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1 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 Introdução à farmacologia → OBJETIVOS •Conhecer as diferentes áreas de estudo da Farmacologia; •Entender onde e como atuam os fármacos; •Apresentar conceitos importantes em farmacologia para compreensão dos efeitos produzidos pelos fármacos no organismo • ao prescrever uma terapia o raciocínio é se os benefícios ultrapassam os riscos, não se baseia só em protocolos terapêuticos, o protocolo não se aplica a todos os pacientes. E o que você prescreve você precisa saber a posologia, princípio ativo etc. • o organismo tem tendencia a expelir todas a substância que não faz parte do organismo. Farmacocinética são as reações, o movimento do fármaco no organismo, termina na excreção quando é eliminado; • farmacologia abrange vários ramos: farmacologia molecular (como age os fármacos nos receptores); •farmacocinética envolve o metabolismo dos fármacos: partir do momento em que eles caem no organismo, onde eles são metabolizados até serem eliminados; •Farmacologia clínica: estudo voltado para a terapêutica em humanos (anti-inflamatórios, por ex: podem causar hemorragia gástrica em animais); • existem fármacos que a resposta depende da sua estrutura química; • a farmacogenética: é o estudo do impacto genético na resposta dos fármacos; faramacogenômica: se sobrepõe a anterior, estuda o perfil genético do paciente para escolher o melhor medicamento para ele, o que diminui os riscos de efeitos colaterais, é o futuro da farmacologia, a genética influencia na resposta do fármaco; •farmacoepidemio: estuda a epidemiologia das RAS dos fármacos está muito relacionada a com a farmacovigilância: estuda a segurança do fármaco após sua comercialização, onde ocorre notificação das RAS à vigilância sanitária. Só se sabe se o fármaco é seguro após 10 anos no mercado (cuidado com a prescrição de medicamentos novos); •farmacoeconomia: busca melhor tratamento com custos palpáveis, estuda não só o preço do medicamento e sim também o preço do tratamento; •toxicologia: estuda os efeitos tóxicos dos fármacos, pode estar relacionado a esses efeitos nos seres humanos, ou ao ambiente, que por uma cascata, atinge os seres humanos, posteriormente; • produto químico: pode ter origem natural ou sintética (feita em laboratório), administração por uma via, atinge um alvo pretendido, mas também age em tecidos não alvo em que não desejamos, causando não só efeitos positivos 2 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 como negativos. Por isso, avalia-se risco e benefício; • a farmacodinâmica: os efeitos que o fármaco produz no organismo quando chega no alvo, farmacocinética: o caminho que percorre no organismo e o que ele faz enquanto isso Farmacologia: pode ser definida como o estudo das substâncias que interagem com os organismos vivos, principalmente por meio de ligação com substâncias reguladores ou por ativação ou inibição de processos corporais normais, essas substâncias podem ser produtos químicos que podem ter efeitos benéficos no paciente ou terem efeitos tóxicos no parasita que infecta o paciente; → FARMACOLOGIA •Farmakos: droga, medicamento Logos: estudo; • Definição: estudo desde a fonte até os efeitos no organismo, parte da ciência que estuda as substâncias que interagem com os sistemas vivos por meio de processos químicos, desde a síntese ou fonte, até sua absorção, o destino no organismo, o mecanismo de ação e os seus efeitos: maléfico (tóxico) e benéfico (medicamento) • Farmacologia médica: é a parte da ciência que estuda as substâncias utilizadas na prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças, nos humanos. •Fármaco ou princípio ativo: substância química de constituição definida (eu conheço as características da família química, é possível desenhar sua estrutura química, pode ser natural ou sintético) capaz de modificar uma ou mais funções do organismo. Pode ser obtido de fontes naturais, pode ser modificado ou totalmente sintetizado em laboratório. •droga: a parte da planta que utilizamos para preparar um medicamento ex: camomila, o importante é a flor onde tem os princípios ativos anti-inflamatórios; •Remédio: é qualquer coisa (nem precisa ser medicamento) que produza um efeito benéfico ex: “pra tudo nessa vida tem remédio”. •Placebo: é toda e qualquer substância sem propriedades farmacológicas, administrada a pessoas ou grupo de pessoas como se tivesse propriedades terapêuticas. De fato, placebo já foi definido como qualquer medicamento dado ao paciente mais com o intuito de agradar do que beneficiar. Até 35 % dos efeitos de um fármaco pode ser atribuído ao efeito placebo •Medicamento: é o princípio ativo em uma determinada formulação, forma farmacêutica: a “carinha” o formato (cápsula, gotas, injetável etc.) do medicamento, é o fármaco (princípio ativo) em suas diversas formas farmacêuticas utilizado em benefício de uma pessoa ou animal, para diagnosticar, prevenir, atenuar ou curar doença. O princípio ativo é o mesmo de um medicamento, mas ele pode ter formulação diferente e isso modifica a resposta em um paciente ex: por isso tem 3 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 pessoas que respondem melhor à uma determinada marca, pois a resposta ao medicamento depende da genética da pessoa e da formulação do fabricante; •Farmacologia clínica: avalia a segurança e a eficácia dos fármacos no homem. •Farmacoterapêutica: ocupa-se com o uso dos fármacos na prevenção e tratamento das doenças. •Toxicologia: estuda os efeitos adversos dos fármacos, bem como dos agentes tóxicos. •Reações adversas: nem sempre estão correlacionados ao mecanismo de ação do fármaco e as vezes não se sabem o porquê (imprevisível). ex: alergias a medicamento não se sabem de fato o porquê, o que causou, inibidores de bomba de próton desenvolvem depressão, mas não se sabe por que ocorre e •efeitos colaterais: efeitos que ocorrem em função do próprio mecanismo de ação do fármaco, faz parte, é previsível. → CIÊNCIAS RELACIONADAS À FARMACOLOGIA •Farmacodinâmica: estuda os efeitos (que faz no organismo) bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seu mecanismo de ação; •Farmacognosia: relacionado com a fitoterapia, estuda as matérias-primas naturais (animais, vegetais e minerais) quanto à obtenção, identificação e isolamento dos princípios ativos; •Farmacogenética: trata do estudo da influência da variação genética na resposta de fármacos em pacientes, correlacionando a expressão do gene ou polimorfismos de nucleotídeo único com a eficácia e/ou toxicidade de uma substância •Farmacogenomia: este novo termo superpõe se a farmacogenética, descrevendo o uso da informação genética para orientar a escolha de uma terapia individual •Farmacoeconomia: Faz uma análise dos custos e das consequências da farmacoterapia para os pacientes, sistema de saúde e para a sociedade. Importante para gestores de hospital, pois em um hospital, por ex nem tem todos os medicamentos e sim os mais viáveis; •Farmacoepidemiologia: É definida como o estudo do uso e dos efeitos dos medicamentos no conjunto das pessoas, ou seja, na