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UFBA IQ-UFBA Universidade Federal da Bahia Departamento de Química Orgânica QUI-B37 – Química Orgânica Básica Experimental I-A 2018.1 RELATÓRIO DE ATIVIDADES Título: Reação de Hidrólise Data: 19/06/2018 Autor: Luiz Jonatan Fernandes Ambrozio 1. Introdução 1.1 Objetivos Discutir o mecanismo de uma reação de hidrólise; Conhecer as condições experimentais para uma reação de hidrólise; Utilizar métodos de separação, purificação e caracterização de um produto orgânico sólido; Discutir e comparar métodos alternativos de preparação da p-nitroanilina. 1.2 Fundamentação teórica A reação de hidrólise é um tipo de sovólise, isto é, uma reação entre um composto e seu solvente, na qual a água é o solvente, que, na maioria das vezes, corresponde a uma substituição nucleofílilca. Quimicamente, esse tipo de reação foi e é muito utilizado para produzir sabões – que são sais de ácidos graxos - a partir de gorduras (triacilgliceróis) em meio básico, mas também é bastante empregada na obtenção de produtos químicos a partir de, por exemplo, outros derivados de ácidos carboxílicos. Além disso, esse tipo de reação é baste observado em reações bioquímicas como a hidrólise de ATP para produção de energia (UFBA, [200-?]; MORRISON&BODY, 1990). No presente experimento, espera-se obter a p-nitroanilina a partir da p-nitroacetanilida por hidrólise em meio ácido, o que é possível porque, de acordo com Morrison e Body (1990) as amidas, assim como os outros derivados de ácidos carboxílicos, são mais facilmente hidrolisados em meio ácido ou básico, porque, no primeiro caso, as soluções ácidas protonam o oxigênio carbonílico, tornando a molécula mais susceptível ao ataque nucleofílico, e, no segundo caso, porque o íon hidroxila atua como forte nucleófilo. Assim, a partir da hidrólise em meio ácido obtém-se a p-nitroanilina protonada, uma vez que se trata de uma amina aromática primária com cárater básico (Kb = 0,001), que é solúvel em água. Por esse motivo, é necessário alcalinizar o meio a fim de precipitá-la na forma desprotonada, que é insolúvel em água, o que facilita sua separação do meio aquoso (MORRISON&BODY, 1990). 1.3 Reação principal e possíveis reações secundárias Figura 1: Reação de hidrólide da p-nitroacetanilida em meio ácido 1.4 Mecanismo da reação principal Figura 2: Mecanismo da reação de hidrólise da p-nitroacetanilida em meio ácido 2. Parte experimental 2.1 Resumo do experimento a)Síntese da p-nitroanilina Em um béquer de 100 mL adicionaram-se 9 mL de água destilada e resfriou-se o recipiente em um banho de gelo e água; Cautelosamente, sob agitação, adicionaram-se 11 mL de ácido sulfúrico concentrado; Depois de adicionado o ácido sobre a água, transferiu-se a solução ácida para um balão de fundo chato de 125 mL contendo 2,00 g de p-nitroacetanilida; Adaptou-se um condensador de refluxo ao balão (Figura 3) e, utilizando uma manta de aquecimento, levou-se a mistura à ebulição por 20 minutos; Depois de transcorrido o tempo reacional, ainda com o condensador acoplado ao sistema, retirou-se o aquecimento e resfriou-se a mistura reacional em um banho de água gelada; Na sequência, verteu-se o conteúdo do balão sobre 70 mL de água gelada e adicionaram-se 25mL de uma solução saturada de hidróxido de sódio até pH básico; Resfriou-se a solução em banho de água e gelo por ~10 minutos e filtrou-se à vácuo o precipitado, lavando o produto com água gelada (~200 mL) para remoção dos componentes minerais, conforme Figura 4; b)Recristalização da p-nitroanilina obtida Em um Erlenmeyer de 125mL, adicionou-se o sólido obtido, uma bagueta e 70mL de água destilada; Colocou-se o