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Articulações complexos e individuação

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Articulações – Psicologia Analítica Junguiana 2021/1 
Laura P. da Encarnação – 201557191 
 
• Complexos 
 
Existe uma necessidade psíquica no sujeito que faz com que a adaptação ao 
meio em que vive seja vital, fazendo com que ocorra a progressão da libido – Libido, 
aqui entendida como a energia psíquica. Porém, como é comum de se observar, não 
são todos que conseguem adaptar-se às exigências do mundo externo, devido as 
possibilidades em que cada um existe, fazendo com que a energia psíquica (Libido) 
regresse. Nesse movimento, o efeito da regressão traz consigo conteúdos dormentes 
do inconsciente, que a consciência excluiu por não condizerem com aquilo que era 
demandado para adaptar-se ao mundo exterior, os complexos. 
Se o sujeito é capaz de enfrentar esses conteúdos, a energia se rearranja e volta 
a fluir na direção exterior, mas quando este complexo está cheio de energia, pode 
tomar conta do Eu enfraquecido. O complexo é formado por 1) A emoção original, a 
primeira experiência e sentimentos do sujeito com aquele evento; e 2) O arquétipo 
que representa esse fenômeno no inconsciente coletivo. Assim, ele torna-se uma 
unidade autônoma, atraindo a energia psíquica para seu núcleo, aguardando a chance 
de se constelar. A constelação, nada mais é, do que os conteúdos do complexo tendo 
acesso a esfera da consciência através da energia psíquica que regressou. 
 
• Individuação 
 
Quando o indivíduo atingir certo ponto de maturação física e mental, o Ego 
também irá desenvolver novas capacidades como a percepção da cultura que domina 
seu ambiente e como utilizá-la para se realizar, desenvolvendo sua personalidade. 
Essa adaptação cultural depende muito da história desse sujeito, sua família, seus 
costumes e até mesmo o período histórico em que foi concebido, sendo estes fatores 
de grande influência quando falamos sobre diferenciações. 
O processo de Individuação é o centro da teoria Junguiana, nele, a comunicação 
entre consciente e inconsciente é o que mais importa, pois o indivíduo está buscando 
compreender e desenvolver, conscientemente, as suas potencialidades que ainda 
estão por surgir, guardadas no inconsciente. É o processo pelo qual torna-se si 
mesmo. O contato com o inconsciente nos permite aprofundar o conhecimento acerca 
de nós mesmos e daquilo que levamos como vida. 
Este contato não é feito de forma simples, no intermédio dos sonhos é que 
somos capazes de visualizar os sinais e símbolos, a linguagem do inconsciente. E 
enquanto ser consciente, devemos analisar e interpretar estes símbolos em busca de 
amadurecimento psíquico. Este processo não é uma necessidade biológica, e sim 
psicológica. 
O que Jung tenta explicar com essa afirmação, é que muitos sujeito falham nessa 
jornada de individuação, por não aceitarem sua mente como algo poderoso em si 
mesmo, acreditando que apenas necessidades físicas devem ser atendidas, o ser 
humano esquece que sua psique é quem controla tudo. O processo não possui um 
fim demarcado, é necessário que o indivíduo esteja sempre o realizando para que 
sempre busque ser a melhor versão de si mesmo.

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