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Absorção e vias de administração

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Farmacocinética
Absorção e Vias de 
Administração
Farmacologia Aplicada à Enfermagem
Farmacocinética
A absorção, a distribuição, o metabolismo (biotransformação) e a
excreção (ADME) dos fármacos constituem os processos conhecidos
como farmacocinética.
A farmacocinética estuda o movimento da droga através do
organismo.
Absorção Distribuição Metabolismo Excreção
Correlações entre absorção, distribuição, ligação, metabolismo e excreção de um
fármaco e sua concentração nos locais de ação.
Absorção
Absorção é a transferência do fármaco do seu local de administração
para o compartimento central (circulação sistêmica) e a amplitude
com que isso ocorre.
A velocidade e a eficiência da absorção depende (entre outros
fatores) da via de administração.
Biodisponibilidade
termo usado para indicar a fração (F) de uma dose oral que chega à
circulação sistêmica na forma de fármaco intacto, para exercer o
efeito farmacológico pretendido, levando em consideração tanto a
absorção quanto a degradação metabólica local;
indica a porção da droga que atinge a circulação, em forma
inalterada, após sua administração; é a quantidade da droga
disponível para ser utilizada pelo organismo; também indica a
velocidade com que a droga atinge o sangue.
Dose do Fármaco
administrada
Fração que atinge o
Sítio de Ação
Absorção
Distribuição
Metabolismo
Excreção
Ação
Dependem do transporte do fármaco
através das membranas celulares.
Membranas Celulares
A membrana plasmática consiste em uma camada dupla de lipídios
anfipáticos, com suas cadeias de ácidos graxos orientadas para o
interior de modo a formar uma fase hidrofóbica contínua, enquanto
seus grupos hidrofílicos estão orientados para o exterior.
Membranas Celulares
Cada molécula lipídica dessa camada pode mover-se lateralmente e
combinar-se com o colesterol, conferindo à membrana fluidez,
flexibilidade, organização, resistência elétrica elevada e
impermeabilidade relativa às moléculas altamente polares.
As proteínas inseridas na camada dupla da membrana plasmática
funcionam como receptores, canais iônicos ou transportadores para a
transdução dos sinais elétricos ou químicos, atuando como alvos
seletivos para a ação dos fármacos.
Fluxo Passivo pelas Membranas
Os fármacos atravessam a membrana por processos passivos ou por
mecanismos envolvendo a participação ativa dos componentes da
membrana.
No transporte passivo, a molécula do fármaco penetra por meio de
difusão seguindo um gradiente de concentração, em virtude da sua
solubilidade na camada lipídica dupla.
Essa transferência é diretamente proporcional à amplitude do
gradiente de concentração através da membrana, ao coeficiente de
partição hidrolipídica do fármaco e à área da membrana exposta ao
fármaco.
Fluxo Passivo pelas Membranas
Quanto maior for o coeficiente de partição, maior será a
concentração do fármaco na membrana e mais rápida a sua difusão.
Depois que o estado de equilíbrio for atingido, a concentração do
fármaco livre é igual nos dois lados da membrana, desde que ele não
seja um eletrólito.
No caso dos compostos iônicos, as concentrações no estado de
equilíbrio dependem do gradiente eletroquímico do íon e das
diferenças de pH através da membrana.
Mecanismos usados pelos fármacos para atravessar as barreiras celulares
durante sua distribuição por todo o corpo.
Difusão passiva
A força motriz da absorção passiva de um fármaco é o gradiente de
concentração através da membrana que separa os compartimentos
do organismo  o fármaco se move da região com concentração
elevada para a que tem menor concentração.
A difusão passiva não envolve transportador, não é saturável e
apresenta baixa especificidade estrutural.
A grande maioria dos fármacos tem acesso ao organismo por esse
mecanismo.
Difusão passiva
Os fármacos podem se difundir passivamente através de canais aquosos
nas junções intercelulares (p. ex., junções intercelulares “estreitas”).
Fármacos hidrossolúveis atravessam as membranas celulares através de
canais ou poros aquosos.