Erlenmeyer sobre uma chapa de aquecimento e levou-se a mistura até a ebulição sob forte agitação; Após a dissolução completa do sólido, adicionou-se ~1 ponta de espátula de carvão vegetal ativado; Após atingir novamente a temperatura de ebulição, realizou-se a filtração da solução com papel pregueado e um béquer aquecido para receber o filtrado, similar à Figura 5; Após o término da filtração, deixou-se o filtrado em repouso até equilíbrio térmico com a temperatura ambiente; Observou-se a formação de cristais e, em seguida, resfriou-se em banho de gelo e água por ~10 minutos. Realizou-se a filtração à vácuo do produto final e, utilizando uma espátula, transferiram- se os cristais obtidos para um vidro de relógio previamente pesado; Secou-se o produto ao ar e determinaram-se o rendimento obtido e o rendimento percentual. c)Caracterização da p-nitroanilina Caracterizou-se o produto através da determinação da temperatura de fusão (Tf) e comparação do valor obtido com o valor da literatura. 2.2 Desenho da aparelhagem Figura 3: Sistema de refluxo Figura 4: Sistema de filtração à vácuo Figura 5: Sistema de filtração à quente 2.3 Materiais. Tabela 1: Materiais, vidrarias, reagentes e equipamentos necessários ao experimento Reagentes/Solventes Vidraria Materiais Equipamentos Ácido sulfúrico Béquer 100mL – 1 Bagueta Balança Hidróxido de sódio sol. Saturada Proveta 10 e 100mL – 1 Espátula – 2 Equipamento de determinação do PF p-nitroacetanilida Pipeta graduada 20mL – 1 Gelo Placa de aquecimento com agitação magnética Balão de fundo chato 125mL – 1 Água destilada Bomba de vácuo Condensador de refluxo – 1 Papel de Filtro - 2 Kitassato – 1 Tubos capilares Erlenmeyer 125mL – 1 Carvão ativado Funil de Büchner – 1 Funil analítico – 1 2.4 Tabela de reagentes e produtos Para cálculo das quantidades abaixo, foram utilizadas as seguintes fórmulas: Equação 1: 𝑑 = 𝑚 (𝑔) 𝑉 (𝑚𝐿) → 𝑚 (𝑔) = 𝑑 ( 𝑔 𝑚𝐿 ) . 𝑉 (𝑚𝐿)𝑜𝑢 𝐶 ( 𝑔 𝑚𝐿 ) Equação 2: 𝑛 (𝑚𝑜𝑙) = 𝑚 (𝑔) 𝑀𝑀 ( 𝑔 𝑚𝑜𝑙 ) Equação 3: 𝑃𝑟𝑜𝑝𝑜𝑟çã𝑜 𝑢𝑠𝑎𝑑𝑎 = 𝑇𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑥 𝑛 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑒𝑚 𝑒𝑥𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜 𝑛 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 Tabela 2: Proporções de reagentes e produto Reagentes e Produtos MM Quantidades Proporção mL g Mol Teórica Usada Reagente A: p-nitroacetanilida 180,2 - 2,00 0,0111 1 1 Reagente B: NaOH sol saturada (111%m/v) 40,00 20,0 22,2 0,555 1 50 Sub-total - - 24,2 - - - Catalisador: Ácido sulfúrico 98,08 11,0 20,2 0,206 - - Solvente: Água 18,00 9,00 18 - - - Total - - 62,4 - - - Produto: p-nitroanilina 138,1 - - - 1 - 2.5 Tabela de propriedades físicas Substância MM d g/mL Tf o C Te o C n T D Solubilidade (g/100 mL) H2O EtOH CHCl3 Et2O Ácido Sulfúrico 98,08 1,840 -15 310 - S S - - Hidróxido de Sódio 40,00 1,500 318 - - 111 S - - p-nitroacetanilida 180,2 4,340 212- 215 - - 0,22 - - - p-nitroanilina 138,1 1,44 (20º) 146 - 147 336 - I - - - S= Solúvel; SQP = solúvel em qualquer proporção; P.S. = Parcialmente solúvel; M = Miscível. I = Insolúvel 2.6 Tabela de propriedades toxicológicas (resumo objetivo) Substância Propriedades Ácido Sulfúrico Irritação e corrosão, tosse, náuseas, vômitos, diarreia, dor, perigo de cegueira. Materiais incompatíveis: Água, metais alcalinos, compostos de metais alcalinos, amoníaco, metais alcalino- terrosos, soluções de hidróxidos alcalinos. Hidróxido de Sódio Corrosivo p-nitroacetanilida Irritação e corrosão, efeitos irritantes, Tosse, Respiração superficial. O seguinte diz respeito a aminas aromáticas em geral: efeito sistémico: metahemoglobinemia com cefaleias, disritmia cardíaca, hipotensão