sociedade. Ajuda a estudar a segurança dos fármacos; •Farmacovigilância: Ciência e atividades relativas à detecção, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou quaisquer outrospossíveis problemas relacionados a medicamentos após sua comercialização. Ex: profissionais da saúde notificam as RAS, os medicamentos podem até ser retirados do mercado quando o risco sobrepõe o benefício; •Farmacotécnica: estuda o preparo, purificação, conservação, compatibilidades físicas e químicas e as formas farmacêuticas (carinha do medicamento, está ilustrado na imagem abaixo) mais adequadas para uso dos fármacos. Vias de administração x formas farmacêuticas •Endovenosa por ex, usa na emergência, devido a ação rápida do medicamento, a intramuscular não é tão rápida quanto a endovenosa, mas tem efeito rápido, melhor 4 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 custo e menos invasiva. Ou seja, cada via de administração tem uma característica e é aplicada em um contexto diferente, inalatória usa em menor dose, pois cai direto nos alvéolos e diminui a absorção sistêmica; → VIAS DE ADMNISTRAÇÃO • Fatores que determinam a escolha da via: ✓ Tipo de ação desejada; ✓ Rapidez de ação desejada; ✓ Natureza do medicamento. •classificação das vias: • tudo o que passa pelo sistema digestório: enterais, o que não passa: paraenteral. Os indiretos são os usados de forma tópica; para tratar infecção vaginal, por ex: pode usar o trato local que diminui a absorção sistêmica e, por conseguinte, menos efeitos adversos •ação direta= ação sistêmica, indireta= ação mais local •oral: quando engole; bucal: pastilha, enxaguatório, uso mais local engole um pouco; sublingual: via rápida usa na emergência, como embaixo da língua é muito vascularizado cai rápido na corrente sanguínea → VIAS DE ADM- ENTERAIS- ORAL • Via oral-vantagens: ✓ Auto-administração, econômica, fácil; ✓ Confortável, Indolor; ✓ Possibilidade de remover o medicamento; ✓ Efeitos locais e sistêmicos; ✓ Formas farmacêuticas: cápsulas duras: pó dentro da cápsula que não é solúvel como em casos de capsulas gelatinosas que tem líquido dentro e o pó precisa ser solúvel. ✓ A capsula gelatinosa é absorvida mais rapidamente, que nem todos os líquidos, todo medicamento tem fase de dissolução e quando gelatinosa é mais rápida essa dissolução ex: ibuprofeno tem na forma de comprimido e cápsula (forma líquida) comprimidos, ✓ drágeas: porém revestido (mem) melhorar a característica organoléptica (cheiro, gosto) é mais cara, além disso tem medicamentos muito frágeis, pode ser usado para impedir quebra; ✓ soluções, suspensões, elixires, etc. • Via oral-desvantagens: ✓ absorção variável (ineficiente); ✓ período de latência (tempo que o medicamento demora para ter efeito a partir da ingestão, se comer uma feijoada vai demorar mais) médio a longo na via oral, pois depende da plenitude gástrica (se o paciente se alimentou ou não, como a maior absorção ocorre no intestino e quanto mais tempo demorar pra chegar no intestino, com estomago cheio, mais tempo vai demorar para ser absorvido; ✓ ação dos sucos digestivos (tem medicamentos melhor em jejum, se é um medicamento mais instável no pH 5 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 mais baixo, pois no pH ácido é degradado tem menor absorção) / pH do trato gastrintestinal; ✓ interação com alimentos; ✓ pacientes não colaboradores (inconscientes); ✓ sabor; ✓ fenômeno de primeira passagem (medicamento quando passa pelo estômago, chega no intestino, captado pelo sistema porta e metabolizado o que faz com que diminui a concentração do fármaco na corrente sanguínea, mas isso já está previsto, estabelecido na dose do medicamento, isso é importante para mudar a via de administração, em que a dose vai variar justamente por esse fator (por isso a indústria farmacêutica já estabeleceu as diferentes doses, é classificado como desvantagens pois esse fenômeno requer maior dosagem do medicamento; → F.F DE LIBERAÇÃO LENTA • NOS MEDICAMENTOS QUE TEM ESSA SIGLA NÃO PODE FAZER ADAPTAÇÃO DE FORMA FARMACÊUTICA: medicamento de ação prolongada vai ser liberado aos poucos no organismo e não precisa tomar o mesmo número de vezes; • todo medicamento tem doses adequadas, faixas terapêuticas necessária para fazer efeito, mas não causar intoxicação; • não pode pegar o medicamento de ação prolongada (em que a dissolução no organismo é liberada aos poucos) e adaptação (abrir e diluir no copo, por exemplo para agir mais rápido) pois será liberado no organismo de uma vez causando toxicidade, assim como os de farmacoresistência em que o princípio ativo pode ser destruído no pH do estomago antes de char ao intestino; → VIAS DE ADM- ENTERAIS • Via bucal (uso local: mucosa oral) • sublingual (uso sistêmico mucosa sub- lingual) princípio ativo tem que ser lipossolúvel ou peso pequeno (para passar na membrana plasmática ou passar pelos poros ex: captopril, crise hipertensiva não “coloca embaixo da língua” ele baixa a pressão quando o medicamento é engolido e não por meio da mucosa sublingual em que precisa ser lipossolúvel; • Vantagens: ✓ fácil acesso e aplicação; ✓ Cai direto na circulação sistêmica; ✓ Latência curta (faz efeito rápido); ✓ Emergência; ✓ Formas farmacêuticas: comprimidos, pastilhas, soluções, aerossóis, etc. • Via bucal/sublingual- desvantagens; ✓ Pacientes inconscientes não pode usar; ✓ Irritação da mucosa, não pode usar; ✓ Dificuldade em pediatria, crianças não consegue; •Via retal- vantagens Só usa essa via em paciente com Alzheimer (em homecare) que depois de um tempo não 6 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 consegue nem engolir, paciente vomitando demais, semiconsciente, paciente em coma, não quer usar processo invasivo endovenoso que aumenta risco de infecção; ✓ Pacientes não colaboradores (semi- conscientes, vômitos); ✓ Impossibilidade da via oral; ✓ Impossibilidade da via parenteral; ✓ Formas farmacêuticas: supositórios •via retal- desvantagens ✓ Lesão da mucosa não terá boa absorção; ✓ Incômodo; ✓ Expulsão; ✓ Absorção irregular e incompleta → VIAS DE ADMINISTRAÇÃO- PARENTERAIS •via intra-muscular- vantagens ✓ Efeito rápido com segurança, usa muito em PS, medicamentos de característica oleosa (insolúvel, suspenção) faz com que o princípio ativo fica depositado e seja absorvido aos pouco e promove efeito prolongado; ✓ Via de depósito; ✓ Fácil aplicação; •via intra-muscular- desvantagens ✓ Dolorosa; ✓ Substâncias irritantes ou com pH diferente, pode ter lesões; ✓ Não suporta grandes volumes; ✓ Absorção relacionada com tipo de substância, ex: soluções olesosas ou suspensão absorção mais lenta; ✓ Sol.aquosa- absorção rápida; ✓ Sol.oleosa- absorção lenta; ✓ Formas farmacêuticas: injeções; ✓ Músculos: deltoide, glúteo, vasto lateral • via intramuscular: via muito utilizada, devido absorção rápida; • músculo escolhido: deve ser bem desenvolvido, ter facilidade de acesso, não possuir vasos de grande calibre, não ter nervos superficiais no seu trajeto; • Volume injetado- depende da estrutura muscular: Volume depende da massa muscular do paciente em suportar maiores ou menores volumes, atualmente não usa deltoide e sim