Fármacos lipossolúveis movem-se facilmente através da maioria das
membranas biológicas devido à sua solubilidade na bicamada lipídica.
A velocidade e extensão do transporte dependem do gradiente de
concentração e da lipofilicidade do fármaco.
Os fármacos podem se difundir passivamente
através de membranas celulares lipídicas.
Difusão facilitada
Outros fármacos podem entrar na célula por meio de proteínas
transportadoras transmembrana especializadas que facilitam a passagem
de grandes moléculas.
Essas proteínas transportadoras sofrem
alterações conformacionais, permitindo a
passagem de fármacos ou moléculas endógenas
para o interior da célula, movendo-os de áreas
de alta concentração para área de baixa
concentração.
Ele não requer energia, pode ser saturado e inibido por compostos que
competem pelo transportador.
Transporte Ativo
Envolve transportadores proteicos específicos que atravessam a
membrana.
O transporte ativo dependente de energia é movido pela hidrólise de
trifosfato de adenosina (ATP).
Ele é capaz de mover fármacos contra um
gradiente de concentração.
O processo tem cinética de saturação para o
transportador, são seletivos e podem ser
inibidos competitivamente por outras
substâncias cotransportadas.
Efeito do pH na absorção de fármacos
Muitos fármacos são ácidos ou bases fracas, presentes em solução
sob as formas ionizada e não ionizada.
Fármacos ácidos (HA) liberam um próton (𝐻+) produzindo um ânion
(𝐴−):
𝐻𝐴 ⇌ 𝐻+ + 𝐴−
As bases fracas (𝐵𝐻+) também podem liberar um próton (𝐻+);
A forma protonada dos fármacos básicos, em geral, é carregada, e a
perda do próton produz a base (B) não ionizada:
𝐵𝐻+ ⇌ 𝐻+ + 𝐵
Efeito do pH na absorção de fármacos
Em geral, as moléculas não ionizadas são mais lipossolúveis e podem
difundir-se facilmente pela membrana celular.
Já as moléculas ionizadas em geral são menos capazes de penetrar
na membrana lipídica  sua transferência depende da
permeabilidade da membrana, que é determinada por sua
resistência elétrica.
Assim, para os ácidos fracos, a forma 𝐻𝐴 não ionizada consegue
permear através das membranas, mas o 𝐴− não consegue.
Para a base fraca, a forma não ionizada, 𝐵, consegue penetrar
através das membranas celulares, contudo o 𝐵𝐻+ protonado não
consegue.
Efeito do pH na absorção de fármacos
A concentração efetiva da forma permeável de cada fármaco no seu
local de absorção é determinada pelas concentrações relativas entre
as formas ionizada e não ionizada.
A relação entre as duas formas é determinada pelo gradiente de pH
através da membrana no local da absorção e pela força do ácido ou
base fracos, que é representada pela constante de ionização, o 𝑝𝐾𝑎.
O 𝑝𝐾𝑎 é uma medida da força da interação de um composto com um
próton. Quanto menor o 𝑝𝐾𝑎 de um fármaco, mais ácido ele é;
quanto maior o 𝑝𝐾𝑎, mais básico é o fármaco.
A distribuição de um fármaco entre sua forma ionizada e não ionizada depende do pH do
ambiente e do 𝑝𝐾𝑎 do fármaco.
𝑝𝐾𝑎 do fármaco 6,5
CLARK, M. A. et al. Farmacologia ilustrada. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed. 2013
BRUNTON L.L.; CHABNER, B.A.; KNOLLMANN, B.C. As bases farmacológicas da Terapêutica de Goodman & Gilman, 12ª ed. Rio de Janeiro: McGraw Hill.
2012.
Um ácido fraco dissocia-se em graus diferentes
no plasma (pH de 7,4) e no ácido gástrico (pH de
1,4): o pH mais alto facilita a dissociação,
enquanto o pH mais baixo dificulta a dissociação.
A forma não ionizada (HA) equilibra-se entre os
dois lados da membrana.
Os números em azul entre colchetes representam
as concentrações relativas em equilíbrio da HA e
A−.
