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TCC - JENNIFER OSTRUFKA

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31
QUALIFICAR- ESCOLA TÉCNICA EM SAÚDE 
CURSO TÉCNICO DE SAÚDE BUCAL
Jennifer Alcantara Ostrufka
EMERGÊNCIAS MÉDICAS NA ODONTOLOGIA
Joinville, Santa Catarina.
2017
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	05
1 EMERGÊNCIAS MÉDICAS NA ODONTOLOGIA	06
2 ANAMNESE	06
2.1 Classificação do Paciente	06
2.2 Avaliação dos Sinais Vitais	07
2.2.1 Frequência Cardíaca	08
2.2.2 Pressão Arterial	08
2.2.3 Frequência Respiratória	09
2.2.4 Temperatura	10
3 CLASSIFICAÇÃO DAS EMERÊNCIAS MÉDICAS	11
3.1.1 Acidente Vascular Cerebral	07
3.1.2 Angina de Peito	08
3.1.3 Convulsão	08
3.1.4 Crise Asmática	09
3.1.5 Crise Hipertensiva	10
3.1.6 Hipotensão Ortostática	10
3.1.7 Hiperventilação	06
3.1.8 Hipoglicemia	07
3.1.9 Hiperglicemia	08
3.1.10 Infarto Agudo do Miocárdio	08
3.1.11 Obstrução das Vias Aéreas	09
3.1.12 Parada Cardiorrespiratória	10
3.1.13 Reações Alérgicas	10
3.1.14 Síncope / Lipotimia	06
CONCLUSÃO	14
REFERÊNCIAS	15
INTRODUÇÃO
Com o avanço da medicina e da expectativa de vida, vem ocorrendo um aumento da diversidade de pacientes a procura de tratamento odontológico. Tais indivíduos que antes não frequentavam o consultório odontológico por restrições médicas, estão cada dia mais preocupados com a manutenção da saúde bucal (MONNAZZI et al., 2001, CAPUTO et al., 2010). Desta forma existe uma maior probabilidade de o cirurgião-dentista se deparar com emergências médicas no consultório, que não têm relação com o tratamento odontológico, como por exemplo, doenças sistêmicas pré-existentes (CAPUTO et al., 2010). 
O evento emergencial é um agravo à saúde, com risco iminente de vida ou que cause intenso sofrimento ao paciente. É um estado imprevisto e requer uma ação imediata para a preservação da vida e da saúde. Pode acontecer com qualquer pessoa, a qualquer momento e em qualquer lugar. (MARZOLA, GRIZA, 2001, BARRETO, PEREIRA, 2011). 
A melhor maneira de se tratar uma emergência médica é prevenindo-a. Uma boa anamnese, avaliação física e exames complementares, fornecem informações sobre o estado de saúde do paciente, tornando o procedimento mais seguro, diminuindo assim a possibilidade de ocorrência de situações emergenciais (SHAMPAINE, 1999, CAPUTO et al., 2010). 
Algumas das situações emergenciais que ocorrem no consultório são: síncope, reações alérgicas, angina de peito, crise hipertensiva, convulsões, hipoglicemia, infarto do miocárdio, entre outras. Diante de uma emergência, o profissional tem que saber diagnosticá-la, e ainda, sustentar a vida do paciente, seguindo os protocolos recomendados até que ele possa receber cuidados médicos especializados, mas dados recentes mostram que a maioria dos profissionais de odontologia não se sente segura e capacitada para o correto atendimento de uma emergência, ficando assim dependente da presença médica para socorrer o paciente (SILVA, 2006). 
Com isso, o presente estudo tem o objetivo de revisar as principais ocorrências de emergências médicas em consultório odontológico, assim como o manejo indicado para tais situações.
1. EMERGÊNCIAS MÉDICAS NA ODONTOLOGIA
O termo emergência é usado para traduzir uma situação crítica, acontecimento súbito ou perigoso, e uma situação inesperada que demanda ação, devido à mudança repentina no estado de saúde. A emergência exige uma decisão rápida sobre a possibilidade de transferir o paciente para um serviço especializado a fim de restaurar sua saúde (RIBEIRO-ROTTA et al., 2007). 
A emergência consiste em agravo a saúde com iminente risco de vida. Desta forma não cabe discutir de quem é o domínio da execução, mas sim avaliar a habilidade e competência dos agentes em ação, para solucionar de forma adequada o caso (MARZOLA, GRIZA, 2001, GONZAGA et al., 2003, SANCHEZ, DRUMOND, 2011). 
As emergências médicas não possibilitam ao cirurgião-dentista (CD) rever conceitos ou aguardar o preparo de uma bandeja pela auxiliar, é necessário que uma sequência de manobras de pronto atendimento esteja memorizada e protocolada pelo profissional, para que ele possa institui-la imediatamente (ANDRADE, RANALI, 2011). 
Para tentar prevenir situações emergenciais é imprescindível a realização de uma pré-avaliação da saúde geral do paciente e seu estado emocional antes do atendimento odontológico, conhecendo os riscos da utilização das drogas a serem empregadas e minimizando o trauma emocional. Uma boa anamnese fornecerá ao profissional condições adequadas para desempenhar os procedimentos de forma segura (CAPUTO et al., 2010).
O atendimento odontológico está ligado ao medo, aumentando da ansiedade, que leva ao estresse. O estresse pode elevar o número de ocorrências de emergências médicas (SANTOS, RUMEL, 2006). Segundo Guimarães (2001), o paciente pode manifestar um quadro de angina ou infarto provocados pelo medo. Segundo Possobon et al (2007) e Aeschliman (2003), a situação de tratamento odontológico é potencialmente inquietante para todos os envolvidos: CD, equipe e paciente. 
As situações de emergências médicas podem acontecer a qualquer momento em um consultório odontológico, não apenas durante o tratamento, mas também na sala de espera, por exemplo. Acometem qualquer pessoa, independente do sexo e da idade. Para um correto atendimento, o profissional e sua equipe devem estar preparados, com conhecimento acerca de manobras básicas do Suporte Básico de Vida (SBV) e de Ressuscitação Cardiopulmonar (RPC), manusear determinados equipamentos e medicamentos, além de um adequado preparo psicológico, posto que esses eventos representam uma fonte de tensão, devendo ser enfrentados com cautela para que não se aumente a morbidade e letalidade (JOLY, 1995; SANTOS, RUMEL, 2006; ANDRADE, RANALI, 2011).
O dentista pode se deparar com uma situação emergencial percebida pela alteração sistêmica do paciente. Essas emergências devem ser diagnosticadas e tratadas com cuidado e atenção, pois um erro de avaliação pode contribuir para o agravamento do caso e até o óbito (SANTOS, RUMEL, 2006; MARINGONI, 1998).
A ansiedade pode ser identificada pelas ações e respostas a avaliação ou observação de sinais físicos, como pupilas dilatas, palidez, alta transpiração, hiperventilação, tremores, tonturas, boca seca, fraqueza, falta de ar, aumento da pressão e frequência cardíaca (RAMACCIATO, RANELI, MOTTA, 2006; KANEGANE et al., 2003).
De acordo com o guia para o manuseio de emergência médica, revisado por um comitê da American Dental Association, nos Estados Unidos, as emergências mais comuns em Odontologia são: síncope, angina de peito, infarto do miocárdio, hipertensão, hipotensão, choque insulínico, coma diabético, alergia, asma, anafilaxia, hiperventilação, acidente vascular cerebral e hemorragia (PIMENTEL et al, 2014). O procedimento cirúrgico possui uma incidência maior de emergências odontológicas por três razões: O procedimento o cirúrgico por si só já possui stress; Durante uma cirurgia é administrado um valor muito alto de medicamentos; Quando se realiza uma cirurgia, a consulta poderá ser alongada (PETERSON et al., 2005).
