Buscar

PAVIMENTAÇÃO RODOVIÁRIA

Prévia do material em texto

2
FACULDADE NOVO MILÊNIO 
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
ANE CAROLINE LIMA BORGES MOURA
DANYELLE CRISTINA CAETANO DOS SANTOS
THRYELLE MAGALHÃES ELIZÁRIO 
PAVIMENTO RODOVIÁRIO
VILA VELHA
2021
FACULDADE NOVO MILÊNIO 
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
ANE CAROLINE LIMA BORGES MOURA
DANYELLE CRISTINA CAETANO DOS SANTOS
THRYELLE MAGALHÃES ELIZÁRIO 
PAVIMENTO RODOVIÁRIO
Trabalho apresentado à disciplina de Pavimentação e Drenagem do curso de Engenharia Civil da Faculdade Novo Milênio, como requisito para avaliação.
Orientador(a): Prof. Diego Padilha.
VILA VELHA
2021
LISTA DE FOTOGRAFIA
Fotografia 1 - Pavimentação rodoviária (Rodovia Tocantins). 05
Fotografia 2 - Camadas do pavimento. 06
Fotografia 3 - Cargas no Pavimento (SANTANA, 1993). 07
Fotografia 4 - Seção transversal típica de pavimento rígido. 07
Fotografia 5 - Seção transversal típica de pavimento flexível 08
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 05
1.0 FUNÇÕES DO PAVIMENTO 06
2.0 ASPECTOS FUNCIONAIS DO PAVIMENTO 06
3.0 CLASSIFICAÇÕES DOS PAVIMENTOS 07
4.0 NOMENCLATURA DA SEÇÃO TRANSVERSAL 08
5.0 BIBLIOGRAFIA 10
INTRODUÇÃO
Pavimento, também chamado calçamento ou, em linguagem popular, chão, em engenharia, é a camada constituída por um ou mais materiais que se coloca sobre o terreno natural ou terraplenado, para aumentar sua resistência e servir para a circulação de pessoas ou veículos. Entre os materiais utilizados na pavimentação urbana, industrial ou rodoviária estão os solos com maior capacidade de suporte, os materiais rochosos, como pedras britadas ou calçamento, o concreto de cimento Portland e o concreto asfáltico.
Uma das primeiras formas de pavimentação foi a calçada romana, construída em várias camadas. Esta grande obra de engenharia permitiu a que vários troços ou trechos tenham resistido durante séculos e se encontrem ainda hoje.
O pavimento na infraestrutura rodoviária é uma estrutura de múltiplas camadas de espessuras finitas, apoiada e construída sobre uma superfície compacta de terraplanagem (designado como subleito) com o objetivo de suportar os impactos causados pelos esforços atuantes do tráfego de veículos e do intemperismo. Seu dimensionamento propõe condicionar aos usuários boas condições de rolamento, conforto e segurança conforme a NBR 7207/82 da ABNT. No Brasil estas estruturas são dimensionadas para uma vida útil de 10 anos.
 