Influência do pH na distribuição de um ácido fraco (pKa = 4,4) entre o plasma e o suco gástrico separados
por uma barreira lipídica.
Concentração
Peso molecular
Grau de ionização
Lipossolubilidade
Área absortiva
Forma farmacêutica
Circulação local
Vascularização local
Fatores envolvidos na absorção:
Fármacos bem absorvidos:
Baixo Peso molecularNão ionizados
Elevada Lipossolubilidade
Apolares
Tempo de esvaziamento gástrico
Motilidade intestinal
Interação com alimentos
Fatores na formulação
Metabolismo entérico
Fatores que influenciam a velocidade de absorção:
Vias de Administração
Região do organismo por meio do qual o medicamento é
administrado.
Enteral vem do grego enteron (intestino): via oral; via retal.
Parenteral vem de para (ao lado), mais enteron. Ou seja, uma via que
não é a enteral. São as vias intravenosa, intramuscular, subcutânea,
respiratória, sublingual, tópica, entre outras.
Via Oral
Absorção ocorre principalmente no intestino.
Vantagens: via inócua; conveniente e confortável; fácil aceitação pelo
paciente; auto administrados facilmente; formas farmacêuticas de fácil
conservação; baixo risco de infecções sistêmicas; toxicidade ou
dosagens excessivas podem ser neutralizadas com antídotos.
Limitações: início de ação variável; variações fisiológicas no TGI;
variações do pH (1 a 8); presença e tipo de alimento ingerido; adesão do
paciente; metabolismo de primeira passagem*.
Via Oral
*A passagem pelo fígado pode ser utilizada para ativar substâncias
inicialmente inativas.
Em alguns casos, a substância ativa pode ser de difícil manipulação,
assim o medicamento é produzido com um precursor inativo que, após a
passagem pelo fígado, dá origem à substância farmacologicamente ativa
e esta é a que estará disponível para a ação no organismo.
Contraindicações: náuseas e vômitos, diarreias e dificuldade para engolir.
Via Retal
Principal forma farmacêutica: Supositórios
Vantagens: Protege os fármacos suscetíveis da inativação
gastrointestinal e hepática, pois somente 50% do fluxo sanguíneo retal
tem acesso à circulação porta.
Desvantagens: A absorção é irregular e incompleta, especialmente em
pacientes com motilidade intestinal aumentada; pode irritar a mucosa.
Indicações: estado de coma, inconsciência, náuseas, vômitos, estados
febris e convulsivos.
As principais vias parenterais são:
 Intravenosa (IV)
 Intramuscular (IM)
 Subcutânea (SC)
 Intradérmica (ID)
Outras vias parenterais:
 Intra-arterial; 
 Intratecal; 
 Intraperitoneal, entre outras.
Via Parenteral
Intravenosa (IV)
Vantagens:
Concentração plasmática exata e rápida; biodisponibilidade de 100%;
possibilita administração de quantidade pequena ou grandes volumes,
por meio da diluição do medicamentos em soro.
Desvantagens:
Risco de infecções (introdução de bactérias por meio de contaminação
no local da injeção); precipitação de componentes do sangue; hemólise
ou outras reações adversas pela liberação muito rápida de
concentrações elevadas do fármaco ao plasma e aos tecidos.
Dor no local da aplicação.
Intravenosa (IV)
Deve-se estar atento à qualidade do material injetável e às suas
condições de esterilidade.
As soluções para uso intravenoso devem ser isotônicas
Os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados quanto a
reações desfavoráveis, e a velocidade de infusão deve ser
cuidadosamente controlada.
Intravenosa (IV)
Indicações:
Necessidade de ação imediata do medicamento, necessidade de injetar
grandes volumes (hidratação), introdução de substâncias irritantes,
absorção dos tecidos comprometida.
Intramuscular (IM)
Fármacos administrados por via IM podem estar em soluções aquosas que
são absorvidas rapidamente ou em preparações especializadas de
depósito que são absorvidas lentamente.
