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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - UEFS DISICIPLINA: QUÍMICA ORGÂNICA II CURSO: ENGENHARIA DE ALIMENTOS SÍNTESE DO CLORETO DE TERC-BUTILA Feira de Santana Novembro, 2010. 2 CAMILA SAIANI SANTOS PEREIRA IVO HENRIQUE PINTO ANDRADE SÍNTESE DO CLORETO DE TERC-BUTILA Relatório apresentado em cumprimento parcial às exigências da disciplina Química Orgânica II do Curso de Engenharia de Alimentos, da Universidade Estadual de Feira de Santana, UEFS. Docente: Carla Mendes Feira de Santana Novembro, 2010 3 SUMÁRIO 1. OBJETIVO ........................................................................................................................ 4 2. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4 3. METODOLOGIA ............................................................................................................. 5 4. TABELA DE CONSTANTES FÍSICAS E TOXIDADE DE REAGENTES E PRODUTOS .............................................................................................................................. 8 5. RESULTADOS .................................................................................................................. 9 6. CÁLCULOS ..................................................................................................................... 11 7. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................................................................... 13 8. QUESTIONÁRIO ........................................................................................................... 15 9. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 20 10.REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 21 4 1. OBJETIVO Preparar o cloreto de terc-butila através de uma reação de substituição nucleofílica de primeira ordem do álcool terc-butanol. 2. INTRODUÇÃO O método mais geral de preparação de haletos de alquila é a partir de alcoóis. A forma mais simples de se converter alcoóis é reagindo com HCl, HBr ou HI, numa reação de substituição, originando os haletos de alquila. ROH + HX RX + H2O (X = Cl, Br, I) A velocidade da reação de alcoóis terciários com haletos de hidrogênio depende somente da concentração do álcool e não da concentração do haleto de hidrogênio. Em outras palavras, a reação é um processo de primeira ordem (SN1) e somente uma molécula está envolvida na etapa cuja cinética está sendo medida. A concentração do nucleófilo não aparece na expressão da velocidade: V= K. [álcool]. A saída da água é a etapa lenta e determinante da reação. No caso de um álcool primário, a reação é de segunda ordem (SN2) e um ácido de Lewis é adicionado para favorecer a ionização da hidroxila. A síntese do cloreto de terc-butila é um exemplo de reação de substituição nucleofílica de primeira ordem (SN1) que ocorre em 3 etapas, onde o grupo hidróxido do álcool (OH -) terc-butílico será substituído pelo íon cloreto (Cl-) proveniente do HCl (reação abaixo): Antes que essa substituição ocorra, o álcool tem de sofrer uma alteração, pois o grupo OH- é uma base forte, sendo um péssimo grupo de saída. Então o terc-butanol capta o próton presente no HCl, para que se forme e o íon Cl- e um álcool protonado, o qual possui um bom grupo de saída (base fraca) para que a reação ocorra. Um intermediário carbocátion tetraédrico é formado após a saída da molécula de água do álcool protonado. Como o ataque 5 do Cl- pode ocorrer por ambas as faces, assim o produto é uma mistura (que pode ser racêmica ou uma mistura com excesso de enantiomero do produto invertido). 