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FOLHA DE ANOTAÇÕES CORNELL Nome: Alan Crisan Zocche Aula: 1 Tópico: exame parcial de urina, urocultura e antibiograma Data: 13/02/2020 Período tarde PERGUNTAS ANOTAÇÕES 1 e 2 O primeiro jato de urina carrega células e secreção que podem estar presentes na uretra. Quando se avalia uma possível infecção urinária, é importante que o material examinado não esteja contaminado com material da uretra. Daí a necessidade de desprezar o primeiro jato e coletar o jato médio, ou seja, uma urina que repre- senta apenas o material que está na bexiga. De <https://alvaro.com.br/faq/por-que-ha-orientacao-para-desprezar-o-pri- meiro-jato-de-urina-quando-vamos-fazer-esse-exame> 3 A presença de quantidades aumentadas de proteínas na urina pode ser um im- portante indicador de doença renal. E pode corresponder ao primeiro sinal de um problema mais grave, podendo manifestar-se antes de outros sintomas clíni- cos. Existem, entretanto, condições fisiológicas, como exercícios físicos e fe- bre, que podem levar à excreção aumentada de proteínas na urina na ausência de doença renal. (Há também alguns distúrbios reinais com ausência de protei- núria). Em um rim normal, somente uma pequena quantidade de proteínas de baixa massa molecular é filtrada no glomérulo (a Albumina, por exemplo, possui alta massa molecular). 4 Amostras de urina de indivíduos saudáveis não apresentam, em condições nor- mais, presença de cetonas na urina. O que denominamos aqui como cetonas pode, também ser denominado de “corpos cetônicos“ e inclui três compos- tos: ácido acetoacético, o ácido beta-hidroxibutírico e acetona. Estes com- postos constituem produtos intermediários do catabolismo normal das gorduras, sendo integralmente convertidas em energia, dióxido de carbono e água, não sendo, portanto encontrados normalmente na urina. Entretanto, grandes quanti- dades destes compostos, não podem ser convertidas em energia, assim quando grandes quantidades de gordura são metabolizadas em consequência de o orga- nismo se encontrar impossibilitado de utilizar carboidratos como a fonte princi- pal de energia, estes compostos são encontrados na urina. A presença de cetonas na urina confere a esta, odor frutado ou cetônico e é denominado de cetonúria. As cetonas são constituídas de ácido acetoacético (20%), ácido beta-hidroxibu- tírico (78%) e acetona (2%). A cetonúria é verificada em distúrbios que in- cluem diabetes melito, diabetes gestacional, bulimia, gastroenterite e inges- tão insuficiente de carboidratos. https://alvaro.com.br/faq/por-que-ha-orientacao-para-desprezar-o-primeiro-jato-de-urina-quando-vamos-fazer-esse-exame https://alvaro.com.br/faq/por-que-ha-orientacao-para-desprezar-o-primeiro-jato-de-urina-quando-vamos-fazer-esse-exame Referência: De <https://www.passeidireto.com/arquivo/18210247/uroanalise- livro> 5 A presença de nitrito em amostra de urina é de corrente da ação indireta de bactérias redutoras de nitrato a nitrito, o que inclui todas as entrerobactérias e a maioria das bactérias não fermentadoras, e alguns cocos Gram positivos. São redutoras de nitrato a nitrito e responsáveis pela maioria das infecções do trato urinário, por exemplo: Es- cherichia coli, Klebsiella sp, Serratia sp, Proteus sp, Enterobacter sp, Eterococcus sp e Es- tafilococo coagulase negativo. O Estafilococo coagulase negativo apresenta conversão va- riável, sendo na maioria das vezes positivo. O Staphilococcus sapr ophiticus, por sua vez não converte o nitrato a nitrito (Murray et al ., 1999). É i mportante ressaltar que outras bactérias pato- gênicas que não produzem enzimas redutoras de nitrato a nitrito podem estar presentes na amos- tra em decorrência de estarem causando infecção do trato urinário. Referência: De <https://www.passeidireto.com/arquivo/18210247/uroanalise- livro> 6 Diagnóstico de Infecção no Trato Urinário (ITU) Diagnóstico