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5º Simulado OAB -
Gabarito Comentado
Simulados - OAB 1ª fase - XXXII Exame
de Ordem
Autor:
5º Simulado OAB - Gabarito
Comentado
2 de Maio de 2020
 
 
2º Simulado da 1ª Fase - XXXII Exame de Ordem - 21/03/2020 
XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva-Profissional 
 
 
5º Simulado OAB - Gabarito Comentado
Simulados - OAB 1ª fase - XXXII Exame de Ordem
www.estrategiaconcursos.com.br
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5º Simulado da 1ª Fase - XXXII Exame de Ordem – 02/05/2020 
XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 
 
 
 
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57 
 
PROVA OBJETIVA 
Informações gerais 
• Essa prova é focada na 1ª fase do XXXII Exame de Ordem da OAB; 
• As questões são inéditas e foram elaboradas pelos nossos professores com base no 
perfil da banca do certame, a FGV; 
• 5 horas é o tempo disponível para a realização da prova, tente realizar este simulado 
respeitando este limite de tempo conforme ocorrerá no dia de seu exame. 
• Esse simulado não é uma das rodadas de correção de peças e questões 
individualizadas, que serão disponibilizadas futuramente somente aos alunos que 
efetuaram a compra do nosso curso. 
• Esse simulado é uma autoavaliação! Você mesmo (a) vai corrigir, a partir da aula em 
vídeo e seu gabarito. 
• A partir das 14h, os nossos professores iniciarão a Correção da Prova AO VIVO, no 
canal do Estratégia OAB no YouTube, comentando e resolvendo todos os itens das 
questões. Aproveite para assisti-la AO VIVO e corrigir os erros. 
 
 
Siga as nossas Redes Sociais 
Estratégia OAB no YouTube 
instagram.com/estratégia OAB 
 
 
 
 
ATENÇÃO! 
Esse caderno de prova é disponibilizado de maneira gratuita, para que os candidatos à 1ª Fase em do 
XXXII Exame possam praticar. Por isso, é importante para nós, que você dê o máximo de publicidade a 
esse simulado. Envie para os seus amigos, mande em listas de e-mails, WhatsApp, etc. Assim, mais gente 
tem acesso a ele! =) O objetivo é difundir esse simulado ao máximo! 
O fato de o simulado ser gratuito não significa que ele não seja protegido pela Lei de Direitos Autorais. A 
cópia ou distribuição não autorizada, sujeita o infrator às sanções previstas nos arts. 101 e ss. da Lei 
9.610/1998. 
 
 
 
5º Simulado OAB - Gabarito Comentado
Simulados - OAB 1ª fase - XXXII Exame de Ordem
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5º Simulado da 1ª Fase - XXXII Exame de Ordem – 02/05/2020 
XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 
 
 
 
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CÓDIGO DE ÉTICA E ESTATUTO DA OAB 
Rosenval Júnior 
Questão 1 
Jeremias, estudante de moda, celebrou contrato de prestação de serviços advocatícios com a 
sociedade de advogados Cerqueira e Mitto, composta por dois recém advogados, com o objetivo de 
que ambos o representem judicialmente em uma ação indenizatória movida em face de David 
Guetta. 
No que tange a procuração judicial referente à prestação desse serviço, assinale a alternativa 
correta. 
a) A procuração deve ser outorgada aos advogados, com a indicação de que eles fazem parte da 
referida sociedade. 
b) A procuração deve ser outorgada à sociedade, com a expressa enumeração e qualificação dos 
advogados que a compõem. 
c) A procuração deve ser outorgada à sociedade, sendo dispensável a indicação expressa dos 
advogados que a integram, pois o contrato de prestação de serviços foi celebrado com a pessoa 
jurídica. 
d) A procuração pode ser outorgada tanto à sociedade quanto individualmente aos advogados. 
Gabarito: A 
Comentários: A: Certa – Nos termos do artigo 15, parágrafo terceiro do EAOAB, as procurações 
devem ser outorgadas individualmente aos advogados e indicar a sociedade de que façam parte. 
B: Errada - As procurações devem ser outorgadas individualmente aos advogados e indicar a 
sociedade de que façam parte. 
C: Errada – Não é dispensável a indicação expressa dos advogados na procuração. 
D: Errada - As procurações devem ser outorgadas individualmente aos advogados e indicar a 
sociedade de que façam parte 
 
Questão 2 
Fernando, advogado, foi contratado pela empresa “Doces e Encantos” Ltda. com intuito de 
representá-la em ação trabalhista promovida por Ana Francisca. Em audiência, o magistrado exigiu 
a identidade profissional do advogado, e alertou acerca de sua obrigatoriedade diante da não 
apresentação por Fernando. 
Diante do exposto, assinale a alternativa correta. 
a) O uso do documento de identidade profissional é facultativo, pois não constitui prova de 
identidade civil para fins legais. 
b) O uso do documento de identidade profissional é obrigatório no exercício da atividade de 
advogado ou de estagiário e constitui prova de identidade civil para todos os fins legais. 
5º Simulado OAB - Gabarito Comentado
Simulados - OAB 1ª fase - XXXII Exame de Ordem
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5º Simulado da 1ª Fase - XXXII Exame de Ordem – 02/05/2020 
XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 
 
 
 
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c) O uso do documento de identidade profissional é obrigatório no exercício da atividade de 
advogado, porém facultativo para os estagiários. 
d) O uso do documento de identidade profissional é obrigatório no exercício da atividade de 
advogado ou de estagiário, embora não constitua prova de identidade civil para fins legais 
Gabarito: B 
Comentários: A: Errada – O uso do documento de identidade profissional é de uso obrigatório no 
exercício da atividade de advogado ou de estagiário; 
B: Correta – Nos termos do artigo 13 do EAOAB, o documento de identidade profissional, na forma 
prevista no regulamento geral, é de uso obrigatório no exercício da atividade de advogado ou de 
estagiário e constitui prova de identidade civil para todos os fins legais; 
C: Errada - O documento de identidade profissional é de uso obrigatório no exercício da atividade 
de advogado ou de estagiário; 
D: Errada - O uso do documento de identidade profissional constitui prova de identidade civil para 
todos os fins legais; 
 
Questão 3 
Igor Maciel, advogado, nunca foi punido disciplinarmente e tampouco processado perante a OAB. 
No entanto, recentemente, ao se desentender com um de seus clientes, optou por revelar detalhes 
do processo a parte contrária, com claro intuito de prejudicar o ex-cliente, e inclusive para forçá-lo 
a pagar os seus honorários advocatícios. 
Diante do exposto, sob a acusação de violação de sigilo profissional, Igor Maciel poderá ser 
apenado em 
a) suspensão. 
b) multa progressiva. 
c) censura. 
d) exclusão, com retenção de honorários. 
Gabarito: C 
Comentários: Nos termos do art. 34, VII do EAOAB, comete infração disciplinar o advogado que 
violar, sem justa causa, sigilo profissional. Logo, a pena a ser aplica neste caso, conforme o art. 36, 
I, EAOAB, será a de censura. 
 
Questão 4 
Paulo Souza, advogado em Brasília, foi contratado por Tiririca, e em razão da urgência, pretende 
examinar, sem procuração, um processo administrativo instaurado na Câmara dos Deputados, e 
que não está sujeito a sigilo. 
Diante da situação retratada, assinale a alternativa correta. 
a) Paulo poderá examinar os autos do processo administrativo, tomar apontamentos e obter cópia 
deles. 
5º Simulado OAB - Gabarito Comentado
Simulados - OAB 1ª fase - XXXII Exame de Ordem
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5º Simulado da 1ª Fase - XXXII Exame de Ordem – 02/05/2020 
XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 
 
 
 
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b) Paulo está legalmente impedido de examinar os autos do processo administrativo visto que não 
dispõe de procuração da parte interessada. 
c) Paulo poderá examinar os autos do processo, mas não obter cópia deles, visto que não dispõe de 
procuração. 
d) Paulo está legalmente impedido de examinar os autos do referido processo visto que, sem 
procuração, só é permitido examinar autos de processo perante os órgãos do Poder Judiciário. 
Gabarito: 
Comentários: De acordo com o Estatuto da Advocacia e da OAB art. 7°, inciso XIII, é direito do 
advogado examinar, em qualquer órgão dos PoderesJudiciário e Legislativo, ou da Administração 
Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando 
não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos. 
A: Correta – Nos termos do artigo 7, XIII do EAOAB, é direito do advogado examinar, em qualquer 
órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de 
processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estiverem sujeitos a 
sigilo ou segredo de justiça, assegurada a obtenção de cópias, com possibilidade de tomar 
apontamentos; 
B: Errada – Paulo não está impedido de examinar e tampouco de tomar apontamentos; 
C: Errada – Paulo poderá obter cópias e tomar apontamentos; 
D: Errada – Paulo não está impedido de examinar os autos do processo, mesmo que sem 
procuração. 
 
Questão 5 
O advogado Marcos exercia os deveres decorrentes de mandato outorgado para defesa do cliente 
Arnaldo, mas por motivos pessoais, renunciou ao mandato. Arnaldo, então, o substituiu 3 dias 
depois de ser notificado da renúncia por Marcos. 
Já Maurício, também advogado, atuou sem procuração, alegando que a atuação era urgente. 
Com base na situação narrada e no disposto com o Estatuto da Advocacia e a OAB, assinale a 
afirmativa correta. 
a) Maurício não poderia atuar sem procuração de forma alguma, e Marcos foi obrigado a 
permanecer à disposição do seu cliente por dez dias após a notificação da renúncia. 
b) Marcos deveria continuar a representar seu cliente durante dez dias após a notificação da 
renúncia, porém, como foi substituído antes do término desse prazo, não há mais essa obrigação. 
Maurício pode atuar sem procuração ao afirmar urgência, mas deve apresentá-la no prazo de 
quinze dias, prorrogável por igual período. 
c) Marcos continuou a representar seu cliente durante os dez dias seguintes à notificação da 
renúncia, não podendo ser substituído nesse período. Maurício poderia atuar sem procuração ao 
afirmar urgência, devendo apresentá-la no prazo de dez dias. 
d) Maurício pode atuar sem procuração ao afirmar urgência, obrigando-se a apresentá-la no prazo 
de quinze dias, prorrogável por igual período, e Marcos não tem mais qualquer obrigação 
relacionada ao mandato desde a notificação da renúncia. 
5º Simulado OAB - Gabarito Comentado
Simulados - OAB 1ª fase - XXXII Exame de Ordem
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5º Simulado da 1ª Fase - XXXII Exame de Ordem – 02/05/2020 
XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 
 
 
 
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Gabarito: B 
Comentários: Conforme dispõe o art. 5º, § § 1º e 3º, do EAOAB, o advogado, afirmando urgência, 
pode atuar sem procuração, sendo obrigado a apresentá-la no prazo de quinze dias, prorrogável 
por igual período, e o advogado pode renunciar ao mandato, sendo que ao renunciar continuará, 
durante os dez dias seguintes à notificação da renúncia, a representar o mandante, salvo se for 
substituído antes do término desse prazo. 
 
Questão 6 
Rodrigo, advogado, precisava comunicar-se com magistrado em sala de trabalho, que se recusou a 
recebê-lo, afirmando que Rodrigo não havia marcado hora e que, portanto, não poderia dirigir-se 
aos magistrados naquele momento. 
Com base no disposto no Estatuto da Advocacia e a OAB, Rodrigo 
a) Não poderia dirigir-se aos magistrados na sala de trabalho sem agendar horário, pois há 
hierarquia entre advogados e magistrados. 
b) Pode dirigir-se aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho sem horário agendado, ainda 
que o magistrado seja seu superior hierárquico. 
c) Não pode dirigir-se aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho sem horário agendado, 
ainda que não exista hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do 
Ministério Público. 
d) Não teve seus direitos como advogado respeitados, pois é direito do advogado dirigir-se aos 
magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário marcado ou 
qualquer outra condição. 
Gabarito: D 
Comentários: De acordo com o art. 6º do EAOAB, não há hierarquia nem subordinação entre 
advogados, magistrados e membros do Ministério Público. 
Além de não existir hierarquia, é direito do advogado, conforme o inciso VIII do art. 7º, dirigir-se 
diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário 
previamente marcado ou outra condição, devendo ser observada apenas a ordem de chegada. 
 
Questão 7 
Charles, inglês, é advogado, graduado em direito em Universidade na Escócia. Após passar férias no 
Brasil, Charles se encantou com o país e decidiu morar aqui. Ao questionar se poderia advogar no 
País, foi informado corretamente que 
a) Charles poderia advogar no Brasil caso fizesse a prova do seu título de graduação obtido no 
exterior e revalidado no Brasil, e efetuasse inscrição como advogado nos quadros da OAB. 
b) Charles, por não ser brasileiro, poderia inscrever-se como advogado sem aprovação em Exame 
de Ordem, desde que fizesse prova do seu título de graduação obtido no exterior. 
c) Charles só poderia advogar no Brasil se obtivesse nova graduação em direito em instituição 
brasileira, pois não seria possível revalidar seu título obtido em instituição estrangeira. 
5º Simulado OAB - Gabarito Comentado
Simulados - OAB 1ª fase - XXXII Exame de Ordem
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5º Simulado da 1ª Fase - XXXII Exame de Ordem – 02/05/2020 
XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 
 
 
 
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d) Charles, por ser estrangeiro, pode advogar no Brasil sem inscrição como advogado, desde atue 
somente em causas relacionadas ao seu país de origem. 
Gabarito: A 
Comentários: De acordo com o art. 8º, incisos I a VII, do EAOAB, para inscrição como advogado é 
necessário: 
· Capacidade civil; 
· Diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente 
autorizada e credenciada; 
· Título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; 
· Aprovação em Exame de Ordem; 
· Não exercer atividade incompatível com a advocacia; 
· Idoneidade moral; 
· Prestar compromisso perante o conselho. 
Dispõe ainda o § 2º do art. 8º que o estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em direito no 
Brasil, deve fazer prova do título de graduação, obtido em instituição estrangeira, devidamente 
revalidado, além de atender aos demais requisitos previstos no art. 8º, mencionados acima. 
Assim, não há qualquer limitação ou proibição com relação ao fato da nacionalidade do advogado. 
Basta que ele revalide seu título no Brasil e inscreva-se na OAB, obedecendo ao disposto no art. 8º. 
 
Questão 8 
Eduardo e Rogério são amigos, acabaram de concluir graduação em direito, e estão estudando para 
o Exame de Ordem, pois querem ser advogados. Ao estudarem o Regulamento Geral do Estatuto da 
Advocacia e da OAB, Eduardo ficou em dúvida acerca dos órgãos da OAB e suas competências, e 
decidiu pedir ajuda a Rogério, que conhecia muito bem o Regulamento. Rogério afirmou, 
corretamente, que 
a). Caso seja constatada grave violação do Estatuto ou do Regulamento Geral, o Presidente do 
Conselho Federal notifica o Conselho Seccional para apresentar defesa. 
b) O Órgão Especial do Conselho Pleno é composto pelos ex-Presidentes e por dois Conselheiros 
Federais integrantes de cada delegação. 
c) O Conselho Federal é o órgão supremo da OAB, e são órgãos do Conselho Federal o Conselho 
Pleno, o Órgão Especial do Conselho Pleno, a Primeira, Segunda e Terceira Câmaras, a Diretoria e o 
Presidente. 
d) Compete à Diretoria do Conselho Federal deliberar sobre recurso contra decisões unânimes das 
Turmas, quando estas contrariarem a Constituição, as leis, o Estatuto, decisões do Conselho 
Federal, o Regulamento Geral, o Código de Ética e Disciplina ou os Provimentos. 
Gabarito: C 
 
5º Simulado OAB - Gabarito Comentado
Simulados - OAB 1ª fase - XXXII Exame de Ordem
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5º Simulado da 1ª Fase - XXXII Exame de Ordem – 02/05/2020 
XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 
 
 
 
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Comentários: Letra a – Errada, pois conforme o art. 81 do Regulamento Geral do EAOAB, 
constatando grave violação do Estatuto ou do Regulamento Geral, a Diretoria do Conselho Federal 
notifica o Conselho Seccional para apresentar defesa (e não o Presidente!). 
Letra b – Errada. De acordo com o art. 84 do Regulamento Geral do EAOAB, ó Órgão Especial é 
composto por: 
· UM Conselheiro Federal integrante de cada delegação 
· Ex-Presidentes, sendo presidido pelo Vice-Presidente e secretariado pelo Secretário-Geral 
adjunto. 
Letra c – Certa. É o que nos ensina os arts. 62 e 64, I a V, do Regulamento Geral do EAOAB, que 
dispõem que o Conselho Federal é o órgão supremo da OAB e atua mediante os seguintes órgãos: 
· Conselho Pleno; 
· Órgão Especial do Conselho Pleno; 
· Primeira, Segunda e Terceira Câmaras; 
· Diretoria; 
· Presidente. 
Letra d – Errada. Compete ao Órgão Especial do Conselho Pleno, conforme art. 85, II, do 
Regulamento Geral do EAOAB, deliberar, privativamente e em caráter irrecorrível, sobre recurso 
contra decisões unânimes das Turmas, quando estas contrariarem a Constituição, as leis, o 
Estatuto, decisões do Conselho Federal, o Regulamento Geral, o Código de Ética e Disciplina ou os 
Provimentos. 
Letra e – Errada. É competência da Segunda Câmara e não da Primeira Câmara decidir os recursos 
sobre ética e deveres do advogado, infrações e sanções disciplinares, conforme o disposto no art. 
89, I, do Regulamento Geral do EAOAB. 
 