a glútea. Via utilizado visando efeito rápido; ✓ Região deltoide- de 2 a 3 mililitros; ✓ Região glútea- de 4 a 5 mililitros; ✓ Músculos da coxa- de 3 a 4 mililitros; •Via endovenosa: mais rápido efeito, ação imediata do medicamentovia muito utilizada, com introdução de medicação diretamente na veia; •de preferência: membros superiores, evitar articulações, melhor local: face anterior do antebraço não dominante; •Indicações: necessidade de ação imediata do medicamento; necessidade de injetar grandes volumes ex: hidratação; introdução de substâncias irritantes de tecidos; •tipos de medicamentos injetados na veia: ✓ Soluções solúveis no sangue (não oleosos); ✓ Emulsões óleo/água (sangue é água tem que se misturar com o sangue); ✓ Não deve conter partículas pois causa embolia Pode ser via periférica (tem q saber a concentração adequada do fármaco) ou central (como o fluxo sanguíneo é intenso não precisa saber a concentração, mas sim o tempo), tem que saber quanto soro vai diluir, tem que saber a concentração adequada de adm, e o tempo de infusão se muito rápido toxicidade se pouco sem efeito terapêutico. Tanto na via periférica quanto central tem que saber o tempo de infusão 7 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 • via endovenosa- vantagens ✓ Efeito farmacológico imediato; ✓ Controle da dose ex: UTI, via endovenosa contínua, pode aumentar ou diminuir a partir da resposta do paciente; ✓ Admite grandes volumes; ✓ Permite substância com pH diferente da neutralidade; •via endovenosa- desvantagens ✓ Material especializado, cateter pessoa que saiba o cateter; ✓ Pessoal competente; ✓ Irritação no local da aplicação; ✓ Facilidade de intoxicação, se errar a dose já era pode levar o paciente até a óbito; ✓ Acidente trombolítico, se usar produto insolúvel •Via endovenosa- complicações ✓ Flebites, tromboflebites, acidentes embólicos; ✓ Infecções; ✓ Extravasamento; ✓ Necrose; ✓ Sobrecarga circulatória, não tem limitação de volume, mas tem que saber o tempo de adm; ✓ Reações alérgicas •Via subcutânea Droga fica depositada e demora mais para ser absorvida ex: inoxiheparina, anticoagulante ✓ Conceito: é introdução de uma droga no tecido subcutâneo ou hipoderme; ✓ Áreas de aplicação: face externa do braço, região glúteo, face externa da coxa, região periumbilical, região escapular; ✓ Volume máximo: 2ml •Via vaginal: ✓ Preparações higiênicas femininas; ✓ Antibióticos; ✓ Lubrificantes; ✓ Contraceptivos; ✓ Drogas para induzir trabalho de parto; ✓ Formas farmacêuticas: óvulos (cápsula mole maior), gel, pomadas, soluções, emulsões •Via tópica: cremes (que é emulsão geralmente oleoso em água usada em lesão úmida), pomadas (a base de vaselina, usadas em lesão seca), géis (absorção superficial, usada tanto seca quanto úmida) •Via ocular: colírios •Via nasal: errinos •Via auricular: solução otológicas, pouquíssimo absorvida, se for otite bacteriana precisa dar antibiótico via oral → FARMACOTÉCNICA • gráfico de concentração por tempo, concentração plasmática= quanto o medicamento atinge a circulação sanguínea com o passar do tempo, t=o é o momento que injeta, é o momento de concentração máxima para a via intra-venosa, • (gráfico 1) na via endovenosa não tem absorção, vai direto na corrente circulatória, por isso via endovenosa na emergência, via subcutânea é interessante pois consegue manter a concentração máxima por tempo maior; • (gráfico 1) cinética química de primeira ordem= quanto mais rápido atinge a concentração máxima, mais rápido é distribuído no organismo, mais rápido é metabolizado e mais rápido é eliminado e menor o tempo de ação, olhe os gráficos abaixo ex: via muscular tem efeito rápido, mas o de via oral faz manter por maior tempo a ação do medicamento; 8 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 • janela terapêutica= faixa terapêutica de adequada de concentração do medicamento; • (gráfico 2) precisa ocorrer dissolução pois tudo que é solido sai nas fezes, ex: se está com dor de cabeça e quer que passe logo, toma solução oral ou comprimido? Solução oral tem ação muito mais rápida, pois não precisa dissolver o comprimido. Tem capsulas que queremos que se abram só no intestino, quando o princípio ativo não tolera pH ácido, são medicamentos com gastroresistêntes e são podem ser solubilizados (medicamento que não pode ter adaptação de sua forma terapêutica)! • a cápsula é liberada rapidamente é liberada no estomago, precisa tomar outra já a última não pois tem ação prolongada; → FARMACOCINÉTICA •Farmacocinética: movimento do fármaco no organismo é o estuda da relação que o fármaco e o organismo estabelecem entre si (interação) durante a movimentação do agente através dos fluidos biológicos, ou seja, para dentro (absorção), dentro e inclusive no tecido alvo (distribuição) e para fora do sistema (excreção). Refere-se ao modelo e descrição matemática do curso de tempo de deposição de fármacos no organismo. Descreve através dos gráficos como o fármaco se comporta no organismo; •Pode ser dividida em 5 (LADME): liberação, absorção, distribuição, metabolização e eliminação; • absorção: todas as vias, exceto a via endovenosa que cai direto na circulação, quando atinge a circulação começa a distribuição; quando o fármaco chega no fígado é metabolizado (reações químicas que facilitam a eliminação do fármaco (o tornar o mais hidrossolúvel para sair na urina). Todos esses processos LADME ocorrem de maneira simultânea, enquanto a 1 dose está em uma fase a segunda pode estar em outra mais inicial; • quanto mais lipossolúvel= mais absorvido e mais distribuído e quanto mais hidrossolúvel = mais rápido é eliminado. O que não é hidrossolúvel é eliminado pelas fezes; • OBS: se o paciente tem insuficiência renal, não elimina corretamente, pode aumentar o intervalo de posologia para não sobrepor dose ou diminuir as doses. Em caso de problema 9 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 hepático problema na metabolização. Sempre quem modifica a dose precisa ter certeza do que está fazendo; → RELAÇÕES ENTRE FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA • se ocorre mudança na farmacocinética do medicamento ex: tratando de um velhinho com função renal comprometida, precisa mudar uma fase da farmacocinética para ele não ter muita concentração no receptor e ter toxicidade muda a concentração no local do receptor, se muda via de administração ou mudança nas fases da farmacocinética e se muda isso muda concentração no receptor e muda os efeitos que o fármaco atua no organismo; → DISPOSIÇÃO DO FÁRMACO • ao redor de 5 meias vidas atinge a concentração plasmática de equilíbrio, existem várias vias, o medicamento é absorvido, distribuído, tecidos que podem ficar depositados sem desempenhar papel terapêutico, depois que é distribuído ao órgão alvo é distribuído ao fígado para sofrer metabolização. A maioria dos fármacos sofre metabolização hepática, depois fica mais hidrossolúveis vai para os rins a ser eliminado. Mas se for volátil é eliminado pelo ar secretado, ou por glândulas tem medicamentos que saem pelo leite materno, por exemplo, pode ter intoxicação da criança (clinicamente importante), pode