clínico: A infecção do trato urinário baixo (cistite), quando sinto- mática, exterioriza-se clinicamente pela presença habitual de disúria, urgên- cia miccional, polaciúria, nictúria e dor suprapúbica. Febre, neste caso, não é comum. Na anamnese, a ocorrência prévia de quadros semelhantes, diagnosti- cados como cistite, deve ser valorizada. O aspecto da urina pode também trazer informações valiosas: urina turva (pela presença de piúria) e/ou avermelhada (pela presença de sangue), causada por cálculo e/ou pelo próprio processo infla- matório. A infecção do trato urinário alto (pielonefrite), que habitualmente se inicia como um quadro de cistite, é habitualmente acompanhada de febre – ge- ralmente superior a 38 graus centígrados – de calafrios e de dor lombar, uni ou bilateral. Esta tríade febre mais calafrios mais dor lombar está presente na mai- oria dos quadros de pielonefrite. A dor lombar pode se irradiar para o abdô- men ou para o(s) flanco(s) e, mais raramente, para a virilha, situação que sugere mais fortemente a presença de cálculo, com ou sem infecção, na dependência da presença dos outros sintomas relacionados. Diagnóstico laboratorial: A infecção urinária é caracterizada pelo crescimento bacteriano de pelo menos 105 unidades formadoras de colônias por ml de urina (100.000 ufc/ml) colhida em jato médio e de maneira asséptica. 1. Exame de urina I com sedimento urinário: Este exame irá fornecer, quando associado à anamnese e ao quadro clínico, os dados que praticamente https://www.passeidireto.com/arquivo/18210247/uroanalise-livro https://www.passeidireto.com/arquivo/18210247/uroanalise-livro https://www.passeidireto.com/arquivo/18210247/uroanalise-livro https://www.passeidireto.com/arquivo/18210247/uroanalise-livro confirmam o diagnóstico de ITU: presença de piúria (leucocitúria), de hematúria e de bacteriúria. Os valores encontrados são, habitualmente, proporcionais à in- tensidade da infecção. 2. Urocultura: A cultura de urina quantitativa, avaliada em amostra de urina colhida assepticamente, jato médio, poderá fornecer, na maioria dos casos, o agente etiológico causador da infecção e trazer subsídio para a conduta tera- pêutica. Fator limitante à importância da cultura de urina é a demora habitu- almente exigida para a obtenção do seu resultado. Na grande maioria das ve- zes, a paciente com cistite não complicada, tratada empiricamente, já está clínica ou mesmo microbiologicamente curada quando o resultado da cultura é forne- cido; nestas situações, este exame torna-se inútil, além de dispendioso. 3. Teste de Sensibilidade in vitro a Antimicrobianos (TSA). O antibiograma, como é habitualmente reconhecido este exame, atua complementarmente à cultura de urina. Na rotina das cistites não complicadas, sua utilidade é pe- quena. No entanto, naqueles casos em que ocorre falha desse tipo de terapia, nas pielonefrites e nas infecções urinárias hospitalares, a presença do antibiograma é de grande utilidade. Igualmente sua importância cresce nas cistites complica- das, quando o risco de insucesso da terapia empírica aumenta. O antibiograma fornecerá os antimicrobianos potencialmente úteis a serem prescritos. 4. Hemocultura: Este exame não tem nenhum valor em pacientes com cistite. No entanto, diante de um quadro de pielonefrite, torna-se potencialmente vali- oso; sua positividade, nesta infecção, situa-se entre 25% a 60% e, além da infor- mação do agente etiológico (nem sempre identificável na urocultura), indica para o risco de uma sepse, sugerindo uma potencial gravidade. 