 
FILOSOFIA DO DIREITO 
Jean Vilbert 
Questão 9 
No livro nomeado Teoria do Ordenamento Jurídico, e Norberto Bobbio afirma que não se deve 
definir o Direito do ponto de vista da norma jurídica considerada de maneira isolada. Em outras 
palavras, a definição do Direito não está na teoria da norma, mas na teoria do ordenamento 
jurídico. 
Com base nisso, é CORRETO afirmar: 
a) A sanção é um elemento fundamental dentro da ideia de ordenamento jurídico, razão pela qual 
é possível igualar Direito a norma. 
b) A ideia da existência de lacuna é um desafio ao conceito de completude do ordenamento 
jurídico, uma vez que o ordenamento jurídico não admite solução fora dele. 
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5º Simulado da 1ª Fase - XXXII Exame de Ordem – 02/05/2020 
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c) Além da coerência, é característica necessária do ordenamento jurídico a completude. 
d) O ordenamento estabelece a eficácia das normas a partir de uma complexa organização que 
determina a natureza e a entidade das sanções, bem como as pessoas que devam exercê-las e a sua 
execução. 
Gabarito: D 
Comentários: a) Mentira! Como o próprio enunciado refere, não se pode reduzir o direito à norma. 
b) Negativo! Há duas formas de encontrar soluções: (1) dentro do ordenamento jurídico, seja na 
fonte principal, seja com base em analogia (aplicação da lei a caso semelhante) e os princípios 
implícitos; (2) em caso de lacuna e falta de fonte interna, fora do ordenamento, isto é, por 
HETEROINTEGRAÇÃO, com a busca de em elemento estranho (externo) ao ordenamento vigente — 
fontes diversas (exemplo: costume ou doutrina), ordenamentos anteriores ou estrangeiros (direito 
comparado), documentos internacionais. 
c) Nada!!! Como acabamos de ver, o ordenamento será terá mecanismos de solução, porque é 
impossível que ele seja completo. 
d) ISSO! Segundo Bobbio: temos de alargar o “horizonte para a consideração do modelo pelo qual 
uma determinada norma se torna eficaz a partir de uma complexa organização que determina a 
natureza e a entidade das sanções, as pessoas que devam exercê-las e a sua execução”. 
 
Questão 10 
Hans Kelsen afirmou que a teoria pura do direito é uma teoria geral do direito positivo. 
Assim sendo, é CORRETO afirmar: 
a) O direito posto deve se submeter a análises puramente valorativas. 
b) Para se expandir como ciência o direito deve se voltar ao conteúdo das leis. 
c) O direito não deve realizar abertura para elementos axiológicos. 
d) O direito não é um conjunto de normas, mas a norma em si. 
Gabarito: C 
Comentários: a) Claro que NÃO! Análise valorativa é análise subjetiva. O direito puro, científico, 
não se dobra a questões individual, pois é objetivo: análise de vigência e validade. 
b) Nops! O direito como ciência pura se afasta do conteúdo das normas, que se altera de lugar para 
lugar e ainda no tempo, voltando-se apenas à construção do ordenamento jurídico, quesito formal 
que garante unidade aos diversos direitos pelo mundo. 
c) EXATO! Elemento axiológico é o elemento principiológico, valorativo, subjetivo (ética, filosofia, 
moral...). O direito puro se fecha a esses elementos. 
d) Mentira! O direito, para Kelsen, é um conjunto de normas. Assim, mesmo uma lei isoladamente 
ineficaz é direito e deve ser exigida. Agora, se o ordenamento como um todo perde eficácia, ele 
deixa de ser direito. 
 
5º Simulado OAB - Gabarito Comentado
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DIREITO CONSTITUCIONAL 
Diego Cerqueira 
Questão 11 
O retorno do tipo B da gripe influenza está gerando um risco de aumento dos casos graves da 
doença no período que, historicamente, já foi registrado o maior contingente de infectados. Para 
conter a epidemia, o Estado com maior índice de contágio elabora a Lei 123 que obriga os médicos 
públicos e particulares que atuam em seu território a notificarem os casos de doentes à Secretaria 
de Saúde. A mesma lei também traz a previsão de responsabilidade civil do médico que não realizar 
a notificação. De acordo com o caso narrado acima, assinale a alternativa correta. 
a) É constitucional a necessidade de notificação dos casos e o dispositivo da lei estadual que atribui 
responsabilização civil ao médico por falta de notificação, pois as matérias encontram-se no âmbito 
da competência legislativa concorrente dos Estados para legislar sobre defesa da saúde. 
b) É inconstitucional a necessidade de notificação dos casos e o dispositivo da lei estadual que 
atribui responsabilização civil ao médico por falta de notificação, pois as matérias encontram-se no 
âmbito da competência da União. 
c) A necessidade de notificação dos casos é inconstitucional, pois a matéria encontra-se no âmbito 
da competência da União para legislar sobre defesa da saúde. O dispositivo da lei estadual que 
atribui responsabilização civil ao médico por falta de notificação é constitucional, visto que se trata 
de competência comum. 
d) A necessidade de notificação dos casos é constitucional, pois a matéria encontra-se no âmbito da 
competência legislativa concorrente dos Estados para legislar sobre defesa da saúde. Por outro 
lado, o dispositivo da lei estadual que atribui responsabilização civil ao médico por falta de 
notificação é inconstitucional, cabe à União legislar sobre a matéria. 
Gabarito: D 
Comentários: A necessidade de notificação dos casos é constitucional, pois de acordo com o XII, do 
art. 24 da CRFB/88 é da competência legislativa concorrente dos Estados legislar sobre defesa da 
saúde. Já a parte da lei que responsabiliza civilmente o médico por falta de notificação é 
inconstitucional, porque o I do art. 22 da CRFB/88 atribui a União a competência legislativa sobre 
tal matéria. 
 
Questão 12 
Recentemente, o Brasil assinou um tratado internacional sobre as novas formas de controle do 
comércio exterior. Tal tratado foi discutido na Organização Mundial do Comércio. Assinale a opção 
correta com base sistema jurídico constitucional vigente. 
a) Cabe ao Presidente da República assinaro documento internacional, que deve logo em seguida 
ser submetido ao Congresso Nacional. Nesse sentido, a Constituição Federal estabelece ser da 
competência do poder legislativo federal resolver definitivamente sobre Tratados Internacionais. O 
tratado internacional, depois de internalizado, ingressará no ordenamento jurídico com status de 
Lei Ordinária. 
5º Simulado OAB - Gabarito Comentado
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5º Simulado da 1ª Fase - XXXII Exame de Ordem – 02/05/2020 
XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 
 
 
 
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b) Cabe ao Presidente da República assinar o documento internacional, que deve ser submetido ao 
STF, a quem compete resolver definitivamente sobre Tratados, promovendo a sua internalização. O 
tratado internacional referido na questão, depois de internalizado, ingressará no ordenamento 
jurídico com status de Lei Complementar. 
c) Cabe ao Presidente da República tão somente assinar o documento internacional, que deve ser 
submetido ao STJ, a quem compete resolver definitivamente sobre Tratados, promovendo a sua 
internalização. O tratado internacional referido na questão, depois de internalizado, ingressará no 
ordenamento jurídico com status de Lei Ordinária. 
d) Cabe ao Presidente da República assinar o documento internacional, que deve ser submetido ao 
STF, a quem compete resolver definitivamente sobre Tratados, promovendo a sua internalização. O 
tratado internacional referido na questão, depois de internalizado, ingressará no ordenamento 
jurídico com status de Lei Ordinária. 
Gabarito: A 
Comentários: O Presidente da República tem a atribuição para assinar o documento internacional 
(Art. 84, VIII da CRFB/88). Contudo, de acordo com o I, do art. 49 da CRFB/88, o Tratado 
Internacional é o Congresso Nacional que deve resolver definitivamente sobre Tratados. 
O tratado internacional referido na questão não versa sobre direitos humanos e por isso, após ser 
internalizado, ingressa no ordenamento jurídico com status de Lei Ordinária. 
 
Questão 13 
Karla, diretora-presidente da autarquia Z do Estado Alfa, celebrou um contrato de compra e venda 
sem prévia licitação. O referido contrato teve como objeto a alienação de algumas motos da frota 
pertencente à autarquia para a Carlos e a Rodrigo por menos de dez por cento de seu valor de 
mercado. Contudo, ao saber do ocorrido, o vereador João não concordou e decidiu ajuizar uma 
ação para anular o negócio jurídico e responsabilizar os autores. De acordo com o ordenamento 
jurídico assinale a alternativa correta. 
a) João pode ajuizar mandado segurança para anular o ato lesivo ao patrimônio público, visto que 
se trata de direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data. 
b) É cabível o ajuizamento de uma ação popular para anular ato lesivo ao patrimônio público e João 
possui legitimidade. 
c) João pode ajuizar ação direta de inconstitucionalidade para anular o ato lesivo ao patrimônio 
público. 
d) João não pode ajuizar ação popular para anular o ato lesivo, pois não possui legitimidade. 
Gabarito: B 
Comentários: O remédio constitucional cabível é a Ação Popular, nos termos do art. 5º, inciso 
LXXIII, da CRFB/88, combinado com o art. 1º, caput, da Lei nº 4.717/65. 
Estamos diante de um ato lesivo, qual seja: a celebração de contrato de compra e venda de bens da 
autarquia sem prévia licitação e por um preço abaixo do valor de mercado. Tal fato provoca uma 
lesão direta ao patrimônio público. 
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5º Simulado da 1ª Fase - XXXII Exame de Ordem – 02/05/2020 
XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 
 
 
 
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Mas, há legitimidade ativa de João? Sim. Ele é Vereador, logo, está em pleno gozo dos seus direitos 
políticos (tanto a capacidade eleitoral ativa quanto a passiva). 
 
Questão 14 
O Senador da República Mário foi preso em flagrante por crime inafiançável. As autoridades 
responsáveis pela prisão comunicaram o fato ao Poder Judiciário, que manteve a prisão. Com base 
na situação hipotética apresentada, assinale a alternativa correta. 
a) A manutenção da prisão por decisão judicial é inconstitucional, pois os autos deveriam ter sido 
remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que ela deliberasse sobre a 
manutenção da prisão ou não. Assim, pela presença da ilegalidade cabe a impetração de habeas 
corpus perante o Supremo Tribunal Federal. 
b) É possível a manutenção da prisão por decisão judicial, uma vez que, cabe ao Poder Judiciário 
deliberar sobre. 
c) A manutenção da prisão por decisão judicial é inconstitucional, pois os autos deveriam ter sido 
remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que ela deliberasse sobre a 
manutenção da prisão ou não. Diante da ilegalidade da manutenção da prisão, cabível a impetração 
de habeas corpus perante o Tribunal Regional Federal. 
d) A manutenção da prisão por decisão judicial é inconstitucional, pois os autos deveriam ter sido 
remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que ela deliberasse sobre a 
manutenção da prisão ou não. Diante da ilegalidade da manutenção da prisão, cabível a impetração 
de habeas corpus perante o Superior Tribunal de Justiça. 
Gabarito: A 
Comentários: manutenção da prisão por decisão judicial é inconstitucional, pois o §2º do art. 53 da 
CRFB/88 prevê como imunidade formal para o parlamentar a competência da Casa legislativa a que 
pertence para deliberar sobre a manutenção ou não da prisão nos casos de crimes inafiançáveis. 
A manutenção da referida prisão é ilegal. Dessa forma cabível a impetração de habeas corpus 
perante o Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, “b” e “d”, da CRFB). 
 
Questão 15 
Um grupo de senadores entendeu que determinado decreto editado pelo Presidente da República 
extrapolou os limites do poder regulamentar. Por isso eles decidiram juntos apresentar proposta de 
edição de resolução, pelo Senado Federal, com o objetivo de suspender os efeitos de tal decreto. 
Com base no caso hipotético, assinale a alternativa correta. 
a) A edição da referida medida pelo Senado é inconstitucional, porque a edição da referida 
resolução é da competência privativa da Câmara dos Deputados. 
b) A edição da referida medida pelo Senado é inconstitucional, porque a edição da referida 
resolução é da competência exclusiva do Congresso Nacional. 
c) A edição da resolução pelo Senado é constitucional, dependendo ainda da sanção presidencial. 
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d) A edição da referida medida pelo Senado é inconstitucional, pois cabe ao Poder Judiciário 
examinar se o decreto do Poder Executivo ultrapassou o limite do seu poder regulamentar. 
Gabarito: B 
Comentários: Questão pegadinha!!!! Com base no Art. 49 da CF/88: É da competência exclusiva do 
Congresso Nacional: V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder 
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa 
 
Questão 16 
Em 2020, Pedro, chefe do Poder Executivo Federal editou uma medida provisória para disciplinar 
matérias sobre a carreira do Ministério Público e remete o texto da MP para a Câmara dos 
Deputados. O parecer da Comissão Mista de Deputados e Senadores foi contrário à MP. Contudo, 
após a apreciação e votação em sessão conjunta do Congresso Nacional, houve a aprovação do 
texto, que ocorreu depois de 62 dias de deliberação legislativa. A medida provisória é: 
a) formal e materialmente constitucional, uma vez que obedeceu a todos os parâmetros 
constitucionais. 
b) materialmente constitucional, mas formalmente inconstitucional pois a sua apreciaçãoe 
aprovação ocorreu após o prazo improrrogável de 60 dias. 
c) formal e materialmente inconstitucional. A MP deveria ter sido apreciada pelo plenário de cada 
Casa em sessão separada. Além disso, a matéria não poderia ter sido tratada por uma MP por 
vedação expressa da Constituição Federal. 
d) é materialmente constitucional e formalmente inconstitucional. As medidas provisórias não 
devem ser encaminhadas à Câmara dos Deputados, mas ao Congresso Nacional. 
Gabarito: C 
Comentários: Atenção ao art. 62 da CRFB/88: Em caso de relevância e urgência, o Presidente da 
República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato 
ao Congresso Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I - relativa a: (...) c) organização do 
Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; 
§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, 
se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma 
vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações 
jurídicas delas decorrentes. 
§ 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e sobre 
elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das 
Casas do Congresso Nacional. 
 
 
 
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Questão 17 
Um juiz de direito proferiu uma sentença contra a empresa pública “X”. Tal sentença violou o teor 
de uma súmula vinculante. Por conta disso, qual é o instrumento processual cabível para que o 
reconhecimento célere e definitivo da injuridicidade da sentença, com a sua consequente 
cassação? 
a) é cabível apelação endereçada ao Supremo Tribunal Federal. 
b) o instrumento adequado é o recurso especial endereçado ao Superior Tribunal de Justiça. 
c) é cabível a reclamação endereçada ao Supremo Tribunal Federal. 
d) cabe o recurso ordinário endereçado ao Superior Tribunal de Justiça. 
Gabarito: C 
Comentários: Essa questão você não pode errar!!!!!! A CRFB/88 nos diz lá no art. 103-A, § 3º que 
“Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente 
a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o 
ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida 
com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso”. Portanto, cabe Reclamação Constitucional ao 
STF. 
 
DIREITOS HUMANOS 
Ricardo Torques 
Questão 18 
Um casal de pais, bastante preocupado com o futuro do filho, decidiu que este só pararia de 
estudar quando atingisse o nível de PHD em sua área de formação. Ocorre que, por morarem em 
uma cidade pequena, as instituições públicas só ofereciam graduações, cabendo à iniciativa privada 
o oferecimento dos demais níveis de pós-graduação. Considerando as disposições contidas na 
Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), pode-se afirmar que: 
a) A DUDH prevê que todo ser humano tem direito à instrução e esta deverá ser gratuita em todos 
os seus graus. 
b) Além da gratuidade, a Declaração estabelece que a instrução elementar e fundamental será 
obrigatória. 
c) De acordo com a Declaração, a instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a 
instrução superior, esta baseada no mérito. 
d) Os pais não podem interferir no gênero de instrução que será ministrada a seu filho. 
Gabarito: C 
Comentários: A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A alternativa apresenta-se em 
conformidade com a parte final do §1º do artigo XXVI da Declaração Universal dos Direitos 
Humanos: “Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos 
graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-
profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.” 
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A alternativa A está errada. Como visto na transcrição acima, a instrução gratuita só é obrigatória 
nos graus elementares e fundamentais. 
A alternativa B está errada. De acordo com o §1º do art. XXVI da Declaração, apenas a instrução 
elementar será obrigatória. 
A alternativa D está errada. O §3º do artigo XXVI da DUDH estabelece que os pais têm prioridade de 
direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos. 
 