3. METODOLOGIA 3.1 Materiais: Tubos de ensaio Béqueres Provetas Funil de decantação Bastão de vidro Proveta Termômetro Agitador magnético Bagueta Suporte, aro e garra 6 3.2 Método: Produção do Cloreto de Terc-butila Colocar 50 ml de HCl num erlenmeyer de 125ml Resfriar com água e gelo (0 a 5°C) - Se necessário adicionar sal Adicionar 20ml de álcool terc-bútilico no erlenmeyer Vedar o recipiente Agitar (20 a 30 min) Transferir a mistura para funil de separação Retirar fase aquosa Lavar e separar fase orgânica Secar com Na2SO4 Filtrar 7 Teste com solução de nitrato Teste com solução de iodeto de prata a 2% em etanol de sódio em acetona Colocar 1ml de NaI em acetona num tubo de ensaio e 2 gotas do composto a ser testado Agitar solução Repousar por 3 minutos (T°C ambiente) Aquecer a 50°C por 5 minutos (se não formar precipitado) Resfriar até T°C (se não formar precipitado) Observar se há formação de precipitado Adicionar 2 gotas deo composto a ser testado em 2 ml de AgNO3 a 2% em etanol Observar por 5 minutos Aquecer mistura (Se não houver precipitação) Observar de formou precipitado Adicionar 4 gotas de HNO3 (se houver precipitado) Observar se ocorrerá mudança de solubilidade 8 4. TABELA DE CONSTANTES FÍSICAS E TOXIDADE DE REAGENTES E PRODUTOS Peso molecular (g/mol) Ponto de fusão (°C) Ponto de ebulição (°C) Densidade (g/cm3) Toxidez Acetona (CH3COCH3) 58,08 -95 56 0,79 Moderadamente tóxico e irritante para os olhos, pele e mucosa. Etanol (CH3CH2OH) 46,07 -118,2 78,4 0,81 Líquido inflamável e nocivo, toxidade aguda. Ácido Clorídrico (HCl) 36,46 -114,2 110 1,19 Corrosivo; pode causar queimaduras. Tóxico se ingerido Bicarbonato de sódio (NaHCO3) 84,00 60 --- 2,2 Pode causar irritação, avermelhamento e dor. Altas concentrações podem causar tosse e espirros. Sulfato de sódio (Na2SO4) 142,02 888 --- 2,67 Pode causar irritações as narinas e olhos se exposto a altas concentrações. Tem toxidade média quando ingerido Nitrato de prata (AgNO3) 169,87 212 444 4,35 Pode causar queimaduras, irritação das mucosas, lesões corrosivas na boca. Iodeto de 149,89 661 3,67 Causa irritação, 9 5. RESULTADOS 5) Reações do experimento 5.1) Reações gerais Reação principal (SN1) Reação lateral (E1) 5.2) Reação de neutralização do HCl pelo NaHCO3 NaHCO3 + HCl -> NaCl + H2CO3 H2CO3 -> H2O + CO2 (Decomposição do ácido carbônico) sódio (NaI) 1304 vermelhidão e dor a pele e olhos; enxaqueca, tosse, fraqueza, e em alguns casos, edema pulmonar. Ácido Nítrico (HNO3) 63,01 -42 83 1,41 Provoca graves queimaduras e irritação das vias aéreas. Álcool terc-butílico (CH3C(CH3)2OH) 74,12 25 82,6 0,78 Irritante para a pele, olhos, nariz e garganta. Tóxico se ingerido. Cloreto de Terc- Butila (CH3C(CH3)2Cl) 92,5 -26 51 0,89 Pode ser nocivo se inalado. Irritante ao aparelho respiratório, pele e olhos. 10 5.3) Reação do produto principal com nitrato de prata a 2% em etanol para teste de confirmação5) Mecanismos 5.1) Mecanismo da reação principal Etapas Mecanismo SN1 Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 11 5.2) Mecanismo da reação lateral Etapas Mecanismo E1 Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 6. CÁLCULOS 6.1) Cálculo do reagente limitante O reagente limitante de uma reação química é o reagente que se encontra presente em menor quantidade relativa, isto é, o que apresenta menor quociente entre a respectiva quantidade de substância e o coeficiente estequiométrico respectivo na equação química que traduz a reação, que no caso em questão é a seguinte: 1CH3C (CH3)2OH + 1HCl -> 1CH3C (CH3)2Cl + 1H2O Neste caso, considera-se um dos reagentes o limitante e determina-se quanto de produto seria formado. A menor quantidade de produto encontrada corresponde ao reagente limitante e indica a quantidade de produto formada. Para efetuar este cálculo, a massa de HCl e CH3C(CH3)2OH são determinadas previamente, através de suas densidades e volumes utilizados. 