2. ANAMNESE
A anamnese é um importante pré-requisito da consulta inicial. É o momento em que o CD obtém informações para fazer o diagnóstico odontológico, e também para estabelecer o perfil de saúde dos pacientes (ANDRADE, RANALI, 2011). Uma boa anamnese e o histórico clínico são fundamentais, pois possibilitam que o procedimento seja mais seguro, muitas das emergências podem ser evitadas com esta medida. 
Podendo o CD já avaliar os possíveis riscos da utilização dos diversos tipos de drogas usadas durante o tratamento dentário, bem como minimizando o “stress” emocional relacionado aos procedimentos dentários (CAPUTO et al., 2010). 
Não menos importante, a anamnese permite identificar se o paciente faz uso de medicamentos de uso contínuo, alguns deles com potencial de interagir com fármacos comumente empregados na clínica odontológica, provocando reações indesejáveis (ANDRADE, RANALI, 2011). 
Para uma correta avaliação inicial é preciso atenção em dois pontos, o histórico clínico, através de questionários, e a avaliação física, ondese deve incluir a palpação e a inspeção visual, bem como a avaliação dos sinais vitais (MALAMED, 2010). 
Caso necessário, a anamnese deve ser complementada com exames auxiliares de diagnóstico. Caso o CD não seja capaz de identificar alguma patologia, deve pedir ao paciente que consulte o médico (MALAMED, 2010). 
É recomendável que seja feita uma avaliação do grau de risco do paciente, caso ocorra alguma situação emergencial, e esta possa ser resolvida mais eficientemente (FILHO et al., 2005).
2.1. Classificação Do Paciente
A classificação do paciente deve ser feita de acordo com seu estado físico e/ou categorias de risco médico. A American Society of Anesthesiologists (Sociedade Americana de Anestesiologistas) apresentou um sistema de classificação dos pacientes baseado no estado físico (Physical Status) (ASA-OS) (Tabela 1). Onde, os pacientes são distribuídos em seis categorias, denominadas P1 a P6 nos Estados Unidos. No Brasil, ainda prevalece o uso dos acrônimos ASA I até ASA VI, destacando que a classificação foi designada para o paciente adulto (ANDRADE, RANALI, 2011).
Tabela 1 – Sistema de classificação do estado físico da Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA-OS)
	ASA OS
	Definição
	1
	Saúde Normal
	2
	Patologia sistêmica leve ou fator de risco insignificante para saúde
	3
	Doença sistêmica leve
	4
	Doença sistêmica grave com risco de vida
	5
	Moribundo
	6
	Morte cerebral declarada
Fonte: FILHO et al., 2005.
Segundo Andrade, Ranali (2011), são usados para classificar o sistema ASA:
ASA P1 ou ASA I - Mostra pouca ou nenhuma ansiedade, sendo capaz de tolerar muito bem o estresse ao tratamento dental, com um risco mínimo de complicações. 
ASA P2 ou ASA II - Pertencem a esta categoria os pacientes: Extremamente ansioso, com história de episódios de mal-estar ou desmaio (síncope) na clínica odontológica. Com mais de 65 anos; Que apresentam obesidade moderada; Que estão nos primeiros dois trimestres de gestação; Com hipertensão arterial controlada por meio de medicação; Portadores de diabetes tipo II, controlado com dieta ou medicamentos; Portadores de desordens convulsivas, que estão controladas por meio de medicação; Asmáticos, que ocasionalmente usam broncodilatador em aerossol; Tabagistas sem Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC); Que apresentam angina estável, assintomática, exceto em extremas condições de estresse; Com história de infarto do miocárdio, ocorrido há mais de seis meses, sem apresentar sintomas. 
ASA P3 ou ASA III - Pertencem a esta categoria os pacientes: Obesidade mórbida; Último trimestre de gestação; Diabetes tipo I (insulino dependente), com a doença controlada; Hipertensão arterial na faixa de 160-194 a 95-99 mmHg; História de episódios frequentes de angina de peito, com sintoma após exercícios leves; Insuficiência cardíaca congestiva, com edema de tornozelos; Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (enfisema ou bronquite crônica); Episódios frequentes de convulsão ou crise asmática; Pacientes sob quimioterapia; Hemofilia; História de infarto do miocárdio ocorrido há mais de seis meses, mas ainda com sintomas (ex: angina ou falta de ar). 
ASA P4 ou ASA IV - Quando possível, os procedimentos dentais eletivos devem ser postergados. As urgências odontológicas, devem ser tratadas da maneira mais conservadora possível. Quando houver indicação inequívoca de uma exodontia ou pulpectomia, a intervenção deve ser efetuada em ambiente hospitalar. Pertencem a esta categoria os pacientes: Com dor no peito ou falta de ar, mesmo enquanto sentados, sem atividade; incapazes de andar ou subir escadas; Que acordam durante a noite com dor no peito ou falta de ar; Com angina, que pioram mesmo com a medicação; Com história de infarto de miocárdio ou de acidente vascular encefálico no período dos últimos seis meses, com pressão arterial maior que 200/100 mmHg; Que necessitam da administração suplementar de oxigênio, de forma contínua. 
ASA P5 ou ASA V - Nesta classe de pacientes, os procedimentos odontológicos eletivos estão contraindicados; as urgências odontológicas podem receber tratamento paliativo. Pertencem a esta categoria os pacientes: Com doença renal, hepática ou infecciosa em estágio final; com câncer terminal. 
ASA P6 ou ASA VI - Segundo a American Society of Anesthesiologists, são pacientes com morte cerebral declarada, cujos órgãos serão removidos com propósito de doação. 
Segundo Reed (2010), um estudo realizado em 2010, verificou-se que os Cirurgiões-Dentistas, classificam os pacientes 85% em ASA I ou ASA II, 14% ASA III e 1% ASA IV.
2.2. Avaliação dos Sinais Vitais
A avaliação dos sinais vitais faz parte do exame físico, sendo obrigatória em toda consulta inicial (e antes de cada sessão de atendimento no caso dos idosos, gestantes e portadores de doenças cardiovasculares) (ANDRADE, RANALI, 2011). 
Os Sinais Vitais, contribuem para indicar determinadas situações fisiológicas e patológicas e são indicadores da vitalidade do indivíduo (HENRIQUES et al., 2004). Além de justificativa de ordem legal, a avaliação dos sinais vitais mostra ao paciente que as mínimas precauções estão sendo tomadas para sua segurança. Os valores obtidos na avaliação podem servir como criterio para o diagnóstico diferencial de certos quadros de emergência (ANDRADE, RANALI, 2011). 
A condição física do paciente é, então, determinada pela avaliação da frequência cardíaca, pressão arterial, frequência respiratória e temperatura, com paciente em repouso, deve constar no prontuário clínico odontológico (PEREIRA, 2013; ANDRADE, RANALI, 2011).
2.2.1. Frequência Cardíaca
A frequência cardíaca, também conhecida como pulso arterial, nos fornece o número de batimentos cardíacos por minuto (bpm) (HENRIQUES, et al., 2004). O pulso é a onda de distensão de uma artéria transmitida pela pressão que o coração exerce sobre o sangue, podendo ser avaliado através de qualquer artéria acessível – em bebês, recomenda-se a avaliação da artéria braquial, situada na linha mediana da fossa antecubital (ANDRADE, RANALI, 2011). 
As artérias mais fáceis de avaliar são as carótidas, radiais, tibiais e umerais, geralmente, no consultório dentário verifica-se a frequência cardíaca na artéria braquial, carótidas, labial e radial (NETO, 2012).
Figura 1 – Localização das artérias para avaliação da pulsação (PEREIRA, 2013).
Utilizar os dedos indicador e médio para avaliar o pulso do paciente, colocando a extremidade dos dedos sobre o local, pressionando para sentir a pulsação. Avaliar se o pulso está forte (cheio) ou fraco (filiforme), se o ritmo cardíaco está regular ou irregular e por fim avalia a frequência cardíaca (número de batimentos) por 1 minuto ou no mínimo por 30 segundos, neste caso multiplicando o resultado por 2 (ANDRADE, RANALI, 2011). 