Questão 19 
Em razão da crise que assola a Venezuela, muitos cidadãos têm migrado para o Brasil buscando 
melhores condições de vida. O prefeito de um pequeno município fronteiriço, diante do grande 
número de venezuelanos na cidade, decidiu expulsar todos e os proibiu de regressarem. Nessa 
situação, é correto que: 
a) O Prefeito não poderia ter expulsado os venezuelanos, inclusive pela expressa vedação à 
expulsão coletiva de estrangeiros consignada na Convenção Americana sobre Direitos Humanos. 
b) O Prefeito, como Chefe do Executivo local, agiu corretamente pois amparado pelo seu dever 
legal de buscar a proteção dos interesses dos cidadãos do Município. 
c) A Convenção Americana sobre Direitos Humanos veda a expulsão de nacionais, mas nada 
menciona quanto à expulsão de estrangeiros por tratar-se de tema atrelado ao exercício da 
soberania de cada Estado. 
d) Caso ficasse evidente a sobrecarga dos aparelhos estatais, o Prefeito poderia entregar os 
venezuelanos a seu país de origem, ainda que estivessem com seu direito à vida ou à liberdade em 
risco em razão de suas condições sociais. 
Gabarito: A 
Comentários: A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 13, §9º 
da Convenção Americana sobre Direitos Humanos: “É proibida a expulsão coletiva de estrangeiros.” 
A alternativa B está incorreta. Como visto acima, o Prefeito não poderia ter expulsado os 
estrangeiros. 
A alternativa C está incorreta. A CADH manifesta-se por mais de uma vez quanto aos direitos dos 
estrangeiros em território nacional, a exemplo dos §§ 6º, 7º, 8º e 9º. 
A alternativa D está incorreta. De acordo com o §8º do art. 22 da Convenção: “Em nenhum caso o 
estrangeiro pode ser expulso ou entregue a outro país, seja ou não de origem, onde seu direito à 
vida ou à liberdade pessoal esteja em risco de violação por causa da sua raça, nacionalidade, 
religião, condição social ou de suas opiniões políticas.” A Convenção veda completamente, não 
dando margem a qualquer exceção. 
 
 
 
 
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DIREITO INTERNACIONAL 
Vanessa Arns 
Questão 20 
João e Maria se casaram no Brasil e se mudaram para a Itália, onde permaneceram por quase 4 
anos. Após um período difícil, o casal, que não tem filhos, nem bens, decide, de comum acordo, se 
divorciar e Maria pretende retornar ao Brasil. 
Com relação à dissolução do casamento, assinale a afirmativa correta 
a) O divórcio só poderá ser requerido no Brasil, eis que o casamento foi realizado no Brasil. 
b) O divórcio, se efetivado na Itália, precisa ser reconhecido e homologado perante o STJ para que 
tenha validade no Brasil. 
c) O divórcio consensual pode ser reconhecido no Brasil sem que seja necessário proceder à 
homologação. 
d) Para requerer o divórcio no Brasil, o casal deverá,primeiramente, voltar a residir no país. 
Resposta: C 
Comentários: O divórcio não precisa ser homologado perante o STF, conforme art. 961, §5º, CPC: 
" A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de 
homologação pelo Superior Tribunal de Justiça". 
 
Questão 21 
O estado membro das Nações Unidas que viole persistentemente os princípios contidos na Carta 
daquele organismo internacional está sujeito à sanção, que decorre de recomendação de instância 
interna daquele organismo, mediante procedimento que se caracteriza, a saber: 
a) a sanção consiste na perda de todas as ajudas e subsídios internacionais mediados pela 
Organização das Nações Unidas, a partir de recomendação da Assembléia Geral, a ser confirmada 
pelo Conselho de Segurança. 
b) a sanção consiste na suspensão por tempo indeterminado da participação do Estado penalizado 
na Organização das Nações Unidas, a partir de proposta da Assembléia Geral, que será 
encaminhada para confirmação do Conselho de Segurança. 
c) a sanção consiste em determinação da perda de direito de voto na Assembléia Geral, por parte 
do Estado penalizado, a partir de recomendação de dois terços dos membros da Organização das 
Nações Unidas. 
d) a sanção consiste em possibilidade de expulsão da Organização das Nações Unidas, pela 
Assembleia Geral, mediante recomendação do Conselho de Segurança. 
Resposta: D 
Comentário: A alternativa D está correta e é a resposta da questão de acordo com o artigo 6° da 
Carta da ONU: 
 
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"O membro das Nações Unidas que houver violado persistentemente os princípios contidos na 
presente Carta poderá ser expulso da Organização pela Assembleia Geral, mediante recomendação 
do Conselho de Segurança". 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
Rodrigo Martins 
Questão 22 
Em meados do ano de 2018 o agricultor Ricardo Torques teve sua extensa propriedade rural 
invadida por trinta e uma (31) famílias de camponeses pertencentes a um movimento social. 
Inconformado, ele moveu, tempestivamente, ação de reintegração de posse com pedido de medida 
liminar, objetivando ser reintegrado na posse do imóvel, medida essa que até hoje não foi deferida. 
Com base na situação apresentada, é correto afirmar que o ITR - Imposto Territorial Rural referente 
ao presente exercício: 
a) É inexigível ante o desaparecimento da base material do fato gerador. 
b) É exigível ante a ocorrência do fato gerador. 
c) Fica com a exigibilidade suspensa enquanto não houver a reintegração na posse. 
d) Foi alcançado por hipótese de exclusão do crédito tributário. 
Gabarito: A 
Comentários: As hipóteses que suspendem a exigibilidade do crédito tributário estão descritas no 
rol TAXATIVO do art. 151 do CTN, sendo: I - moratória; II - o depósito do montante integral; III - as 
reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; 
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança; V – a concessão de medida liminar 
ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; e VI – o parcelamento. Como 
nenhuma dessas hipóteses foi descrita no enunciado, a alternativa "C" está incorreta. De outro 
lado, o art. 175 do CTN prescreve que excluem o crédito tributário: I - a isenção; e II - a anistia. 
Como nenhuma dessas duas hipóteses foi descrita no enunciado, a alternativa "D" também está 
incorreta. Pois bem: o STJ já firmou orientação quanto à impossibilidade de cobrar ITR em face do 
proprietário, na hipótese de invasão, a exemplo de quando o imóvel rural é invadido por “Sem 
Terras” e indígenas. De acordo com o art. 29 do CTN, o ITR - Imposto Territorial Rural tem como 
fato gerador "a propriedade, o domínio útil, ou a posse a qualquer título”. Como o proprietário não 
detém o direito de usar, gozar e dispor do imóvel, em decorrência da invasão pelos integrantes das 
famílias camponesas, de rigor concluir ter havido, portanto, o completo esvaziamento do conteúdo 
do direito de propriedade, que se mantém apenas formalmente, não configurando, assim, o fato 
gerador do ITR (precedentes: AgRg no REsp 1346328/PR, REsp 963.499/PR, REsp 1144982/PR, RESP 
nº 1.567.625/RS, RESP nº 1.486.270/PR, RESP nº 1.346.328/PR, AgInt no REsp 1551595/SP, RESP nº 
1.111.364/SP, ARESP nº 1.187.367/SP, RESP nº 1.551.595/SP, ARESP nº 337.641/SP, ARESP nº 
162.096/RJ). Portanto, o ITR é inexigível ante o desaparecimento da base material do fato gerador, 
estando correta, assim, a alternativa "A". 
 
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Questão 23 
A sociedade empresária ABC Ltda. tem como objeto social a venda de materiais de construção. Para 
o regular exercício de sua atividade necessita transferir, regularmente, diversas mercadorias (itens 
de estoque) entre os seus estabelecimentos, todos localizados em municípios do Estado de São 
Paulo. Por entender que há a incidência de ICMS - Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e 
Serviços nessa operação, sobre o fundamento de que as mercadorias circularam entre os diferentes 
estabelecimentos da sociedade empresária, os Agentes Fiscais do Estado de São Paulo retiveram 
alguns itens de estoque que estavam sendo deslocados entre as filiais, visando compelir a 
sociedade empresária a pagar o referido imposto. Com base nos dados apresentados, é correto 
afirmar que: 
a) O imposto é devido é a apreensão das mercadorias é constitucional. 
b) O imposto é devido é a apreensão das mercadorias é inconstitucional. 
c) O imposto não é devido é a apreensão das mercadorias é constitucional. 
d) O imposto não é devido é a apreensão das mercadorias é inconstitucional. 
Gabarito: D 
Comentários: De acordo com o entendimento do STJ, fixado na Súmula nº 166, não incide o ICMS 
nas transferências de mercadorias entre estabelecimentos de um mesmo contribuinte. Portanto, o 
imposto não é devido. Paralelamente, não é possível a apreensão de mercadorias como meio 
coercitivo para o pagamento de tributos, conforme entendimento fixado pelo STF na Súmula nº 
323. Portanto, a apreensão das mercadorias é inconstitucional. Encontra-se correta, assim, a 
alternativa "D". 
 
Questão 24 
Igor Maciel é servidor público do Município de Porto Alegre/RS. Desde o ano de 2016 vinha 
sofrendo a retenção de um adicional de IR - Imposto de Renda sobre a sua remuneração, criado por 
meio de lei Municipal. Ocorre que o referido adicional foi julgado inconstitucional em Ação Direta 
de Inconstitucionalidade, em decisão já transitada em julgado. Diante dessa hipótese, é correto 
afirmar que Igor Maciel: 
a) Deverá propor Ação de Repetição de Indébito em face da União, por se tratar de tributo federal, 
se quiser reaver os valores de adicional de IR - Imposto de Renda que lhe foram retidos. 
b) Não poderá propor Ação de Repetição de Indébito, pois o adicional de IR - Imposto de Renda foi 
julgado inconstitucional em Ação Direta de Inconstitucionalidade. 
c) Deverá propor Ação de Repetição de Indébito em face do Município de Porto Alegre, mesmo que 
se trate de tributo federal, se quiser reaver os valores de adicional de IR - Imposto de Renda que lhe 
foram retidos. 
d) Deverá propor Ação de Repetição de Indébito em face da União e do Município de Porto Alegre, 
em litisconsórcio passivo necessário, por se tratar de tributo federal retido por Município, se quiser 
reaver os valores de adicional de IR - Imposto de Renda que lhe foram retidos. 
Gabarito: C 
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Comentários: De acordo com o inciso I do art. 158 da CF/88, pertencem aos Municípios o produto 
da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza (Imposto de 
Renda), incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e 
pelas fundações que instituírem e mantiverem. Portanto, o adicional de IR - Imposto de Renda em 
questão é receita pertencente ao próprio Município que fez a retenção. Pois bem: de acordo com o 
entendimento fixado pelo STJ na Súmula nº 447, os Estados e o Distrito Federal (e também os 
Municípios) são partes legítimas na ação de restituição de imposto de renda retido na fonte 
proposta por seus servidores. Portanto, se Igor Maciel quiser reaver os valores de adicional de IR - 
Imposto de Renda que lhe foram retidos, deverá propor Ação de Repetição de Indébito em face do 
Município de Porto Alegre, estando correta, assim, a alternativa "C". 
 
Questão 25 
O Município do Rio de Janeiro/RJ propôs Ação de Execução Fiscal em face de Cristiano Rodrigues, 
objetivando cobrar ISS - Imposto sobre Serviços que lhe é devido. Ao receber a citação ele procurou 
imediatamente o seu Advogado, que percebeu que a CDA - Certidão da Dívida Ativa que 
acompanhava a petição inicial da execução não continha a descrição da forma de calcular os juros 
de mora e demais encargos previstos em lei. Sobre a hipótese, é correto que a CDA - Certidão da 
Dívida Ativa em questão: 
a) Possui um vício de nulidade insanável. 
b) Possui um vício de nulidade, mas essa nulidade poderá ser sanada até a data de vencimento do 
tributo. 
c) Possui um vício de nulidade, mas essa nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira 
instância. 
d) Possui um vício de nulidade, mas essa nulidade poderá ser sanada até a decisão do Recurso de 
Apelação. 
Gabarito: C 
Comentários: Os artigos 202 do CTN e 2º da Lei de Execução Fiscal (Lei Federal nº 6.830/80) 
descrevem os requisitos do Termo de Inscrição na Dívida Ativa e da consequente certidão. Dentre 
tais requisitos encontra-se a forma de calcular os juros de mora e demais encargos previstos em lei. 
Contudo, o art. 203 do CTN e o § 5º do art. 2º da Lei de Execução Fiscal prescrevem, por sua vez, 
que a omissão de quaisquer dos requisitos da CDA, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade 
da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas que tal nulidade poderá ser sanada 
até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito 
passivo o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada. Portanto, a CDA 
descrita no enunciado possui um vício de nulidade, mas essa nulidade poderá ser sanada até a 
decisão de primeira instância, estando correta, assim, a alternativa "C". 
 
Questão 26 
Paulo Sousa foi citado em Execução Fiscal para pagar débito tributário no valor de R$ 500.000,00 
(quinhentos mil Reais) ou apresentar bens à penhora no prazo legal. Transcorrido o prazo, ele 
permaneceu inerte, deixando de pagar o débito ou de oferecer bens à penhora. Diante disso, o 
procurador da Fazenda Nacional requereu a decretação da indisponibilidade dos bens e direitos de 
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Paulo, nos termos do Art. 185-A do CTN, o que foi imediatamente deferido pelo juiz, que 
determinou, em caráter de tutela provisória cautelar, a indisponibilidade dos bens e direitos do 
executado, no valor de até duas vezes o montante da dívida, como forma de garantir a efetividade 
final da execução. Sobre a hipótese, é correto afirmar que: 
a) É permitido ao juiz determinar a indisponibilidade de bens e direitos do executado após a citação 
acaso o executado permaneça inerte. 
b) O Juiz só poderia ter decretado a indisponibilidade de bens após o exaurimento das diligências 
na busca por bens penhoráveis, o qual fica caracterizado quando infrutíferos o pedido de constrição 
sobre ativos financeiros (BACENJud) e a expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do 
executado, ao Denatran ou Detran. 
c) É permitido ao juiz determinar a indisponibilidade dos bens e direitos do executado no valor de 
até duas vezes o montante da dívida, como forma de garantir a efetividade final da execução. 
d) A indisponibilidade de bens e direitos não pode ser requerida em processo de Execução Fiscal, 
exigindo processo específico autônomo. 
Gabarito: B 
Comentários: De acordo com o Art. 185-A do CTN, na hipótese de o devedor tributário, (i) 
devidamente citado, (ii) não pagar e (iii) nem apresentar bens à penhora no prazo legal (ou seja, 
quedar-se inerte após a citação) e, principalmente, (iv) não forem encontrados bens penhoráveis, o 
juiz então poderá determinar a indisponibilidade de seus bens e direitos. Pois bem: conforme o 
entendimento do STJ, fixado na Súmula nº 560, a decretação da indisponibilidade de bens e 
direitos, na forma desse art. 185-A do CTN, pressupõe o exaurimento das diligências na busca por 
bens penhoráveis (o que corresponde ao cumprimento do requisito "iv" acima destacado), o que 
fica caracterizado quando infrutíferos o pedido de constrição sobre ativos financeiros (BACENJud) e 
a expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do executado, ao Denatran ou Detran. Ou 
seja, somente após infrutíferas essas tentativas de localização de bens do devedor é que poderá o 
juiz determinar, então, a referida indisponibilidade, mas nunca antes da tentativa de busca de bens. 
Paralelamente, o § 1º do art. 185-A do CTN em questão prescreve que a indisponibilidade limitar-
se-á ao valor total exigível, ou seja, está limitada a 100% da dívida, e não duas vezes do valor do 
débito, devendo o juiz determinar o imediato levantamento da indisponibilidade dos bens ou 
valores que excederem esse limite de 100% da dívida. Portanto, mostra-se correta a alternativa "B". 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO ADMINISTRATIVO 
Igor Maciel 
Questão 27 
O Poder Público do Estado Delta necessitará utilizar a propriedade de Flávio para a colocação de 
postes de eletricidade para abastecimento de energia de uma pequena cidade, serviço essencial e 
urgente no local. Sobre a utilização da propriedade de Flávio, é correto afirmar que 
a) Trata-se de requisição administrativa, modalidade de intervenção do Estado na propriedade que 
podendo incidir sobre bens móveis, imóveis e serviços, cuja indenização é ulterior e devida apenas 
se houver dano. 
b) Trata-se de servidão administrativa, modalidade de intervenção do Estado na propriedade que 
pode incidir sobre bens móveis, imóveis e serviços, cuja indenização é prévia e devida em qualquer 
caso. 
c) Trata-se de requisição administrativa, modalidade de intervenção do Estado na propriedade que 
incide apenas sobre bens imóveis cuja indenização é prévia e devida apenas se houver dano. 
d) Trata-se de servidão administrativa, modalidade de intervenção do Estado na propriedade, que 
incide apenas sobre bens imóveis cuja indenização é prévia e devida apenas se houver dano. 
Gabarito: D 
Comentários: A alternativa A está incorreta, a requisição administrativa ocorre nos casos em que o 
Poder Público necessita usar a propriedade por questões de perigo público, sendo uma modalidade 
de intervenção transitória, conforme o art. 5º, inc. XXV, da CRFB/1988: “no caso de iminente perigo 
público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular,assegurada ao 
proprietário indenização ulterior, se houver dano” 
A alternativa B está incorreta, eis que, apesar da questão apresentar um caso de servidão 
administrativa, esta incide apenas sobre bens imóveis, sendo a indenização devida apenas se 
houver dano. 
A alternativa C está incorreta, pois, além da questão não tratar de requisição administrativa, esta 
incide sobre bens móveis, imóveis e serviços, sendo a indenização ulterior, apenas se houver dano. 
A alternativa D está correta, porque neste caso haverá uma servidão administrativa, caracterizada 
pelo interesse público que, apesar de ser urgente neste caso, não se trata de perigo iminente. Há, 
ainda, um caráter de definitividade, diferente da requisição administrativa que é transitória. 
 