arterial, dispneia e espasmos; principal sintoma: cianose (tonalidade azulada do sangue). p-nitroanilina Venenoso se inalado, irritante para pele e olhos. Se ingerido, causar tosse, dor de cabeça ou perda da consciência 3. Resultados, observações, discussão e conclusões 3.1 Resultados e observações 3.1.1Anotação dos resultados dos experimentos; Massa do papel de filtro com vidro = 35,123g Massa do papel de filtro com vidro e produto = 35,656g Faixa de temperatura de fusão determinada = 143 – 146°C 3.1.2 Imagens de aparelhos, procedimentos e resultados. Figura 6: p-nitroacetanilida pesada Figura 7: Meio reacional com refluxo Figura 8: Sistema de aquecimento com refluxo Figura 9: Sistema de resfriamento com refluxo Figura 10: p-nitroanilina precipitada por pH básico Figura 11: Recristalização da p-nitroanilina: dissolução à quente Figura 12: Recristalização da p-nitroanilina: filtração à quente Figura 13: Início da formação dos cristais de p-nitroanilina Figura 14: p-nitroanilina após recristalização e filtração à vácuo 3.2 Avaliação da eficiência da reação ou processo Para a realização do presente experimento fora utilizada a p-nitroacetanilida sintetizada no experimento anterior e, como descrito no mesmo, este sólido apresentava umidade perceptível. Por esse motivo, tanto o R% quanto o Fator E e o RT não podem representar de fato a eficiência do processo, uma vez que não é sabida massa real de p-nitroacetanilida utilizada para a reação, o que implica em quantidade de matéria desconhecida. Contudo, é possível avaliar a EA%, uma vez que é um parâmetro teórico que se refere ao quanto de átomos dos reagentes são incorporados ao produto. Os cálculos foram realizados pela aplicação das seguintes fórmulas: Equação 4: 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑇𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 (𝑅𝑇) = 𝑛 (𝑚𝑜𝑙) 𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑥 𝑀𝑀 ( 𝑔 𝑚𝑜𝑙 ) 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜; Equação 5: 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑂𝑏𝑡𝑖𝑑𝑜 (𝑅𝑂) = 𝑚 𝑝𝑎𝑝𝑒𝑙 𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑜 𝑐𝑜𝑚 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 − 𝑚 𝑝𝑎𝑝𝑒𝑙 𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑜; Equação 6: 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑃𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙 (𝑅%) = 𝑅𝑂 𝑜𝑢 𝑅𝐼 𝑅𝑇 𝑥100; Equação 7: 𝐸𝑐𝑜𝑛𝑜𝑚𝑖𝑎 𝑑𝑒 Á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 (𝐸𝐴%) = 𝑀𝑀 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑗𝑎𝑑𝑜 ∑ 𝑀𝑀 𝑑𝑜𝑠 𝑅𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑥100; Equação 8: 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝐸 = (∑ 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 )−𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑗𝑎𝑑𝑜 𝑜𝑏𝑡𝑖𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑗𝑎𝑑𝑜 𝑜𝑏𝑡𝑖𝑑𝑜 Assim, 𝑅𝑇 = 0,0111𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑥 138,1 ≅ 1,53𝑔, mas não representa a realidade, pois a massa tomada estava úmida 𝑅𝑂 = 35,656 − 35,123 = 0,533𝑔 𝑅% = 0,533𝑔 1,53𝑔 ≅ 0,348% , mas não representa a eficiência do processo 𝐸𝐴% = 138,1 220,2 𝑥100 ≅ 62,7% 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝐸 = 62,4−0,533 0,533 ≅ 116 , mas não representa a eficiência do processo Com base nos cálculos realizados, não se avaliando o R%, Fator E ou RT, observa-se que boa parte dos átomos foi incorporada ao produto (62,7%) nesse tipo de reação e obteve-se 0,533g de produto. Vale ressaltar que a faixa de temperatura de fusão, 143 a 146°C, apresentou coerência com o valor teórico (146 a 147°C) para a temperatura final, mas a