolado.
Especificação técnica
É a descrição das características operacionais de um conjunto ou componente de um posto de trabalho.
Especificação de compra
É a determinação de um item de catálogo de fornecedor que corresponda ou que atenda basicamente às
especificações técnicas.
Ilustração técnica
É o desenho técnico com as cotas referentes aos aspectos dimensionais e funcionais a serem verificados para
efeito de atendimento da especificação.
Observação técnica
São ressalvas ou comentários que acompanham a ilustração técnica referente a algum aspecto da especificação.
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2.1 Design de mobiliário, equipamentos, acessórios dentre outros
São muitas as variáveis envolvidas na escolha ou no projeto de um mobiliário ou recurso arquitetônico para
compor um ambiente. Existem soluções estéticas que envolvem necessidades técnicas e necessidades técnicas
que impõem uma modificação de natureza estética, o que algumas vezes acaba prejudicando o design. Um bom
exemplo seria os pergolados utilizados na saída de túneis. Eles têm uma função técnica importante, de prevenção
de ofuscamento causado pela passagem da escuridão à claridade. Todavia, com o devido tratamento, muitos
desses elementos estruturais são utilizados para compor um conjunto arquitetônico interessante, nem sempre
tendo uma função técnica associada aos mesmos.
Além de estar vinculado ao processo criativo, o design de dispositivos, mobiliário, equipamentos e outros
elementos para utilização de seres humanos, seja no trabalho ou na sua vivência rotineira, não pressupõe a
existência de modelos ou padrões fixos para sua especificação e projeto, uma vez que a padronização nesse caso
acabaria engessando as possibilidades de aplicação dos diferentes produtos.
Uma cadeira de design sofisticado, por exemplo, que seja confortável e tenha cinco tipos de ajustes, configuração
anatômica perfeita e oito pernas com rodízios e rolamentos incorporados. Apesar de toda sua beleza,
funcionalidades e, naturalmente, seu alto custo, ela pode perder todas essas vantagens dependendo de um
contexto. É o caso de uma plataforma de petróleo: no primeiro dia de mar mais agitado, seus rodízios
tecnologicamente perfeitos inviabilizariam todas as demais funções.
Entretanto, para não poder instrumentalizar o designer de critérios, dados e informações importantes para
poder projetar os sistemas de trabalho e ambientes construídos em geral, um conjunto de diretrizes básicas para
especificação e design de mobiliário, com ênfase em cadeiras, precisa ser observado.
O documento desenvolvido num contexto de um projeto de consultoria em Ergonomia, sob responsabilidade do
autor dessa unidade, apresenta as condições mínimas de atendimento das necessidades de uso normal dos
assentos pelos indivíduos, estando assim, naturalmente, em consonância com as normas e parâmetros de
Ergonomia, Antropometria e Adequação ao Uso (usabilidade). A súmula que será apresentada a seguir, portanto,
foi elaborada por um grupo de trabalho formado por ergonomistas e designers. Na impossibilidade de se
referenciar adequadamente os envolvidos, solicita-se a eventuais participantes com acesso a esse texto que
comuniquem seu interesse pela citação formal.
Assista aí
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/5a75b96323b6904989f969dba004c565
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- -17
2.2 Referências
a) Em postos de trabalho onde se utilizam terminais de vídeo, os indivíduos permanecem em posição estática
durante horas, monitorando a tela e com as mãos noo teclado e mouse, Portanto, para que a pessoa possa
prevenir as doenças ocupacionais, deve-se buscar obedecer aos critérios técnicos básicos envolvendo o conforto
visual, manutenção de posições neutras de punho e membros superiores e inferiores, que devem estar apoiados
nos respectivos planos, facilitando a adoção de posturas adequadas com a coluna vertebral alinhada.
b) Esta súmula estabelece critériostécnicos e características físicas e dimensionais da cadeira, conforme
determina a portaria 3214/78, Norma Regulamentadora – NR. 17 da portaria 3214 do MTE e NBR 13962 da
ABNT.
c) Aplica-se a todos os empregados, que possuem postos de trabalho na posição sentado no uso continuo de
computador.