sair até no suor, na saliva, sudoríparas ex: cinaneto, essas últimas são mais para investigação da medicina legal → IMPORTÂNCIA DA FARMACOCINÉTICA •Melhor compreensão da ação das drogas, da dose, da toxicidade, intensidade - duração do efeito terapêutico e tóxico depende do LADME; •Define em termos quantitativoso processo LADME que determina o tempo de ação da droga; •Posologia em situações especiais. Individualizar a terapêutica. Ex: paciente com insuficiência renal; •Pesquisa clínica – aspectos farmacocinéticos ex: meia vida do fármaco; • meia vida do fármaco= quanto tempo o organismo demora para que a concentração do fármaco no organismo caia pela metade, também pode ser analisado nesse gráfico em que X é o tempo e Y é a concentração. Isso serve para determinar de quanto em quanto tempo tem que administrar o medicamento para ter dose adequada. Quanto maior a meia vida do fármaco menos vezes precisa tomar o medicamento (diminui o intervalo posológico), aqui o efeito age em período maior. No entanto, mais tempo leva para atingir a concentração terapêutica. Ou seja, demora mais para aparecer seu efeito terapêutico. 10 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 Isso é interessante no tratamento de doenças crônicas; • Monitoramento de drogas com baixo índice terapêutico (dose terapêutica do medicamento é muito próxima da toxicidade) ex: anticonvulsivante, esses medicamentos necessitam de monitoramento. Todo medicamento tem uma dose máxima, que está dentro da janela terapêutica, concentração tóxica é quando passa; •Diminuir o risco de efeitos adversos, e maximizar a resposta farmacológica das medicações; •Determinantes da prescrição médica (dose, intervalo e via de administração); •O gráfico abaixo ilustra como a farmacocinética é importante para definir a faixa terapêutica adequada. Além disso, ele mostra as fases da farmacocinética e o estudo do gráfico permite identificar se há problema em uma das fases; • a posologia é calculada pela constante de absorção e constante de eliminação; • não é a experiencia clinica que determina a dose e sim é calculado, mesmo quando há alguma necessidade de adaptação em pcientes com compormotimentos reais e hepático (Retículo endoplasmático) Obs: o problema do uso Off- lable é que não tem ensaio clínico para o objetivo em que está interessado, então a posologia pode ser diferente para seu objetivo. Na pediatra, a criança só começa a metabolizar os medicamentos adequadamente a partir dos 4 anos de idade, em pediatria faz muito uso off- lable, pois não pode fazer ensaio clínico em crianças e vai obtendo informações com os casos clínicos, mas exige muito monitoramento; • se demora 5 meias vidas para atingir uma concentração de equilíbrio é o temo, para a concentração de equilíbrio plasmática dentro da faixa terapêutica, para ter efeito terapêutico, pois isso paciente tem que ter doa adesão ao tratamento; • para coletar a droga no sangue tem que esperar a partir pelo menos passado 5 meia vidas para saber se a concentração adequada ex: vancocinemia, medir a concentração plasmática da vanco, que é tóxica em UTI, no sangue; Se a dose é endovesa a concentração máxima é no tempo 0, mas para saber se a concentração plasmática está adequada, em estado de equilíbrio, deve ser feito a partir de 5 meias vidas; • tempo de 5 meias vidas é a concentração plasmática que obtenho em estado de equilíbrio, dentro da faixa terapêutica, pois depois o medicamento vai sendo metabolizado e diminuindo vai diminuindo (faz vale), assim como ingere o medicamento (faz pico), por isso o comportamento do gráfico é em formas de ondas a cada dose que da faz um pico, o mesmo se aplica para medicamentos de ação prolongada, mesmo com que ele libere aos poucos precisa de 5 meias vidas para atingir a contração adequada; • up regulation: conforme dá mais doses surgem mais receptores, o que faz com que demora para fazer efeito, • em infusão contínua o gráfico fica constante, não precisa esperar 5 meias vidas, 11 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 aumenta ou diminui conforme a resposta e o efeito que faz no paciente ex: drogas ionotrópicas para alterar FC, usa muito na UTI pois o efeito é imediato e eu posso controlar a dose de acordo com o efeito que eu estou tendo no pacinete; → ESTRUTURA DA MEMBRANA CELULAR • dupla camada fosfolipídica com poros; → TRASNPORTE ATRAVÉS DAS MEMBRANAS • a maioria passa pelos poros, fatores que interferem no transporte através das membranas: ✓ Solubilidade da substância, para atravessar a mp, quanto mais lipossolúvel mais fácil passam pela mp); ✓ Coeficiente de partição óleo/água (parecido com solubilidade é o quanto o fármaco é lipo ou hidrossolúvel, pois tem sustâncias que não são 100% um ou outro, por isso não chama de solubilidade, ex: 0,8 80% em óleo 20% em água); ✓ Grau de ionização , dependendo do pH do meio pode ser ionizado ou não ex: AAS é um ácido o pH no estomago é ácido, então não ocorre reação fica na forma molecular (mais lipossolúvel), então é mais fácil de absorver, começa a se absorver já no estomago. Se fosse uma substância básica, fica ionizado (hidro) então é mais difícil de passar pela membrana, começa a ser absorvida no intestino, devido à alta capacidade de absorção dos enterócitos; ✓ Tamanho das partículas, quanto menor mais fácil atravessar, passa pelos poros; ✓ Estrutura da membrana ex: barreira placentária, hematoencefálica são menos fenestradas (maior dificuldade de passar) as lipossolúveis passam, um fármaco para agir no SNC, por exemplo, tem que ser lipossolúvel; → MECANISMO DE TASNSPORTE • transporte passivo (mais comum); ✓ Osmose; ✓ Difusão passiva simples (moléculas apolares); ✓ Filtração (moléculas que tem uma estrutura química pequena passa pelos poros) • principais características: ✓ a favor de um gradiente de concentração; ✓ não necessita de fonte de energia; ✓ não desenvolve fenômeno de inibição competitiva (se tem 2 medicamentos que utilizam o mesmo transportador vão competir, então aqui não tem esse fenômeno porque não usa transportador; ✓ não apresenta características específicas em relação à substância (ex: chave fechadura, aqui não tem transportador); ✓ depende principalmente da solubilidade e da ionização da substância 12 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 • transportes especializados: ✓ Difusão facilitada: é idêntica ao transporte ativo, exceto que a substância não se movimenta contra um gradiente de concentração e, portanto, não há gasto de energia. Ex. transporte de glicose; ✓ Pinocitose e fagocitose (endocitose): invaginação da membrana e enclausuramento da partícula. Ex: vincristina em tratamento neoplásico ✓ Transporte ativo: passagem de uma substância através da membrana contra um gradiente de concentração. Características: Consome energia (fornecida pelo ATP); Depende de carreador ou transportador; Seletividade e saturabilidade (transportadores) → ABSORÇÃO •Passagem da droga de seu local de administração para a corrente sanguínea ou linfática; • a primeira fase da farmacocinética é a absorção que é a passagem do fármaco até chegar no plasma, exceto endovenosa que