Questão 28 
Por questão de conveniência e oportunidade, determinado ato da Administração Pública será 
revogado. Diante do caso, é correto afirmar que 
a) No controle interno da Administração Pública, o ato poderá ser revogado tanto pela própria 
Administração Pública quanto pelo Poder Judiciário no prazo de cinco anos. 
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b) O ato poderá ser revogado apenas pela própria Administração Pública, tratando-se de um juízo 
discricionário do Administrador, sendo seu efeito ex nunc. 
c) A Administração Pública não pode revogar seus próprios atos, apenas anulá-los em razão de 
alguma ilegalidade. 
d) O ato poderá ser revogado pela própria Administração Pública, baseada no princípio da 
autotutela e pelos Poderes Legislativo e Judiciário por ilegalidade. 
Gabarito: B 
Comentários: A alternativa A está incorreta, eis que, apenas a Administração Pública pode revogar 
seus atos, cabendo aos Poderes Legislativo e Judiciário, apenas a anulação, em caso de ilegalidade. 
A alternativa B está correta, porque, o controle interno é exercido pela própria Administração, 
podendo ela revogar seus atos, por conveniência e oportunidade, conforme a Lei 9.784/1999. art. 
53: “A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode 
revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos”. Na 
revogação, não há prazo, sendo seu efeito ex nunc. 
A alternativa C está incorreta, já que, a administração pode sim revogar seus próprios atos, 
conforme explicado na alternativa anterior. 
A alternativa D está incorreta, pois a revogação dos atos é feita apenas pela própria Administração 
Pública. 
 
Questão 29 
A construtora Demolir venceu o procedimento licitatório para a construção de uma universidade 
pública estadual. Para entregar a obra no prazo certo, a construtora Demolir fez uma cessão parcial 
do objeto do contrato subcontratando a empresa Só Pisos LTDA, pessoa jurídica do ramo de pisos e 
acabamentos. Sobre a situação hipotética, assinale a alternativa correta. 
a) A cessão parcial feita pela construtora Demolir não é admitida pela Lei de Licitações, eis que 
constitui ofensa à natureza pessoal dos contratos administrativos. 
b) Somente é permitida pela Lei de Licitações a cessão total dos contratos feitos pela contratada 
em procedimento licitatório. 
c) A Lei de licitações permite a cessão parcial do contrato, podendo a construtora Demolir 
subcontratar parte da obra. 
d) Apenas serviços podem ser subcontratados, não sendo permitida a subcontratação de obras ou 
fornecimento. 
Gabarito: C 
Comentários: A alternativa A está incorreta, eis que, conforme a Lei de Licitações, é permitida a 
cessão parcial dos contratos feitos pela contratada, desde que respeitados os limites impostos em 
lei. 
A alternativa B está incorreta, pois não é permitida a cessão total dos contratos, apenas parcial e 
nos limites da lei. 
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A alternativa C está correta, porque a cessão parcial dos contratos é permitida, conforme a Lei 
8.666/1993, art. 72: “O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades 
contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite 
admitido, em cada caso, pela Administração”. 
A alternativa D está incorreta, já que, é permitida a subcontratação de partes da obra, serviço ou 
fornecimento. 
 
Questão 30 
Determinado Estado pretende criar uma fundação pública para a realização de atividades culturais. 
Com base na situação hipotética, assinale a alternativa correta: 
a) As fundações públicas de direito público deverão ser criadas por lei, cabendo à lei ordinária 
definir as áreas de sua atuação, ao passo que, a criação das fundações públicas de direito privado é 
autorizada por lei. 
b) As fundações públicas, sejam elas de direito privado ou de direito público, somente poderão ser 
criadas por lei complementar específica. 
c) Nesse caso, a fundação deverá ser necessariamente privada, já que não é permitida pelo 
ordenamento jurídico a criação de uma fundação pública de direito público para fins culturais. 
d) As fundações públicas de direito público deverão ser criadas por lei, cabendo à lei complementar 
definir as áreas de sua atuação, ao passo que a criação das fundações públicas de direito privado 
são autorizadas por lei. 
Gabarito: D 
Comentários: A alternativa A está incorreta, eis que cabe à lei complementar definir as áreas de 
autuação das fundações. 
A alternativa B está incorreta, pois apenas as fundações públicas de direito público, chamadas de 
fundações autárquicas, são criadas por lei ordinária. Já as fundações públicas de direito privado, 
dependem apenas de autorização para a sua criação. 
A alternativa C está incorreta, pois as fundações são instituídas para atuarem em atividades de 
caráter social, como assistência social, assistência médica, educação e ensino, pesquisa e atividades 
culturais, dentre outras. Estas podem ter natureza jurídica tanto de direito público como de direito 
privado. 
A alternativa D está correta, conforme a Constituição Federal, art. 37, inc. XIX: “somente por lei 
específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade 
de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas 
de sua atuação”. 
 
Questão 31 
João Marcos foi internado em um hospital público do município de Delta para se submeter a uma 
cirurgia simples de cálculo renal. Contudo, em razão de erro médico comprovado posteriormente 
por perícia, João veio a óbito. Diante do caso, é correto afirmar que 
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a) A família de João Marcos poderá pleitear judicialmente indenização diretamente em face do 
cirurgião, agente público que cometeu o erro médico. 
b) A família de João Marcos poderá demandar diretamente o município Delta que responderá pelos 
danos de forma objetiva. 
c) Descabe falar em responsabilidade civil do município uma vez que o erro médico foi praticado 
pelo próprio agente público. 
d) A família de João Marcos poderá entrar com ação judicial tanto em face do município como 
também do médico, agente público causador do dano. 
Gabarito: B 
Comentários: A responsabilidade civil do estado é objetiva e fundamentada no artigo 37, parágrafo 
6º, da Constituição Federal. Desta forma, a família poderá demandar em juízo o ente público por 
dano causado por um agente, tornando correta a alternativa B. 
Os demais itens estãofalsos, especialmente a alternativa D uma vez que o Supremo Tribunal 
Federal entendeu existir uma dupla garantia prevista no dispositivo constitucional referido: uma 
em favor da vítima (que poderá demandar em juízo o Estado por ato de seu agente) e uma em 
favor do agente público (que possui direito de apenas ser processado pela própria fazenda pública 
que o remunera). 
CF. Artigo 37. 
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos 
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o 
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
 
Questão 32 
Pablo, servidor público do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, deixou de praticar determinado ato 
de sua função quando percebeu que seu vizinho com quem possui antiga desavença seria o 
beneficiário. Sobre a conduta de Pablo, é correto afirmar que 
a) Não pode ser considerada como abuso de poder, uma vez que este só ocorre na modalidade 
comissiva. 
b) Não pode ser considerada como abuso de poder, pois o sujeito ativo deve ser membro do Poder 
Executivo. 
c) É considerada abuso de poder, mesmo sendo uma conduta omissiva. 
d) Apenas seria considerada abuso de poder caso Pablo auferisse vantagem financeira. 
Gabarito: C 
Comentários: A alternativa A está incorreta, eis que, o abuso de poder pode ser cometido tanto na 
forma comissiva, quanto omissiva, conforme a Lei 13.869/2019, art. 1º, §1º: “Esta Lei define os 
crimes de abuso de autoridade, cometidos por agente público, servidor ou não, que, no exercício 
de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha sido atribuído.§ 1º As 
condutas descritas nesta Lei constituem crime de abuso de autoridade quando praticadas pelo 
agente com a finalidade específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, 
ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal”. 
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A alternativa B está incorreta, uma vez que, os membros do Poder Judiciário também cometem 
abuso de poder. 
A alternativa C está correta, eis que o abuso de poder pode ser cometido tanto de forma comissiva 
quanto omissiva. 
A alternativa D está incorreta, pois o abuso de poder é cometido mesmo quando a vantagem for 
apenas satisfação pessoal. 
 
 
DIREITO AMBIENTAL 
Rosenval Júnior 
Questão 33 
Rosenval tem uma propriedade rural situada em área de florestas localizada na Amazônia Legal. Ele 
procura o órgão ambiental competente para saber qual o percentual de seu imóvel rural deverá ser 
destinado como área de reserva legal. De acordo com o Código Florestal, a orientação correta seria: 
a) 80% (oitenta por cento) 
b) 35% (trinta e cinco por cento) 
c) 20% (vinte por cento) 
d) 15% (quinze por cento) 
Gabarito: A 
Comentários: De acordo com o art. 12, da Lei 12.651/12, todo imóvel rural deve manter área com 
cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal, sem prejuízo da aplicação das normas 
sobre as Áreas de Preservação Permanente, observados os seguintes percentuais mínimos em 
relação à área do imóvel: 
I - localizado na Amazônia Legal: 
a) 80% (oitenta por cento), no imóvel situado em área de florestas; 
b) 35% (trinta e cinco por cento), no imóvel situado em área de cerrado; 
c) 20% (vinte por cento), no imóvel situado em área de campos gerais; 
II - localizado nas demais regiões do País: 20% (vinte por cento). 
 
Questão 34 
Paulo Sousa deseja criar uma unidade de conservação de uso sustentável em sua propriedade, 
gravada com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica. Tem o interesse 
também de permitir a visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais. Neste caso, de 
acordo com a Lei 9.985/00, qual unidade de conservação seria indicada: 
a) RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) 
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b) Parque Nacional 
c) Reserva Biológica 
d) Estação Ecológica 
Gabarito: A 
Comentários: Conforme dispõe o art. 14, da Lei 9985/00, constituem o Grupo das Unidades de Uso 
Sustentável as seguintes categorias de unidade de conservação: 
I - Área de Proteção Ambiental; 
II - Área de Relevante Interesse Ecológico; 
III - Floresta Nacional; 
IV - Reserva Extrativista; 
V - Reserva de Fauna; 
VI – Reserva de Desenvolvimento Sustentável; e 
VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural. 
De acordo como art. 21, da Lei 9985/00, a Reserva Particular do Patrimônio Natural é uma área 
privada, gravada com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica. 
Só poderá ser permitida, na Reserva Particular do Patrimônio Natural, conforme se dispuser em 
regulamento: 
I - a pesquisa científica; 
II - a visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais; 
 
 
DIREITO CIVIL 
Paulo Sousa 
Questão 35 
Mateus, se envolveu em uma briga com um grupo de amigos, na festa em que estava com sua 
namorada. Ao sair do local, Mateus foi brutalmente assassinado pelo grupo de amigos, que 
desferiram diversos golpes de faca contra o rapaz. Sobre a morte de Mateus em si, é correto 
afirmar que 
a) Trata-se de um fato jurídico em sentido estrito, pois, embora a conduta humana esteja presente, 
ela não interessa. 
b) Trata-se de um ato-fato jurídico, em que é necessária a conduta humana. 
c) Trata-se de ato jurídico em sentido estrito, em que, o direito acolhe a manifestação de vontade e 
pré-determina os efeitos que ela terá. 
d) Trata-se de ato jurídico em sentido amplo, em que a vontade humana deve ser exteriorizada. 
Gabarito: A 
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Comentários: A alternativa A está correta, pois, o fato jurídico em sentido estrito independe da 
conduta humana na composição do suporte fático. A conduta humana pode estar presente, mas ela 
não interessa, por exemplo, o nascimento e a morte. 
A alternativa B está incorreta, uma vez que no ato-fato jurídico a conduta humana é necessária, 
embora a vontade seja irrelevante, o que não ocorre no caso da morte, em que independe da 
conduta humana. 
A alternativa C está incorreta, já que no ato jurídico em sentido estrito, não há necessidade de 
declarar, nem é necessário que queira constituir e nem se pode escolher efeitos outros que não 
previstos em lei, mas a conduta é necessária, o que não ocorre com a morte. 
A alternativa D está incorreta, pois no caso da morte a vontade é irrelevante, diferente do que 
ocorre no ato jurídico em sentido amplo em que, o suporte fático deve ser composto, primeiro, por 
uma exteriorização da vontade. Caso a pessoa não exteriorize a vontade, inexiste o ato jurídico. 
 
Questão 36 
Maria José, uma senhora de oitenta anos, prometeu dar a sua neta, Luiza, um carro, caso 
conseguisse se curar de um vírus que atingiu o mundo inteiro. A promessa trata de um negócio 
jurídico subordinado a 
a) Termo inicial, evento futuro e incerto que subordina a eficácia do negócio. 
b) Condição suspensiva, evento futuro e incerto que subordina a eficácia do negócio. 
c) Condição resolutiva, evento futuro e incerto que subordina a eficácia do negócio. 
d) Termo final, evento futuro e certo que subordina a ineficácia do negócio. 
Gabarito:B 
Comentários: A alternativa A está incorreta, eis que, o termo subordina o negócio a um evento 
futuro e certo, oque não é o caso. Como se trata de evento certo, o termo inicial suspende o 
exercício, mas não a aquisição do direito. 
A alternativa B está correta, trata-se de uma condição, pois evento futuro e incerto. Por sua vez, A 
condição é suspensiva, pois subordina a eficácia do negócio. 
A alternativa C está incorreta, pois a condição resolutiva põe fim ao negócio. 
A alternativa D está incorreta, já que, o negócio firmado subordina a eficácia e evento futuro e 
incerto, ao passo que, o termo é evento futuro e certo. 
 
Questão 37 
Antônio Carlos era casado com Laura há mais de vinte anos, mas estavam separados de fato há três 
anos, pois ele começou a beber muito e agredir sua esposa. Diante de tantas agressões físicas e 
verbais, a convivência se tornou impossível e Laura foi morar com uma irmã, mas nunca se 
divorciaram, pois nenhum dos dois tinha a intenção. Antônio Carlos sempre pedia para que a 
esposa voltasse para a casa, o que foi atendido algumas vezes, mas ele voltava a beber e a agredia 
novamente. Antônio Carlos possuía vasto patrimônio e veio a falecer em decorrência de uma 
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doença no fígado. Pouco antes de falecer, Antônio Carlos fez um testamento deixando todo o seu 
patrimônio para um amigo, André, para se vingar de sua esposa, que não voltou para a casa do 
casal. Além de Laura, Antônio Carlos tinha como parente vivo, um irmão, Marcos. Sobre o caso, é 
correto afirmar que 
a) Antônio Carlos não respeitou a legítima, pois Laura e Marcos são herdeiros necessários. 
b) André herdará todo o patrimônio de Antônio Carlos, pois este último estava separado de fato de 
sua esposa há mais de dois anos e o irmão não é herdeiro necessário. 
c) Deverá ser feita a redução das disposições testamentárias para respeitar a legítima de Laura, que 
é herdeira necessária. Marcos, por sua vez, não herdará nada. 
d) Apenas André e Marcos herdarão o patrimônio deixado por Antônio Carlos, devendo ser feita a 
redução das disposições testamentárias para respeitar a legítima do irmão. 
Gabarito: C 
Comentários: A alternativa A está incorreta, uma vez que, irmão não é herdeiro necessário, 
portanto, Marcos não terá direito a herança. 
A alternativa B está incorreta, já que, apesar de estar separado de fato há mais de dois anos de 
Laura, a convivência se tornou insuportável sem culpa sua, portanto, ela é herdeira necessária, 
conforme o art. 1.830: "Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao 
tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de fato há mais 
de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do 
sobrevivente". 
A alternativa C está correta, eis que, Laura é herdeira necessária, conforme o art. 1.845: "São 
herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge". Apesar de separada de fato 
há mais de anos, a convivência se tornou impossível sem culpa sua, portanto, deverá ser feita a 
redução das disposições testamentárias, para que seja respeitada a sua legítima, conforme o art. 
1.967: “As disposições que excederem a parte disponível reduzir-se-ão aos limites dela, de 
conformidade com o disposto nos parágrafos seguintes”. 
A alternativa D está incorreta, eis que, Marcos não é herdeiro necessário, portanto, não há que se 
falar em redução das disposições testamentárias no caso dele. 
 