O uso de estetoscópio pode ser considerado, a avaliação do pulso junto com a auscultação cardíaca, possibilita a observação de concomitância (ou não) entre batimentos cardíacos e a ocorrência de pulso (HENRIQUES et al., 2004). (Tabela 2).
Tabela 2 – Valores da Frequência Cardíaca (bpm)
	Frequência Cardíaca em Repouso
	
	Média
	Oscilação
	Criança
	100
	70 – 120
	Adolescente
	80
	60 – 105
	Adulto
	70
	50 – 95
	Idoso
	70
	50 – 95
Fonte: Henriques et al., 2004
Apresentando uma frequência superior ao limite considerado normal (por exemplo, no adulto > 100 bpm) declara-se taquicardia. Se esta frequência é inferior ao normal (no adulto < 60 bpm), declara-se bradicardia (NETO, 2012). Um pulso normal deve manter um ritmo regular. Contrações ventriculares prematuras ocasionais não devem ser consideradas como anormais. Mas, se um paciente com outros fatores de risco apresenta alterações do ritmo cardíaco, recomenda-se a consulta médica (ANDRADE, RANALI, 2011). 
Considera-se o ritmo como regular ou irregular, atendendo ao padrão de batimentos que são observados, como também a amplitude, que denominamos como forte ou fraca, tendo em conta a palpação que foi realizada (HENRIQUES et al., 2004). Se o pulso apresenta um ritmo regular, mas os batimentos são fortes e logoem seguida são fracos, pode sugerir uma insuficiência ventricular esquerda, hipertensão arterial severa ou doença da artéria coronária. Também deve-se recomendar a consulta médica (ANDRADE, RANALI, 2011). 
Fatores como “stress”, atividade física ou condições patológicas podem alterar os resultados da avaliação. Deve-se realizar uma segunda avalição caso se registem irregularidades nos resultados obtidos (PAZIN-FILHO et al., 2004).
2.2.2. Pressão Arterial
O coração bombeia o sangue que circula no organismo. Quando ele se contrai, é chamado sístole, aumenta a pressão de sangue nas paredes arteriais, logo após acontece o relaxamento, chamado diástole, diminuindo a pressão sanguínea nos vasos. Utiliza-se duas componentes para a avaliação da pressão arterial (PA): a pressão sistólica (ou máxima) e a pressão diastólica (ou mínima) (MENIN et al., 2006; ANDRADE, RANALI, 2011). 
O profissional na área da saúde deve saber avaliar e interpretar os valores da PA. Além da técnica o CD deve saber interpretar os dados obtidos, avaliando os riscos e adequando os seus procedimentos ao paciente, assim como referenciar e encaminhar para tratamento caso necessário (NETO, 2012). 
A avaliação da pressão arterial geralmente é feita por meio da técnica auscultatória, empregando-se o esfignomanômetro aneroide ou de coluna de mercúrio. Contudo, é crescente o uso do método oscilométrico, por meio de aparelhos semiautomáticos, tanto na condição de pesquisa, como no ambiente clínico ou residencial, por não sofrer influência do observador, ter baixo custo e ser de fácil manuseio. Os aparelhos aneroides, empregados no método auscultatório, devem ser periodicamente testados e calibrados, ao menos a cada 6 meses. A largura da bolsa inflável de borracha deve corresponder a 40% da circunferência do braço, e o seu comprimento, envolver pelo menos 80% do braço, mantendo, assim, uma relação entre largura e comprimento de 1:2 (ANDRADE, RANALI, 2011). 
Para correta avaliação o paciente deve estar na posição sentada, descansado por no mínimo 5 minutos, em ambiente calmo, com temperatura agradável. Com os braços apoiados de forma que o cotovelo fique em um nível próximo ao coração. É indicado que o paciente não esteja com a bexiga cheia, não tenha praticado exercícios físicos, não tenha ingerido cafeína, álcool e alimentos em excesso, ou fumado até 30 minutos antes da avaliação (ANDRADE, RANALI, 2011). 
Coloca-se a braçadeira do esfigmomanômetro no braço, o bordo inferior fique acima da articulação do cotovelo aproximadamente 2,5 centímetros. Colocar o diafragma do estetoscópio sobre a artéria umeral, insuflando a braçadeira aproximadamente 200 mmHg. Abrir suavemente a válvula, verificando o valor no primeiro batimento (valor da pressão sistólica), continua a desinflar lentamente até os batimentos se tornarem quase inaudíveis e desaparecerem. Este valor corresponde à pressão diastólica (HENRIQUES et al., 2004). 
Os esfigmomanômetros eletrônicos, convertem vibrações em impulsos elétricos, enviam para um transdutor, onde são transformados em sinais digitais. Com os avanços na tecnologia, não há diferenças significativas entre a avaliação digital e a avaliação manual em termos de resultados (NETO, 2012).
2.2.3. Frequência Respiratória (FR)
A respiração é composta por inspiração e expiração. A inspiração é realizada pelo nariz e a expiração pela boca (HENRIQUES et al., 2004). O paciente não deve saber que será observada a sua respiração, pois poderá induzi-lo a respirar de forma mais lenta ou mais rápida. Recomenda-se que a FR seja monitorada imediatamente após a avaliação do pulso. Mantendo os dedos sobre o pulso, conte o número de incursões respiratórias, observando a movimentação da caixa torácica por 1 min, compare o resultado com os valores normais (Tabela 3) (ANDRADE, RANALI, 2011).
Tabela 3 – Frequência respiratória (FR), em repouso, em função da idade
	Idade (Anos)
	FR / Minutos
	Bebês
	30 a 40
	1 – 2
	25 a 30
	2 – 8
	20 a 25
	8 – 12
	18 a 20
	Adultos
	14 a 18
Fonte: Andrade, Ranali, 2011
Deve-se avaliar a frequência, a profundidade e a regularidade da respiração (HENRIQUES et al., 2004). A frequência respiratória anormalmente baixa é chamada de bradpnéia, anormalmente alta é chamada de tracpnéia (ANDRADE, RANALI, 2011; HENRIQUES et al., 2004). 
O termo dispneia é usado quando existe dificuldade respiratória (ANDRADE, RANALI, 2011). A profundidade dizemos que está normal, superficial ou profunda, a regularidade dizemos que está regular (rítmica) ou irregular (arrítmica) (HENRIQUES et al., 2004). 
Na clínica odontológica, o aumento da FR pode ser observado na síndrome de hiperventilação, gerada por quadros de ansiedade aguda, e pode acompanhar aumento da profundidade da respiração, formigamento das extremidades e eventualmente dor no peito (ANDRADE, RANALI, 2011). 
A FR pode ser influenciada por fatores como atividade física, certos medicamentos, doenças crônicas, dor, emoções, gravidez, idade, entre outros (HENRIQUES et al., 2004). Qualquer ruído detectado durante o processo de respiração deverá ser anotado e questionado (NETO, 2012).
2.2.4. Temperatura
O corpo humano não suporta grandes variações de temperaturas, necessitando manter uma temperatura central, independentemente da temperatura ambiente. A temperatura do paciente, deve ser avaliada quando há suspeita de patologia sistémica ou uma resposta sistémica secundária a uma infecção dentária, que por si só é inespecífica (PEREIRA, 2013). (Tabela 4)
Tabela 4 – Valores da Temperatura Corporal
	Temperatura Corporal
	Temperatura cutânea axilar
	36º a 37º
	Temperatura Oral (base da língua)
	Em média +1º que a temperatura axilar
Fonte: Henriques et al., 2004
Esta é a temperatura para melhor condição para uma atividade celular eficiente (HENRIQUES et al., 2004).
