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AVA 2 - Construção do Pensamento

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
 DANIEL SANTOS COSTA
 
Trabalho desenvolvido pelo aluno Daniel Santos Costa, como requisito para obtenção de nota da AVA2, na disciplina Construção do Pensamento.
Professora: Cléa Gois e Silva
RIO DE JANEIRO
2021
Estreitando os laços entre globalização e ética planetária
O progressivo intercâmbio entre os países do mundo, o aumento na criação de diversos produtos, a crescente difusão de conhecimentos e tecnologias nas áreas da indústria, da informação e dos transportes são alguns exemplos que permitem identificar a atuação da globalização na sociedade nessas últimas décadas. No entanto, antes de analisar a presença desse fenômeno na dinâmica da sociedade para apontar alguns desdobramentos, é oportuno lançar um olhar sobre o próprio conceito de globalização.
Nessa linha de interesse, recorremos ao professor e pesquisador Wellington Trotta (2017, p. 330) que define o termo como um “processo pelo qual as populações do mundo se tornam cada vez mais próximas umas das outras pela comunicação, quase que instantânea, e pelas trocas comerciais constantes”. Trata-se, portanto, de um fenômeno que atenua as fronteiras geográficas, pois possibilita o contato de diferentes culturas, ocasionado mudanças políticas, econômicas e sociais. 
Embora a globalização tenha sido um combustível para o desenvolvimento da sociedade mudando o modo de vida do homem, os benefícios promovidos por ela não abrangem todos de maneira igualitária. Lançando um olhar crítico, é possível identificar que esse fenômeno está sendo moldado por interesses que envolvem “hegemonia, dominação e exclusão” (TROTTA, 2017, p. 333) dentro de uma sociedade alicerçada na ótica do capitalismo e da concentração de lucros. 
Países desenvolvidos, ricos e industrializados que se apropriam do poder econômico, do acesso fácil à tecnologia e a produção/consumo de produtos, são favorecidos no mundo globalizado. Por outro lado, países pobres, na condição de miséria, fome e violência, sofrem desvantagens por falta de recursos, sendo condenados ao ciclo da marginalização, do descaso e da dependência dos sistemas dominantes. As consequências desse cenário são a desigualdade econômica e social entre as pessoas diante de uma realidade em que a valorização dos interesses econômicos é mais importante do que as próprias necessidades humanas.
Outro campo que sofre essa disparidade é o da divulgação das informações. Povos que pertencem a regiões desenvolvidas onde existem meios de comunicação e outros recursos gerados pela globalização, conseguem propagar com mais alcance suas crenças, valores e modos de ser e de viver, o que gera maior predomínio de uma determinada visão de mundo. Em contrapartida, povos que se encontram à margem da globalização com dificuldades de acessos à tecnologia, educação e trabalho, não conseguem divulgar os seus pensamentos, crenças e valores. Africanos e indígenas são exemplos de povos que foram apagados ao longo da História e que ainda hoje continuam enfrentando problemas de estereótipos e discriminação, pois não conseguem a visibilidade necessária para defender seus direitos de cidadania e suas matrizes culturais. 
É nesse contexto que uma perspectiva em favor de uma ética planetária ganha relevância. A palavra ética vem do grego ethos que significa hábito, comportamento e costume. O ethos, dessa forma, pressupõe que o homem é o ser responsável por refletir sobre seus valores e princípios que determinam o seu agir no meio social. Para que ele desenvolva um pensamento crítico em relação aos efeitos da globalização em nossos dias, é necessário que a ética planetária seja a ponte para a conscientização. Sobre esse assunto, Zuben (2010, p. 81) afirma: “por ética planetária entende-se o estabelecimento de princípios que determinam ações no sentido de bem-estar planetário, ou seja, ações que caracterizam a integridade relacional dos seres humanos entre si e para com a natureza”.
Indo mais adiante, o autor enfatiza que a ética planetária traz como elementos o cuidado e a solidariedade com toda a forma de vida existente no mundo, destacando a responsabilidade humana com o presente e o futuro. Trata-se, então, de reconhecer a urgência de uma ética que ajude a compreender, questionar e analisar os interesses que permeiam na sociedade frente ao progresso técnico e científico. 
A ausência do exercício da reflexão gera danos. O comportamento aquisitivo, consumista, impulsivo e influenciado por propaganda é resultado de uma mente alienada e incapaz de ler o mundo e a si mesmo. O consumo exagerado como uma marca presente nos últimos tempos, não apenas corrompe o homem, mas também o meio ambiente em que ele está inserido. Poluição, desequilíbrio ecológico, contaminação do solo e do ar são alguns efeitos colaterais de um estilo de vida que não preza o pensamento crítico sobre as ações do homem no mundo. 
A noção de uma ética planetária que encare os desafios da atualidade é um fator indispensável para o desenvolvimento da qualidade de vida na área pessoal, social, econômica, política e ambiental. Para alcançar essa consciência sobre o pensar e o agir de forma global, devemos considerar também a importância da área da filosofia na compreensão da realidade. É ela que pode auxiliar na mudança de visão de mundo e abrir as portas para a experiência da análise, levantamento de ideias, hipóteses, questões e não apenas do reproduzir mecânico com ausência da criticidade. Como seres sociais, devemos repensar constantemente nossas práticas e mudá-las. 
Sem dúvida, podemos compreender que a globalização, aliada ao modo de vida capitalista e aos desenvolvimentos técnicos e científicos, é responsável por modernizar a sociedade, mas também por acentuar a desigualdade social e econômico, privilegiar um determinado modo de viver, induzir o consumismo e o risco a vida na Terra. Nessas condições, uma ética em escala planetária traz a luz princípios de cuidado, respeito, solidariedade, empatia, conscientização e comprometimento do ser humano com o seu meio. Mudar a mentalidade da supervalorização do capital caminho ao do é um desafio que deve ser 
 
Referências bibliográficas 
Trotta, Wellington. Filosofia [livro eletrônico]. Rio de Janeiro: UVA, 2017.
Zuben, Reginaldo von. Educação e ética planetária no contexto da globalização / Reginaldo von Zuben. – Londrina, 2010.
 Desde suas raízes, a filosofia abrange o conhecimento como um todo, vinculando as mais diversas áreas do saber para alcançar uma ampla compreensão da realidade. Posteriormente, com o avanço científico da modernidade, o conhecimento passa a destacar campos específicos, privilegiando, por meio de recortes investigativos, determinados objetos de estudo. Tal avanço interfere decisivamente em todos os segmentos da sociedade, afetando não só os paradigmas científicos, mas também a vida e os valores de cada ser humano.
Considerando o exposto acima e com base nas transformações sucessivas, gradativas ou radicais no campo dos valores, analise a concepção de ética planetária no contexto da sociedade globalizada contemporânea.
Consultar as seguintes Unidades-(Unidade 3, aula 2 / Unidade 4, aula 2)
introdução ( apresentando o problema proposto no enunciado), desenvolvimento ( os conceitos e suas definições e a relação entre eles) e conclusão ( as implicações que podem ser inferidas do problema proposto no enunciado). Um desenvolvimento razoável pode conter em média 2 laudas.

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