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TAMIRES BOSQUE DE OLIVEIRA - Hernia perineal em cães

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4
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA (UNAMA)
BACHARELADO EM MEDICINA VETERINÁRIA
TAMIRES BOSQUE DE OLIVEIRA 
HÉRNIA PERINEAL EM CÃES
SANTARÉM – PA
2021
TAMIRES BOSQUE DE OLIVEIRA
HÉRNIA PERINEAL EM CÃES
Trabalho apresentado ao Centro Universitário da Amazônia, como requisito para obtenção de nota para o curso de Medicina Veterinária na matéria de Clínica Cirúrgica.
Professor (a): André Rebelo Pantoja
SANTARÉM – PA
2021
Sumário
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	4
1.	Introdução	4
2.	Sinais Clínicos	5
3.	Diagnóstico	5
4.	Tratamento e Técnicas Cirúrgicas	6
5.	Considerações finais	7
6.	Dúvidas importantes	7
BIBLIOGRAFIA	8
 
	
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Introdução 
A hérnia perineal é uma patologia que acomete mais frequentemente animais machos adultos e não castrados. É uma patologia frequente na medicina veterinária, possuindo varias técnicas cirúrgicas para sua correção. Ela acontece pelo enfraquecimento ou ruptura do diafragma pélvico, acompanhado do deslocamento dos órgãos abdominais para a região perineal. Apesar de ser uma patologia frequente a hernial perineal apresenta muitas divergências na literatura, desde a sua etiologia ao tratamento. 
Para FOSSUM, 2015, a hérnia perineal ocorre quando os músculos do diafragma pélvico não sustentam a parede retal, permitindo a persistente distensão retal e comprometendo a defecação. Afirma ainda que a causa do enfraquecimento do diafragma é mal compreendida, porém, acredita que pode estar relacionada a hormônios masculinos, esforço e fraqueza ou atrofia muscular congênita ou adquirida. Outros estudos mostram que a hérnia perineal é a protrusão de um órgão ou parte dele, através de um defeito na parede da cavidade anatômica na qual ele está situado e a maioria dos casos pode envolver a protrusão de conteúdos abdominais através da parede abdominal, do diafragma ou do períneo (BELLENGER e CAFIELD, 2007). A patologia é mais frequente em machos (WELCHES et al., 1992). O diafragma pélvico é mais forte nas fêmeas do que nos machos, e pode ainda está relacionada com qualquer condição que possa forçar o diafragma pélvico, pode-se incluir a prostatite, cistite, obstrução do trato urinário, obstrução colorretal, desvio retal ou dilatação, inflamação perianal, saculite anal, diarreia e constipação. (FOSSUM, 2015). Como há muitas divergências na literatura sobre essa patologia, não há uma causa apenas, ela pode ocorrer quando houver uma separação entre os músculos do diafragma pélvico e acontecer o deslocamento de estruturas anatômicas intracavitárias em direção caudal. (HEDLUND, 2008). A hérnia perineal pode ser unilateral e bilateral, e a maioria das hérnias ocorre entre os músculos elevador do ânus, o esfíncter anal externo e o músculo obturador interno; no entanto, algumas ocorrem entre o ligamento sacrotuberal e o músculo coccígeo, o elevador do ânus e os músculos coccígeos ou músculos isquiouretal, bulbocavernoso e isquiocavernoso (FOSSUM, 2015). A hérnia perineal pode ser classificada de acordo com a sua localização: hérnia caudal quando ocorrer entre os músculos elevador do ânus, obturador interno e esfíncter anal externo; hérnia dorsal quando ocorrer entre os músculos elevador do ânus e coccígeo; ventral quando ocorre entre os músculos ísquio-uretral, bulbocavernoso e isquiocavernoso; ou ciática quando está localizada entre o ligamento sacrotuberoso e o músculo coccígeo (DORN; CARTEE; RICHARDSON, 1982).
Sinais Clínicos
Os sinais clínicos mais frequentes estão relacionados com esforço para defecar ou urinar sem eliminação de fezes ou urina, constipação, obstipação (constipação intratável), disquezia (defecação dolorosa) e aumento de volume perineal, que pode ser ou não redutível (HOSGOOD et al., 1995; DÓREA et al., 2002; FERREIRA e DELGADO 2003; SEIM III, 2004; MORTARI e SHEILA, 2005; BELLENGER e CAFIELD, 2007). Em outros históricos os tutores relatam apenas a dificuldade em defecar, outros apontam intumescência lateral ao ânus, em casos agravados os animais são apresentados como emergências por causa da uremia pós-renal associada ao aprisionamento da bexiga ou choque associado a estrangulamento intestinal (FASSUM, 2015). Em quadros mais severos ocorre retroflexão da bexiga urinária o que causa significativa curvatura uretral, causando oclusão parcial ou total do fluxo urinário, distensão vesical, comprometimento do suprimento neurovascular e atonia, com consequente elevação das concentrações séricas de ureia e creatinina e dos índices de morbidade e mortalidade (HOSGOOD et al., 1995).
Diagnóstico 