5. Exames de imagem. A ultrassonografia, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética têm indicação restrita àqueles casos de cistite/pielonefrite não resolvidos com terapia empírica; assumem maior importância para o diag- nóstico de complicações e, também, para evidenciar alterações estruturais e/ou funcionais do sistemaurinário. Referência: De <https://www.passeidireto.com/arquivo/18210247/uroanalise- livro> "Meu médico diagnosticou cistite sem pedir exame algum. Ele está er- rado? Na verdade, não. Como a cistite é muito comum em mulheres e o resul- tado da urocultura pode levar até 3 dias para ficar disponível, se a paciente tiver um quadro clínico muito sugestivo de infecção urinária, o médico está autori- zado a tentar um curso de antibióticos sem solicitar exames de urina." De <https://www.mdsaude.com/nefrologia/infeccao-urinaria/urocultura> 7 Uma urocultura é considerada negativa quando, após 48-72 horas de incuba- ção da urina em meio de cultura, não se observa crescimento de colônias de bactérias. Uma urocultura é considerada positiva quando, após este mesmo tempo, é possível identificar mais que 100.000 colônias de bactérias, chamadas de uni- dades formadoras de colônias (UFC). Quando a urocultura é positiva, o resul- tado ainda apresenta o nome da bactéria que foi identificada, junto com os anti- bióticos que se mostraram eficazes em impedir seu crescimento, o chamado an- tibiograma. https://www.passeidireto.com/arquivo/18210247/uroanalise-livro https://www.passeidireto.com/arquivo/18210247/uroanalise-livro https://www.mdsaude.com/nefrologia/infeccao-urinaria/urocultura Há, entretanto, algumas observações a serem feitas: • Se o paciente estiver tomando antibióticos, estes podem inibir o cresci- mento das bactérias, e mesmo um resultado com menos de 100.000 UFC deve ser sempre valorizado. • Em homens, o risco de contaminação é menor, portanto, valores maiores que 10.000 UFC já devem ser valorizados. • Quando crescem bactérias da família Pseudomonas, Klebsiella, Enterobac- ter, Serratia ouMoraxella, o resultado deve ser levado em conta mesmo com contagens menores que 100.000 UFC Referência: De <https://www.mdsaude.com/nefrologia/infeccao-urinaria/uro- cultura> 8 Bactérias que sobrevivem aos antibióticos podem gerar outras bactérias que tam- bém são resistentes. Tecnicamente essas bactérias são chamadas de multirresis- tentes, ou seja, resistem a vários tipos de medicamentos. Resistência microbiana é o nome deste processo, que é uma das maiores preo- cupações de profissionais e autoridades da área de saúde no mundo inteiro. Os antibióticos são necessários para combater as infecções, mas seu uso incorreto também pode piorar o quadro do paciente. O uso incorreto pode ser a uti- lização por um período inadequado ou a utilização de um medicamento que não é o recomendado para o tipo de bactéria que está causando a infecção, por exemplo. Referência: De <http://portal.anvisa.gov.br/rss/-/asset_publis- her/Zk4q6UQCj9Pn/content/abuso-de-antibiotico-estimula-superbacte- rias/219201?inheritRedirect=false> 9 Antibiograma é a técnica destinada à determinação da sensibilidade bacteri- ana in vitro frente a agentes antimicrobianos, também conhecido por Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos (TSA). É feita uma cultura ou urocultura de bactérias , em que a secreção retirada do paciente é colocada em um meio nutri- tivo para as bactérias. O objetivo de alimentar as bactérias em uma cultura - em um prazo de cerca de 15 dias - seja observado quais tipos de bactérias ou fungos cresceram nesse meio. Posteriormente, é feito o 'antibiograma propriamente dito', que consiste em co- locar vários tipos de antibiótico em diferentes partes da placa e observar qual (ou quais) conseguiu matar mais bactérias. A metodologia de Kirby e Bauer para antibiograma é a mais difundida e utilizada até hoje na rotina de análises clínicas, devido a sua praticidade de execução, baixo custo e confiabilidade de seus re- sultados. Referência: https://www.interlabdist.com.br/dados/noticias/pdf_190.pdf De <http://www.laboratorioathena.com.br/saudeemdia/36332/antibiograma-o- que-e-e-para-que-serve-esse-exame> 10 É importante realizar o Antibiograma pois esse exame identifica com precisão