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Resumo Doença Úlcerosa Péptica Bruna Luísa Palhares Gomes Podemos definir úlcera como uma lesão que se estende pela mucosa e submucosas principalmente gástricas e duodenais e algumas partes do intestino e acomete cerca de 15 a 20% da população. Podem ser superficiais se somente na submucosa, profunda se presente na muscular própria, e se acomete toda a parede e a perfura é perfurante e aquela que perfura outra estrutura que tentou bloquear a úlcera é chamada de penetrante . Obs: se for somente na mucosa é EROSÃO. A partir de 1982, aprendemos que a gênese da úlcera, esta intimamente ligada ao desequilíbrio entre fatores agressores e defensores da mucosa. Primeiro vamos conhecer quais hormônios são conhecidos a onde no estomago? Corpo e fundo acido clorídrico e pepsinogenio Antro gastrina e somastotatina (que inibe a célula parietal a produzir de HCL) Todo o estomago bicarbonato Sendo os defensores a barreira muco bicarbonato, o epitélio colunar de revestimento com alta renovação celular e fluxo sanguíneo abundante. Os agressores: o ácido clorídrico que é produzido principalmente no corpo e fundo do estomago e tem 3 fases de secreção, a cefálica, gástrica e intestinal, a pepsina, também o uso de aines, aas, ser tabagista e ter a bactéria H.pylori. Obs o H pylori é o principal causador de ulceras pépticas, sendo responsável por 90% das Ulceras duodenais e 70% das gástricas. A ação da H, pylori causa uma pangastrite no estomago, onde pode ter ação em corpo e antro causando diminuição da produção de HCL além de diminuir a camada de muco e bicarbonato que cursam como etiologia da UG, já as UD geralmente tem gênese na infecção antral, que leva a uma metaplasia e mudança adaptativa gástrica no duodeno na tentativa de tolerar a hiperacidez. Já os AINES tem ação toxica local além do mecanismo de inibir as COX1 e prostaglandinas inibindo assim a produção de muco e bicarbonato. Tipos de Úlceras – Classificação Johnson Úlceras duodenais Úlceras gástricas: 1- Ulceras no antro ou corpo gástrico -> NÃO APRESENTA HIPERCLORIDRIA 2- Ulceras no antro ou corpo-> Tem componentes duodenal ou seja tem componente 3- Úlceras pré pilóricas -> Tem relação a hipercloridria 4- Úlceras no estomago proximal Normocloridria Diagnóstico: QUADRO CLíNICO+ ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA e exames laboratoriais se necessário Quadro clínico: Dor crônica e recidivante Dor noturna (clocking) Náuseas e vômitos. Obs: Se UD dor aliviar com alimentação e UG: desencadeada por alimentação. A complicação mais fatal e a mais comum é sangramento. ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA (EDA) Método sensível, específico e seguro Além disso, podemos identificar o local das úlceras e realizar biopsias Ademais pesquisa do H pylori Também nos permite classificar a úlcera de acordo com a classificação de SAKITA, que classifica a DUP em estágios. A-> ATIVA geralmente tem focos de necrose H-> HEALING em cicatrização com diminuição da fibrina S-> SCAR cicatriz, podendo ser branca ou avermelhada Também podemos utilizar a classificação de FOREST, para o risco de sangramento I Hemorragia ativa II Sinais de hemorragia recente III úlcera com base clara e sem sangramento Exames laboratoriais: Dosagem de gastrina sérica (pensando em gastrinoma, com ulceras atípicas, intratáveis, em grande numero) Pesquisa por H pylori por Sorologia, por CO2 expirada e DNA fecal ( os últimos dois geralmente controle de tratamento da doença) Tratamento: Medidas gerais: Orientações dietéticas -> evitar alimentos que desencadeem sintomas como bebida alcoolicas, frituras etc Essas medidas tem pouca influência na cicatrização Tratamento medicamentoso: PRIMEIRA LINHA: Antagonistas dos receptores de H2-> Cimetidina, ranitidina, famotidina, nizatidina - Tem cicatrização de cerca de 70-80% das úlceras em 4 semanas Inibidores de bomba de prótons-> Omeprazol, pantoprazol, lanzoprazol, esomeprazol - Tem cicatrização de 90-100% das úlceras em 4 semanas Segunda linha: Antiácidos: Hidroxido de alumínio, Hidroxido de magnésio, bicarbonato de sódio,: neutralizam o ph ácido para tentar melhorar os sintomas Sulcralfato: forma uma película protetora para a mucosa gástrica Tratamento para H Pylori: Reduz as recidivas O esquema mais utilizado é tríplice com Amoxicilina, claritromicina e um IBP por pelo menos 14 dias OBS: SE PACIENTE COM H PYLORI E DOENÇA ÚLCEROSA PÉPTICA: 4 semanas de IBP primeiramente APÓS ESSE TRATAMENTO -> Esquema tríplice de tratamento para a H pylori, totalizando 42 dias de remédio. Indicações cirúrgicas da doença ulcerosa péptica:
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