Questão 38 
As fazendas de Joana e Heitor são vizinhas. Para acessar a via pública, fica mais fácil para Heitor, 
passar pela fazenda de Joana, o que faz há algum tempo. Então, mediante acordo, Joana e Heitor 
fizeram um contrato, registrando-o no Cartório de Registro de Imóveis. Neste caso, trata-se de 
uma 
a) Servidão de passagem, direito de vizinhança, ato de vontade, por via contratual ou 
testamentária, que exige indenização. 
b) Passagem forçada, direito de vizinhança, obrigação imposta por lei, que exige indenização. 
c) Servidão de passagem, direito real, ato de vontade, por via contratual ou testamentária, 
podendo ser usucapido e a indenização não é obrigatória. 
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d) Passagem forçada, exigindo registro no cartório de registro de imóveis 
Gabarito: C 
Comentários: A alternativa A está incorreta, eis que, a servidão é direito real, não direito de 
vizinhança. Ainda, a indenização não é obrigatória. 
A alternativa B está incorreta, eis que, no caso estamos diante da servidão de passagem, não da 
passagem forçada, pois, apenas torna a passagem mais cômoda e feita mediante acordo das partes. 
A alternativa C está correta, trata-se de servidão de passagem, conforme o art. 1.378: "A servidão 
proporciona utilidade para o prédio dominante, e grava o prédio serviente, que pertence a diverso 
dono, e constitui-se mediante declaração expressa dos proprietários, ou por testamento, e 
subseqüente registro no Cartório de Registro de Imóveis". 
A alternativa D está incorreta, pois é o caso de servidão, não de passagem forçada. Ainda, a 
passagem forçada dispensa o registro em cartório, conforme o art. 1.285: "O dono do prédio que 
não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, 
constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário". 
 
Questão 39 
Lucas, maior e capaz, separado de fato, constituiu união estável com Beatriz, menor com quinze 
anos de idade. Beatriz está grávida de seu primeiro filho com Lucas e registraram a união estável 
em cartório. Sobre o caso, é correto afirmar que 
a) A união estável de Lucas e Beatriz é nula, já que, embora Lucas esteja separado de fato, não é 
permitida a união estável de pessoas casadas. 
b) A união estável de Lucas e Beatriz é válida, embora ela não tenha atingido a idade núbil, o fato 
de estar grávida permite a união, assim como ocorre com o casamento. 
c) A união de Lucas e Beatriz é válida, já que a idade núbil é exigida apenas apara o casamento, não 
se aplicando a união estável. 
d) A união de Lucas e Beatriz é anulável, pois ela não atingiu a idade mínima para constituir união 
estável. 
Gabarito: D 
Comentários: A alternativa A está incorreta, pois, é permitida a união estável de pessoas casadas, 
desde que separadas de fato. 
A alternativa B está incorreta, já que, não existe mais nenhuma exceção quanto aos casamentos de 
menores de dezesseis anos, aplicando-se também a união estável, conforme o art. 1.520: “Não será 
permitido, em qualquer caso, o casamento de quem não atingiu a idade núbil, observado o 
disposto no art. 1.517 deste Código”. 
A alternativa C está incorreta, uma vez que, as invalidades do casamento também se aplicam a 
união estável, exceto a da pessoa casada, que se estiver separa de fato, pode constituir união 
estável. 
 
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A alternativa D está correta, pois a união estável deles é anulável, dado que Laura não atingiu a 
idade mínima para casar, aplicando-se a regra também a união estável, conforme o art. 1.550, inc. 
I: “É anulável o casamento: I - de quem não completou a idade mínima para casar”. 
 
Questão 40 
Alessandro prometeu, mediante anúncios na internet, a pagar uma recompensa para quem achasse 
o seu cachorro, Mike, um labrador branco, que estava perdido. Vinicius, sem saber da promessa de 
recompensa,encontrou o cachorro perdido, ao mesmo tempo que Cristiane, que sabia da 
promessa de recompensa. Ambos foram até Alessandro levar o cachorro perdido. Ao chegar no 
local, Vinicius soube do valor prometido em recompensa pelo cachorro perdido, exigindo também 
o valor de Alessandro, assim como Cristiane. Sobre a situação hipotética, é correto afirmar que 
a) Tanto Vinicius quanto Cristiane terão direito ao valor da recompensa, que deve ser repartido em 
partes iguais para ambos. 
b) Apenas Cristiane terá direito a recompensa oferecida por Alessandro, já que Vinicius não sabia 
da sua existência quando encontrou o cachorro. 
c) Caso Alessandro tivesse estipulado prazo para o cumprimento da obrigação e, antes de atingido 
o prazo, tivesse revogado a promessa, Vinicius e Cristiane não teriam direito a recompensa, eis que 
o promitente pode revogar a promessa a qualquer tempo. 
d) Apenas Vinicius terá direito a recompensa oferecida por Alessandro, porque o direito brasileiro 
dá prioridade as atitudes altruísticas. 
Gabarito: A 
Comentários: A alternativa A está correta, pois a execução foi simultânea, portanto, a recompensa 
deverá ser divida entre ambas as partes, conforme o art. 858: “Sendo simultânea a execução, a 
cada um tocará quinhão igual na recompensa; se esta não for divisível, conferir-se-á por sorteio, e o 
que obtiver a coisa dará ao outro o valor de seu quinhão”. 
A alternativa B está incorreta, eis que mesmo não sabendo da recompensa Vinicius cumpriu os 
requisitos exigidos e terá direito de receber, de acordo com o art. 855: “Quem quer que, nos 
termos do artigo antecedente, fizer o serviço, ou satisfizer a condição, ainda que não pelo interesse 
da promessa, poderá exigir a recompensa estipulada”. 
A alternativa C está incorreta, já que quando o promitente estabelecer um prazo para o 
cumprimento da condição, ele não pode revogar antes de atingido o prazo, conforme o art. 856: 
“Antes de prestado o serviço ou preenchida a condição, pode o promitente revogar a promessa, 
contanto que o faça com a mesma publicidade; se houver assinado prazo à execução da tarefa, 
entender-se-á que renuncia o arbítrio de retirar, durante ele, a oferta”. 
A alternativa D está incorreta, pois tanto Vinicius quanto Cristiane terão direito a recompensa, não 
importando a intenção que os levaram a cumprir a condição. 
 
 
 
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XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 
 
 
 
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Questão 41 
Felipe soube por um amigo que a propriedade de Pedro estava vazia, pois havia demitido o 
funcionário que tomava conta do local. Felipe sabia também que Pedro ficava muito tempo sem ir 
até o local, já que morava fora do país. Aproveitando-se disso, Felipe decidiu invadir a propriedade 
de Pedro, passando a residir no local, sempre se ocultando quando alguém batia à porta. Sobre a 
situação, é correto afirmar que 
a) A posse de Felipe é clandestina, mas caso atingido o tempo previsto em lei, a propriedade 
poderá ser usucapida por ele, mesmo que a clandestinidade permaneça. 
b) A posse de Felipe é violenta, pois invadiu o local sem que o proprietário tivesse conhecimento, 
não possibilitando a chance de defesa. 
c) A posse de Felipe é clandestina, não autorizando a usucapião enquanto durar a clandestinidade. 
d) A posse de Felipe é precária, pois adquirida com abuso de confiança. 
Gabarito: C 
Comentários: A alternativa A está incorreta, pois, enquanto durar a clandestinidade, a propriedade 
não poderá ser usucapida por Felipe, já que é considerada mera detenção, conforme o art. 1.208: 
"Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua 
aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a 
clandestinidade". 
A alternativa B está incorreta, eis que a posse de Felipe é injusta, mas pela clandestinidade, não 
pela violência. 
A alternativa C está correta, pois a posse de Felipe é clandestina, adquirida de modo oculto, 
escondido, não gerando usucapião, enquanto durar a clandestinidade, conforme o art. 1.208. 
A alternativa D está incorreta, já que a posse precária ocorre quando adquirida com abuso de 
confiança, quando a coisa é dada pelo dono, mas com a intenção de que seja devolvida. 
 
 
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 
Ricardo Torques 
Questão 42 
Maria Joaquina é uma criança de 6 anos e filha de Marina e Joaquim. Os genitores, depois de um 
longo período de desemprego e sem reservas financeiras, começaram a praticar pequenos 
furtos que, com o passar do tempo, transformaram-se em roubos. Com base nessa breve 
narrativa, assinale a alternativa correta: 
a) Considerando que Marina e Joaquim, ambos desempregados, não dispunham de recursos 
materiais deve ser declarada a suspensão de seu poder familiar. 
b) O caso hipotético apresentado permite que Maria Joaquina seja posta em família substituta 
até que a situação de seus pais melhore e, assim, ela possa retornar à sua família de origem. 
 
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c) Eventual condenação criminal dos pais de Maria Joaquina pelos furtos e roubos praticados 
não implicará a perda ou suspensão do poder familiar. 
d) A simples condenação criminal transitada em julgado, independente da natureza do crime 
cometido, é suficiente para gerar a perda ou suspensão do poder familiar. 
Gabarito: C 
Comentários: A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. O art. 23, §2º do Estatuto 
da Criança e do Adolescente (com nova redação dada pela Lei nº 13.715/2018) prevê que “a 
condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do poder familiar, exceto na 
hipótese de condenação por crime doloso sujeito à pena de reclusão contra outrem igualmente 
titular do mesmo poder familiar ou contra filho, filha ou outro descendente.” 
A alternativa A está incorreta. Nos termos do caput do art. 23 do ECA: “A falta ou a carência de 
recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder 
familiar.” 
A alternativa B está incorreta. Como visto, a falta ou carência de recursos materiais não 
constitui motivo suficiente para a perda ou suspensão do poder familiar. Na mesma linha é a 
disposição do §1º do art. 23 do ECA: “Não existindo outro motivo que por si só autorize a 
decretação da medida, a criança ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual 
deverá obrigatoriamente ser incluída em serviços e programas oficiais de proteção, apoio e 
promoção.” Assim, Maria Joaquina deverá ser mantida com seus pais, Marina e Joaquim. 
A alternativa D está incorreta, como depreende-se dos comentários da alternativa C. 
 
Questão 43 
Allan, atualmente com 32 anos, deseja adotar Johannes, adolescente de 17 anos. Os pais de 
Johannes faleceram quanto este ainda era um bebê de colo e, por esse motivo, Allan, que sempre 
foi amigo do casal, responsabilizou-se pela educação e formação de Johannes. Nesse caso: 
a) Allan poderá adotar Johannes por procuração, desde que seja expressa a sua livre intenção de 
adotar o adolescente. 
b) Por conviver com Allan há muitos anos, Johannes está dispensado de consentir quanto à sua 
adoção. 
c) O processo de adoção de Johannes deverá ser concluído em, no máximo, 180 (cento e oitenta) 
dias, prorrogável uma única vez por igual período, mediante decisão fundamentada da autoridade 
judiciária. 
d) Allan não poderá adotar Johannes pois não há a diferença etária exigida pelo Estatuto da Criança 
e do Adolescente. 
Gabarito: D 
Comentários: A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. O Estatuto da Criança e do 
Adolescente apresenta doisrequisitos etários: o adotante deve ser maior de 18 (dezoito) anos e 
deve ser, pelo menos, 16 (dezesseis) anos mais velho que o adotando. Vejamos o caput do artigo 
42 e o seu §3º: 
Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil. 
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§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando. 
A alternativa A está incorreta. O §2º do art. 39 do ECA veda a adoção por procuração. 
A alternativa B está incorreta. Nos termos do art. 45, §2º do ECA: “Em se tratando de adotando 
maior de doze anos de idade, será também necessário o seu consentimento.” Já que Johannes tem 
17 anos de idade, caso a adoção fosse possível, seria exigido o seu consentimento. 
A alternativa C está incorreta. A Lei nº 13.509/2017 acrescentou o §10 ao artigo 46 do ECA e este 
prevê que o prazo máximo para conclusão da ação de adoção será de 120 (cento e vinte) dias, 
prorrogável uma única vez por igual período, mediante decisão fundamentada da autoridade 
judiciária. 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
Igor Maciel 
Questão 44 
Flávia, ao atravessar uma faixa de pedestres, foi atingida por um caminhão de entregas da Loja Pic 
& Aretas LTDA. Em decorrência do acidente, Flávia teve diversas fraturas, perdendo 
completamente os movimentos de uma das pernas. Sobre o caso narrado, é correto afirmar que 
a) Flávia não pode se valer da proteção das regras do CDC, pois não é considerada consumidora e 
não tinha qualquer relação de consumo com o ônibus que a atingiu. 
b) Houve vício na prestação do serviço e, como Flávia é considerada consumidora por equiparação, 
devem ser aplicadas as regras das relações de consumo. 
c) Flávia é considerada consumidora por equiparação e tem o direito de ser indenizada com a 
aplicação das regras das relações consumeristas, respondendo o causador do dano pelo acidente 
de consumo. 
d) Flávia é considerada consumidora por equiparação, mas o causador do dano somente será 
responsabilizado caso seja comprovada a sua culpa. 
Gabarito: C 
Comentários: A resposta desta questão está na Letra C eis que Flávia é considerada consumidora 
por equiparação, devendo ser aplica as regras das relações de consumo ao caso, pois sofreu os 
efeitos do evento danoso, conforme o CDC, art. 17: “Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos 
consumidores todas as vítimas do evento”. Este item torna a alternativa A incorreta. 
A alternativa B está incorreta, eis que, não houve vício na prestação do serviço, mas sim defeito, já 
que trouxe riscos à vida de Flávia. 
A alternativa D está incorreta, eis que, a responsabilidade é objetiva, conforme o art. 14: “O 
fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos 
danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por 
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos”. 
 
 
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Questão 45 
Amélia, idosa, foi ao mercado comprar alguns itens que faltavam para a sua casa. Ao chegar no 
local, deparou-se com uma enorme placa indicando uma promoção: na compra de café, o cliente 
ganharia uma garrafa térmica. Amélia comprou, então, um café da marca referida apenas para 
ganhar a promoção. Contudo, ao chegar no caixa e exigir sua garrafa térmica, Amélia foi informada 
que apenas ganharia o brinde aquele consumidor que comprasse acima de vinte pacotes de café, 
apesar de a informação não constar expressamente em nenhum local. Sobre a situação hipotética, 
assinale a alternativa correta 
a) A conduta do mercado não pode ser considerada propaganda enganosa, pois esta não ocorre por 
omissão. 
b) O mercado somente será responsabilizado caso seja comprovada a sua culpa. 
c) A propaganda enganosa ocorre apenas quando há informações que sejam prejudiciais à vida ou 
integridade física dos consumidores. 
d) Houve propaganda enganosa, uma vez que o mercado deixou de prestar informações essenciais 
para a correta identificação da publicidade ofertada. 
Gabarito: D 
Comentários: A alternativa A está incorreta, já que também é possível a propaganda enganosa por 
omissão, quando o fornecedor deixa de prestar as informações. 
A alternativa B está incorreta, pois a responsabilidade é objetiva, ou seja, independe da 
comprovação de culpa. 
A alternativa C está incorreta, pois traz o conceito de publicidade abusiva. 
A alternativa D está correta, conforme o art. 37, § 3°: “Para os efeitos deste código, a publicidade é 
enganosa por omissão quando deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço”. 
Ressalte-se que o conceito de publicidade enganosa e de publicidade abusiva encontra-se previsto 
no artigo 37 e seus parágrafos, do CDC. 
 Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. 
§ 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, 
inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir 
em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, 
origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços. 
§ 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à 
violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência 
da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se 
comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança. 
§ 3° Para os efeitos deste código, a publicidade é enganosa por omissão quando deixar de informar 
sobre dado essencial do produto ou serviço. 
 