- -18
2.3 Conforto visual
a) Para garantir o conforto visual, mantenha seu monitor entre 45 e 70 cm de distância entre a tarefa visual e os
olhos do(a) operadora(a), para isto basta seguir a regra do braço estendido em direção ao monitor com a palma
da mão retraída.
b) A altura do monitor deve estar de forma que a sua linha de visão não sofra desvios da visão, isto é, a parte
superior da tela do monitor deve estar ligeiramente acima da linha horizontal da vista, conforme a Figura a
seguir.
Figura 4 - Posto administrativo com uso de terminal de vídeo
Fonte: Elaborada pelo autor (2020).
 A figura mostra uma pessoa sentada corretamente em uma cadeira, com os pés totalmente#PraCegoVer:
encostados no chão, e trabalhando em frente a um computador, com os olhos em linha reta à tela e os braços
proporcionalmente dobrados no teclado.
a) Para o conforto visual é recomendado que sua visão esteja com grau de inclinação zero, na linha horizontal.
b) É recomendado que o usuário de pausas de 10 minutos a cada 50 minutos de trabalho, desfrutadas fora do
posto de trabalho, preferivelmente alternando a postura (por exemplo, levantando-se e ficando um pouco de pé).
- -19
2.4 Punho neutro
a) Recomenda-se que o punho durante as tarefas de digitação ou uso do mouse se mantenha o mais neutro
possível, isto é, sem flexões ou extensões do punho.
b) Para que isto se mantenha é necessário que o teclado e mouse estejam regulado de forma a estar situado num
plano abaixo da linha do cotovelo, mantendo os braços relaxados com ângulos iguais ou superiores a 90º.
Figura 5 - Extensão e flexão de punho
Fonte: Elaborada pelo autor (2020).
A figura mostra dois punhos de uma pessoa; um com a mão levantada e o outro com a mão#PraCegoVer: 
abaixada
2.5 Pés apoiados
a) Para que não haja estrangulamento da circulação sanguínea dos membros inferiores os pés devem estar
apoiados no piso (melhor opção) ou sobre um apoio específico (acessório), mas sem dobrar a mesma em ângulos
inferiores a 90º.
2.6 Coluna vertebral
a) Para não haver comprometimento da coluna, o empregado deve manter-se na posição sentado com a coluna
alinhada numa inclinação entre 100 e 110 graus, sem criar desvios laterais e frontais da coluna.
b) Sentar acomodando uma maior superfície corporal sobre o assento, garante uma melhor distribuição de peso
corporal e um melhor relaxamento da musculatura.
c) Recomenda-se que as costas estejam sempre apoiadas ao encosto da cadeira, e deve estar regulada conforme a
biótipo de cada empregado, para auxiliar na sustentação do peso exercido sobre ela.
- -20
2.7 Especificações
a) Para que as recomendações de Ergonomia sejam atendidas na íntegra as seguintes características físicas
dimensionais dos mobiliários devem ser acatadas nas especificações a seguir.
2.8 Especificações do mobiliário e acessórios
a) Os mobiliários e acessórios de escritórios e demais elementos de uso corrente em ambientes com uso de
computador constituem-se de:
 Cadeiras (Gerencial, Operacional, de Atendimento e para Treinamento);
 Mesas (Gerencial e operacional);
 Apoios (punhos para mouse, punho para teclados, e pés);
 Guarda-volumes (Armários, gaveteiros, Módulo volante).
b) Todos os mobiliários exigidos para o posto de trabalho e envolvidos nas tarefas de computar devem obedecer
ao que determina:
 a NR 17, da portaria 3214 do MTE,
 a ABNT na NR 13965:
2.9 Cadeiras
a) As cadeiras podem ser classificadas em duas tipologias: de acordo com a classe de resistência (peso máximo
de carga) e pela nomenclatura comercial. Na prática, a nomenclatura comercial é a mais utilizada.
b) Para efeito de formalização conceitual apenas, os tipos que devem ser preferencialmente adotados são:
 Diretor;
 Operacional;
 Atendimento;
 Treinamento.
