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MEDICINA VETERINARIA- agressão e defesa 2 - @anavet_ _ Cystoisospora Taxonomia ➢ Reino Protoctista ➢ Sub- reino Protozooa ➢ Filo Apicomplexa ➢ Classe Conoidasida ➢ Sub-classe Coccidia ➢ Ordem Eucoccidiida ➢ Família Sarcocystidae ➢ Gênero Cystoisospor Histórico • Antigamente as espécies do gênero Cystoisospora e Isospora pertenciam ao gênero Isospora da família Eimeriidae; • Estudos filogenéticos demonstraram: → Classificação atual (Barta et al., 2005): ➢Mamíferos: Cystoisospora – família Sarcocystidae ➢Aves: Isospora – família Eimeriidae Diferença morfológica com parasitas do gênero Eimeria - Oocisto esporulado de Cystoisospora/Isospora possui 2 esporocistos com 4 esporozoítos cada. • Ooocisto esporulado de Eimeria: tem 4 esporocistos com 2 esporozoítos cada. Cystoisospora spp. • Distribuição cosmopolita; • Pode causar infecções severas em suínos, cães e humanos; • Parasita as células epiteliais intestinais Importância epidemiológica Isospora: • Monoxeno • Ciclo intestinal Cystoisospora: • Heteroxeno facultativo • Hospedeiro definitivo: Ciclo intestinal e extra-intestinal - cães, gatos e suínos. • Hospedeiro paratênico: ciclo extraintestinal (roedor). Diferenças entre Cystoisospora e Isospora • Cystoisospora: Ciclo intestinal e extra- intestinal com formação de MEDICINA VETERINARIA- agressão e defesa 2 - @anavet_ _ cisto monozoico que pode ser observado em linfonodos, baço. • Isospora: Ciclo intestinal - células do epitélio do intestino delgado. Ciclo evolutivo • Difere do ciclo do gênero Eimeria em 3 aspectos: ➢ O oocisto esporulado possui 2 esporocistos com 4 esporozoítos cada; ➢Nos suínos, estágios extra- intestinais (baço, fígado e linfonodos) podem reinvadir a mucosa intestinal e causar sintomatologia clínica; ➢Roedores podem ser reservatórios de estágios assexuados, após a ingestão de oocistos do cão e do gato (ciclo heteroxênico) Epidemiologia • A espécie C. suis parasita o intestino, especialmente jejuno e íleo, dos suínos.; • Atinge principalmente animais recém-nascidos (1-2 semanas de vida); • Imunidade aumenta com a idade; • Alta morbidade e baixa mortalidade; • Hospedeiro-específicos e a imunidade é sempre espécie específica Transmissão ➢ Leitões pela ingestão de oocistos presentes no piso das gaiolas ➢ Oocistos produzidos pela porca durante o período peripuerperal ➢ Oocistos carregados das outras ➢ maternidades, por meio de insetos, roedores ou pelos funcionários (fômites). ➢ Leitões se infectam por coprofagia ➢ Maternidades com má higiene ➢ Sistema de produção contínuo Patogenia • Leitões frequentemente apresentam diarréia não hemorrágica pastosa a aquosa e perda de peso acentuada; • Porcos menos suscetíveis, excretam pouco ou nenhum oocisto sem sinais clínicos após a infecção; • Leitões exibem alta variabilidade individual no desenvolvimento da doença; • Leitões infectados geralmente se recuperam dentro de 2 semanas após infecção; • Leitões que se infectam no 1° dia de vida apresentam sinais clínicos mais graves Manifestações clínicas • Inicialmente: diarréia fétida; • Após 3 a 4 dias, produção de fezes amolecidas ou pastosas, podendo aparecer tenesmo; MEDICINA VETERINARIA- agressão e defesa 2 - @anavet_ _ • Perda de peso; • Desidratação; • Inapetência; • Retardo no crescimento • Morte Tratamento • Toltrazuril atividade anticoccidiana e antiprotozoária de amplo espectro de ação; • Atua nas diferentes formas evolutivas do parasita, mas principalmente nos esquizontes Cystisospora canis/C. ohioensis • Ocorrem gerações de esquizontes e gamontes, mas podem ocorrer formas extraintestinais; • Estágios de desenvolvimento ocorrem no intestino delgado e intestino grosso em C. ohioensis; • Infecção pode ser exacerbada por virose intercorrente ou outros agentes imunossupressores; • Além da infecção por alimentos e água contaminados, cães podem se infectar por ingestão de roedores infectados com estágios assexuados; • Aglomeração e falta de higiene promovem disseminação do parasito; • Diarreia com sangue, dores abdominais, anemia, apatia, morte Cystoisospora felis/C. rivolta • Os oocistos de C. felis são ovalados com coloração amarelada; • Infecção por ingestão de oocistos esporulados ou por ingestão de hospedeiros paratênicos; • Estágios de desenvolvimento ocorrem no intestino delgado e intestino grosso (C. rivolta); • Ocorrem gerações de esquizontes e gamontes, mas podem ocorrer formas extra-intestinais • Hospedeiro paratênico: monozoico ocorrem principalmente no linfonodo mesentérico • Patogenicidade de C. rivolta geralmente baixa, apesar de diarreia grave em gatos novos associada a altas contagens de oocistos; • Animais jovens ou imunossuprimidos podem apresentar diarreia severa, perda de peso, anorexia e desidratação. Patogênese • Diarreias, principalmente em filhotes. • Quadro diarréico intenso, severa desidratação, MEDICINA VETERINARIA- agressão e defesa 2 - @anavet_ _ evoluindo ou não para síndrome de má absorção intestinal (infecção crônica); • Gravidade relacionada à densidade parasitária e à localização dos parasitas na mucosa; • Infecções maciças com espécies em que os esquizontes se localizam profundamente na mucosa, pode promover hemorragia • Filhotes não sendo imunocompetentes, desenvolvem a infecção rapidamente, muitas vezes com sinais graves. • Os animais adultos normalmente, não apresentam sintomatologia (exceto após estresse ou concomitante a alguma doença imunossupressora) Patologia Diarreia - Destruição de enterócitos • Má absorção • Úlceras hemorrágicas - Maior permeabilidade • Perda de fluidos • Sangue no lúmen intestinal Diagnóstico • Detecção de oocistos nas fezes; ➢Diferencial: semelhante a T. gondii (felinos), Hammondia e Neospora caninum (cães); • Exame post mortem encontrando-se os estágios de coccídios nos intestinos Tratamento • Varia de acordo com as espécies; • Infecções bacterianas secundárias antibioticoterapia; • Cães e gatos administração sulfonamidas e Trimetropim, probióticos. 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