diferença entre a inicial e esta foi superior a 2°C, o que indica presença de impurezas. Como a faixa de temperatura de fusão tendeu a ser menor que o valor teórico, certamente a impureza presente no produto fora umidade, o que faz sentido, uma vez que o clima local durante o processo de secagem à temperatura ambiente estava chuvoso, o que contribui para a maior umidade do ar. 3.3 Discussão e conclusões O experimento se baseou na reação de hidrólise catalisada pelo meio ácido e sob aquecimento com refluxo. Nessas condições, o ácido é vaporizado, mas condensa e retorna ao meio, que assim permanece constantemente ácido, o que promove a protonação do oxigênio da carbonila (região de mais alta densidade eletrônica, que, por ressonância com o nitrogênio, adquire carga negativa). Após isso, devido à carga positiva formada pela protonação do oxigênio, a carbonila se torna mais eletrofílica, sendo assim atacada pela água do meio, o que leva à quebra da ligação dupla da carbonila. Devido à proximidade com a água incorporada na carbonila, os pares eletrônicos do nitrogênio atacam o hidrogênio da água, neutralizando a carga formada no oxigênio. Com isso, o nitrogênio adquire carga positiva. Com a ressonância da carbonila, quando forma-se uma ligação dupla com o oxigênio protonado, e a energia fornecida na forma de calor, a ligação C-N se rompe – uma vez que o carbono só faz quarto ligações e aminas são bons grupos abandonadores -, formando p-nitroanilina e ácido acético protonado. Como a p-nitroanilina é uma base (Kb = 0,001) e o meio é acido, ocorre rapidamente a sua protonação (remove um próton do ácido acético ou do meio), formando-se o íon p-nitroanilínio, que é solúvel em água. Contudo, com a adição de base (NaOH) ao meio até pH alcalino, esse próton é removido, formando-se água e a p-nitroanilina, que precipita dada à insolubilidade em água, o que foi o observado na Figura 10. A determinação do ponto de fusão (3.1.1) e as características organolépticas (cor amarela intensa e formato acicular dos cristais) – Figura 14 – confirmaram a identidade do produto como p- nitroanilina. Este produto, obtido pela reação de hidrólise que, como citado na introdução, é bastante empregada para obtenção de sabões e diversos produtos a partir de outros derivados de ácidos carboxílicos, é bastante caro. De acordo com o site da Sigma Aldrich, 100g custam R$304,00. Seus usos são vastos, desde utilizada para síntese de corantes azoicos, oxidantes e fármacos a inibidor de corrosão. Dado o exposto, observou-se que é possível realizar a hidrólise de amidas como a p- nitroacetanilida em meio ácido aquecido com refluxo, seguida da alcalinização do meio para precipitar o produto, caso esse seja básico como a p-nitroanilina, sendo necessário realizar a recristalização para purifica-lo e determinar sua temperatura de fusão e/ou CCD para caracterização. Por fim, obteve-se a p-nitroanilina, que foi purificada por recristalização e caracterizada pela determinação da temperatura de fusão. 4. Respostas do questionário 1. Forneça as reações e os respectivos mecanismos envolvidos caso a hidrólise fosse catalisada por base (NaOH). R: 2. As aminas são caracterizadas por seu caráter básico. Comparando a anilina e a p- nitroanilina, qual é a amina mais básica? Qual deve ter um menor pKb? R: Anilina – Kb = 4,2x10-10 (pKb = 9,38)e p-nitroanilina – Kb = 0,001 (pKb = 3,00). A mais básica é a p-nitroanilina, que possui menor pKb. 3. Por que o ácido sulfúrico deve ser adicionado lentamente sobre a água? R: Porque a ionização de ácidos fortes é muito exotérmica, então o ácido deve ser adicionado lentamente sobre a água a fim de evitar a volatilização dessa durante o processo, o que poderia causar acidentes e queimaduras. 