já é 100¢ biodisponível; → ABSORÇÃO PELO TGI- TRATO GASTROINTESTINAL •Fatores interferentes: ✓ Hidrossolubilidade (, quando ocorreu a dissolução no trato gastrointestinal ex: é para usar umas 200 ml de água para ocorrer mais rápido a dissolução no TGI); ✓ Solubilidade (quanto mais lipossolúvel mais rápido absorve coeficiente de partição água/óleo); ✓ Grau de ionização(pka -como se fosse o pH do fármaco que está 50% do fármaco está no estado ionizado e 50% molecular, pH do meio em que está ionizado, quanto mais próximo o pH do pka menos ionizado e portanto absorve mais rápido ex: se pka é4 e pH do meio é 5 , como os dois são ácidos 13 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 então estão na forma molecular, mais no estado molecular então mais lipossolúvel, lipossolubilidade); a maioria são bases fracas e ácidos fracos o que é muito próximo da realidade; ✓ Área disponível para absorção ex: paciente que fez bariátrica (pode diminuir a área não só do estômago como do intestino) tem menor área de absorção em janela terapêutica estreita pode ir titulando a droga (aumentando aos poucos a dose), a maior área de absorção é no intestino; ✓ Capacidade de produzir irritação e modificar o trânsito (vômito, hiperperistaltismo e obstrução) ex: se paciente está com vômito não pode fazer via oral, ou diarreia (peristaltismo acelerado), não vai absorver adequadamente ex: constipação, fica mais tempo o nutriente engorda, da mesma forme absorve mais se tiver obstrução; ✓ Transformações pelas enzimas locais ex: não pode ingerir alguns fármacos com alimentos pois umas enzimas põem causar danos aos fármacos ✓ Presença de alimentos no TGI ex: tempo de esvaziamento gástrico interfere ✓ A absorção pode começar na mucosa oral, não passar pelo fígado e não sofrer a ação de enzimas digestivas. • não pode tomar medicamento com leite, pois pH do leite é básico se ele for ácido vai reagir ficar ionizado e diminuir a absorção do fármaco; • a maioria dos fármacos se ingere com alimentos pode alterar o tempo de absorção, vai demorar mais para atingir a concentração plasmática efetiva e fazer efeito, esse impacto não é relevante em casos em que ingere várias doses e o medicamento não sofre danos do suco gástrico, só vai aumentar → EFEITO DE PRIMEIRA PASSAGEM • Passagem do fármaco da luz intestinal para o fígado através da veia porta, antes de atingir a circulação sistêmica, reduzindo sua biodisponibilidade. É uma metabolização do fármaco antes de ele atingir a circulação, vai para o fígado e sofre metabolização o que diminui a concentração do fármaco no sangue; • biodisponibilidade: concentração de fármaco que chega no compartimento vascular para produzir efeito terapêutico, são captados pela veia porta por isso nem todos são 100% biodisponíveis. Corresponde à quantidade de fármaco no organismo disponível para exercer efeito terapêutico → BIODISPONIBILIDADE • Administração por via oral (+ usada) • Depende da dissociação, dissolução e difusão através da membrana ex: depende da formação do medicamento, que podem fazer com que uma dissolução mais rápida ou mais difícil ocorra; 14 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 • Maioria dos fármacos não são completamente absorvidos; • Quantidade que atinge circulação sistêmica → Biodisponibilidade •quando fala que um medicamento é genérico é porque ele tem a mesma biodisponibilidade que um medicamento original → FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR A BIOSISPONIBILIDADE • Forma farmacêutica Natureza da formulação da droga ex: forma líquida é mais rápida ✓ tamanho da partícula ✓ excipientes ✓ forma do sal ex: algumas drogas são estearato ou sulfato (interfere também na instabilidade química) outros sais, pois não existe principio ativo na sua forma, sempre o fármaco é o sal de alguma coisa e dependendo do sal pode liberar o fármaco mais rápido ou não ✓ Solubilidade da droga ✓ Instabilidade química → FARMACOLOGIA • Medicamento de Referência - o primeiro a ser registrado pela ANVISA, Medicamento inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro. A eficácia e a segurança do medicamento de referência são comprovadas por estudos clínicos. Medicamento Similar - Contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica. Desde 2003 passou a comprovar a equivalência com o medicamento de referência registrado na Anvisa. Ex: aspirina é referência e AAS é similar, similar não é intercambiável, ou se prescreve o referência o paciente pode comprar o similar, mas não ao contrário, não pode ser vendido como genérico, no similar não fez o estudo mas a avisa obriga ele a fazer o estudo b.o: medicamento bonificado o farmacêutico recebe grana para vender; •Medicamento Genérico - O medicamento genérico é aquele que contém o mesmo princípio ativo, na mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e com a mesma indicação terapêutica do medicamento de referência. O genérico já é intercambiável pela norma atual. É uma cópia, o referência fez os estudos clínicos; → ABSORÇÃO RESPIRATÓRIA • fatores interferentes: ✓ Diâmetro, forma, densidade e carga das partículas ex: antigamento os 15 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 inaladores tinham doses muito grandes, pois o tamanho das partículas não colaborava com a absorção ; ✓ Lipossolubilidade do agente; ✓ Concentração do agente na atmosfera ✓ Condições ambientais: pressão, temperatura, umidade e ventilação. ✓ Duração e frequência da exposição ex: posologia ✓ Parâmetros respiratórios como volume e freqüência. Ex: se o paciente está taquipneico libera o medicamento mais rápido e não inspira muito o medicamento • → ABSORÇÃO: VIA TRASNCUTÂNEA • Fatores interferentes ✓ Fatores ligados ao agente: lipossolubilidade, grau de ionização, volatilidade ex: se passa na pele e volatiliza não mantem a concentração, viscosidade etc. ✓ Fatores ligados ao indivíduo: região, integridade, umidade, vascularização e pilosidade. Ex: medicamento trasndérmico já vem marcado a área que tem que colocar e dependendo da área tem pilosidade diferente, vascularização etc. ✓ Fatores ligados às condições de exposição: duração e frequência, temperatura e umidade; • • se tem droga hidrofílica e base hidrofílica só tem uma ação local, → DISTRIBUIÇÃO • após chegar no compartimento vascular, é o Processo onde um fármaco, após absorvido, passa para outras partes do organismo; • A extensão da distribuição depende: 16 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 ✓ Permeabilidade através das barreiras teciduais (peso molecular e solubilidade); ✓ Ligação dentro dos compartimentos • Partição pelo pH; ✓ Partição O/A; ✓ Ligação as proteínas plasmáticas ex: se liga mais a proteína plasmático são os mais lipossolúveis a droga que gera efeito não é a droga ligada a proteína e sim a droga livre. Fármacos que se ligam muito a proteínas plasmáticas podem gerar interação medicamentosa ex: antidiabéticos orais e anti- inflamatórios ambos com alta afinidade proteica, o que tiver mais afinidade (antiinlfamtório) desloca o outro que causa hipoglicemia pois fica muito livre; ✓ Irrigação dos tecidos, interfere no aparecimento do efeito