Buscar

Grandes Síndromes e Doenças Pulmonares

Prévia do material em texto

Grandes Síndromes e Doenças Pulmonares
Sabendo-se que o RX de PA e Perfil são comuns na prática clínica, ao
analisarmos devemos analisar sempre:
Em PA:
✓ Posicionamento da traqueia
✓ Carina
✓ Átrio direito (arco/contorno inferior direito)
✓ Ventrículo esquerdo (arco/ contorno inferior esquerdo)
✓ Cúpulas diafragmáticas
✓ Seios cardiofrênicos
✓ Seios costofrênicos
✓ Arco aórtico
✓ Brônquio fonte esquerdo
✓ Espaços intercostais
Perfil:
✓Espaço retroesternal
✓ Projeção do AE
✓ Contorno dos átrios D e E, que se justapõem
✓ Seio costofrênico posterior
✓ Luz traqueal e a projeção do brônquio fonte esquerdo
(horizontalizado - "olho da coruja”)
-Divisão das vias aéreas:
Superiores: Naso e orofaringe, laringofaringe e laringe
Inferiores: Traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos
* A transição entre elas é feita a partir das cordas vocais.
➔ Anamnese
Epidemiologia (muito importante em patologias respiratórias):
✓ Profissão;
✓ Ambiente domiciliar;
✓ História familiar,
✓ Drogas lícitas e ilícitas,
✓ Exposição ambiental (residir próximo a fábricas e etc);
✓ História profissional (profissões anteriores);
✓ História patológica pregressa.
➔ Ectoscopia
- CIANOSE é o acúmulo de 5g ou mais de Hb reduzida/100 ml de
sangue.
● Frequência respiratória
Adultos: 12 -18 irpm
Crianças: 25 - 30 irpm (a depender da idade)
Neonatos: 30 - 40 irpm
➡ Obesidade mórbida (I.M.C > 40)
➡ Aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax
➡ Cifoescoliose / outras
*Imagem: tórax em tonel.
● Inspeção
➡ ESTÁTICA E DINÂMICA
➡ RINOSCOPIA
Hipertrofia de cornetos ou uma rinossinusite purulenta crônica são
facilmente exteriorizadas e podem ser vistas na rinoscopia.
➡ OROSCOPIA/FARINGE
Não pode-se deixar de avaliar a cavidade oral
*Atualmente onde vivenciamos a pandemia pela COVID-19, tanto a
rinoscopia quanto a oroscopia não são muito recomendadas durante
ectoscopia, ou se feitas, devem ser feitas com muito cuidado.
➔ Exame físico do tórax
-INSPEÇÃO, PALPAÇÃO, PERCUSSÃO e AUSCULTA
- PALPAÇÃO: Através da vocalização do 33 determinar a presença do
Frêmito Tóraco - Vocal (sensação tátil da vocalização). A propagação
da voz (ONDA SONORA e do FLUXO DE AR) levam a palpação do FTV.
✓Ar, líquido ou espessamento pleural REDUZEM a sensação tátil do
FTV.
✓A condensação, com na PNM, AUMENTA a sensação tátil do FTV.
-PERCUSSÃO
✓ Som Claro Pulmonar Em condições normais
✓ Sub-maciço ou Maciço Derrame pleural, pneumonia, paquipleuris
✓ Timpânico Hipersonoridade - pneumotórax, DPOC
✓ Frêmito Pleural (atrito pleural). Para diferenciar atrito pleural de
atrito pericárdico temos a manobra onde pedimos ao paciente para
que fique em apneia, se o atrito permanecer é pericárdico, se cessar é
Pleural.
✓ Frêmito Catáreo (atrito mais rude) Pode ser encontrado em sopros
orgânicos, como na grave estenose mitral, estenose aórtica.
✓ Frêmito Brônquico ("palpação das secreções") Encontrado em
indivíduos na fase aguda de uma infecção respiratória ou agudização
de DPOC em que há dificuldade de eliminar as secreções. Comum em
Crianças.
-AUSCULTA
A interposição de ar, líquido/espessamento entre o tecido pulmonar
(propagador do fluxo de ar e da onda sonora) e a parede do tórax
DIFICULTAM a percepção do FTV e do Murmúrio vesicular (MV) ou
respiratório.
★ Ruídos adventícios (estertores, roncos e sibilos)
-Contínuos: ruídos de caráter musical, com duração ≥ 240ms.
-Roncos: sons graves, semelhantes ao roncar ou pressionar (secreção
retida em brônquios de pequeno e médio calibre que se modificam
quando o indivíduo muda de posição ou a intensidade da respiração.)