3. CLASSIFICAÇÃO DAS EMERGÊNCIAS MÉDICAS
Os estudos existentes mostram que existem diferenças no que diz respeito à percentagem de ocorrências de emergências médicas. Contudo, evidenciam alguns pontos em comum, muito embora as situações que ocorrem, não colocam a vida do paciente em risco. 
Segundo Andrade, Ranali (2011) existem poucos dados sobre a incidência das emergências na clínica odontológica. A Tabela 5 mostra a somatória de dois levantamentos epidemiológicos realizados nos Estados Unidos, envolvendo a clínica privada de 4.309 cirurgiões-dentistas, que relataram 30.608 episódios de caráter emergencial durante um período de 10 anos. No Brasil, uma pesquisa recente realizada com 498 cirurgiões-dentistas, todos eles presentes no 27º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo/SP (Ciosp), trouxe resultados com relação à incidência das emergências médicas nos consultórios odontológicos brasileiros. A Tabela 6 mostra a distribuição.
Tabela 5 – Incidência de situações de emergência na prática odontológica ocorridas num período de 10 anos em consultórios particulares de 4.309 cirurgiões-dentistas, nos Estados Unidos.
	Tipo de emergência
	Número de casos relatados
	Lipotimia e Síncope Vaso Depressora
	15.407
	Reação alérgica moderada
	2.583
	Angina de Peito
	2.552
	Hipotensão ortostática
	2.475
	Convulsão
	1.595
	Crise aguda de asma
	1.392
	Hiperventilação
	1.326
	Reação à adrenalina
	913
	Hipoglicemia aguda
	890
	Parada Cardíaca
	331
	Reação amafilática
	304
	Infarto do miocárdio
	289
	Superdosagem de anestésico local
	204
	Edema pulmonar agudo
	141
	Coma diabético
	109
	Acidente vascular cerebral
	68
	Insuficiência adrenal
	25
	Crise de hipertireoidismo
	4
	Total
	30.608
Fonte: Malamed, 1993
Tabela 6 – Tipo de situação, número de profissionais que relataram as ocorrências no período de 1 ano e relação entre números de casos/dentista/ano.
	Tipo de emergência
	Número de casos relatados e porcentagem (aproximada)
	Relação entre nº de casos / dentistas / ano
	Pré-síncope (lipotimia)
	270 (54%)
	1,58
	Hipotensão ortostática
	221 (44%)
	1,79
	Reação alérgica moderada
	84 (17%)
	0,37
	Crise hipertensiva
	75 (15%)
	0,51
	Crise de asma
	75 (15%)
	0,13
	Síncope (desmaio)
	63(12%)
	0,17
	Angina de peito
	34 (7%)
	0,15
	Convulsão
	31 (6%)
	0,05
	Hipoglicemia
	28 (5%)
	0,10
	Hiperventilação
	26 (5%)
	0,43
	Engasgo
	11 (2%)
	0,07
	Acidente vascular cerebral
	4 (0,8%)
	0,01
	Anafilaxia
	2 (0,4%)
	0,004
	Infarto do miocárdio
	1 (0,2%)
	0,002
	Parada cardíaca
	1 (0,2%)
	0,002
	Colapso não especificado
	8 (1,6%)
	0,02
	Total
	934
	-
Fonte: Arsati et al., 2010
A tabela seguinte evidencia emergências médicas e percentagens relatadas por Caputo e Santos. (Tabela 7)
Tabela 7 – Tabela de emergências médicas relatadas e a sua porcentagem
	Emergências Médicas (Caputo)
	%
	Emergências Médicas (Santos)
	%
	Síncope / Lipotimia
	40,3%
	Síncope / Lipotimia
	42,1%
	Reação de Medo à Anestesia
	33,9%
	Taquicardia
	33,9%
	Hipotensão Ortostática
	10,8%
	Hipertensão Arterial
	31,8%
	Hipoglicemia
	6,8%
	Reação Alérgica
	13,2%
	Convulsão
	2,6%
	Hipoglicemia
	9,7%
	Reação Alérgica
	1,5%
	Convulsão
	6,1%
	Reação Alérgica ao Anestésico Local
	1,3%
	Crise Aguda de Asma
	2%
	Overdose de Anestésico
	1,1%
	Angina de Peito
	1%
	Hipertensão
	0,8%
	Obstrução da Via Aérea
	1%
	Parada Cardiorrespiratória
	0,3%
	Acidente Vascular Cerebral
	0,1%
	Choque Anafilático
	0,3%
	Enfarte Agudo do Miocárdio
	0,1%
	Hemorragia em Paciente Coagulopata
	0,2%
	
	Crise Aguda de Asma
	0,2%
	
Fonte: Caputo et al., 2010; Santos, Rumel, 2006.
Há concordâncias e discordâncias entre percentagem e tipologia das situações, o que faz com que não se possa atribuir um tipo e uma percentagem a cada situação. Neto et al. (2006), afirma que a síncope não poderá ser considerada a emergência mais comum, pois a outras situações comuns como a hipoglicemia, já Malamed (2006) destacou que hiperventilação, convulsões e a hipoglicemia são as três situações de emergências mais frequentes nos consultórios dentários (PAIVA et al., 2009). 
Num estudo realizado em 2009, em 12 meses, concluiu-se que a emergência médica com maior prevalência para dentistas foi a síncope vaso depressora, seguido de angina de peito e hipoglicemia, o menos frequente é o ataque epiléptico (WILSON et al., 2009). (Tabelas 8 e 9).
Tabela 8 – Tabela de Prevalência Médica
	Emergências Médicas de Maior Prevalência
	Casos / Ano
	Emergência Médica de Menor Prevalência
	Casos / Ano
	Síncope Vaso Depressora
	1,9
	Ataque Epilético
	0,13
	Angina de Peito
	0,17
	
	Hipoglicemia
	0,17
	
Fonte: Wilson et al., 2009
Tabela 9 – Tabela Emergências Médicas
	Emergências Médicas Mais Frequentes
	%
	Emergências Médicas Menos Frequentes
	%
	Síncope Vaso Depressora
	59%
	Acidentes Vasculares Cerebrais
	10%
	Hipoglicemia
	53%
	Parada Cardiorrespiratória
	3%
	Asma
	34%
	Obstrução de Vias Aéreas por Aspiração de Corpo Estranho
	1,6%
	Crise Hipertensiva
	30%
	
	
	Reação Anafilática
	21%
	
	
Fonte: Veiga et al., (2012)
Jevon (2015) também lista as emergências médicas na prática dentária de acordo com a sua prevalência: (Tabela 10)
Tabela 10 – Tabela Emergências Médicas
	Emergências Médicas
	%
	Síncope Vaso Depressora
	63%
	Angina de Peito
	12%
	Hipoglicemia
	10%
	Crises Convulsivas
	10%
	Asma
	5%
	Anafilaxia
	5%
Fonte: Jevon, 2015
Em 2011/12, realizou-se uma investigação com uma amostra de 400 pacientes, para estudar a prevalência das condições médicas e a medicação usada por pacientes que recorrem às urgências médicas dentárias. Verificou-se que 34% apresentavam uma condição medicamente comprometida, sendo mais frequentes as desordens cardiovasculares, respiratórias, endócrinas e psiquiátricas. Este é mais um fator que aponta para a importância de conhecer os quadros clínicos de determinadas patologias e a eventual necessidade de modificação do tratamento nestes pacientes para prevenir a emergência (PATEL et al., 2014). 
3.1.1. Acidente Vascular Cerebral
O AVC é caracterizado por uma desordem neurológica focal resultante de hemorragia intracerebral, devido a uma trombose, embolia, ou insuficiência vascular (MUGAYAR, 2000; BRAGA, ALVARENGA, MORES, 2003; BODNAR et al., 2008). Embora o AVC seja uma desordem ou acidente cerebrovascular, considerado um distúrbio cardiovascular, uma vez que ocorre mais frequentemente em pacientes com patologias cardiovasculares (MACEDO et al., 2008). Há dois tipos de AVCs: o isquêmico e o hemorrágico.