As preparações de depósito, com frequência, consistem em uma
suspensão do fármaco em um veículo não aquoso.
Não ocorre efeito de 1ª passagem.
Poder ocasionar dor local e risco de infecção. A administração pode ser
feita nos glúteos, nos braços e nas pernas
Volume injetado varia de 2 – 5 mL.
Subcutânea (SC)
A introdução é feita no tecido subcutâneo ou hipoderme.
A absorção acontece de forma lenta, através dos capilares, de forma
contínua e segura.
A injeção SC minimiza os riscos de hemólise ou trombose associados à
injeção IV e pode proporcionar efeito lento, constante e prolongado.
Não ocorre efeito de 1ª passagem.
Volume injetado máximo de 2 mL.
Via intra-articular
Injetadas no espaço articular para efeito localizado em casos de artrite;
Via intra-arterial
Quando o efeito é desejado apenas em um órgão específico; carcinomas
são tratados dessa maneira.
Sublingual
A colocação do fármaco sob a língua (rica vascularização) permite-lhe difundir-se
na rede capilar e, por isso, entrar diretamente na circulação sistêmica.
A administração de fármaco por essa via tem várias vantagens, incluindo a
absorção rápida, a administração conveniente, a baixa incidência de infecções,
além de evitar que o fármaco passe pelo ambiente agressivo do TGI e que a
biotransformação de primeira passagem ocorra (o fármaco é absorvido para a veia
cava superior).
Via Tópica
Drogas podem ser aplicadas em superfícies do organismo para manifestar
efeitos localizados somente na área de aplicação, que deve estar íntegra.
Preparações auriculares (canal externo do ouvido); preparações oculares
(aplicada nos olhos); pele (creme para queimaduras solares); nariz (rinite);
boca (colutório antisséptico); garganta (pastilhas); vagina (micose vaginal);
anorretal (hemorroidas).
Via Nasal e Pulmonar
Na via nasal, o fármaco atua no trato respiratório superior (vias aéreas) e
na via pulmonar no trato respiratório inferior (pulmões, brônquios e
bronquíolos).
Podem ocorrer respostas locais ou sistêmicas.
Os pulmões apresentam grande superfície de absorção com rica
vascularização.
Referências
BRUNTON L.L.; CHABNER, B.A.; KNOLLMANN, B.C. As bases farmacológicas da 
Terapêutica de Goodman & Gilman, 12ª ed. Rio de Janeiro: McGraw Hill. 2012. Minha 
Biblioteca.
KATZUNG, B.G. Farmacologia: básica e clínica. 13ª ed. Porto Alegre: AMGH. 2017. Minha 
Biblioteca.
RANG, H.P.; DALE, M.M. & RITTER, J. M. Farmacologia. Tradução da 8ª ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier. 2016. Minha Biblioteca.
SILVA, P. Farmacologia. Rio de Janeiro. Ed. Guanabara Koogan. 8ªed. 2010. Minha 
Biblioteca.
CLARK, M. A. et al. Farmacologia ilustrada. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed. 2013. Minha
Biblioteca.
RISCADO, J.C. S. Medicamentos - Noções Básicas, Tipos e Formas Farmacêuticas. 1. Ed.
São Paulo: Editora Saraiva, 2014. Minha Biblioteca.
Próxima Aula
Farmacocinética: distribuição, metabolismo e excreção
Farmacocinética: Absorção. Metabolismo. Distribuição. Excreção. 
Distribuição - fatores que afetam a distribuição: 
Fluxo sanguíneo regional; Permeabilidade capilar; Afinidade do fármaco às proteínas plasmáticas; 
Lipossolubilidade do fármaco.
Metabolismo ou Biotransformação de fármacos: 
Reações de Fase 1 e de Fase 2
Reações de Fase 1 utilizando o sistema P450
Fatores modificadores do metabolismo das drogas.
Excreção.
Processos fundamentais responsáveis pela eliminação renal dos fármacos: Filtração glomerular; Secreção tubular 
ativa; Reabsorção passiva.
Obrigada!
mariaameliaestrela@gmail.com

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