- -21
2.10 Cadeiras diretor
a) As características básicas de uma cadeira tipo “diretor” devem ser:
BASE E COLUNA
a) Mecanismo de regulagem pneumática da altura do assento através de pistão a gás;
b) Rotação de 3600;
c) Rodízio com 5 pés, para piso liso ou com carpete;
d) Estrutura: Pés, base do assento, tubo central (corpo do pistão) e suporte do espaldar (encosto), deverão
receber tratamento antiferrugem (preferivelmente fosfatização química) e preparação para pintura.
Figura 6 - Modelo de cadeiras da linha diretor
Fonte: Elaborada pelo autor (2020).
- -22
ASSENTO
a) Regulagem de altura;
b) Espuma injetada em poliuretano, isento de CFC, de alta resistência
c) Forração em tecido antitranspirante;
d) Borda frontal arredondada;
e) Base do assento com formato anatômico, sem saliências.
Figura 7 - Modelo de cadeiras da linha diretor
Fonte: Elaborada pelo autor (2020).
ESPALDAR
a) Espuma injetada em poliuretano, isento de CFC, de alta resistência
b) Forração em tecido antitranspirante;
c) Encosto (espaldar) regulável em altura e profundidade,
d) Dimensões: de largura e de altura, considerando área de apoio lombar;
e) Boa conformação e acomodação na região lombar;
f) Regulagem de altura com travamento com manopla.
- -23
Figura 8 - Modelo de cadeiras da linha diretor
Fonte: Elaborada pelo autor (2020).
APOIO DE BRAÇO
a) Apoio de braço com regulagem de altura com ou sem articulação horizontal.
b) Distância entre apoio, com regulagem de abertura **.
c) Deve estar afixado de forma que o centro esteja atrás do eixo da cadeira;
d) Acabamento em polipropileno.
e) Todo material metálico deverá receber tratamento antiferrugem (preferivelmente fosfatização química) e
preparação para pintura.
- -24
OBS: Essas medidas que podem ser alteradas, dependendo do biotipo de cada empregado. Na aquisição de
cadeiras, a aceitação deverá ser feita mediante amostra para teste.
- -25
Figura 9 - Modelo de cadeiras da linha diretor
Fonte: Elaborada pelo autor (2020).
- -26
Fonte: Elaborada pelo autor (2020).
- -27
2.11 Cadeira operacional
a) As características básicas de uma cadeira operacional devem ser:
BASE E COLUNA
a) Mecanismo de regulagem pneumática da altura do assento através de pistão a gás.
b) Rotação de 3600
c) Rodízio com 5 pés, para piso liso ou com carpete;
d) Estrutura: Os pés, base do assento, tubo central (corpo do pistão) e suporte do espaldar (encosto), deverão
receber tratamento antiferrugem (fosfatização química) e pintura.
Figura 10 - Modelo de cadeiras da linha operacional
Fonte: Elaborada pelo autor (2020).
- -28
ASSENTO
a) Regulagem de altura;
b) Espuma injetada em poliuretano, isento de CFC, de alta resistência
c) Forração em tecido antitranspirante;
d) Borda frontal arredondada;
e) Base do assento com formato anatômico, sem saliências.
Figura 11 - Modelo de cadeiras da linha operacional
Fonte: Elaborada pelo autor (2020).
ESPALDAR
a) Espuma injetada em poliuretano, isento de CFC, de alta resistência
b) Forração em tecido antitranspirante;
c) Encosto (espaldar) regulável em altura e profundidade,
d) Dimensões: de largura e de altura, considerando área de apoio lombar;
e) Boa conformação e acomodação na região lombar;
f) Regulagem de altura com travamento com manopla.
- -29
Figura 12 - Modelo de cadeiras da linha operacional
Fonte: Elaborada pelo autor (2020).
APOIO DE BRAÇO
a) Apoio de braço com regulagem de altura com ou sem articulação horizontal.
b) Distância entre apoio, com regulagem de abertura **.
c) Deve estar afixado de forma que o centro esteja atrás do eixo da cadeira;
d) Acabamento em polipropileno.
e) Todo material metálico deverá receber tratamento antiferrugem (fosfatização química) e pintura.
- -30
OBS: Medidas que podem ser alteradas, dependendo do biotipo de cada empregado. Na aquisição de cadeiras, a
aceitação deverá ser feita mediante amostra para teste.