No AVC isquêmico ocorre uma obstrução de um vaso sanguíneo que interrompe o fluxo de sangue a uma determinada área do cérebro, interferindo assim nas funções neurológicas dependentes da região afetada. Já o AVC hemorrágico ocorre devido a um aumento súbito da pressão arterial dos vasos ou ruptura destes (ANDRADE, RANALI, 2011).
O AVC isquêmico tem uma incidência de 85% dos casos (ROLIM et al., 2011). O AVC hemorrágico causa hemorragia intracraniana, representando um maior risco de mortalidade. Mais comum entre 70 e 80 anos, aliado com as alterações cardiovasculares recorrentes da idade. Para outras idades, estudos indicam uma incidência de 10% em pacientes com idade até aos 55 anos e 3,9% em idades até aos 45 anos (ZÉTOLA et al., 2001).
Os sintomas são bastante variados, conforme a área cerebral afetada, a fraqueza é o sintoma mais comum, podendo associar-se à dormência em um dos membros ou face, alteração da fala, cefaleia, diminuição e/ou perda de consciência e vômitos. No AVC hemorrágico de rápida evolução pode acontecer diminuição da força ou imobilização do lado oposto ao sangramento, além de desvio no olhar (RESENDE et al., 2009; LUCIO et al., 2012).
Em casos que indiquem AVC durante o atendimento, deve-se parar o tratamento e ligar para o serviço médico de urgência enquanto inicia-se o SBV, posicionando confortavelmente e monitorando os sinais vitais do paciente (RESENDE et al., 2009). O paciente evacuado para uma unidade hospitalar especializado mais rápido possível. Apesar da grande taxa de mortalidade, a maioria dos pacientes sobrevivem a um AVC, deduz-se que estes receberam assistência imediata e são levados aos serviços de urgência hospitalares em tempo útil (SÁ, 2009).
3.1.2. Angina De Peito
A angina de peito, também conhecida como Angina Pectoris é descrita como uma dor torácica retroesternal transitória, consequência de uma redução parcial e reversível do suprimento de sangue e de oxigénio, no músculo cardíaco, geralmente, por obstrução das artérias coronárias (BARROS et al., 2011). 
Com menos frequência, pode resultar também de uma demanda excessiva de oxigénio, de uma anemia ou mesmo de hiperfusão das artérias coronárias, principalmente em situações de hipotensão (TEIXEIRA et al., 2008). 
Os principais sintomas são a dor ou desconforto no peito, descrito como um “esmagamento ou queimadura”, seguido de sudorese aumentada, palidez e agitação (MONNAZZI et al., 2001). 
Provocada por exercícios físicos, ansiedade ou estresse, a crise dolorosa pode se espalhar para outras áreas próximas como ombro esquerdo, mão, costas, pescoço e mandíbula e dentes (GROGAN, 2004). O risco da ocorrência de um quadro de angina de peito, como dos seus fatores etiológicos apresenta um aumento significativo com a idade (OHWATARI et al., 2003). 
Os sintomas podem ser aliviados tanto com repouso, como com uso de farmacologia vasodilatadora coronária. Durante um quadro, poderá haver alterações do ritmo cardíaco, uma evolução para enfarte agudo do miocárdio ou morte (RESENDE et al., 2009). Após diagnosticado o quadro, o tratamento dentário deve ser interrompido e o paciente colocado em posição confortável com uma inclinação a cerca de 45º, de forma a se avaliar a PA e administrar oxigénio (TEIXEIRA et al., 2008; RESENDE et al., 2009).
Segundo Teixeira et al., (2008) o paciente deve ser tranquilizado e administrado nitroglicerina 0,4 mg por via sublingual, a cada 5 minutos. Já Resende et al., (2009) indica a administração de 5 mg de dinitrato de isossorbida por via sublingual, em caso que os sintomas não cedam, administra-se uma segunda dose. A crise dura entre 2 a 5 minutos, os meios de socorro devem ser chamados e o paciente rapidamente encaminhado para a unidade hospitalar (TEIXEIRA et al., 2008; ANDRADE, RENALI, 2011).
3.1.3. ConvulsãoA convulsão é definida como uma ruptura das funções cerebrais normais, devido a alterações nas descargas eléctricas (excessivas ou inadequadas), se apresentando por meio de inconsciência, atividade motora ou comportamental anormal e distúrbios sensoriais (MEHMET, 2012). 
Os sintomas são contrações musculares sustentadas, intermitentes, com períodos curtos de relaxamento e perda de consciência. Embora possa ser idiopática também é decorrente de traumas físicos, estresse emocional, febre alta, abstinência de drogas psicotrópicas e álcool e overdose de anestésicos (RESENDE et al., 2009). 
Desde 1969, ano da primeira classificação, até 2010, diferentes classificações foram criadas, alguns autores consideram que as novas classificações são apenas sugestões, e não são globalmente aceitas (BAUMGARTEN, CANCINO, 2016). 
Berg et al., (2010), Falip et al., (2011) e Viterri (2015) apresentaram a classificação mais atual das crises, em três grandes grupos: Crises generalizadas, crises focais e crises e em forma de início desconhecido. 
Crises generalizadas são aquelas que começam em uma rede neural e são distribuídas de forma bilateral rapidamente, podendo pertencer a redes corticais ou estruturas subcorticais. As convulsões generalizadas não incluem todo o córtex e suas manifestações podem ser assimétricas. É importante lembrar que as convulsões generalizadas podem ser oriundas de uma lesão focal.
Crises focais são aquelas que provêm de redes neurais limitadas a um hemisfério, o início é sempre o mesmo, embora possam ter diferentes padrões de propagação, podem se originar em estruturas subcorticais e neocórtex. São subdivididas em: crises sem estado alterado de consciência, crises com limitação sensorial ou psíquica, crises com alteração do estado de consciência e crises que evoluíram de uma convulsão bilateral. 
Crises em forma de início desconhecido, o termo “início desconhecido” é usado no caso de uma crise em que não está claro se o início é focal ou generalizado, o exemplo mais típico são os espasmos infantis que não permitem que se especifique o modo de inicialização. As causas destas crises são várias, podendo ser idiopáticos (causas desconhecidas) ou por traumas físicos, estresse, febre alta, desordens metabólicas, lipotimias, abstinência de drogas psicotrópicas e de álcool, lesões intracranianas e overdose por anestésicos locais (RESENDE et al., 2009). 
Antes da convulsão, podem existir mudanças no humor e comportamento, muitas vezes o paciente descreve como uma “sensação estranha no intestino”, uma sensação de “déja vu”, um cheiro estranho ou flash de luzes (WILSON et al., 2009).
 Caso aconteça um episódio de convulsão no consultório odontológico, interrompa o tratamento imediatamente, remover qualquer objeto da boca do paciente, evitando a deglutição acidental, colocá-lo em posição supina, deixando as vias aéreas superiores desobstruídas e inclinar sua cabeça para o lado a fim de que o vômito ou saliva não sejam broncoaspirados. É importante o monitoramento dos sinais vitais e aguardar o fim da crise que pode levar de 3 a 5 minutos (MONNAZZI et al., 2001, ANDRADE, RANALI, 2011). 
Caso haja necessidade, algumas drogas anticonvulsivantes podem ser administradas como os benzodiazepínicos midazolam e diazepam, numa posologia de 0,2 a 0,3 mg/kg por via intramuscular e 5 a 10 mg por via intravenosa (RESENDE et al., 2009; LÚCIO et al., 2012).
3.1.4. Crise Asmática
A asma é uma doença inflamatória crónica das vias aéreas, reconhecida por uma obstrução brônquica generalizada, reversível espontaneamente ou pelo tratamento farmacológico (TODO-BOM et al., 2006). 