 
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DIREITO EMPRESARIAL 
Alessandro Sanchez 
Questão 46 
Manoel é empresário individual e titular do estabelecimento Pasteizinhos de Belém Ltda. ME. 
Acontece que Manoel e Maria estão noivos e pretendem se casar adotando o regime de separação 
de bens mediante celebração de pacto antenupcial. 
Celebrado o pacto antenupcial entre os nubentes, o advogado contratado por Manoel deverá 
providenciar o arquivamento e a averbação do documento 
a) no Registro Civil de Pessoas Naturais e a publicação na imprensa oficial. 
b) no Registro Civil de Pessoas Naturais e no Registro Civil de Títulos e Documentos. 
c) no Registro Público de Empresas Mercantis e a publicação na imprensa oficial. 
d) no Registro Público de Empresas Mercantis e no Registro Civil de Pessoas Naturais. 
Gabarito: D 
Comentário: A alternativa D está correta, pois nos termos do art. 979 do Código Civil: “além de no 
Registro Civil, serão arquivados e averbados, no Registro Público de Empresas Mercantis, os pactos 
e declarações antenupciais do empresário, o título de doação, herança, ou legado, de bens 
clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade.” 
A alternativa A está incorreta, uma vez que a legislação cabível não faz menção nem a nenhum dos 
registros constantes na alternativa. 
A alternativa B está incorreta, uma vez que a legislação cabível menciona o Registro Civil de Pessoas 
Naturais e o Registro Público de Empresas Mercantis. 
A alternativa C está incorreta, uma vez que a legislação cabível menciona o Registro Público de 
Empresas Mercantis mas não menciona a publicação na imprensa oficial. 
 
Questão47 
Miguel e Paulo pretendem constituir uma sociedade do tipo limitada porque não pretendem 
responder subsidiariamente pelas obrigações sociais. Na consulta a um advogado previamente à 
elaboração do contrato, foram informados de que, nesse tipo societário, todos os sócios 
respondem 
a) solidariamente, sem restrições do valor da quota. 
b) até o valor da quota de cada um, sem solidariedade entre si e em relação à sociedade. 
c) solidariamente pela integralização do capital social. 
d) solidariamente pelas obrigações sociais. 
Gabarito: C 
 
 
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Comentário: A alternativa C está correta, pois segundo preceitua o art. 1.052 do Código Civil: “na 
sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos 
respondem solidariamente pela integralização do capital social.” 
A alternativa A está incorreta, uma vez que na sociedade limitada a responsabilidade de cada sócio 
é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do 
capital social. 
A alternativa B está incorreta, uma vez que a responsabilidade dos sócios é limitada ao valor de 
suas cotas, contudo existe a responsabilidade solidaria com relação a integralidade do capital 
social. 
A alternativa D está incorreta, pois a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas 
quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social 
 
Questão 48 
Laércio emitiu quatro cheques em 10 de dezembro de 2019, mas esqueceu de depositar um deles. 
Entretanto, Laercio tem uma divida a ser paga a Alzira e sendo beneficiário desse quarto cheque, 
Laércio o endossou em preto, datando no verso “dia 10 de Fevereiro de 2020”, vale ressaltar que o 
lugar de emissão do quarto cheque é o mesmo do de pagamento. 
Sobre esse endosso, assinale a afirmativa correta. 
a) O endosso produz seus efeitos legais porque a transmissão do cheque se deu dentro do prazo de 
apresentação. 
b) No endosso em preto, o endossatário fica dispensado da apresentação em tempo hábil do 
cheque ao sacado. 
c) O endosso do cheque tem efeito de cessão de crédito por ter sido realizado após o decurso do 
prazo de apresentação. 
d) Laércio ficou exonerado de responsabilidade pelo pagamento do cheque em razão do caráter 
póstumo do endosso. 
Gabarito: C 
Segundo: A alternativa C está correta, uma vez que a regra contida no art. 27 da Lei do Cheque diz 
que: “o endosso posterior ao protesto, ou declaração equivalente, ou à expiração do prazo de 
apresentação produz apenas os efeitos de cessão. Salvo prova em contrário, o endosso sem data 
presume-se anterior ao protesto, ou declaração equivalente, ou à expiração do prazo de 
apresentação.” 
A alternativa A está incorreta, visto que o cheque foi transmitido fora do prazo de apresentação, 
tendo assim efeito de cessão. 
A alternativa B está incorreta, uma vez que no endosso em preto o não endossatário fica 
dispensado da apresentação em tempo hábil do cheque ao sacado, mas sim o endossante identifica 
expressamente o nome do endossatário. 
A alternativa D está incorreta, uma vez que Laércio não fica exonerado da responsabilidade. 
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Questão 49 
Como advogado de Alberto, você participou da elaboração, apresentação e negociação do plano de 
recuperação extrajudicial de devedor sociedade empresária. Tendo sido este plano assinado por 
todos os credores por ele atingidos. 
Alberto solicitou a você que requisitasse a homologação judicial. 
Assinale a opção que indica o juízo em que deverá ser apresentado o pedido de homologação do 
plano de recuperação extrajudicial. 
a) O juízo do domicilio do devedor. 
b) O juízo de qualquer filial do devedor. 
c) O juízo do principal estabelecimento do devedor. 
d) O juízo do principal estabelecimento ou do domicilio do devedor. 
Gabarito: C 
Comentários: A alternativa C está correta uma vez que preceitua o art. 3º da Lei 11.101/05 que: “é 
competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou 
decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa 
que tenha sede fora do Brasil.” 
A alternativa A, B e D estão incorretas, visto que a lei apenas define como juízo competente o juízo 
do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do 
Brasil. 
 
Questão 50 
Ricardo, administrador da sociedade empresária Lemos Silva Ltda. consulta você para orientá-lo 
sobre o contrato apropriado para o aumento de sua capacidade de distribuição. A intenção da 
empresa é celebrar um contrato pelo qual possa receber a posse direta de veículos, que serão 
indicados por ela ao proprietário, para utilizá-los por prazo determinado, mediante o pagamento de 
prestações mensais durante a vigência do contrato. Ao termo final, a cliente deseja ter a 
possibilidade de adquirir os veículos ao invés de ser obrigada a devolvê-los ao proprietário ou 
renovar o contrato. 
Assinale a opção que indica o contrato apropriado para a sociedade empresária. 
a) Arrendamento mercantil. 
b) Cessão de uso a título oneroso. 
c) Locação a prazo determinado. 
d) Compra e venda a prazo. 
Gabarito: A 
Comentários: A alternativa A está correta, visto que nos termos da lei 6.099/74: “considera-se 
arrendamento mercantil o negócio jurídico realizado entre pessoa jurídica, na qualidade de 
arrendadora, e pessoa física ou jurídica, na qualidade de arrendatária, e que tenha por objeto o 
5º Simulado OAB - Gabarito Comentado
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5º Simulado da 1ª Fase - XXXII Exame de Ordem – 02/05/2020 
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arrendamento de bens adquiridos pela arrendadora, segundo especificações da arrendatária e para 
uso próprio desta.” 
A alternativa B está incorreta, pois o contrato de cessão de uso a titulo oneroso costuma ser 
utilizado para concessão de espaço ou bem público a um particular e não se enquadra no caso em 
tela. 
A alternativa C está incorreta, uma vez que o contrato de locação é o instrumento utilizado para 
que um proprietário de um bem ceda o uso desse bem ao locatário, para que esse usufrua do bem. 
A alternativa D está incorreta, uma vez que no compra e venda a prazo o pagamento será feito em 
parcelas, mas a propriedade e a posse do bem já passam a ser do comprador desde o momento da 
compra. 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
Ricardo Torques 
Questão 51 
Luís é senhor de 85 anos de idade e, recentemente, precisou ajuizar uma ação de divórcio litigioso 
contra sua esposa, Mércia, também idosa. O casal nunca teve filhos e residem na mesma residência 
desde que contraíram matrimônio. Nesse caso, pode-se afirmar que será competente: 
a) O foro de residência de Luís. 
b) O foro de residência de Mércia. 
c) O foro do último domicílio do casal. 
d) O foro de onde contraíram matrimônio. 
Gabarito: C 
Comentários: A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. O artigo 53, no inciso I, versa 
sobre a competência para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento 
ou dissolução de união estável. Considerando que Luís e Mércia não tinham filhos, será competente 
o foro do último domicílio do casal. 
Art. 53. É competente o foro: 
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de 
união estável: 
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; 
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal; 
d) de domicílio da vítima de violência doméstica e familiar, nos termos da Lei nº 11.340, de 7 de 
agosto de 2006 (Lei Maria da Penha). 
A alternativa A está incorreta. Importante ficar atento que a simples presença do idoso como parte 
não configura a competência do art. 53, III, “e” do CPC, pois este só restará configurado quando o 
direito posto em juízo estiver previsto no Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003). Vejamos: 
5º Simulado OAB - Gabarito Comentado
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5º Simulado da 1ª Fase - XXXII Exame de Ordem – 02/05/2020 
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Art. 53. É competente o foro: 
(...) 
III - do lugar: 
(...) 
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto; 
A alternativa B está incorreta. O foro do domicílio de Mércia (parte ré) só seria competente caso 
nenhuma das partes residisse no antigo domicílio do casal e o comando da questão deixa claro que 
eles moram na mesma residência desde que contraíram matrimônio. 
A alternativa D está incorreta. Não há qualquer previsão legal nesse sentido. 
 
Questão 52 
O advogado Carlos Eduardo, após uma semana exaustiva de audiências e diligências, estava 
redigindo a petição inicial de uma ação trabalhista e, tomado pelo cansaço, não percebeu que a 
remeteu ao juízo cível. Nesse caso: 
a) Caso seja declarada a incompetência, todos os atos serão tidos como nulos. 
b) O juiz poderá prorrogar sua competência e, assim, processar e julgar a causa. 
c) O réu deverá suscitar a incompetência absoluta em petição apartada para que o incidente seja 
processado e decidido em autos próprios. 
d) O réu deverá suscitar a incompetência como questão preliminar de sua contestação e, caso 
acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente. 
Gabarito: D 
Comentários: A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o caput do art. 
64 e o §3º do Código de Processo Civil: 
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de 
contestação. 
§ 3º Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo 
competente. 
A alternativa A está incorreta. O §4º do art. 64 do CPC determina que “salvo decisão judicial em 
sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que 
outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.” 
A alternativa B está incorreta. A prorrogação de competência só ocorre nas hipóteses previstas em 
lei, não cabendo ao juiz prorrogar ex officio. Além disso, como prevê o caput do art. 65 apenas a 
competência relativa pode ser prorrogada se o réu não a alegar em preliminar de contestação. 
A alternativa C está incorreta. Como visto na transcrição do caput do art. 64 do CPC, a 
incompetência, seja absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação. 
 
5º Simulado OAB - Gabarito Comentado
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==155b51==
 
5º Simulado da 1ª Fase - XXXII Exame de Ordem – 02/05/2020 
XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 
 
 
 
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Questão 53 
Maria Júlia é uma famosa blogueira em sua cidade e, por isso, suas redes sociais são cheias de 
postagens de viagens, jantares em restaurantes bem conceituados, presentes recebidos de 
seguidores e empresas parceiras. Ao ser demandada judicialmente, pediu ao seu advogado que 
pleiteasse a gratuidade de justiça para que não precisasse gastar dinheiro com as custas e despesas 
processuais. Com base na narrativa, assinale a alternativa correta: 
a) Caso o advogado de Maria Júlia esqueça de pleitear a gratuidade da justiça, o direito de sua 
constituinte precluirá e ela será obrigada a suportar as custas e despesas processuais. 
b) A alegação de insuficiência deduzida por Maria Júlia presumir-se-á verdadeira. 
c) O fato de estar assistida por advogado particular impede que Maria Júlia faça jus à gratuidade da 
justiça. 
d) Caso seja revogado o benefício da justiça gratuita e evidenciada a sua má-fé, Maria Júlia deverá 
arcar com as despesas processuais que tiver deixado de adiantar. 
Gabarito: B 
Comentários: A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A alternativa está em 
conformidade com o art. 99, §3º do Código de Processo Civil: “Presume-se verdadeira a alegação 
de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural.” Fique atento porque algumas 
questões incluem as pessoas jurídicas nessa presunção! 
A alternativa A está incorreta. Nos termos do §1º do art. 99 do CPC: “Se superveniente à primeira 
manifestação da parte na instância, o pedido poderá ser formulado por petição simples, nos autos 
do próprio processo, e não suspenderá seu curso.” 
A alternativa C está incorreta. O Código, no §4º do art. 99 estabelece que a assistência do 
requerente, no caso Maria Júlia, por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da 
justiça. 
A alternativa D está incorreta. A alternativa está incompleta e não apresenta todas as 
consequências às quais Maria Júlia está submetida. Nos termos do parágrafo único do art. 100 do 
CPC: “Revogado o benefício, a parte arcará com as despesas processuais que tiver deixado de 
adiantar e pagará, em caso de má-fé, até o décuplo de seu valor a título de multa, que será 
revertida em benefício da Fazenda Pública estadual ou federal e poderá ser inscrita em dívida 
ativa.” 
 
Questão 54 
Carlos foi atropelado por Ana Beatriz e, em razão do acidente, precisou passar por várias cirurgias 
ortopédicas e, mesmo assistido pelos melhores médicos de sua cidade, perdeu parte do 
movimento da perna e ficou com cicatrizes bem evidentes. Ana Beatriz não ofereceu nenhuma 
ajuda no tratamento de Carlos e, por este motivo, foi ajuizada uma ação de indenização por danos 
materiais, morais e estéticos. Ao longo do processo, foi indicada um médico ortopedista como 
perito para avaliar o grau de deficiência de Carlos. Analisando a situação narrada, pode-se afirmar 
que: 
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a) Carlos não poderia ter cumulado os pedidos de indenização por dano moral e dano estético. 
b) As causas de impedimento e suspeição não são aplicáveis aos peritos pois, como são auxiliares 
da justiça, não apresentam qualquer relação com as partes. 
c) O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o juiz, empregando toda sua 
diligência, devendo apresentar sua escusa, se for o caso, no prazo de 15 (quinze) dias. 
d) Caso o médico ortopedista, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas responderá pelos 
prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado para atuar em outras perícias por até 1 ano. 
Gabarito: C 
Comentários: A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A alternativa conjugou 
corretamente o disposto no caput e no §1º do art. 157 do Código de Processo Civil: 
Art. 157. O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o juiz, empregando 
toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo alegando motivo legítimo. 
§ 1º A escusa será apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação, da suspeição ou 
do impedimento supervenientes, sob pena de renúncia ao direito a alegá-la. 
A alternativa A está incorreta. O candidato deveria recordar-se do teor da Súmula 387 do Superior 
Tribunal de Justiça: “É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral.” 
A alternativa B está incorreta pois o Código prevê, no §4º do art. 156, que para a verificaçãode 
eventual impedimento ou motivo de suspeição, o órgão técnico ou científico nomeado para 
realização da perícia informará ao juiz os nomes e os dados de qualificação dos profissionais que 
participarão da atividade. 
A alternativa D está incorreta. O artigo 158 do CPC estabelece que “o perito que, por dolo ou culpa, 
prestar informações inverídicas responderá pelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado 
para atuar em outras perícias no prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, independentemente das demais 
sanções previstas em lei, devendo o juiz comunicar o fato ao respectivo órgão de classe para adoção 
das medidas que entender cabíveis.” Fique atento para três pontos: (1) o perito poderá ser 
responsabilizado por dolo ou culpa; (2) o prazo será de 2 a 5 anos; (3) podem ser aplicadas outras 
sanções e o fato será comunicado ao órgão de classe. 
 
Questão 55 
Os advogados Pedro e Arthur, egressos da mesma turma da faculdade, buscando conferir maior 
celeridade ao processo no qual atuavam decidiram fixar calendário para a prática dos atos 
processuais. Nesse caso, é correto: 
a) Após a fixação do calendário processual, sem a participação do juiz, deverá ser peticionado o 
pedido de homologação das datas estabelecidas pelas partes. 
b) O calendário vinculará as partes, mas não o juiz, pois este não poderá ser submetido a um 
acordo celebrado sem sua participação. 
c) Os prazos estabelecidos no calendário processual somente serão modificados em casos 
excepcionais, devidamente justificados. 
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d) Ainda que seja estabelecido o calendário para a prática dos atos processuais, as partes 
continuarão sendo intimadas. 
Gabarito: C 
Comentários: A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A alternativa apresenta a 
previsão contida na segunda parte do §1º do art. 191 do Código de Processo Civil: "O calendário 
vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos 
excepcionais, devidamente justificados.” 
A alternativa A está incorreta. O calendário será estabelecido de comum acordo entre partes e juiz, 
como disposto no caput do art. 191 do Código: “De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar 
calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso.” 
A alternativa B está incorreta. Como visto na transcrição do §1º do art. 191, o calendário vinculará 
as partes e o juiz. 
A alternativa D está incorreta. O §2º do art. 191 do CPC prevê que as intimações serão dispensadas: 
“Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência 
cujas datas tiverem sido designadas no calendário.” 
 