O diagnostico da hérnia perineal pode ser baseado na anamnese do paciente, sinais clínicos, exames físicos e exames ultrassonográficos e radiológicos. O diagnóstico pode ser feito também através do exame retal, na tentativa de encontrar um diafragma pélvico enfraquecido durante o exame retal digital, com ou sem inchaço perineal lateral ao ânus (FASSUM, 2015). Pode ser realizado tambem exames laboratoriais, tendo em vista que a maioria dos pacientes é de idades mais avançadas sendo recomendável a avaliação do estado geral através de um hemograma com realização do perfil bioquímico e análise da urina (BOJRAB e TOOMEY, 1981).
Tratamento e Técnicas Cirúrgicas
O objetivo do tratamento é sempre aliviar o paciente, prevenir a constipação, disúria o estrangulamento dos órgãos. Para aliviar a constipação é feito o uso de laxantes, emolientes fecais, deve ser modificada a dieta, uso de enemas periódicos e pode ser feito a evacuação manual do reto. A bexiga pode ser descomprimida por meio de cistocentese ou cateterização. Porém o uso prolongado desses tratamentos está contraindicado, uma vez que encarceramento visceral com risco de vida e estrangulamento pode ocorrer (FOSSUM, 2015). Esses tratamentos são realizados para alivio em curto prazo, sendo o tratamento cirúrgico indispensável. Para a realização do tratamento cirúrgico, o animal deve passar por uma avaliação hematológica, bioquímica e urinálise. O protocolo anestésico deve ser escolhido de acordo com as exigências do paciente. Há controvérsias sobre a castração nos pacientes, entretanto ela é indicada em associação a diversos procedimentos cirúrgicos de tratamento da hérnia perineal, principalmente por seus efeitos benéficos nas doenças prostáticas, testiculares ou neoplasias da glândula perineal (VAN SLUIJS e SJOLLEMA, 1989; RAISER, 1994; HOSGOOD et al., 1995). 
Existem diversas técnicas cirúrgicas na literatura, pois cada profissional tem preferência por uma técnica, e cada quadro clínica exige uma técnica. Mas na clínica cirúrgica as duas técnicas mais utilizadas são: a tradicional, ou reposição anatômica e a elevação do obturador interno, ou técnica de transposição. O modelo de reposição anatômica é um método de reparação primário da musculatura do diafragma pélvico por meio da sutura dos músculos esfíncter anal externo, coccígeo e/ou elevador do ânus e obturador interno (PETTIT, 1962). A segunda técnica que é a técnica de transposição do músculo obturador foi descrita como alternativa à técnica de sutura padrão com intuito de conferir maior reforço à porção ventral da hérnia e menor tensão, além de diminuir as taxas de recidivas (EARLEY; KOLATA, 1983; HARDIE; KOLATA; EARLEY, 1983; ORSHER; JOHNSTON, 1985). Existem outros tratamentos, que incluem dietas, e reposições de hormônios, porem deve ser feitas em animais com sinais primários da patologia.
Considerações finais 
A hérnia perineal é uma patologia muito importante na Medicina veterinária, pois mesmo sendo um quadro frequente existem ainda muitos estudos a serem feitos, em razão de suas causas não serem totalmente compreendidas. Existem diversas técnicas que podem ser realizadas na hérnia perineal, e a sua escolha deve ser feita de acordo com as exigências do quadro do paciente. Quando a herniorrafia é realizada por profissionais qualificados o prognóstico da patologia é bom, porém existem as complicações e os agravamentos da doença. 
Dúvidas importantes
De acordo com literatura existente sobre a Hérnia Perineal, qual asua principal causa? 
R: De acordo com a literatura, a hérnia perineal ocorre principalmente pelo enfraquecimento dos músculos do diafragma pélvico, o que permite o deslocamento de conteúdo abdominal para a região perineal.
 Qual aspecto é utilizado para a classificação da Hérnia perineal? E quais são as classificações?
R: Ela é classificada de acordo com sua localização. É classificada em: hérnia caudal quando ocorrer entre os músculos elevador do ânus, obturador interno e esfíncter anal externo; hérnia dorsal quando ocorrer entre os músculos elevador do ânus e coccígeo; ventral quando ocorre entre os músculos ísquio-uretral, bulbocavernoso e isquiocavernoso; ou ciática quando está localizada entre o ligamento sacrotuberoso e o músculo coccígeo.
 
BIBLIOGRAFIA
ASSUMPÇÃO, T. C., MATERA, J. M., & STOPIGLIA, A. J. (2016). Herniorrafia perineal em cães – revisão de literatura. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP , 19.
Fossum, T. W. (2015). CIRURGIA de Pequenos Animais. Rio de Janeiro : Elsevier Editora Ltda. .
MA Penaforte Junior*, G. A. (2015). Hérnia perineal em cães: revisão de literatura. Recife, Pernambuco, Brazil.
Roberto, C., guilherme, j., Daleck, C. L., & Neto, J. M. (07 de 01 de 1992). Hérnia perineal em cães. Acesso em 28 de 04 de 2021, disponível em scielo: https://www.scielo.br/j/cr/a/QMMhKBR3gPZbqrDwzJJrMNG/?lang=pt&format=pdf

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