terapêuticoex: ICC leva a menor circulação então fármaco demora mais para ter efeito terapêutico; → LIGAÇÃO DOS FÁRMACOS ÀS PROTEINAS PLASMÁTICAS • A quantidade de um fármaco que se liga a proteínas vai depender de três fatores, os fatores abaixo estão relacionadas a toxicidade: ✓ Concentração do fármaco livre ex: pois é reação de equilíbrio; ✓ Afinidade do fármaco pelos locais de ligação; ✓ Concentração de proteínas ✓ A ligação com as proteínas plasmáticas não é seletiva; ✓ Fármacos podem competir entre sí por locais de ligação nas proteínas plasmáticas; ✓ Um fármaco pode deslocar outro fármaco da sua ligação na proteína; ✓ Fato importante nas interações medicamentosas; ✓ Situações em que ocorrem variações nas concentrações das proteínas (hipoalbuminemia por cirrose, sindrome nefrótica, desnutrição grave, idosos) – teor de ligação menor → PARÂMETROS FARMACOCINÉTICOS RELACIONADOS À FASE DE DISTRIBUIÇÃO • volume de distribuição: As drogas de volume de distribuição muito alto apresentam concentrações muito mais elevadas em tecidos extravasculares do que no compartimento vascular, isto é, apresentam distribuição não homogênea, é o quanto o medicamento está distribuído no organismo, que não é homogênea depende das características dos fármacos, os lipossolúveis tem distribuição mais nos tecidos já hirdro mais no compartimento vascular. Ao dar o medicamento ele é absorvido, quando atinge a concentração máxima é distribuído, depois metabolizado depois eliminado, lembre que o que produz o efeito terapêutico é o fármaco livre; 17 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 → LIGAÇÃO ÀS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS •ex: ao ver que 10 mg em 1 L de sangue, isso é a distribuição, no pote 2 tem maior volume distribuição muito maior que o 1 (5 L), isso depende da característica do tecido, quanto menor a concentração plasmática significa que tem volume de distribuição alto, e quanto maior o volume de distribuição está mais nos tecidos e mais no compartimento vascular então esta mais distribuído o volume de distribuição é maior, e muito provavelmente tem que dar dose maior para atingir a concentração terapêutica, isso é importante para calcular a dose do paciente; quanto mais distribuído maior a dose que precisa dar; • o parâmetro é a medição de fármaco livre 18 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 → QUAL A ULTILIZAÇÃO DO VD? VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO •O Vd é um conceito abstrato; •É um parâmetro importante para determinar regime posológico ex: quando calcula dose de ataque, por exemplo, utiliza a formula abaixo que usa o volume de distribuição; •Um alto Vd significa que uma alta dose deve ser dada para alcançar uma C adequada no local de ação; •É utilizado para o cálculo da dose de ataque (Loading Dose) → VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO • volume APARENTE de distribuição: ✓ O volume de distribuição pode exceder acentuadamente qualquer volume físico do corpo, visto que se trata do volume aparente necessário para conter a quantidade de droga homogeneamente na concentração encontrada no sangue (plasma ou água) ✓ Trata se de uma espaço calculado, não obedece a nenhum espaço anatômico real e baseia-se na dose administrada e na concentração resultante do fármaco no plasma. •As drogas de volume de distribuição muito alto apresentam concentrações muito mais elevadas em tecidos extravasculares do que no compartimento vascular, isto é, apresentam distribuição não homogênea. Distribuição não é homogênea depende da característica do fármaco → RESERVATÓRIOS •a droga livre que produz o efeito terapêutico, e demora para fazer efeito pois se armazena nos tecidos, primeiro se distribui no tecido adiposo e depois vai sendo eliminado, saindo do tecido e indo para o plasma. Ou seja, em obesos o anestésico demora mais para agir, isso não ocorre só no tecido adiposo isso pode ocorre no tecido ósseo tbm → DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS •Atingindo a circulação sanguínea, o fármaco é distribuído aos tecidos: ✓ Suscetíveis – sofrem ação farmacológica; ✓ Ativos – biotransformam (metabolizam) o fármaco; ✓ Indiferentes – reservatórios temporários; ✓ Emunctórios – eliminadores ex:no rim o fármaco é eliminado . • todos os processos ocorrem simultaneamente a distribuição, eliminação etc. → METABOLIZAÇÃO • é o mesmo que biotransformação, tudo que é estranho ao organismo ele vai querer 19 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 eliminar, colocar para fora, Drogas e toxinas são agentes estranhos ao organismo; •Drogas podem ser metabolizadas nos pulmões, sangue e fígado ex: no sistema mitocondrial do fígado tem enzimas para do sistema do citocromo do p-450, famílias de isoenzimas ; •O organismo transforma as drogas em formas mais hidrossolúveis e mais fáceis de serem eliminadas; → BIOTRANSFORMAÇÃO DE FÁRMACOS • objetivos: ✓ Tornar a molécula mais polar ex: ou aumentando o peso molecular para não ser reabsorvida ou tornando hidrossolúvel; ✓ Aumentar o tamanho e o peso molecular; ✓ Facilitar a excreção • consequências: ✓ Diminuição da meia vida biológica do fármaco ex: indutores enzimático, se metaboliza muito rápido, ou ao contrário drogas inibidoras enzimáticas inibe a ação de famílias de isoenzimas o que faz com que demore mais para metabolizar e pode atingir concentrações tóxicas daquele fármaco, overdose; ✓ Redução do tempo de exposição; ✓ Redução da possibilidade de acumulação; ✓ Provável modificação na atividade biológica ex: se atinge concentração mais baixa ou mais alta; ✓ Alteração na duração da atividade biológica; ✓ Bioativação, (pró-fármaco) tem fármacos ex: enalapril, que é inibidor da ECA2 anti-hipertensivo, não é o enalapril que te o efeito e sim o enalaprilato que é um metabólito do enalapril, que é um pró-fármaco, que será metabolizado (pois isso não pode falar que a metabolização só visa inativar o fármaco, nesse caso ativa); → BIOTRASNFORMAÇÃO DE FÁRMACOS •Sítios e atividade de biotransformação, ocorre muito no fígado e em alguns tecidos abaixo: ✓ fígado – elevada; ✓ pulmões e rins – moderada; ✓ intestino, pele, testículos, placenta e adrenal – baixa •crianças só tem metabolização ideal a partir dos 4 anos, não é correto dar profármaco, pois não terá efeito terapêutico; fármacos indutores e inibidores enzimáticos. Os indutores aumentam a biotransformação e os inibidores, reduzem → CARACTERÍSTICAS • principal foco da metabolização é tornar substâncias mais hidro, indutores aumentam biotrasnformação, inibidores diminuem, metabólito ativo: pró-farmaco, ocorrem reações de fase 1: oxidação, redução e hidrólise e a grande maioria fazem fase 2: conjugação. Ambas querem tornar as substâncias mais polares, reações de fase, quem faz são os idosos que não fazem muito bem reação de fase 1, se a área é pediatria prefere medicamentos que fazem fase 1 para impedir a toxicidade o mesmo mecanismo para os velhinhos; 20 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 → SISTEMA CITOCROMO P-450 (CYP) •Constituição: coleção de isoenzimas, agrupadas por família, subfamília e gene responsável pela sua