Foto 01 – Pavimentação rodoviária (Rodovia Tocantins).
1.0 FUNÇÕES DO PAVIMENTO
Segundo a NBR-7207/82 da ABNT tem-se a seguinte definição: "O pavimento é uma estrutura construída após terraplenagem e destinada, econômica e simultaneamente, em seu conjunto, a: a) Resistir e distribuir ao subleito os esforços verticais produzidos pelo tráfego; b) Melhorar as condições de rolamento quanto à comodidade e segurança; c) Resistir aos esforços horizontais que nela atuam, tornando mais durável a superfície de rolamento."
Basicamente, todo pavimento rígido é composto por duas camadas principais: revestimento de concreto e sub-base, além do subleito. Abaixo temos as principais camadas que compõem o pavimento e suas funções específicas:
Subleito: consiste no terreno natural que foi preparado para receber o pavimento. Essa preparação pode ser feita com solo local ou solo de empréstimo. Toda a camada deve estar limpa para receber as demais etapas de construção do pavimento.
Sub-base: a sub-base tem como papel assentar as placas de concreto. É executada com material e espessura definidos no projeto e não deve apresentar expansibilidade nem ser bombeável, assegurando às placas um suporte uniforme ao longo do tempo.
Revestimento de concreto: consiste na última camada do pavimento, que recebe diretamente a ação dos veículos. Tem como objetivos melhorar a segurança e a comodidade do rolamento e resistir aos esforços que atuam sobre ele.
Foto 02 - Camadas do pavimento.
2.0 ASPECTOS FUNCIONAIS DO PAVIMENTO
Quando o pavimento é solicitado por uma carga de veículo Q, que se desloca com uma velocidade V, recebe uma tensão vertical σ0 (de compressão) e uma tensão horizontal τ0 (de cisalhamento), conforme figura 01 (SANTANA, 1993). A variadas camadas componentes da estrutura do pavimento também terão a função de diluir a tensão vertical aplicada na superfície, de tal forma que o subleito receba uma parcela bem menor desta tensão superficial (p1). A tensão horizontal aplicada na superfície exige que esta tenha uma coesão mínima.
Foto 03 - Cargas no Pavimento (SANTANA, 1993).
3.0 CLASSIFICAÇÕES DOS PAVIMENTOS
Os pavimentos rodoviários são divididos em três tipos básicos, sendo eles:
· Pavimento rígido (pavimento de concreto);
· Pavimento semirrígido (subdividido em tradicional ou invertido);
· Pavimento flexível (pavimento asfáltico).
Pavimentos rígidos: São constituídos por camadas que trabalham essencialmente à tração. Seu dimensionamento é baseado nas propriedades resistentes de placas de concreto de cimento Portland, as quais são apoiadas em uma camada de transição, a sub-base. A determinação da espessura é conseguida a partir da resistência à tração do concreto e são feitas considerações em relação à fadiga, coeficiente de reação do subleito e cargas aplicadas. São pouco deformáveis com uma vida útil maior. O dimensionamento do pavimento flexível é comandado pela resistência do subleito e do pavimento rígido pela resistência do próprio pavimento. Seção característica pode ser visto na figura 04.
Foto 04 - Seção transversal típica de pavimento rígido.
Pavimento semirrígido: Situação intermediária entre os pavimentos rígidos e flexíveis. É o caso das misturas solo-cimento, solo-cal, solo-betume dentre outras, que apresentam razoável resistência à tração. Quando se tem uma base cimentada sob o revestimento betuminoso, o pavimento é dito semirrígido. O pavimento reforçado de concreto asfáltico sobre placa de concreto é considerado como pavimento composto. 
Pavimentos flexíveis: São aqueles constituídos por camadas que não trabalham à tração. Normalmente são constituídos de revestimento betuminoso delgado sobre camadas puramente granulares. A capacidade de suporte é função das características de distribuição de cargas por um sistema de camadas superpostas, onde as de melhor qualidade encontram-se mais próximas da carga aplicada. Um exemplo de uma seção típica pode ser visto na figura 05, a seguir. No dimensionamento tradicional são consideradas as características geotécnicas dos materiais a serem usados, e a definição da espessura das várias camadas depende do valor da CBR e do mínimo de solicitação de um eixo padrão (8,2 ton.).
Foto 05 - Seção transversal típica de pavimento flexível.
4.0 NOMENCLATURA DA SEÇÃO TRANSVERSAL 
A nomenclatura descrita a seguir refere-se às camadas aos componentes principais que aparecem numa seção típica de pavimentos flexíveis e rígidos. 
Subleito: É o terreno de fundação onde será apoiado todo o pavimento. Deve ser considerado e estudado até as profundidades em que atuam significativamente as cargas impostas pelo tráfego (de 60 a 1,50 m de profundidade).
Leito: É a superfície do subleito (em área) obtida pela terraplanagem ou obra de arte e conformada ao greide e seção transversal. 
Nota: Greide de uma estrada são linhas de declividade uniforme que tem como finalidade substituir asirregularidades naturais do terreno, possibilitando o seu uso para fins de projeto. A sua representação, no plano vertical, corresponde a um perfil constituído por um conjunto de retas, concordado por curvas, que, no caso de um projeto rodoviário, irá corresponder ao nível atribuído à estrada. 
Regularização do subleito (nivelamento): É a operação destinada a conformar o leito, transversal e longitudinalmente. Poderá ou não existir, dependendo das condições do leito. Compreende cortes ou aterros até 20 cm de espessura. 
Reforço do subleito: É a camada de espessura constante transversalmente e variável longitudinalmente, de acordo com o dimensionamento do pavimento, fazendo parte integrante deste e que, por circunstâncias técnico econômicas, será executada sobre o subleito regularizado. Serve para melhorar as qualidades do subleito e regularizar a espessura da sub-base. 
Sub-base: Camada complementar à base. Deve ser usada quando não for aconselhável executar a base diretamente sobre o leito regularizado ou sobre o reforço, por circunstâncias técnico-econômicas. Pode ser usado para regularizar a espessura da base.
Base: Camada destinada a resistir e distribuir ao subleito, os esforços oriundos do tráfego e sobre a qual se construirá o revestimento. 
Revestimento: É camada, tanto quanto possível impermeável, que recebe diretamente a ação do rolamento dos veículos e destinada econômica e simultaneamente: - a melhorar as condições do rolamento quanto à comodidade e segurança; - a resistir aos esforços horizontais que nele atuam, tornando mais durável a superfície de rolamento. Deve ser resistente ao desgaste. Também chamada de capa ou camada de desgaste. 
Acostamento: Parte da plataforma contígua à pista de rolamentos, destinado ao estacionamento de veículos, ao trânsito em caso de emergência e ao suporte lateral do pavimento. Nos pavimentos rígidos também são feitas as operações de regularização do subleito e reforço, quando necessário. A camada de sub-base tem o objetivo de evitar o bombeamento dos solos do subleito. A placa de concreto de cimento tem a função de servir ao mesmo tempo como base e revestimento.
6.0 BIBLIOGRAFIA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pavimento (Acesso em 15/03/2021).
https://www.yumpu.com/pt/document/read/34810377/estruturas-de-pavimento (Acesso em 15/03/2021).
http://dynatest.com.br/entenda-a-estrutura-basica-de-um-pavimento-de-concreto/ (Acesso em 15/03/2021).
https://www.ufjf.br/pavimentacao/files/2009/03/Notas-de-Aula-Prof.-Geraldo.pdf (Acesso em 15/03/2021).

Continue navegando