-Sibilos: sons agudos, semelhantes a um assovio ou chiado.
(relacionado com a contração da musculatura lisa ao redor dos
brônquios fazendo o assovio ou chiado).
-Descontínuos: ruídos de caráter musical, explosivos, curtos com
duração ≥ 20 ms.
-Estertores finos (crepitantes): maior duração, agudos e pouco intensos
(inundação alveolar durante processos pneumônicos, acúmulo de
líquido no pré-edema agudo de pulmão).
-Estertores grossos: menor duração, graves e intensos. (secreções em
árvore brônquica de maior calibre, que podem modificar de
intensidade após paciente tossir).
➢ Derrame Pleural
-Diminuição da expansibilidade
-FTV ausente
-Percussão Maciça ou Sub-maciça
-Abolição do MV
* Parábola de Damoiseau no RX.
-Dor do tipo pleurítica ou ventilatória dependente - tipo
pontada, varia de intensidade, piora com a tosse e/ou
inspiração profunda. Pode irradiar para pleura apical, basal,
mediastínica, diafragmática.
- Paciente com essa dor pode ser:
Derrame pleural/Pleurite/Pneumotórax
➢ Paquipleuris
Na história clínica o indivíduo cursou com um trauma, um antecedente
de cirurgia prévia, ou eventualmente uma drenagem de empiema ou
outra questão de investigação pleural.
✓Diminuição da expansibilidade
✓FTV ausente
✓Percussão Maciça ou Sub-maciça
✓Abolição do MV
➢ Pneumotórax
O paciente muitas das vezes com dor chega em “escoliose antálgica”-
diminui a expansibilidade do lado afetado.
✓Diminuição da expansibilidade
✓FTV ausente
✓Percussão hiper timpânica| hipersonoridade
✓Abolição do MV
➢ Atelectasia Central
Indivíduo que desenvolveu um tumor benigno ou maligno ou aspirou
corpo estranho acometendo a carina ou um brônquio fonte. O pulmão
afetado vai sofrendo uma retração progressiva que pode ser parcial ou
total. Além da retração, há também desvio da traquéia e do mediastino
para o lado da lesão, e espaços intercostais diminuídos.
✓Diminuição da expansibilidade
✓FTV ausente
✓Percussão Maciça ou Sub-maciça
✓Abolição do MV
*Elevação do diafragma.
➢ Pneumonia
É uma hepatização onde temos uma condensação, o indivíduo
tem diminuição da área de troca gasosa e, portanto, pode chegar
com uma taquipneia de compensação.
✓Aumento da Frequência Respiratória
✓FTV aumentado
✓Percussão Maciça ou Sub-maciça
✓Abolição do MV
✓Presença de estertores finos ( se passar a acometer brônquios de
maior calibre, passam a existir os estertores grossos)
✓Sopro tubário (PNM necrotizantes ou caitárias).
➢ Tuberculose
Tuberculose pulmonar ainda apresenta alta prevalência no país.
Sintomático respiratório é toda pessoa que apresenta tosse, há tempo
igual ou maior que 2|3 semanas.
❖ Métodos Diagnósticos
-Broncoscópio rígido e broncofibroscópio são usados para retirada de
corpo estranho, quando são aspirados.
-Oximetria digital e o oxímetro portátil são rapidamente saturação de
O2 e FC, sendo de muita importância prática.
-Biópsia pleural clássica feita com agulha de Cope, por se tratar de
uma técnica as cegas, tem sido substituída pela vídeo-pleuroscopia.
-Drenagem em selo d’ água, onde um tubo emergido em uma
coluna d’água é inserido na cavidade pleural e a drenagem do
ar|líquido é feita restabelecendo as condições hemodinâmicas e
cardiorrespiratórias do paciente.
*Líquido pleural pode ser:
-Citrino: encontrado na IC e muitas vezes na tuberculose ou na
hipoproteinemia.
-Hemorrágico: em um acidente de punção ou derrame pleural
decorrente de invasão metastática pleural, no TEP quando tem
um infarto pulmonar.
-Quilos: provocado por lesão traumática ou neoplásica ao ducto
torácico.
-Pseudoquiloso: derrame pleural crônico de longa duração, como
na pleurisia tuberculosa ou derrame pleural reumatóide.

Continue navegando