4. Por que se recomenda lavar o sólido obtido com água gelada? Como podemos confirmar que a p-nitroacetanilida foi totalmente consumida durante a reação? R: Para remover os resíduos minerais, mas sem perder muita p-nitroanilina no processo por solubilização. A confirmação pode ser feita através de CCD e pela coloração do meio: a p-nitroanilina é bastante amarela. 5. Um estudante realizou a reação de hidrólise da p-nitroanilina e acompanhou o processo por CCD. Foram desenvolvidas 3 placas de CCD, nos tempos de 5, 30 e 120 minutos de reação. As análises por CCD foram realizadas usando placas com gel de sílica e diclorometano como eluente. Na figura a seguir é mostrado o perfil das placas de CCD após o desenvolvimento, onde R é o reagente inicial e P é a amostra colhida da reação. Com esses dados responda: a) O que é CCD? R: Uma técnica qualitativa de separação e identificação comparativa de compostos orgânicos, que se baseia na partição desses compostos entre o eluente e a fase estacionária. b) Qual é o Rf do reagente e do produto? R: Rf reagente = 1,5cm 5,0cm = 0,30 e Rf produto = 2,5cm 5,0cm = 0,50 c) Sabendo que as placas desenvolvidas em 5, 30 e 120 min, identificar qualplaca (A, B, C) corresponde a cada tempo. R: C = 5min uma vez que a reação ainda não deve ter formado produto, aparecendo as manchas apenas do reagente acima do local de aplicação de produto; B = 30min, uma vez que coexistem reagente e produto acima do local de aplicação do produto; A = 120min, uma vez que há apenas produto na região de aplicação de produto. d) Diclorometano é um bom eluente ou deveríamos trocar? R: É um bom eluente, pois é capaz de separar a amostra do produto com diferença de Rf de 0,2. 6. Um estudante realizou uma reação e obteve como produto um bonito sólido branco. A caracterização do produto foi feita por ponto de fusão, onde ele obteve a temperatura de 102-105°C. Contudo, quando foi verificar na literatura o valor reportado para o reagente era de 101-103oC. Com tais informações, o que poderia ser dito sobre a pureza do produto? R: Não está puro, uma vez que a variação de temperatura superou 2°C, que é a variação aceitável para produtos puros. 5. Referências CETESB. Ficha de informações de segurança de produtos químicos: 4-nitroanilina. São Paulo, 2017. Disponível em: <http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=4%20- %20NITROANILINA> . Acesso em: 24 abr 2018. LABSYNTH. Ficha de informações de segurança de produtos químicos: Hidroxido de Sodio. São Paulo, 2017. Disponível em: <http://downloads.labsynth.com.br/FISPQ/rv2012/FISPQ- %20Hidroxido%20de%20Sodio.pdf> . Acesso em: 23 abr. 2018 LABSYNTH. Ficha de informações de segurança de produtos químicos: Ácido Sulfúrico. São Paulo, 2017. Disponível em: <http://downloads.labsynth.com.br/FISPQ/rv2012/FISPQ-%20Acido%20Sulfurico.pdf>. Aceso em 13 mai. 2018. MERCK. Ficha de informações de segurança de produtos químicos: 4’-nitroacetanilida para síntese. Alemanha, 2015. Disponível em: < http://www.merckmillipore.com/INTERSHOP/web/WFS/Merck-DE-Site/de_DE/- /EUR/ShowDocument-File?ProductSKU=MDA_CHEM- 820880&DocumentType=MSD&DocumentId=820880_SDS_BR_Z9.PDF&DocumentUID=6 28886&Language=Z9&Country=BR&Origin=PDP&Display=inline >. Acesso em: 10 jun. 2018. MORRISON, R. T; BODY, R. N. Química Orgânica. 4. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1990. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (UFBA). Química Orgânica Experimental: Disciplina: QUI-B37-Química Orgânica Básica Experimental IA. Salvador, [200-?].
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