- -31Figura 13 - Modelo de cadeiras da linha operacional
Fonte: Elaborada pelo autor (2020).
- -32
Fonte: Elaborada pelo autor (2020).
- -33
2.12 Cadeira de atendimento
a) As características básicas de uma cadeira atendimento devem ser:
BASE E COLUNA
a) Mecanismo de regulagem pneumática da altura do assento através de pistão a gás.
b) Rotação de 3600
c) Rodízio com 5 pés, para piso liso ou com carpete;
d) Estrutura: os pés, base do assento, tubo central (corpo do pistão) e suporte do espaldar (encosto), deverão
receber tratamento antiferrugem (fosfatização química) e pintura.
Figura 14 - Modelo de cadeiras da linha atendimento
Fonte: Elaborada pelo autor (2020).
- -34
ESPALDAR
a) Espuma injetada em poliuretano, isento de CFC, de alta resistência;
b) Forração em tecido antitranspirante;
c) Encosto (espaldar) regulável em altura e profundidade,
d) Dimensões: de largura e de altura, considerando área de apoio lombar;
e) Boa conformação e acomodação na região lombar;
f) Regulagem de altura com travamento com manopla.
Figura 15 - Modelo de cadeiras da linha atendimento
Fonte: Elaborada pelo autor (2020).
- -35
2.13 Cadeira para treinamento
a) As características básicas de uma cadeira para treinamento devem ser:
ASSENTO
a) Espuma injetada em poliuretano, isento de CFC, de alta resistência;
b) Forração em tecido anti-transpirante;
c) Borda frontal arredondada;
d) Base do assento com formato anatômico, sem saliências;
e) Todo material metálico deverá receber tratamento antiferrugem (preferivelmente fosfatização química) e
preparação para pintura.
Figura 16 - Modelo de cadeiras da linha de treinamento
Fonte: Elaborada pelo autor (2020).
ESPALDAR
a) Espuma injetada em poliuretano, isento de CFC, de alta resistência;
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b) Forração em tecido antitranspirante;
c) Dimensões: de largura e de altura, considerando área de apoio lombar;
d) Boa conformação e acomodação na região lombar;
e) Todo material metálico deverá receber tratamento antiferrugem (fosfatização química) e pintura.
Figura 17 - Modelo de cadeiras da linha de treinamento
Fonte: Elaborada pelo autor (2020).
APOIO PARA ESCRITA
- -37
a) Prancheta com sistema de rotação para facilitar o acesso do usuário;
b) Cesta porto livro;
c) Todo material metálico deverá receber tratamento antiferrugem (fosfatização química) e pintura.
Figura 18 - Modelo de cadeiras da linha de treinamento
Fonte: Elaborada pelo autor (2020).
- -38
2.14 Mesas (gerencial e operacional)
a) Madeira ou MDF, estruturado evitando assim que o mesmo venha a empenar;
b) Tampo revestido com laminado melamínico fosco;
c) Profundidade do tampo da mesa (ver desenho);
d) Altura do tampo da mesa (ver desenho);
e) Dimensões do tampo base para o teclado, (largura e profundidade), podendo ser retrátil e/ou regulável;
f) Possuir espaço suficiente para acomodar os equipamentos previstos para o posto de trabalho mais atividades
paralelas;
g) Espaço suficiente sob a mesa para livre circulação das pernas em 66 cm, para mesas não reguláveis em altura;
h) Todo material metálico deverá receber tratamento antiferrugem (preferivelmente fosfatização química) e
preparação para pintura.
- -39
Figura 19 - Mesa regulável para computador
- -40
Figura 19 - Mesa regulável para computador
Fonte: Elaborada pelo autor (2020).
2.15 Acessórios
a) Consideram-se acessórios todos os equipamentos que contribuem para melhoria de boa postura entre os
quais:
 Apoio para os pés;
 Apoio de punho para mouse;
 Apoio de punho para teclado.
Assista aí
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/9f5a54bcabb8a0945a4bb55ee99e7759
é isso Aí!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• entender a importância em se respeitar os princípios de ergonomia no projeto de mobiliário e afins;
• entender a relação entre o projeto de mobiliário, equipamentos e dispositivos de trabalho e vivência de 
modo geral com a Ergonomia;
• entender a correlação entre as diretrizes ergonômicas e antropométricas no design de mobiliário e no 
projeto (design) de interiores.