Fatores genéticos e exposição ambiental a fatores alérgicos e irritantes entre outros fatores, levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas (STIRBULOV et al., 2006). 
Existe uma diferença entre asma alérgica e asma não alérgica. A asma alérgica é característica de história familiar da doença, com aumento das reações imunológicas. Já a asma não alérgica apresenta dificuldade respiratória, com broncoespasmo recorrentes e reversíveis em resposta a diferentes estímulos, como: o exercício físico, inalação de ar quente, emoções, exposição a fumo, hipóxia, estresse e refluxo gastresofágico (LOZANO et al., 2011).
Todos os pacientes asmáticos têm o risco de piora da doença, pelo aumento progressivo da dispneia, tosse, chiado ou constrição torácica, acompanhada de diminuição do fluxo respiratório, que pode variar entre um quadro leve e um quadro moderado a grave que poderá colocar em risco a vida do paciente. Outros sinais manifestam a gravidade da falta de ar, são a frequência cardíaca superior a 120 bpm, frequência respiratória superior a 30 movimentos/minuto, incapacidade de falar, fala monossilábica, uso da musculatura acessória na respiração, sudorese e cianose (DALCIN et al., 2009).
O momento mais crítico para a ocorrência de uma crise asmática, no consultório, é logo após a injeção da anestesia local e dos procedimentos que causam estresse como cirurgias e endodontias (LOZANO et al., 2011). 
O CD deve parar imediatamente o tratamento, removendo tudo que estiver na boca do paciente, colocá-lo em uma posição confortável (sentado com os braços para a frente), e tentar acalmá-lo. Estabilizar o paciente e promover a abertura das vias aéreas superiores e administrar (ou pedir ao paciente que auto administre), medicação â2- agonista (por exemplo, salbutamol). Administrar oxigénio (5 a 7 l/min), mantendo monitorização e avaliação do paciente e, caso os sintomas não diminuam, chamar imediatamente os meios de suporte de vida (básico e avançado) (LOZANO et al., 2011). 
Prevenir a asma é a melhor escolha, antes de qualquer procedimento o CD deve identificar e remover todas possíveis causas desencadeadoras e pedir ao paciente que leve para a consulta, a sua medicação â2-agonista (broncodilatador) (RESENDE et al., 2009).
3.1.5. Crise Hipertensiva
A hipertensão é um importante problema de saúde pública e uma doença cardiovascular muito comum, sendo o fator de maior risco no desenvolvimento da doença vascular cerebral, coronária e da insuficiência cardíaca (POLONIA et al., 2006). 
É a elevação da pressão arterial sistólica e/ou diastólica, relacionado a uma predisposição genética ou fatores de risco, como álcool, doença renal, estresse, ingestão demasiada de sal, obesidade, sedentarismo, tabagismo, entre outros (MONEGO, JARDIM, 2006). 
A melhor prevenção é a anamnese, o CD deve tomar medidas para diminuir o estresse, como controlar a dor, fazer atendimentos em sessões curtas, conversar com o paciente durante o atendimento, se necessário, indicar uso de medicamentos (RESENDE et al., 2009). 
Existem dois tipos de crises hipertensivas, a de emergência e a de urgência. A crise hipertensiva de emergência apresenta uma elevação repentina da PA com dano de órgão, ela engloba, encefalopatia, dissecção aórtica aguda, edema pulmonar com parada respiratória, enfarte agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, angina instável, insuficiência renal, sendo necessária a redução imediata da PA de forma a prevenir ou limitar danos em órgãos vitais. Já a crise hipertensiva de urgência é uma situação crónica de pressão arterial elevada e que não necessita de redução imediata, pois não envolve dano de órgão (RESENDE et al., 2009). 
A crise hipertensiva de emergência pode apresentar valores iguais ou superiores a 180 mmHg /120 mmHg (SMITHBURGER et al., 2010). Ao se deparar com um quadro de crise hipertensiva no consultório o CD deve colocar o paciente em posição confortável, tranquiliza-lo e monitorar os sinais vitais. Deve-se administrar via sublingual captopril (25 a 50 mg) (GOMEZ et al., 1999; CHAPMAN, 2003; MONTAN et al., 2007; RESENDE et al., 2009). 
O principal objetivo do tratamento baseia-se numa assistência rápida de forma a controlar e reduzir os valores da PA, sem provocar hipotensão (SMITHBURGER et al., 2010). Cessada a crise o paciente deve ser encaminhado o mais rápido possível para avaliação médica (GOMEZ et al., 1999, CHAPMAN, 2003, MONTAN et al., 2007).
3.1.6.Hipotensão Ortostática
A hipotensão ortostática foi definida pela Academia Americana de Neurologia como uma redução da pressão arterial sistólica e diastólica, 3 minutos após a pessoa se colocar em posição ereta/vertical (DEEGAN et al., 2007). 
Acontece comumente em sessões longas com tempo superior a 2 horas, onde o paciente fica na posição supina por um longo período de tempo e, quando é levantado repentinamente. A ação gravitacional leva ao acúmulo de sangue na região periférica do corpo (membros inferiores) causando assim uma diminuição de retorno venoso e débito cárdico com a consequente diminuição de PA (RESENDE et al., 2009).
Tabela 11 – Classificação das causas da hipotensão ortostática
	Hipotensão Ortostática (Causas)
	Neurogênicas
	Não neurogênicas
	Iatrogênicas (medicação)
	Tumores espinhais
	Infarto agudo do miocárdio
	Diuréticos
	AIDS
	Desidratação
	Anti-hipertensivos
	Diabetes mellitus
	Diarreia
	Antidepressivos tricíclicos
	Insuficiência renal
	Hemorragias
	Anti-parkinsonianos
	Tumor pulmonar
	Vómito
	Neurolépticos
	AVC
	Febre
	Fenotiazínicos
	Esclerose múltipla
	Alimentação
	Narcóticos
	Parkinson
	Álcool
	
Fonte: Bradley et al., 2003
A hipotensão é mais comum pela manhã, a ingestão de comida, a idade, a temperatura ambiente e a gravidez, são preponderantes para a existência do quadro (FREEMAN et al., 2011). Os sintomas mais comuns são tonturas, vertigens, fraqueza física, síncope, náuseas, dor cervical e lombar, angina de peito, ataques isquêmicos. Em pacientes geriátricos, distúrbios no discurso, alterações visuais, quedas, confusão e alterações cognitivas. 
Suspende-se o tratamento dentário e avalia o estado de consciência do paciente, se o paciente estiver inconsciente então deve ser colocado em posição supina com os pés ligeiramente elevados em relação à cabeça. Deve-se permeabilizar as vias aéreas, através da extensão da cabeça para trás. O paciente só deverá ser dispensado quando os sinais vitais estiverem estabilizados e sempre na presença de um acompanhante. Pode haver ou não necessidade de evacuação para o hospital, dependo do tempo da inconsciência, deve-se aconselhar o paciente a movimentar as pernas antes de se levantar (RESENDE et al., 2009).
3.1.7. Hiperventilação
A hiperventilação é ocorre com muita facilidade no consultório, ocorre por um aumento da quantidade de oxigénio inspirado por minuto, excedendo a quantidade necessária para o metabolismo celular normal. O metabolismo da ventilação excessiva resulta numa eliminação de CO2, maior do que a sua produção, causando um declínio da PaCO2 (KING et al., 2008). 
Esta quebra de PaCO2 provoca vasoconstrição cerebral e alcalose respiratória (WILSON et al., 2009). Ela ocorre pela junção de vários fatores como, distúrbios orgânicos, respiratórios, psiquiátricos e fisiológicos, associada principalmente com ansiedade/stress. 