12 Densidade (CH3C (CH3)2OH) = massa / volume 0,78 g/mL = m / 20 mL -> m = 15,6g Densidade (HCl) = massa/volume 1,19 g/mL = m / 50 mL -> m = 59,5g Calculando o número de mols de cada reagente: 1 mol de CH3C (CH3)2OH corresponde a 74,12g X mol de CH3C (CH3)2OH corresponde a 15,6 g X = 0,21mol 1mol de HCl corresponde a 36,46g X mol de HCl corresponde a 59,5g X = 1,63 mol Pela proporção da reação, 1mol de CH3C (CH3)2OH reage com 1mol de HCl. Então 0,21 mol de CH3C (CH3)2OH reage com quantos mols de HCl? Pode ser feita uma relação para verificar qual reagente está em excesso: 1 mol de CH3C (CH3)2OH reage com 1 mol de HCl 0,21 mol de CH3C (CH3)2OH reage com x mols de HCl X = 0,21 mols Então 1mol de CH3C (CH3)2OH precisa de 1mol de HCl para reagir. Se tem-se 0,21 mols deste composto, precisa-se de 0,21 mols de ácido, mas se tem 1,63 mols de HCl. Conclui-se que o HCl está em excesso e, portanto, o álcool terc-butílico é o reagente limitante. 6.2) Cálculos do rendimento prático, teórico e rendimento percentual do produto bruto Cálculo do rendimento prático (Rp) Rp = Massa do béquer com cloreto de terc-butila – massa do béquer vazio Rp = 36,24g – 26,49g = 9,75g 13 Cálculo do rendimento teórico (Rt) Para o cálculo do Rt, é estabelecida uma relação entre as massas molares do reagente (álcool terc-butilico) e do produto (cloreto de terc-butila), e entre as massas pesadas dos mesmos. A massa do reagente é encontrada utilizando a sua densidade e o volume utilizado no experimento: Densidade (CH3C (CH3)2OH) = massa(CH3C (CH3)2OH) / volume(CH3C (CH3)2OH) 0,78 g/mL = m / 20 mL m = 15,6g 74,12g de álcool terc-butílico produzem 92,5g de cloreto de terc-butila 15,6g de álcool terc-butílico produzem Xg de cloreto de terc-butila X = 19,47g de cloreto de terc-butila X = Rt Cálculo do Rendimento percentual do produto bruto (%R) %R = Rp / Rt. 100 %R = 9,75 / 15,6. 100 = 50,08% 6.3) Testes de confirmação do produto Reagentes para o teste Mecanismo da reação Resultado do teste com cloreto de terc-butila Solução de nitrato de prata a 2% em etanol SN1 Formação de precipitado branco (Cloreto de prata) Solução de ácido nítrico a 5% (Após o teste anterior) ----- Não há reação Solução de iodeto de sódio em acetona ----- Não há reação 7. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS A reação lateral que ocorre no processo é a de eliminação de primeira ordem (E1) e ela corresponde a desidratação do álcool em questão. 14 No mecanismo da reação SN1 ocorre o seguinte: Primeiro o álcool terciário é protonado (Etapa I) formando um bom grupo abandonador. Em seguida a água deixa o terc- butanol protonado (Etapa II) formando-se um carbocátion terciário relativamente estável. Finalmente o íon cloreto (Etapa III) ataca o carbocátion, dando origem ao cloreto de terc- butila. A reação é de primeira ordem e depende apenas da concentração do álcool. A adição, nesse caso, de um ácido de Lewis para favorecer a ionização inicial é dispensada, uma vez que o carbocátion formado é relativamente estável. Já no mecanismo E1 ocorre o seguinte: Primeiro o álcool terciário é protonado (Etapa I), para formar um bom grupo abandonador. Em seguida a água deixa o terc-butanol protonado (Etapa II) formando-se um carbocátion terciário relativamente estável. Na etapa III o íon cloreto remove um próton do carbono adjacente à carga positiva, dando origem ao alceno (2-metil-1-propeno). A reação é de primeira ordem e depende apenas da concentração do álcool. O sulfato de sódio anidro utilizado foi colocado aos poucos para que o produto não fosse consumido e tem a função de secagem do mesmo. O valor do rendimento bruto pode ter sido afetado pelas seguintes razões: Uma parte do álcool pode ter evaporado no decorrer do experimento, talvez o tempo de espera antes da separação no funil tenha sido insuficiente e uma parte do álcool não foi convertida no cloreto terc-butilico, pois ocorre “lateralmente” a reação de eliminação, que faz com que a percentagem do produto de substituição seja diminuída. Os haletos de alquila reagem com nitrato de prata com precipitação do haleto de prata. A cor do precipitado depende do halogênio ligado ao radical em questão (terc-butil). Se for cloro, o precipitado tem cor branca. Se for bromo, precipitado amarelo-pálido e se for iodo, cor amarela. A reação ocorre através de mecanismo SN1 e a reatividade dos haletos de alquila cresce na seguinte ordem: primários secundários terciários. No experimento, o