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ERGONOMIA (ABERGO). . Disponível em: <Estatuto da Abergo http://www.
>. Acesso em: 7 dez.abergo.org.br/arquivos/estatuto_e_regimento/novo_estatuto_abergo_versao_definitiva.pdf
2019.
BRASIL. PORTARIA MTb nº 3214, de 8 de junho de 1978. Aprova as Normas Regulamentadoras – NR 17 - do
Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativos à Segurança e Medicina do Trabalho. Diário
Oficial da União de 06/07/78. 1978. Disponível em: <https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST
>. Acesso em: 15 Set. 2019./SST_NR/NR-17.pdf
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https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/9f5a54bcabb8a0945a4bb55ee99e7759
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/9f5a54bcabb8a0945a4bb55ee99e7759
http://www.abergo.org.br/arquivos/estatuto_e_regimento/novo_estatuto_abergo_versao_definitiva.pdf
http://www.abergo.org.br/arquivos/estatuto_e_regimento/novo_estatuto_abergo_versao_definitiva.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-17.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-17.pdf
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DUL, J.; WEERDMEESTER, B. . São Paulo: Edgard Blücher, 2004.Ergonomia prática
HENDRICK, H. W.; KLEINER, B. M. : uma introdução aos projetos de sistemas de trabalho. RioMacroergonomia
de Janeiro: Editora Virtual Científica, 2006.
IIDA, I. : projeto e produção. 2a ed. rev. e ampl. São Paulo: Editora Edgard Blücher, 2005.Ergonomia
KROEMER, K. H.E.; GRANDJEAN, E. : adaptando o trabalho ao homem. 5. ed. Porto Alegre:Manual de ergonomia
Bookman, 2005.
KROEMER, K. H.E.; GRANDJEAN, E. : adaptando o trabalho ao homem. 5. ed. Porto Alegre:Manual de Ergonomia
Bookman, 2005.
MASCULO, F.; VIDAL, M. (orgs). : trabalho adequado e eficiente. São Paulo: Campus/Elsevier, 2011.Ergonomia
MORAES, A. M.; MONT’ALVÃO, C. : conceitos e aplicações. 4ª ed., Rio de Janeiro: 2AB, 2012.Ergonomia
OLIVER J.; MIDDLEDITCH A. . Rio de Janeiro: Revinter; 1998.Anatomia funcional da coluna vertebral
SANTOS, M. S.; VIDAL, M. C. R.; RHEINGANTZ, P. A. : ambientes construídos para oErgonomia de concepção
trabalho. Rio de Janeiro: Editora Virtual Científica, 2013.
SANTOS, M.S. . Tese (Doutorado em Engenharia deAnálise pré-ocupação do ambiente de trabalho construído
Produção) - Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, Universidade Federal
do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2003.
SILVA, J.C.P.; PASCHOARELLI, L,C. A evolução histórica da ergonomia no mundo e seus pioneiros. São Paulo:
Editora UNESP, 2010.
VIDAL, M.C.R. . Rio de Janeiro: Editora EVC,Guia para Análise Ergonômica do Trabalho (AET) na empresa
2003.
	Olá!
	1. Dispositivos, mobiliário e equipamentos
	1.1 As implicações biomecânicas no design de mobiliário e afins
	Assista aí
	2. Design de dispositivos, mobiliário e equipamentos
	2.1 Design de mobiliário, equipamentos, acessórios dentre outros
	Assista aí
	2.2 Referências
	2.3 Conforto visual
	2.4 Punho neutro
	2.5 Pés apoiados
	2.6 Coluna vertebral
	2.7 Especificações
	2.8 Especificações do mobiliário e acessórios
	2.9 Cadeiras
	2.10 Cadeiras diretor
	2.11 Cadeira operacional
	2.12 Cadeira de atendimento
	2.13 Cadeira para treinamento
	2.14 Mesas (gerencial e operacional)
	2.15 Acessórios
	Assista aí
	é isso Aí!
	Referências

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