A hiperventilação aguda gera uma sensação de sufoco, dispneia, aumento da frequência respiratória (25 a 30 ciclos/min), aumento da profundidade dos movimentos respiratórios, anestesia, parestesia, ataxia, tremores, zumbidos, extremidades frias, tonturas, vertigens, perda de consciência, perturbações visuais, dores de cabeça e peito, taquicardia, xerostomia, espasmos musculares e dor abdominal (RESENDE et al., 2009).
Pode ser classificada como aguda ou crónica, a aguda ligada a ataques de pânico e também com a asma. A forma crónica está associada a patologias e episódios periódicos e contínuos. É importante saber diferencia-la de outras crises respiratórias, como crise asmática, broncoespasmo, embolia pulmonar, situações de angina de peito, acidose metabólica, síncope, febre elevada e intoxicação por AAS (RESENDE et al., 2009).
Mediante uma crise o CD deve para o tratamento, remover todos os materiais da boca do paciente, controlar a ansiedade do paciente. Pedindo para o paciente realizar exercícios de respiração simples, (respirar em um saco de papel, para restabelecer os níveis de CO2 através da inspiração). Em caso perda de consciência, deve-se colocar o paciente em posição supina até recuperação, não deve ser administrado oxigénio (WILSON et al., 2009). 
Pode ser também necessário em algumas situações a administração de diazepam 10 mg por via intravenosa (injeção lenta). A consulta deve ser adiada (RESENDE et al., 2009).
3.1.8. Hipoglicemia
A hipoglicemia é definida por níveis plasmáticos de glicose iguais ou inferiores a 40 miligramas por decilitro de sangue. Representa uma ameaça à vida, podendo ocorrer em indivíduos diabéticos e não-diabéticos (RESENDE et al., 2009).
Tabela 12 – Valores Normais de Glicose no sangue em miligramas/decilitro.
	Valores Normais de Glicose Sanguínea
	Em jejum
	70 – 99 mg/dL
	Após refeição
	70 – 140 mg/dL
Fonte: American Diabetes Association – Standards of Medical Care in Diabetes, 2010.
Temos como causas mais frequentes superdose de insulina ou hipoglicemiante oral, ingestão excessiva de álcool ou interações medicamentosas que potencializam o efeito dos agentes hipoglicemiantes (RESENDE et al., 2009). 
Deve se monitorar o nível de glicose do sangue antes de qualquer procedimento, caso o nível esteja abaixo dos níveis normais o paciente deve ingerir um carboidrato de absorção rápida, como substâncias açucaradas, mas se o nível estiver acima do normal, o paciente deve receber insulina (COURSIN, UNGER, 2002; SANTOS, RUMEL, 2006). 
É a situação comum com pacientes diabéticos, mas os pacientes não-diabéticos também podem apresentar episódios, mas com uma incidência menor (LUCIO et al., 2012). Para avaliar a glicose, utiliza-se a avaliação da glicemia capilar, através de um glicosímetro. Onde acontece a picada de uma extremidade, através de uma ponta chamada “lanceta”, para obtermos uma gota de sangue que é colocada numa tira reagente que será inserida e avaliada pelo glicosímetro e indicará o valor da glicose sanguínea.
3.1.9. Hiperglicemia
Casos associados a pacientes diabéticos. Se não tiver um glicosímetro, é bastante difícil diferenciar a hiperglicemia e a hipoglicemia com base somente nos sinais e sintomas. Sendo a hipoglicemia um quadro mais grave, deve-se partir do princípio que estamos diante de um quadro de hipoglicemia e administrar carboidratos ou substâncias açucaradas. Se houver um glicosímetro, e for contatado um quadro de hiperglicemia, deve ser administrada insulina (por norma, paciente diabéticos têm consigo doses de emergência) (LALLA et al., 2001).
3.1.10. Infarto Agudo do Miocárdio
O infarto é a deterioração do músculo cardíaco devido a uma diminuição abrupta do fluxo sanguíneo para o miocárdio, que se torna isquêmico devido a insuficiência de sangue e de oxigênio, resultando em morte celular e necrose do músculo cardíaco (MUNOZ et al., 2008; LUCIO et al., 2012). 
A principal causa, deve-se a placas ateromatosas que obstruem parcial ou totalmente um dos ramos da artéria coronária por trombose intraluminal (MUNOZ et al., 2008; AGUIAR et al., 2008). 
Apresenta uma dor severa retroesternal, podendo refletir em outras áreas como, nuca, braço esquerdo e mandíbula, seguida de náuseas, palidez, perda de consciência, palpitação, sudorese e cianose das mucosas (pela redução do fluxo sanguíneo) (BARROS et al., 2011). 
A primeira conduta é interromper o tratamento e colocar o paciente em posição confortável, cadeira odontológica semi reclinada, afrouxar suas roupas e mantê-lo calmo. Enquanto aguarda o serviço médico de urgência, o cirurgião-dentista deve monitorar os sinais vitais do paciente (respiração, pulso, pressão arterial); administrar 5 mg de dinitrato de isossorbida sublingual para que haja uma vasodilatação. A fim de diminuir a ansiedade do paciente, tendo em vista que esta aumenta a atividade do sistema autônomo, e consequentemente a demanda de oxigênio, pode-se administrar midazolam (5 mg) (RESENDE et al., 2009).
3.1.11. Obstrução das Vias Aéreas
A obstrução da via aérea é um dos mais sérios problemas a que um profissional de saúde pode estar sujeito. Deve ser diferenciada a situação de “dificuldade em respirar” e de “nãorespirar” (BECKER et al., 2011).
Pode se desencadear por diversos fatores, desde as estruturas anatómicas, a depressão do sistema nervoso central por intoxicação, superdosagem de drogas, edema cerebral, choque eléctrico, infecção na zona maxilo facial (angina de Ludwig), neoplasias e aspiração de corpo estranho (SANT’ANNA et al., 2010).
O maior risco no consultório é a aspiração de corpo estranho, por serem utilizados muitos materiais de pequeno tamanho e que quando expostos à saliva, são de difícil manuseio (LOZANO et al., 2011). 
Os materiais mais associados a este tipo de situações são os próprios dentes, restaurações, materiais restauradores, instrumental dentário, componentes de implantes, grampos fixadores de diques de borracha, gazes, “brackets” ortodônticos e materiais de impressão (PAROLIA et al., 2009).
Os casos de obstrução por materiais são cada vez mais raros e na grande maioria das vezes, os materiais vão para o sistema digestivo e não para o respiratório (OBINATA et al., 2011). 
A situação pode ser fatal e a sua gravidade depende do grau de obstrução da via aérea. Em caso de obstrução total ou subtotal (especialmente de laringe e traqueia) a asfixia pode rapidamente causar morte. Obstrução mais leves ou a passagem do objeto mais longe da árvore brônquica (GONÇALVES et al., 2011).
O diagnóstico rápido é essencial, a demora no seu reconhecimento e tratamento pode ter consequências e sequelas graves (FRAGA et al., 2007). Sintomas mais comuns são a afonia, cianose, tosse persistente, sibilos localizados ou difusos, dificuldade respiratória, agitação ou mesmo inconsciência (GONÇALVES et al., 2011).
Prioridade é o restabelecimento do acesso da via aérea e a respiração. Retira-se todos os instrumentos da boca do paciente, colocando-o numa posição reclinada e incentivando-o a tossir, aplicando 5 pancadas fortes nas costas. Se o objeto estiver visível deve-se proceder à sua extração com uma pinça ou através de sucção, com extremo cuidado de forma a não o afundar para posições mais desfavoráveis. Caso haja ventilação deve-se administrar oxigénio (PAROLIA et al., 2009).
Caso o objeto não saia e aconteça uma dificuldade respiratória acentuada, deve-se fazer à “manobra de Heimlich”. O CD coloca-se por trás do paciente com os braços em redor da parte superior do abdómen, inclina-o para a frente e coloca uma mão cerrada entre o umbigo e a ponta inferior do esterno, colocando uma mão sobre a mão cerrada e puxa a mão para si e para cima, com um movimento firme e que deve ser repetido 5 vezes (LOZANO et al., 2011). 