qual é a bactéria que é a agente causadora da infecção do paciente e quais anti- bióticos são capazes de matá-la. Evitando, assim, que se inicie o tratamento com antimicrobianos sem ter certeza de qual bactéria será afetada. https://www.mdsaude.com/nefrologia/infeccao-urinaria/urocultura https://www.mdsaude.com/nefrologia/infeccao-urinaria/urocultura http://portal.anvisa.gov.br/rss/-/asset_publisher/Zk4q6UQCj9Pn/content/abuso-de-antibiotico-estimula-superbacterias/219201?inheritRedirect=false http://portal.anvisa.gov.br/rss/-/asset_publisher/Zk4q6UQCj9Pn/content/abuso-de-antibiotico-estimula-superbacterias/219201?inheritRedirect=false http://portal.anvisa.gov.br/rss/-/asset_publisher/Zk4q6UQCj9Pn/content/abuso-de-antibiotico-estimula-superbacterias/219201?inheritRedirect=false https://www.interlabdist.com.br/dados/noticias/pdf_190.pdf http://www.laboratorioathena.com.br/saudeemdia/36332/antibiograma-o-que-e-e-para-que-serve-esse-exame http://www.laboratorioathena.com.br/saudeemdia/36332/antibiograma-o-que-e-e-para-que-serve-esse-exame Referência: De <http://www.laboratorioathena.com.br/saudeemdia/36332/anti- biograma-o-que-e-e-para-que-serve-esse-exame> 11 A sensibilidade a um antimicrobiano indica que há grande probabilidade de sucesso clínico, caso este antimicrobiano seja utilizado para tratamento, quando doses habituais deste antimicrobiano são utilizadas. Ao contrário, se a bactéria é considerada resistente, significa que ela não é inibida pelas concentrações de antimicrobiano alcançadas pelas doses habi- tuais e há maior chance de falha terapêutica. Caso a bactéria seja classifi- cada como intermediária, ela pode ser erradicada, dependendo das concen- trações antimicrobianas alcançadas no sítio infeccioso. Na maioria das vezes, a categorização do isolado clínico em sensível, interme- diário ou resistente a determinado antimicrobiano é suficiente. A realização de testes dilucionais para a determinação da CIM é útil em algumas situações espe- cíficas, como: • Infecções localizadas em sítios corpóreos, onde a penetração dos antimicro- bianos é baixa: endocardite, osteomielite e meningite; • Avaliação da sensibilidade à penicilina e às cefalosporinas de terceira gera- ção (cefotaxima ou ceftriaxona) entre amostras de S. pneumoniae causadoras de meningite (não existe padronização para interpretação dos resultados ob- tidos por disco-difusão); • Avaliação da sensibilidade às polimixinas. O CLSI recomenda a realização do teste de sensibilidade às polimixinas por disco difusão somente para Pseudomonas aeruginosa, para as demais não enterobacteriaceae a sen- sibilidade a este antimicrobiano deve ser avaliado por métodos dilucionais de referência; • Avaliação da sensibilidade a antimicrobianos entre bactérias Gram-negati- vas não Enterobacteriaceae; • Infecções sistêmicas causadas por bactérias multirresistentes; • Infecções em pacientes imunocomprometidos. Referência: De <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cur- sos/boas_praticas/modulo5/sistemas3.htm> http://www.laboratorioathena.com.br/saudeemdia/36332/antibiograma-o-que-e-e-para-que-serve-esse-exame http://www.laboratorioathena.com.br/saudeemdia/36332/antibiograma-o-que-e-e-para-que-serve-esse-exame http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/modulo5/sistemas3.htm http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/modulo5/sistemas3.htm RESUMO: Escreva 4 ou mais sentenças descrevendo o que você aprendeu destas anotações. Algumas caoisas mais me chamaram atenção nessa aula, como o fato de ser necessário a utilização do jato mé- dio de urina para realização dos exames, pois esse teoricamente estaria livre de impurezas. Além disso também, sobre a questão de proteína na urina, vi que em pessoas com algum tipo dealteração metabólica e/ou doença renal aparece na análise de urina a proteína.
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