transcrição; •Famílias: primeironumeral arábico (3) Subfamílias: letras alfabéticas (A) CYP 3A4 Gene: último numeral arábico. (4) •Se a semelhança em aminoácidos e sua sequência são de pelo menos 40%, a enzima pertence à mesma família. Se a sequência é 55 - 99% homóloga, a enzima pertence à mesma subfamília. → FAMÍLIAS DE CYP Isso é importantes para interação medicamenosas, sempre que ouvir falar que indutor e inibidor atenção para interação → REAÇÕES FASE I •Sistema do Citocromo P450 •Localizado no retículo endoplasmático dos hepatócitos Através de cadeia transportadora de elétrons, a droga liga-se ao sistema CYP450 e entra em oxidação ou redução •Indução enzimática é mecanismo de Interações de drogas → REAÇÕES FASE II •Grupo Polar é conjugado com a droga •Resulta no aumento da polaridade da droga •Tipos de Reações: ✓ conjugação da glicina ✓ conjugação glucorónido ✓ conjugação do sulfato levam a um fármaco mais polar → EXCREÇÃO •São os processos que levam a droga para fora do organismo; É eliminada de diferentes vias, mas a principal é a via renal, maioria dos fármacos são eliminados nessa, precisa ser polar; 21 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 •Fármacos eliminados inalterados ou como metabólitos; Sinonímia ex: dipirona pode ter outros nomes, pois existe a nomenclatura nacional e outras ex: paracetamol (no br) acetominofen (denominação comum internacional) ; •Propriedades físico-químicas: ✓ Compostos Polares – Excreção Renal; ✓ Gases ou Voláteis – Excreção Pulmonar; ✓ Compostos Inalterados – Excreção fecal (sem absorção) ex: dimeticoma (lufital), pois não é absorvida sai nas fezes Pode ocorrer por 3 formas descritas na imagem abaixo; → PARÂMETRO FARMACOCINÉTICO •Meia vida (t1/2): Tempo requerido para que a concentração, plasmática, no sangue do agente diminua pela metade. É determinado tanto pela biotransformação (metabolização) quanto pela excreção do fármaco, que são processos saturáveis ex: paciente com problema hepático ou renal pode aumentar a meia vida do fármaco, se o paciente tiver excreção e metabolização normal a meia vida se mantem constante, meia vida é independente da dose, não se altera ex; pacientes com tubercoluse é baixa adesão tem q tomar todo dia, não pode dar dose de uma semana se não causa toxicidade, quando aumenta a dose só aumenta a concentração plasmatica não altera o tempo de ação do fármaco; → PARÂMETROS FARMACOCINÉTICOS •Clearance renal: é o volume de plasma que contém a quantidade do fármaco por unidade de tempo •Designa a capacidade de retirada, pelos rins, de alguma substância da corrente sanguínea •Volume de plasma que contém a quantidade de substância retirada, por unidade de tempo. •É um termo farmacocinético utilizado para se determinar as doses de manutenção → COMO AGEM OS FÁRMACOS? •“As drogas não criam funções no órgão ou sistema sobre o qual atuam. As drogas modificam as funções preexistentes.” (Penildon Silva); → FARMACODINÂMICA 22 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 • fármacos modificam algo que é fisiológico, ele não cria nada novo, Estuda a ação do fármaco no organismo, o modo como os fármacos influenciam os processos do organismo pela sua interação com alvos específicos..., desencadeia reações químicas que fornecem um efeito; •Mecanismo de ação e seus efeitos resultantes • Efícácia tbm muda de fármaco para fármaco • Perfil de segurança muda de fármaco para fármaco; •AÇÃO Alterações biomoleculares decorrentes da interação de uma droga com sítios específicos nas células, ou sistemas enzimáticos (alvos farmacológicos), tem droga que age no transportador do fármaco, ou canal iônico ou proteína transportadora, fármacos produzem seus efeitos farmacológicos a partir do momento que interagem com seus alvos farmacológicos; •EFEITO: São as consequências orgânicas dessa interação, na medicina é tudo risco e benefício: ✓ Efeito Benéfico - Efeito Desejável ✓ Efeitos Adversos - Efeitos Indesejáveis Efeitos Colaterais (relacionados com mecanismo de ação do fármaco, previsível) •Conhecimentos sobre farmacologia são essenciais para a utilização racional das drogas, usa também as comorbidades do fármaco para analisar as melhores formas terapêuticas; OBS: o uso do minoxidil, que serve pra pressão mas se compra pela indução no crescimento capilar, é uso OFF-Lable, diminui a segurança do fármaco, hoje tem estudo clínico pela ANVISA então não é mais esse uso → RELAÇÃO DOSE-RESPOSTA •As respostas induzidas pelas drogas não são fenômenos “tudo ou nada”, quando da uma dose do medicamento não significa que ou não tem efeito terapêutico ou nada, pode ser suficiente para ter efeito colateral ou adverso; • Aumento da dose pode: ✓ Aumentar a resposta terapêutica ✓ Mas também aumentar o risco de toxicidade; Qual a melhor dose? É a menor dose que produz o efeito terapêutico desejado, melhor ir titular aos poucos, para diminuir os riscos de toxicidade; Ex: paciente com muita dor de cabeça tinha fibromialgia, tomou muitos medicamentos, estava com diarreia, vomitando morreu de intoxicação; ex: uso crônico de uso anti inflamatório pode levar a falência renal, quantos pacientes fazendo hemodiálise devido o uso excessivo de anti- inflamatório; Quando faz um estudo dos medicamentos faz com base na média da curva de Gauss, mas alguns pacientes podem ter reações diferentes devido sua genética, a maioria faz efeito ou uma mesmo dose pode não fazer efeito ou pode ser tóxico nesse caso muda a terapia a resposta não é igual para todos 23 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 → CONCEITOS EM FARMACODINÂMICA •Índice Terapêutico: calculado na dose letal e a dose efetiva, essa relação; ✓ Medida de segurança de uma droga ✓ Calculado: LD50/ED50 •Margem de Segurança ou Janela Terapêutica ✓ Margem entre as doses terapêutica e letal de uma droga, diferença entre dose tóxica e dose efetiva, ex: dose excessiva de morfina pode causar depressão respiratória; a informação pode vir em dose máxima diária ou dose máxima por horário, confundir as duas pode ser fatal, a dose diária máxima é mais comum; → ALVOS FARMACOLÓGICOS Onde agem medicamentos • Receptores: Proteínas possuidoras de um ou mais sítios que, quando ativados por substâncias endógenas, são capazes de desencadear uma resposta fisiológica. • Sítios de ação: Locais onde as substâncias endógenas ou exógenas (fármacos) interagem para promover uma resposta fisiológica ou farmacológica. Ex: anticonvulsivante pra inibir canal de Na e K para inibir o potencial de ação exagerado • Em Farmacologia: Receptor, é mais genérico pode ser enzima, canal iônico - local onde o fármaco interage e produz um efeito farmacológico. → TRASNDUÇÃO DE SINAL • quando o fármaco se liga ao receptor ele produz uma transdução de sinal que produz um efeito em cascata naquela célula, a partir do momento que o fármaco se liga ao receptor quando atinge uma concentração produz um efeito farmacológico, são as reações bioquímicas entre o fármaco e o receptor. As drogas agem como sinais e seus receptores atuam como detectores de sinais. Muitos receptores sinalizam seu reconhecimento de um ligante ligado iniciando uma série de reações