Nos bebês utilizam-se dois dedos, pressionando o esterno até uma terço da sua profundidade e, em crianças, em vez de dois dedos, utiliza-se uma mão. Por sua vez, em grávidas, a técnica é igual ao adulto, mas colocam-se as mãos sobre o esterno (MADEIRA et al., 2011). 
Caso não funcione, os meios de socorro devem ser imediatamente alertados e o paciente encaminhado para uma unidade hospitalar o mais rapidamente possível (LOZANO et al., 2011). 
3.1.12. Parada Cardiorrespiratória
A parada cardiorrespiratória (PCR) é uma condição repentina da interrupção das funções circulatória, respiratória e cerebral (MADEIRA et al., 2010). O seu diagnóstico deve ser realizado imediatamente, pois, enquanto que a tolerância do coração à anóxia é relativamente alta, o sistema nervoso central apresenta lesões irreversíveis em 3 a 4 minutos (GONZAGA et al., 2003). A cada minuto, a probabilidade de sobrevivência diminui 10%, após o início do episódio (LAURENT et al., 2009). 
O prognóstico dos doentes que sofrem PCR é desfavorável, sendo as taxas de sobrevivência inferiores a 20% fora do hospital e variável entre 10 e 30% no hospital. Se observa ainda que 95% dos pacientes que sofrem PCR fora do hospital morrem ou apresentam sequelas neurológicas irreversíveis (BAPTISTA et al., 2004). 
Mesmo sendo raro, as vezes são informadas situações de morte por PCR durante o tratamento no consultório (GONZAGA et al., 2003). Os procedimentos dentários aumentam o risco de ocorrência desta situação, principalmente devido aos atos invasivos (LAURENT et al., 2009). 
O atendimento da PCR deve ser considerado como conhecimento obrigatório e prioritário de todo o profissional de saúde, independentemente da sua especialidade (BARBOSA et al., 2006). Manobras de ressuscitação de alta qualidade podem duplicar ou mesmo triplicar as taxas de sobrevivência após o evento. 
A principal causa são as doenças cardiovasculares como, a hipertensão, a aterosclerose, o AVC, a angina de peito e o enfarte agudo do miocárdio. Outros fatores também podem ser considerados, mas com uma percentagem bastante inferior (BARBOSA et al., 2006).
3.1.13. Reações Alérgicas
Reações de hipersensibilidade, são mediadas pelo sistema imunológico, através de uma reação antígeno-anticorpo, podendo envolver vários órgãos. (MONTAN et al., 2007; GAUJAC et al., 2009; LÚCIO et al., 2012). Estas reações podem ter um efeito imediato, moderado ou severo, podendo ser letal, ou um efeito tardio leve ou moderado (TRENTO, 2010). 
De 10 a 15% da população é portadora de algum tipo de alergia, podendo estas ser classificadas em: Tipo I são as imediatas ou anafiláticas, Tipo II (citotóxica ou anticorpo-dependente), Tipo III mediadas por complexos e Tipo IV sendo as dermatites de contato (GAUJAC et al., 2009). 
As reações alérgicas na odontologia normalmente estão ligadas aos anestésicos locais, principalmente a lidocaína, analgésicos, anti-inflamatórios e antimicrobianos, em especial a penicilina. Além de outras substâncias como o monômero das resinas acrílicas e o látex das luvas cirúrgicas e de procedimento (MONTAN et al., 2007, GAUJAC et al., 2009). 
Sintomas como urticária (eritema, prurido de graus variáveis de lesões cutâneas) são mais comuns e tratados por meio da administração por via oral de anti-histamínicos, como loratadina, 10 miligramas de 8 em 8 horas. Porém casos mais dramáticos de progressiva sintomatologia, como a anafilaxia (ou choque anafilático) necessitam de maiores atenções (RESENDE et al., 2009). 
É uma reação mediada pela Imunoglobulina E (IgE), simultaneamente em vários órgãos, o alérgeno habitualmente envolvido consiste em alimentos, droga, veneno de insetos. A reação é potencialmente fatal e pode ser provocada na presença de pequenas quantidades de antígeno. É caracterizada por um mal-estar, reações cutâneas (rubor, urticária, prurido), dificuldade respiratória (broncoconstrição), edema de laringe, arritmia, taquicardia, parada respiratória, podendo levar o paciente a óbito (ARAUJO et al., 2005, BECKER, REED, 2006).
Inicia-se com a ventilação do paciente com oxigênio (6 litros por minuto) e monitoramento de seus sinais vitais, administra-se adrenalina (0,3 mililitros) de forma subcutânea ou intramuscular, sendo repetida a cada cinco minutos, não excedendo três doses; e anti-histamínico (cloridrato de prometazina), 50 mg por via intramuscular. Além destas manobras solicita-se serviço médico de urgência (GROGAN, 2004, CHAPMAN, 2003).
3.1.14. Síncope / Lipotimia
A lipotimia é um mal-estar, uma sensação de desfalecimento, com palidez, sudorese, zumbido, visão turva, pulso fraco e queda da pressão arterial, raramente, perda total de consciência (RESENDE et al., 2009). A síncope é a perda momentânea da consciência, por uma diminuição da oxigenação cerebral, resultante da redução do fluxo sanguíneo para o cérebro. Os sintomas são palidez, hipotensão, taquicardia, escurecimento da visão, zumbido, sonolência e sensação de vazio gástrico (RESENDE et al., 2009).
O CD deve interromper o tratamento, avaliar o grau de consciência do paciente, colocá-lo em posição supina com os membros inferiores levemente elevados em relação à cabeça (10 a 15 graus), estender a cabeça para trás, propiciando a passagem de ar, e aguardar de 2 a 3 minutos à recuperação do paciente. Caso isso não ocorra deve-se administrar oxigênio (3 a 4 litros/minuto) e monitorar a respiração, pulso e pressão arterial até a chegada do auxílio médico de urgência previamente solicitado (MARINGONI,1998). 
Após uma síncope, o CD deve adiar a consulta, por pelo menos 24 horas, bem como dar indicações para que o paciente não conduza veículo motorizado (ELGUINDY, 2007).
CONCLUSÃO
Conclui-se que na pratica odontológica, mesmo raro o acontecimento de emergências médicas, existe a preocupação sobre o assunto, com isso é necessário o conhecimento e preparo dos profissionais de odontologia para que as emergências sejam corretamente diagnosticadas e solucionadas.
Com o aumento da expectativa de vida dos pacientes, pacientes com doenças sistêmicas procurando atendimento, o uso de drogas potentes sugere maiores possibilidades de o dentista enfrentar uma emergência médica no consultório, que não tem relação com o tratamento odontológico (CAPUTO et al., 2010; SANCHEZ, DRUMOND, 2011).
O medo de dentista existe e estando presente é considerado fonte de aumento da ansiedade, o que leva ao aumento do número de ocorrências de emergências médicas (MALAMED, 1997). 
A grande maioria dessas situações emergenciais podem ser evitadas através de uma boa anamnese, avaliação física e exames complementares, fornecem informações sobre o estado de saúde do paciente, tornando o procedimento mais seguro, porém, quando elas ocorrem, alguns conhecimentos simples podem diminuir o sofrimento, evitar complicações futuras e salvar vidas. No entanto um atendimento de emergência mal feito pode comprometer ainda mais a saúde da vítima. Por isso o cirurgião-dentista deve estar preparado para o diagnóstico da emergência, definindo sua prioridade e a necessidade do atendimento médico especializado (GUIMARÃES, 2001; SILVA, 2006; SHAMPAINE, 1999; CAPUTO et al., 2010). 
Para CAPUTO et al., (2010) o treinamento em suporte básico de vida é imprescindível ao profissional, para que ele possa ao menos manter o paciente estável enquanto aguarda o serviço médico de urgência.
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