produto reagiu com o nitrato de prata e nessa reação formou-se um precipitado de cor branca, confirmando assim a presença do cloro no composto e da formação do cloreto de prata. A velocidade da reação também é influenciada pelo tipo de halogênio envolvido na reação. Os brometos e iodetos de alquila são mais reativos do que os cloretos que podem, às vezes, exigir aquecimento. Os haletos de arila e vinila não reagem. Os haletos de alila (C=C- C-X) e de benzila apresentam reatividade semelhante à dos haletos terciários. O teste com ácido nítrico tem o objetivo de confirmar a formação do cloreto de prata. Os haletos de prata são insolúveis em meio ácido. Assim se o precipitado se dissolver em 15 HNO3, indica que este não é o cloreto de prata. Durante o experimento, a adição de HNO3 ao precipitado não promoveu nenhuma reação, assim o produto formado realmente foi o AgCl. Já no teste com iodeto de sódio, não ocorre reação, pois este ensaio é limitado especificamente a brometos de alquila. Os brometos primários precipitam como brometo de sódio em cerca de 3 minutos à temperatura ambiente. Os brometos secundários e terciários reagem quando aquecidos a 50C. Os cloretos primários e secundários só reagem quando aquecidos a 50C. Os cloretos terciários não reagem com iodeto de sódio, o que foi observado ao adicionar este composto ao cloreto de terc-butila no experimento. 8. QUESTIONÁRIO Questão 01 – Pesquisar a toxidade das substâncias utilizadas nos experimentos e do produto final. Informações contidas na tabela de constantes físicas e toxidez dos reagentes e produtos do relatório. Questão 02 – Pesquisar as propriedades físicas das substâncias utilizadas e do produto final. Informações contidas na tabela de constantes físicas e toxidez dos reagentes e produtos do relatório. Questão 03 - Escrever o procedimento experimental na forma de fluxograma. O Fluxograma está presente no corpo do relatório. Questão 04 - Escrever a equação da reação principal e o mecanismo. A reação principal está presente no item 5.1 do tópico “reações” e o mecanismo está presente no item 5.1 no tópico “mecanismo”, ambos em resultados. Questão 05 – Por que foi necessário o resfriamento? O resfriamento énecessário para favorecer a reação de substituição devido a seguinte situação: a reação de substituição tem como produtos 2 compostos (um composto orgânico de ligações simples e um haleto) e já o produto da reação de eliminação tem como produto 3 compostos (um alceno, um haleto, e um terceiro proviniente da junção da base com o hidrogênio capturado). Como a eliminação produz mais produtos, existem mais produtos 16 dispersos, ou seja, a entropia (medida da dispersão de energia) de uma reação de eliminação é maior do que a de substituição. A entropia pode ser calculada da seguinte relação: Onde T = temperatura; ΔG = Energia livre de Gibbs Desprezando a entalpia (ΔH) e isolando o termo - TΔS, a medida em que T é aumentada, -TΔS se torna mais negativa ainda. Se T for diminuida, -TΔS passa a se tornar positiva. Ou seja, -TΔS se tornando mais negativa, favorece a desordem no processo, ou seja, a eliminação. Se o experimento tivesse ocorrido à temperatura ambiente ou a temperaturas mais altas, a reação de eliminação seria favorecida devido a proporção de moléculas capazes de transpor a energia de ativação para a reação de eliminação, sobressaindo em relação às moléculas capazes de sofrer substituição, diminuindo assim a dispersão no sistema. Questão 06 – Por que foi necessária a agitação? Reações de substituição perpetuam em temperaturas baixas. Entretanto, a queda da energia cinética das moléculas faz com que a reação se torne mais lenta. Por isso o processo de agitação da solução permite que a reação ocorra de forma mais rápida, já que provoca o aumento da energia cinética. Questão 07 - Qual(is) a(s) possível(is) reação(ões) lateral(is) envolvida(s)? Mostrar o(s) mecanismo(s). A reação lateral está no item 5.1 do tópico “Reações” e seu mecanismo está no item 5.2 do tópico “Mecanismos”, ambos em resultados. Questão 08 – Por que após a reação formaram-se duas fases imiscíveis? Quais compostos presentes em cada uma delas? O produto da reação do ácido clorídrico com o álcool terc-butílico é o cloreto de terc-butila, sendo este pouco solúvel em solução aquosa de ácido clorídrico, formando, portanto, duas fases. Uma fase é composta pelo álcool terc-butílico, que é um haleto orgânico, e também por ácido clorídrico. Outra fase é o produto da reação do hidrogênio do ácido e da hidroxila do álcool. 