Questão 56 
Ao proferir uma sentença, o juiz deixou de manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos 
repetitivos. Qual será o recurso cabível pela parte? 
a) embargos de declaração. 
b) embargos de divergência. 
c) agravo de instrumento. 
d) reclamação. 
Gabarito: A 
Comentários: A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O caput do art. 1.022 do 
Código de Processo Civil estabelece que cabem embargos de declaração contra qualquer decisão 
judicial nos casos de obscuridade, contradição, omissão ou correção de erro material. O parágrafo 
único, em complemento, prevê que se considera omissa a decisão que deixe e se manifestar sobre 
tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência 
aplicável ao caso sob julgamento. 
As alternativas B, C e D estão incorretas pois não correspondem a espécie recursais cabíveis ao caso 
apresentado. 
 
Questão 57 
Diante de evidente repetição de processos contendo controvérsia sobre a mesma questão de direto 
e o risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica, um relator suscita, de ofício, um incidente de 
assunção de competência para que o tribunal firme uma tese sobre o tema. Com base no caso 
narrado, pode-se afirmar que: 
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a) O incidente de assunção de competência, cabível no caso apresentado, também poderia ter sido 
proposto pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública. 
b) A ausência de grande repercussão social é um impeditivo à admissibilidade do incidente de 
assunção de competência no caso narrado. 
c) O relator deveria ter proposto, de ofício, a instauração do incidente de resolução de demandas 
repetitivas e este dispensa a repercussão social. 
d) O incidente de resolução de demandas repetitivas, ao contrário do incidente de assunção de 
competência, não pode ser requerido pelas partes. 
Gabarito: C 
Comentários: A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Os requisitos para o cabimento 
do incidente de resolução de demandas repetitivas estão descritos nos incisos I e II do art. 976 do 
Código de Processo Civil e, como pode-se perceber, não é exigida a grande repercussão social: 
Art. 976. É cabível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas quando houver, 
simultaneamente: 
I - efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente 
de direito; 
II - risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica. 
A alternativa A está incorreta pois não caberia IAC no caso apresentado. Os requisitos do incidente 
de assunção de competência estão elencados no caput do art. 947 do Código de Processo Civil: “É 
admissível a assunção de competência quando o julgamento de recurso, de remessa necessária ou 
de processo de competência originária envolver relevante questão de direito, com grande 
repercussão social, sem repetição em múltiplos processos.” 
A alternativa B está incorreta. Existe um erro duplo: a grande repercussão social, como visto na 
transcrição acima, é um dos requisitos do incidente de assunção de competência (e não um 
impeditivo); além disso, não seria cabível IAC na hipótese apresentada. 
A alternativa D está incorreta. O IRDR, como previsto no art. 977 do CPC, pode ser requerido pelas 
partes por petição. 
Art. 977. O pedido de instauração do incidente será dirigido ao presidente de tribunal: 
I - pelo juiz ou relator, por ofício; 
II - pelas partes, por petição; 
III - pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública, por petição. 
 
 
 
 
 
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DIREITO PENAL 
Cristiano Rodrigues 
Questão 58 
Roberto resolve praticar um crime de furto na residência de Felipe, para isso procura seu primo que 
é chaveiro e lhe relata seu plano criminoso, pedindo para que este faça uma chave micha que lhe 
viabilizasse adentrar na residência da vítima. Chegado o dia de realizar o crime, ao chegar no local, 
Roberto percebe que a porta dos fundos da casa estava destrancada, então, ingressa na residência 
sem precisar utilizar a chave micha que lhe fora fornecida por seu primo, em seguida subtrai 
diversos bens de dentro da casa. 
Chegando em casa, Maria, sua esposa que é evangélica, o convence a devolver todos os pertences 
furtados pois isto seria um pecado grave, sendo que, Roberto, temeroso à DEUS, atende ao pedido 
da esposa e devolve todos os bens para a Felipe, que já havia feito a notícia-crime na delegacia do 
bairro. 
Considerando os fatos ocorridos, na condição de advogado(a) de Roberto, você deverá explicar 
aos familiares de Roberto e seu primo que: 
a) nenhum deles responderá por crime, tendo em vista que houvearrependimento eficaz por parte 
de Roberto e, como causa de excludente da tipicidade, estende-se também a seu primo. 
b) ambos deverão responder pelo crime de furto qualificado, aplicando-se a diminuição de pena, de 
1/3 a 2/3, do arrependimento posterior apenas a Roberto. 
c) Roberto deverá responder pelo crime de furto simples, aplicando-se causa de diminuição do 
arrependimento posterior, enquanto seu primo não responderá por qualquer crime. 
d) ambos deverão responder pelo crime de furto qualificado, aplicando-se a redução de pena do 
arrependimento posterior para ambos, por este se tratar de circunstância de caráter objetivo. 
Gabarito: C 
Comentários: Na conduta narrada o agente realizou o crime de furto e posteriormente a sua 
consumação, resolveu, por sua livre escolha embora por sugestão de sua esposa, devolver o bem 
subtraído. 
Como esta devolução do produto do crime se deu antes do recebimento da denúncia, e o crime de 
furto não possui violência ou grave ameaça, aplica-se a ele o instituto do arrependimento posterior 
(Art. 16 CP), causa de diminuição de pena. 
Como Roberto não utilizou do auxílio fornecido por seu primo chaveiro para entrar na residência, 
este não poderá ser responsabilizado como participe do crime e não responde por nada. 
 
Questão 59 
Fabio foi denunciado pela prática do crime de dano qualificado, por ter destruído uma estátua 
municipal (Art. 163, parágrafo único, inciso III, do CP – pena: detenção de 6 meses a 3 anos e 
multa), sendo que, em sua Folha de Antecedentes Criminais aparece apenas uma condenação 
 
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definitiva publicada há 4 anos, pela prática do crime de lesão corporal culposa praticada na direção 
de veículo automotor. 
Ao final da instrução, Fabio que está trabalhando e tem 02 filhos com 10 e 12 anos de idade por ele 
sustentados, confessa integralmente os fatos, afirmando estar arrependido e que “perdeu a 
cabeça” no momento do crime de dano praticado. 
Apenas com base nas informações apresentadas, você advogado(a) de Fabio poderá pleitear, de 
acordo com o nosso Código Penal: 
a) o reconhecimento do instituto do perdão judicial, para afastar a punibilidade. 
b) o reconhecimento da circunstancia atenuante de pena da confissão espontânea, porem, não 
sendo possível sua compensação com a reincidência. 
d) apenas o afastamento da circunstancia agravante da reincidência, já que o crime anterior foi 
praticado em sua modalidade culposa, e não dolosa. 
d) a substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, apesar do agente 
poder ser considerado reincidente. 
Gabarito: D 
Comentários: De acordo com o Art. 44 par. 3º do CP, somente a reincidência específica (no mesmo 
crime) impede a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos. 
Como o crime de dano praticado preenche todos os demais requisitos para conversão, previstos no 
Art. 44 caput do CP, poderá ser feita a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de 
direitos, apesar do agente ser reincidente seja em crime doloso ou culposo, mas não específico. 
 
Questão 60 
Flavio, transportava e portava, em seu carro , três armas de fogo, sendo que duas embaixo do 
banco do carona e uma, em sua cintura. Durante uma blitz de rotina foi abordado por policiais 
militares, quando foram apreendidas todas as referidas armas. Diante disso, o Ministério Público 
ofereceu denúncia em face de Flavio pela prática de três crimes de porte de arma de fogo de uso 
permitido, todos na modalidade de concurso material de crimes (Art. 14 da Lei nº 10.826/03, por 
três vezes, na forma do Art. 69 do Código Penal). Foi confirmado pela perícia técnica que as armas 
possuíam efetivo potencial lesivo, bem como que as armas eram mesmo de uso permitido e que 
estavam com a numeração de série aparente. 
Considerando-se todos os fatos narrados, como advogado(a) de Flavio, você deverá defender o 
reconhecimento: 
a) do concurso formal de crimes entre os três crimes imputados ao agente. 
b) da continuidade delitiva entre os três delitos praticados. 
c) do concurso formal entre dois crimes, em continuidade delitiva com o terceiro delito cometido. 
d) de um crime único, de porte ilegal de arma de fogo. 
Gabarito: D 
 
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Comentários: De acordo com jurisprudência consolidada do STJ/STF o porte de diversas armas por 
determinado agente, em uma mesma situação fática, configura crime único de porte ilegal de 
armas, não havendo assim concurso de crimes na situação narrada, já que há uma única conduta 
realizada e apenas uma lesão de bem jurídico tutelado. 
Todos os demais itens estão errados, pois se referem a modalidades de concurso de crimes. 
 
Questão 61 
No dia 28 de setembro de 2011, após uma discussão no trabalho quando todos comemoravam os 
19 anos de Pedro, este desfere uma facada no braço de Ricardo, que fica revoltado e liga para a 
Polícia, sendo Pedro preso em flagrante pela prática do crime de homicídio tentado, obtendo 
liberdade provisória logo em seguida. O laudo de exame de delito constatou a existência apenas de 
lesão corporal leve. 
A denúncia foi oferecida em 23 de setembro de 2013 e recebida pelo juiz em 28 de setembro de 
2013. Após a primeira fase do procedimento do Júri, em que a vítima compareceu confirmando os 
fatos, inclusive dizendo acreditar que a intenção do agente era efetivamente matá-la, e 
demonstrou todo seu inconformismo com a conduta do réu, Pedro foi pronunciado, sendo a 
decisão publicada em 23 de setembro de 2015. Submetido a julgamento em sessão plenária em 18 
de agosto de 2017, os jurados afastaram a intenção de matar, e então desclassificaram a conduta 
para o crime de lesão corporal simples, com pena máxima prevista de 01 ano. Lembrando que, o 
Código Penal prevê que penas de 01 a 02 anos prescrevem em 04 anos. 
Chamado(a) para atuar como advogado(a) de Pedro, e considerando apenas as informações 
apresentadas, você deverá requerer a declaração de extinção da punibilidade pela: 
a) decadência, por ausência de representação da vítima. 
b) prescrição da pretensão punitiva, pelo decurso do prazo prescricional entre a data do 
oferecimento da denúncia e a da publicação da decisão de pronúncia. 
c) prescrição da pretensão punitiva, pelo decurso do prazo prescricional entre a data do fato e a do 
recebimento da denúncia. 
d) prescrição da pretensão punitiva, porque entre a data do recebimento da denúncia e do 
julgamento pelo júri decorreu mais tempo que o prazo prescricional. 
Gabarito: C 
Comentários: O crime de lesão corporal leve, que possui pena máxima abstrata de 1 ano, prescreve 
em 4 anos (Art. 109 CP), conforme afirma o próprio enunciado, porém, como o autor do fato 
possuía menos de 21 anos na data da prática da conduta, o prazo prescricional deve ser reduzido 
pela metade (Art. 115 CP), passando assim a ser de 2 anos. 
Como entre a data da prática do fato e o recebimento da denúncia se passaram mais de 2 anos, 
ocorreu a prescrição da pretensão punitiva no caso concerto narrado. 
 
 
 
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Questão 62 
Com dificuldades financeiras e desejando comprar um novo celular, Mara, que não possuía 
envolvimento pretérito com crimes, aceita, a pedido de sua prima, transportar 500 g de cocaína de 
Recife para João Pessoa.Para aceitar a tarefa, Mara solicitou R$ 5.000,00, já que estava muito 
nervosa por nunca ter praticado qualquer comportamento semelhante. 
Após a transferência do valor acordado, Mara esconde os entorpecentes na mala de seu carro e 
inicia a viagem com a referida substância, porem, ainda no estado de Pernambuco, 30 minutos 
depois, é abordada por policiais e presa em flagrante. 
Após denúncia pela prática do crime de tráfico de drogas, com causa de aumento do Art. 40, inciso 
V, da Lei nº 11.343/06 (“caracterizado tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito 
Federal”), todos os fatos são confirmados: Folha de Antecedentes Criminais sem outras anotações, 
primeira vez transportando drogas, a transferência do valor cobrado, a natureza ilícita do bem 
transportado e que a pretensão era mesmo entregar a droga em João Pessoa. 
Você, como advogado(a) foi intimado da sentença condenatória nos termos da denúncia, e de 
acordo com as previsões da Lei nº 11.343/06 e a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, 
deverá requerer: 
a) o reconhecimento do tráfico privilegiado e reconhecimento da tentativa, como causas de 
diminuição de pena. 
b) o afastamento da causa de aumento de pena no tráfico interestadual e o reconhecimento da 
causa de diminuição de pena do tráfico privilegiado. 
c) o reconhecimento da causa de diminuição de pena do tráfico privilegiado, apenas. 
d) o afastamento da causa de aumento de pena do trafico interestadual, apenas. 
Gabarito: C 
Comentários: Nesta hipótese a autora do fato preenche todos os requisitos para ser enquadrada 
no tráfico privilegiado, e fazer jus a causa de diminuição de pena prevista no Art. 44 par 3º da Lei 
11343/06 que deve ser requerida. 
Quanto a causa de aumento de pena do Art. 40 Inc. V da mesma Lei, está não poderá ser afastada 
pois, de acordo com a jurisprudência dominante no STJ, basta a comprovação da intenção de 
transportar a droga para outro estado para incidir a causa de aumento de pena ao fato, não sendo 
necessário, para isso, que ocorra a efetiva transposição da fronteira. 
 
Questão 63 
Rodrigo foi ameaçado de morte por Lucas, conhecido na vizinhança como impiedoso matador de 
aluguel. Tendo sido avisado, por fontes seguras, que Lucas o mataria naquela noite e, visando 
defender-se, Rodrigo saiu de casa com uma faca no bolso de seu casaco, pois sabia que poderia 
encontrar Lucas pelo caminho. 
Quando passava por uma rua deserta e escura Rodrigo se depara com Lucas e vendo que este 
colocava a mão no bolso, precipita-se e, objetivando impedir o suposto ataque que iminente, 
esfaqueia Lucas, provocando-lhe lesões corporais que desejava para se defender. Todavia, após o 
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ocorrido, o próprio Lucas contou a Rodrigo que não iria matá-lo, pois há muito tinha desistido de 
seu intento e, naquela noite, tinha ido ao seu encontro justamente para dar-lhe a boa notícia. 
Diante dos fatos narrados, é correto afirmar que: 
a) considerando-se o erro cometido por Rodrigo como escusável, Rodrigo não poderia ser 
considerado isento de pena. 
b) considera-se que a conduta de Rodrigo foi dolosa. 
c) Rodrigo não agiu em legítima defesa putativa, em face de seu erro. 
d) considerando-se o erro de Rodrigo como inescusável, ele ainda assim responderia a título de 
dolo. 
Gabarito: B 
Comentários: Nesta hipótese a autor do fato atuou em erro de tipo permissivo, hipótese de 
legitima defesa putativa, por acreditar que estava sofrendo injusta agressão quando esta não 
ocorreu. Desta forma, sua conduta é dolosa, conforme afirmado na alternativa “B”, já que 
pretendia dolosamente lesionar o suposto agressor, embora seu dolo deva ser afastado diante da 
situação de erro. (Art. 20 par. 1º CP) 
Se o erro for considerado escusável estará isento de pena, e se o erro for inescusável deverá ter seu 
dolo afastado, respondendo pela forma culposa do crime praticado. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
Ivan Marques 
Questão 64 
Após inúmeras alterações na Lei Maria da Penha, hoje temos apenas um crime previsto em seu 
texto - trata-se do crime de descumprimento de medida protetiva de urgência (art. 24-A, da Lei 
11.340/2006). Trabalhando apenas com o texto da Lei 11.340 e demais leis penais especiais, aponte 
a alternativa incorreta: 
a) trata-se de crime afiançável. 
b) está previsto em legislação penal especial. 
c) aplica-se para mulheres. 
d) admite interceptação telefônica. 
Gabarito: D 
Comentários: Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando 
ocorrer qualquer das seguintes hipóteses: 
I - não houver indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal; 
II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis; 
III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção. 
 
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A - Art. 24-A. § 2º Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade judicial poderá 
conceder fiança. 
B - Lei 11.340, art. 24-A. Seção IV (Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018). Do Crime de 
Descumprimento de Medidas Protetivas de Urgência 
C - Apenas a vítima precisa ser mulher. O agressor que descumpre a medida protetiva estabelecida 
pode ser homem ou mulher. 
Observação - no caso da mulher, o magistrado irá avaliar, para aplicar medidas protetivas da Lei 
Maria da Penha, se existe vulnerabilidade concreta entre as mulheres envolvidas no crime. 
 