17 Questão 09 - Qual a finalidade do uso da solução de bicarbonato de sódio? Mostrar as equações das reações envolvidas. Esta solução poderia ser substituída por uma solução de NaOH a 10%? A solução de bicarbonato de sódio deve ser empregada para neutralizar o excesso de ácido clorídrico utilizado na síntese. NaHCO3 + HCl → NaCl + H2CO3 O NaOH não poderia ser utilizado em substituição ao NaHCO3, pois iria se dissociar na fase aquosa em Na+ e OH−, e o íon OH− iria reagir com o cloreto de Terc-Butila, formando novamente o álcool terc-butílico, através de uma reação de substituição SN1 (Haletos de alquila terciários não reagem via SN2, devido ao impedimento estérico causado pelo substrato volumoso, quando o nucleófilo se aproxima). As reações em questão são: NaOH + H2O → Na+(aq) + OH-(aq) CH3C(CH3)2Cl + OH- → CH3C(CH3)2OH + Cl- Questão 10 – Por que a camada orgânica foi lavada com água? Explicar cada etapa de lavagem. A lavagem com água de fase orgânica é usada geralmente para retirar traços de reagente como ácidos e bases. Para o caso específico da primeira etapa de lavagem com 10 ml de água destilada por duas vezes, seria para retirar os traços de ácido clorídrico que ainda se encontravam presentes na reação. A segunda etapa é lavar duas vezes com 15ml de solução de bicarbonato de sódio a 10%, o que irá neutralizar o cloreto de sódio presente na solução. A última etapa, onde se lava por mais uma vez com 15ml de água destilada tem o intuito de diminuir a efervescência do bicarbonato colocado na etapa anterior. Questão 11 - Calcular o reagente limitante, o rendimento teórico e o rendimento percentual do produto bruto. O cálculo do reagente limitante está no item 6.1 e os cálculos dos rendimentos no item 6.2, ambos em “Cálculos”. Questão 12 - justificar o rendimento obtido apontando as possiveis fontes de perdas durante o experimento. 18 A discussão desta questão está contida no tópico “Discussão de resultados”. Questão 13 - Explicar e justificar os testes de confirmação de formação do produto. Mostrar as equações das reações e classificar os mecanismos envolvidos. A discussão desta questão está contida no tópico “Discussão de resultados”. Questão 14 - Como o teste com solução de nitrato de prata realizado pode identificar o tipo de halogênio no produto? Através da coloração, pois o haleto de prata formado tem sua cor diferente, dependendo do halogênio da estrutura: Cloreto de prata é branco; brometo de prata, amarelo- pálido; e iodeto de prata, amarelo. Questão 15 - Qual a finalidade de adição da solução de ácido nítrico? Que informação adicional esse teste fornece que ajuda a confirmar a formação do produto após o teste com a solução de nitrato de prata? A discussão desta questão está contida no tópico “Discussão de resultados”. Questão 16 - Pesquisar outro método para confirmação do produto. Explicar. Outro método que poderia ser utilizado para confirmação do cloreto de terc- butila é o teste de Beilstein. Este é utilizado para detecção de halogênios associados a moléculas orgânicas e baseia-se na queima de uma amostra suspeita sobre um fio de cobre. Caso a chama se torne verde, é identificada a presença de halogênio (No caso deste experimento, o cloro). Apesar de ser um teste simples e praticamente sem nenhum custo, pode, por exemplo, acusar a presença de cloro decorrente da existência de pesticidas. Questão 17 – O produto obtido neste experimento não está puro. Quais as possíveis