Questão 65 
A Lei de Drogas - Lei 11.343/2006 - nos apresenta uma relação grande majorantes em seu artigo 40. 
Tendo em vista apenas a literalidade desse dispositivo, apresente a alternativa abaixo que não 
configura uma majorante expressa no artigo 40 dessa lei: 
A. a transnacionalidade do delito de tráfico de drogas. 
B. sua prática visar atingir adolescente. 
C. tráfico interestadual de drogas. 
D. o traficante ser financiado na prática de suas condutas. 
Gabarito: D 
Comentários: VII - o agente financiar ou custear a prática do crime. 
O financiador sofrerá o aumento, e não o financiado. 
Demais alternativas: 
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: 
A - I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do fato 
evidenciarem a transnacionalidade do delito; 
B - VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer 
motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação; 
C - V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal; 
D - IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou 
qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva; 
 
Questão 66 
Faz parte dos requisitos especiais para a progressão de regime de mulher gestante ou que for mãe 
ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência, exceto: 
a) não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa. 
b) não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente. 
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c) ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento. 
d) ter cumprido ao menos 16% da pena no regime anterior. 
Gabarito: D 
Comentários: Art. 112, § 3º 
I - não ter cometido crime com violênciaou grave ameaça a pessoa. 
II - não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente. 
III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior. 
IV - ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do 
estabelecimento. 
V - não ter integrado organização criminosa. 
 
Questão 67 
Qual dos institutos abaixo é admitido para o condenado por crime hediondo ou equiparado, 
durante a execução de sua pena: 
a) indulto 
b) fiança 
c) graça 
d) monitoração eletrônica 
Gabarito: D 
Comentários: Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e 
drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de: 
I - anistia, graça e indulto; 
II - fiança. 
 
Questão 68 
Indique qual das alternativas abaixo encontra-se compatível com as disposições legais referentes ao 
tratamento do perfil genético do criminoso: 
a) O condenado por crime hediondo somente será submetido à identificação do perfil genético se 
resultar morte da vítima. 
b) Deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos o acesso aos seus dados constantes nos bancos 
de perfis genéticos, bem como a todos os documentos da cadeia de custódia que gerou esse dado, 
de maneira que possa ser contraditado pela defesa. 
c) A autoridade policial poderá requerer, no caso de inquérito instaurado, o acesso ao banco de 
dados de identificação de perfil genético, independentemente de autorização judicial. 
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d) A recusa em submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético caracteriza falta 
grave, por interpretação jurisprudencial. 
Gabarito: B 
Comentários: Art. 9o-A. Os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de 
natureza grave contra pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos no art. 1o da Lei no 8.072, de 
25 de julho de 1990, serão submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, 
mediante extração de DNA - ácido desoxirribonucleico, por técnica adequada e indolor. 
(Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012) 
§ 1º-A. A regulamentação deverá fazer constar garantias mínimas de proteção de dados genéticos, 
observando as melhores práticas da genética forense. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 2o A autoridade policial, federal ou estadual, poderá requerer ao juiz competente, no caso de 
inquérito instaurado, o acesso ao banco de dados de identificação de perfil genético. (Incluído 
pela Lei nº 12.654, de 2012) 
§ 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos o acesso aos seus dados constantes nos 
bancos de perfis genéticos, bem como a todos os documentos da cadeia de custódia que gerou esse 
dado, de maneira que possa ser contraditado pela defesa. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 4º O condenado pelos crimes previstos no caput deste artigo que não tiver sido submetido à 
identificação do perfil genético por ocasião do ingresso no estabelecimento prisional deverá ser 
submetido ao procedimento durante o cumprimento da pena. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
§ 8º Constitui falta grave a recusa do condenado em submeter-se ao procedimento de identificação 
do perfil genético. 
 
Questão 69 
Assinale a opção correta nos termos da Lei n.º 9.296/1996 
a) A referida medida poderá ser determinada no curso da investigação criminal ou da instrução 
processual destinada à apuração de infração penal punida, ao menos, com pena de detenção. 
b) A existência de outros meios para obtenção da prova não impedirá o deferimento da referida 
medida. 
c) O deferimento da referida medida exige a clara descrição do objeto da investigação, com 
indicação e qualificação dos investigados, salvo impossibilidade manifesta justificada. 
d) A utilização de prova obtida a partir da referida medida para fins de investigação de fato 
delituoso diverso imputado a terceiro não é admitida. 
 
Gabarito: C 
Comentários: Art. 2, Parágrafo único. Em qualquer hipótese deve ser descrita com clareza a 
situação objeto da investigação, inclusive com a indicação e qualificação dos investigados, salvo 
impossibilidade manifesta, devidamente justificada. 
 
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A - ERRADA: Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer 
qualquer das seguintes hipóteses: III - o fato investigado constituir infração penal punida, no 
máximo, com pena de detenção. 
B - ERRADA: Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer 
qualquer das seguintes hipóteses: II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis; 
D - ERRADA: trata-se da serendipidade ou descoberta fortuita de provas, amplamente admitida 
pela jurisprudência. 
 
DIREITO DO TRABALHO 
Priscila Ferreira 
Questão 70 
A empregada, Zildinha, trabalha em uma empresa cumprindo a seguinte jornada de trabalho: nos 
10 primeiros dias do mês, de segunda-feira a sábado, de 08:00 às 16:00h; nos 10 dias seguintes, de 
segunda-feira a sábado, de 16:00 às 24:00h; nos últimos 10 dias do mês, de segunda-feira a sábado, 
de 24:00 às 8:00h – e assim sucessivamente em cada mês -, sempre com intervalo de 1 hora para 
refeição. Não existe acordo coletivo nem convenção coletiva regrando a matéria para sua categoria 
profissional. 
Diante do exposto, assinale a alternativa correta. 
a) Na hipótese, há caracterização de regime de tempo parcial, cuja jornada deveria não exceder a 
trinta horas semanais. 
b) Na hipótese, há caracterização de regime de tempo parcial, cuja jornada deveria não exceder a 
vinte e seis horas semanais. 
c) Na hipótese, a jornada enquadra-se nos preceitos constitucionais de 8 horas diárias e 44 horas 
semanais. 
d) Na hipótese, há caracterização de turno ininterrupto de revezamento, cuja jornada deveria ser 
de até 6 horas diárias. 
Gabarito: D 
Comentários: Na hipótese, há turno ininterrupto de revezamento, cuja jornada deveria ser de 6 
horas diárias. Como a empregada cumpriu 8 horas diárias, terá direito às horas extras, conforme o 
Art. 7º, XIV, da CF/88. 
 
Questão 71 
Rosa foi contratada pela empresa XPTO e com a promessa de que sua CTPS seria assinada, o que 
nunca aconteceu, pois a empresa alegava que ela tinha sido contratada por prazo determinado. 
Diante do exposto, assinale a alternativa correta. 
a) A empregada deveria ter sido registrada no prazo de 48 horas. 
b) A empregada deveria ter sido registrada no prazo de 24 horas 
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c) A empregada deveria ter sido registrada no prazo de 5 dias úteis. 
d) A empresa não precisa ser registrada, quando submetida a contrato por prazo determinado. 
Gabarito: C 
Comentários: Nos termos do Art. 29, CLT, o empregador terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para 
anotar na CTPS, em relação aos trabalhadores que admitir, a data de admissão, a remuneração e as 
condições especiais, se houver, facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, 
conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério da Economia. 
 
Questão 72 
Analise as seguintes afirmativas: 
I. Joana possui apenas uma empregada doméstica em sua residência; 
II. A empresa “Corujinha” Ltda. possui vinte empregados em seu estabelecimento; 
III. A empresa “Carga&Recarga” Ltda. conta com vinte e dois colaboradores distribuídos igualmenteentre duas filiais; 
IV. “Sonhos&Cia” tem registrado em sua empresa trinta empregados, sendo cinco deles 
considerados como hipersuficientes. 
Conforme a norma trabalhista em regência, assinale a opção que indica, em razão dos eventos 
relatados, quem está obrigado a ter controle de jornada através de cartão de ponto. 
a) II, III e IV apenas. 
b) II e IV apenas. 
c) I e III apenas. 
d) I e IV apenas. 
Gabarito: D 
Comentários: Nos termos do artigo 74, §2º, da CLT, apenas torna-se obrigatório o registro de 
jornada para os estabelecimentos com mais de 20 empregados. No mais, nos termos do art. 12 da 
LC 150/2015, o controle de jornada da empregada doméstica é sempre obrigatório. 
 
Questão 73 
A empresa, “Alimentação Vida Leve” Ltda., decide aumentar a quantidade de benefícios a serem 
fornecidos para os seus empregados através de regulamento da empresa. 
O setor de recursos humanos faz uma análise acerca da viabilidade dos benefícios a serem 
concedidos, conforme sugestão dos sócios, e optam em conceder habitação e alimentação. 
Desta forma, a empresa concedendo habitação e a alimentação como salário-utilidade, estas 
deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a: 
a) 12% e 18% do salário contratual 
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b) 15% e 10% do salário contratual 
c) 25% e 20% do salário contratual 
d) 20% e 15% do salário contratual 
Gabarito: C 
Comentário: Nos termos do artigo 458, parágrafo terceiro da CLT, a habitação e a alimentação 
fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão 
exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário-
contratual. 
 
Questão 74 
O FGTS é um fundo criado pelo Governo Federal para proteger o trabalhador dispensado sem justa 
causa, mediante a uma conta vinculada ao contrato de trabalho. O aprendiz, João de Guerra, 
observa que nunca teve recolhido tal benesse e resolve questionar o gerente de Recursos 
Humanos, Sr. Mario. 
Diante do exposto, assinale a alternativa correta. 
a)Todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta 
bancária vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou 
devida, no mês anterior, a cada trabalhador, inclusive, aos que estão na condição de João 
(aprendiz). 
b) O FGTS deverá ser recolhido para os que possuem contrato de aprendizagem, mas terão a 
alíquota reduzida para dois por cento, sendo depositado até o dia 7 (sete) de cada mês. 
c) O FGTS é um direito dos empregados regidos estritamente pela Consolidação das Leis do 
Trabalho, o que não abrange os contratos de aprendizagem. 
d) O FGTS deverá ser recolhido para os que possuem contrato de aprendizagem, mas terão a 
alíquota reduzida para cinco por cento, sendo depositado até o dia 7 (sete) de cada mês. 
GABARITO: B 
Comentários: Nos termos do artigo 15, parágrafo sétimo, da Lei n. 8036/90, os contratos de 
aprendizagem terão a alíquota reduzida para dois por cento. 
 
Questão 75 
Gilda pretende contratar uma babá para tomar conta de sua filha. De acordo com a Lei de 
Regência, a idade mínima para que alguém seja contratado como empregado doméstico é de: 
a) 14 anos; 
b) 16 anos; 
c) 18 anos; 
d) 21 anos. 
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Gabarito: C 
Comentários: Nos termos do artigo 1º da LC 150/2015, é vedada a contratação de menor de 18 
(dezoito) anos para desempenho de trabalho doméstico. 
 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
Priscila Ferreira 
Questão 76 
Roberval contrata uma empregada doméstica, Sra. Izildinha, para auxiliar a sua esposa nos afazeres 
domésticos. Insatisfeita com a relação laboral formada, a empregada resolver ingressar com Ação 
Trabalhista pleiteando diversas verbas não arcadas pelo empregador. 
No entanto, na data designada para a audiência inaugural Roberval e Izildinha não compareceram a 
audiência. 
Diante da situação, assinale a alternativa CORRETA: 
a) Ocorrerá o arquivamento da reclamação trabalhista. 
b) Por se tratar de ausência de autor e réu, aplicar-se-á confissão ficta para ambas as partes. 
c) Ocorrerá a aplicação de revelia ao réu, mas sem consequências para o autor. 
d)Ocorrerá a aplicação de revelia ao réu, e o julgamento com base nas regras de ônus da prova. 
Gabarito: A 
Comentários: Nos termos do art. 844 da CLT , a ausência injustificada da parte autora 
à audiência inaugural enseja o arquivamento do feito. 
 
Questão 77 
Priscilinha foi contratada na qualidade de advogada da empresa “Todos a bordo” Ltda., a qual foi 
condenada parcialmente em uma Reclamação Trabalhista movida por seu ex-colaborador. O 
reclamante inconformado com a sentença proferida interpôs Recurso Ordinário, o qual não foi 
conhecido em segundo juízo de admissibilidade, juízo ad quem, sob a alegação de 
intempestividade. 
Diante do exposto, e objetivando impugnar a decisão denegatória de seguimento do recurso, a 
advogada deverá se valer da seguinte medida judicial: 
a) Agravo de Instrumento 
b) Agravo Interno 
c) Mandado de Segurança 
d) Embargos de Declaração 
Gabarito: D 
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Comentários: Os embargos de declaração devem ser utilizados para tentar reverter decisão 
denegatória de seguimento a recurso, quando a decisão for fruto de manifesto equívoco na análise 
de pressuposto extrínseco de admissibilidade (Art. 897-A da CLT). 
 
Questão 78 
Determinada empresa pública municipal, “XPTO”, exploradora de atividade econômica, interpôs 
recurso ordinário, no décimo sexto dia útil após a intimação da sentença, ao qual foi negado 
seguimento pelo magistrado do trabalho, sob o fundamento de intempestividade e ausência do 
depósito recursal. 
Considerando a situação proposta, é possível afirmar que o juiz do trabalho 
A) agiu equivocadamente, pois todas as empresas públicas gozam de prazo em dobro para interpor 
recursos no âmbito processual trabalhista. 
b) agiu equivocadamente, pois a empresa pública municipal em questão goza das mesmas 
prerrogativas da Fazenda Pública, no âmbito processual trabalhista. 
c) agiu equivocadamente, pois não se exige das empresas públicas exploradoras de atividade 
econômica o depósito recursal. 
d) agiu corretamente, pois a empresa pública municipal em questão deveria ter respeitado o prazo 
de oito dias úteis e não estava desobrigada do depósito recursal. 
Gabarito: D 
Comentários: Inicialmente, observa-se que nos termos do Decreto n. 779/69, somente a 
Administração Pública direta, autárquica e fundacional possuem prazo em quadruplo para 
contestar e em dobro para recorrer. Logo, na situação retratada, a empresa publica possuirá prazo 
simples de oito dias para recorrer. 
Nesta toada, a empresa pública, assim como a sociedade de economia mista, não se beneficiam da 
isenção do depósito recursal, conforme art. 899 da CLT. 
 
Questão 79 
No que tange aos aspectos legais introduzidos pela reforma trabalhista, observa-se que a execução 
trabalhista poderá ser promovida pelas partes, ou de ofício pelo magistrado do trabalho 
a) apenas nos casos em que as partes não estiverem representadas por advogado. 
b)sempre que a parte interessada não adotar as providências para iniciar a liquidação da sentença. 
c) sempre que for parte osórgãos da Administração Pública direta, autárquica ou fundacional. 
d) quando a reclamada for massa falida ou empresa em recuperação judicial. 
Gabarito: A 
Comentários: Nos termos do artigo 878 da CLT, a execução será promovida pelas partes, permitida 
a execução de ofício pelo juiz ou pelo Presidente do Tribunal apenas nos casos em que as partes 
não estiverem representadas por advogado. 
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Questão 80 
Roberto interpôs Recurso Ordinário ao ter ciência de que foi julgado improcedente o seu pedido de 
reconhecimento de vínculo empregatício em face da empresa XPTO LTDA. 
Ele não juntou declaração de miserabilidade na petição inicial e no recurso, mas requereu, em 
pedido expresso no apelo, o benefício da gratuidade de justiça, afirmando não ter recursos para 
recolher o valor das custas sem prejuízo do seu sustento e de sua família. 
Diante do exposto, assinale a alternativa correta. 
a) O empregado apenas pode requerer o benefício da justiça gratuita até a prolação da sentença. 
b) O empregado pode requerer o benefício da justiça gratuita apenas até os recursos de natureza 
ordinária. 
c) O empregado pode requerer tal benefício em grau recursal, desde que haja concordância da 
parte contrária. 
d) O empregado pode requerer tal benefício em qualquer tempo ou grau de jurisdição, desde que, 
na fase recursal, o seja no prazo alusivo ao recurso. 
Gabarito: D 
Comentários: A gratuidade de justiça está regulamentada no Art. 790, § 3º, da CLT e na Lei n. 
1.060/50. A jurisprudência do TST admite que tal benefício seja requerido em qualquer tempo ou 
grau de jurisdição, desde que, na fase recursal, o seja no prazo alusivo ao recurso – OJ nº 269 da 
SDI-I do TST –, o que ocorreu no caso em exame 
 
 
 
 
 
 
 
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