impurezas presentes? Explicar. As impurezas presentes no produto do experimento provêm de outras reações de eliminação que ocorrem simultaneamente a essa reação principal (Sn1), só que com uma menor proporção de produto gerado em virtude das condições não favoráveis, como temperatura, a esse tipo de reação e sim a reação de substituição nucleofílica como ocorrido 19 Questão 18 – Propor um método de purificação do produto. Um método bastante usado para purificação desse composto é a destilação fracionada. Esse método consiste em separar misturas voláteis de dois ou mais líquidos de diferentes pontos de ebulição. 20 9. CONCLUSÃO A síntese do cloreto de terc-butila a partir de uma substituição nucleofílica de primeira ordem (SN1) do álcool terc-butílico foi realizado com 50,08% de rendimento. Os álcoois têm de ser ativados antes que possam sofrer reações de substituição ou eliminação. Há a necessidade de se converter a hidroxíla, um mal grupo abandonador (base forte), em um melhor grupo abandonador (base fraca). Essa conversão é a protonação do álcool. A temperatura é um fator determinante no processo, pois ela influencia o produto que vai se formar em maior percentagem: Eliminação ou substituição. A identificação do produto formado foi feita com nitrato de prata, dando positivo através da formação de cloreto de prata. A identificação do produto formado também foi feita com iodeto de sódio dando positivo, através da inércia do produto com este reagente, pois os cloretos terciários não reagem com iodeto de sódio. 21 10. REFERÊNCIAS Grupos Funcionais. In: UNB. Disponível em: <http://vsites.unb.br/iq/litmo/LQO-2007/Roteiros/Grupos_Funcionais_I.doc>. Acesso em: 05 nov. 2010 Álcool Terc-butilico In: Companhia ambiental do estado de São Paulo Disponívelem: <http://www.cetesb.sp.gov.br/Emergencia/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=%C1LCO OL%20terc%20-%20BUT%CDLICO&cod=1120>. Acesso em: 05 nov. 2010 Síntese do cloreto de terc-butila In: Fundação Edson de Queiroz. Disponível em: <http://www.unifor.br/hp/disciplinas/n307/pratica_02_sintese_do_cloreto_de_tert_ butila.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2010 Métodos de “screening”. IN: Cetesb. Disponível em: <http://www.cetesb.sp.gov.br/solo/areas_contaminadas/anexos/download/6100.pdf.> Acesso em: 01. Nov. 2010. SN1 and E1 Reactions. IN: Pennsylvania State University. Disponivel em: <http://www.personal.psu.edu/the1/sn1ande.htm>. Acesso em: 10 Nov. 2010. Cálculos Estequiométricos. IN: Profcupido. Disponivel em: <http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:FPiaqOCw59wJ:www.profcupido.h pg.ig.com.br/estequiometria_calculos.htm+calculo+do+reagente+limitante&cd=2&hl=pt- BR&ct=clnk&gl=br>. Acesso em: 29 Out.2010. http://vsites.unb.br/iq/litmo/LQO-2007/Roteiros/Grupos_Funcionais_I.doc http://www.cetesb.sp.gov.br/Emergencia/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=%C1LCOOL%20terc%20-%20BUT%CDLICO&cod=1120 http://www.cetesb.sp.gov.br/Emergencia/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=%C1LCOOL%20terc%20-%20BUT%CDLICO&cod=1120 http://www.unifor.br/hp/disciplinas/n307/pratica_02_sintese_do_cloreto_de_tert_%20butila.pdf http://www.unifor.br/hp/disciplinas/n307/pratica_02_sintese_do_cloreto_de_tert_%20butila.pdf http://www.cetesb.sp.gov.br/solo/areas_contaminadas/anexos/download/6100.pdf http://www.personal.psu.edu/the1/sn1ande.htm http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:FPiaqOCw59wJ:www.profcupido.hpg.ig.com.br/estequiometria_calculos.htm+calculo+do+reagente+limitante&cd=2&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:FPiaqOCw59wJ:www.profcupido.hpg.ig.com.br/estequiometria_calculos.htm+calculo+do+reagente+limitante&cd=2&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:FPiaqOCw59wJ:www.profcupido.hpg.ig.com.br/estequiometria_calculos.htm+calculo+do+reagente+limitante&cd=2&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
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