que resultam em uma resposta intracelular específica.24 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 • O termo “ligante” refere-se a uma pequena molécula que se liga a um site em uma proteína receptora. O ligante pode ser uma molécula natural ou uma droga. • O “segundo mensageiro” (também chamadas de moléculas efetoras) são parte da cascata de eventos que traduz a ligação do ligante em uma resposta celular. Há fármacos que agem bloqueando canais ExA: receptores nicotínicos colinérgicos, quando bloqueia tem efeito intracelular Ex C: drogas que se ligam a receptores ou ativando ou bloqueando; Ex D: drogas que penetram na célula e não agem nas proteínas de membrana e sim no núcleo da célula; → PARA SABER MAIS... → RECEPTORES IONOTRÓPICOS • como podemos classificar esses receptores (alvos) os ionotrópicos (abertura e fechamento de canal) são os canais iônicos, quando o fármaco se liga no receptor ele pode bloquear ou ativar um receptor ex: receptor GABA A aumenta a entrada de ions cloreto, hiperpolarização (demora para despolarizar a transmitir estimula da dor) causa analgesia, anestésico local bloqueia canal de sódio, eles estão relacionados com despolarização de células → RECEPTORES METABOTRÓPICOS • Receptores quando ativados por agonistas interagem com a proteína G • Ativação de enzimas (Adenilato ciclase, Fosfolipase C, Fosfolipase A2) • Produção de segundos mensageiros Existem tipos de alvos que podem mudar a ação do medicamento e que tem tempos diferentes de ação, se muda o alvo muda a cascata de eventos e muda o efeito; 25 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 - ação direta; -metabotrópicos acoplados a proteína G produz um segundo mensageiro que vai fazer a função; - tem aquelas ligados a proteína quinase e os que agem no núcleo da célula; → CONCEITOS EM FARMACODINÂMICA •Eficácia: ✓ Grau de capacidade da droga produzir a resposta desejada. Relação com o fármaco com o receptor ✓ Descreve a efetividade biológica do complexo FR= habilidade do fármaco obter uma resposta celular Expressa como uma fração (0 a 1) • Concentração Efetiva 50% (ED50) ✓ Concentração da droga que induz um efeito clínico específico em 50% de indivíduos (faixa terapêutica) •Potência ✓ Quantidade da droga necessária para produzir 50% da resposta máxima que a droga é capaz de induzir ✓ Usado para comparar compostos dentro das mesmas classes de drogas, pois quando compara potencia compara o efeito terapêutico que desejo, ambas são eficazes mas como com a droga A atinge o efeito com uma concentração menor, a droga A é mais potente; Afinidade ✓ Tendência ou grau com que moléculas de um fármaco são atraídas para seus receptores, maior a afinidade maior o elo de ligação entre fármaco e receptor ✓ Refere-se à força de ligação entre a droga e o receptor (complexo fármaco-receptor) ✓ Fármacos com uma alta afinidade por seus receptores exibirão uma tendência maior de se combinar com esses receptores do que fármacos de baixas afinidades. ✓ Quanto maior for esta afinidade, mais potente será o fármaco, pois muita afinidade precisa de uma dose menor para produzir o efeito terapêutico • Constante de Dissociação (KD) ✓ Mede a afinidade da droga para um dado receptor, que tem relação inversa com a constante de dissociação (Kd) do fármaco. Quanto maior essa constante menos afinidade, mais rápido de dissocia do receptor ✓ Definida como a concentração da droga necessária em solução para atingir 50% de ocupação dos seus receptores. •Dose Letal 50% (LD50) 26 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 ✓ Concentração da droga que induz morte em 50% de indivíduos ✓ Agonista: quando o fármaco se liga a um receptor e produz determinada resposta melhora a resposta já fisiológica desse receptor, melhora ou o tempo de ligação ou a resposta; ✓ Antagonista: quando se liga bloqueia a função fisiológica que aconteceria; ✓ Agonista inverso: temos 2 tipos de receptores no estado ativado e repouso, se é inverso se liga no estado de repouso então não tem resposta farmacológica; → RECEPTORES DAS DROGAS • Agonista completo Drogas que alteram a fisiologia de uma célula por ligação a receptores da membrana plasmática ou receptores intracelulares (somente RA) • Agonista Parcial Uma droga que não produz o efeito máximo mesmo quando todos os receptores estão ocupados (predominante em RA). Ele produz o efeito fisiológico, mas não o efeito máximo •Agonista inverso Uma droga que não produz efeito mesmo quando todos os receptores estão ocupados (predominante em RI). Ele se liga mas no receptor em repouso ou inativo Os agonistas inversos se liga ao receptor ele desativa não ativa os receptres eles se diferenciam do antagonitas: existem receptores do organismo que estão sempre ativos mesmo que sem estímulo e então ao usar a um agonista inverso se liga e inativa esse receptor e de modo geral o agonista inverso diminui a atividade do receptor , o agonista inverso tem efeito mesmo na ausência de outro agonista o foco é inibir a resposta do receptor RA: receptor ativo, RI: receptor inativo Agonista completo o fármaco se liga q 100% dos receptores 27 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 Antagonistas Inibem ou bloqueiam respostas causadas pelos agonistas, as vezes ocupa e não deixa a substância fisiológica se ligar (RA=RI) • Antagonista Competitivo ✓ Compete com um agonista para os receptores; ✓ Altas doses de um agonista podem geralmente sobrepor-se ao antagonista ✓ Ex: tem 2 fármacos um anta e um ago se aumenta A desloca e tem efeito de a ao aumentar a concentração de acetil colina não tem efeito, desloca o fármaco • Antagonista Não Competitivo ligação dele é tão forte com o receptor que por mais que aumente a acetilcolina (A) não consegue mais se ligar com a mudança conformacional , pode ser alostérico ou atuar no mesmo sítio do agonista de modo irreversível ✓ Liga-se a um local diferente (alostérico) do domínio de ligação do agonista; ✓ Induz uma mudança de conformação no receptor, de modo que o agonista não “reconhece” mais o seu local de ligação. ✓ Altas doses do agonista não se sobrepõem ao antagonista nesta situação ✓ A partir do momento em que ele se liga no receptor não adianta aumentar o agonista que o agonista não consegue se ligar Alostérico: o fármaco se liga no msm receptor mas em um local diferente, então é não competitivo alostérico, muda a conformação do receptor e o agonista não consegue se ligar Obs: dose de ataque só pensa quando fala de antibiótico, sempre que dá dose de ataque da dose muito maior do que precisa para atingir uma concentração máxima e ter efeito biológico, as vezes não da para 28 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 esperar atingir a concentração necessária para atingir o microbiano ex: meningite não pode esperar 5 meias vidas do medicamento para o organismo atingir a concentração plasmática ideal para efeito terapêutico. Nesse caso, o paciente pode morrer antes doefeito, para atingir mais rápido a concentração plasmática e ter efeito terapêutica ex: antibiótico demora uns 3 dias , mas em infeção aguda não da para esperar; cada vez que da dose de ataque há exposição do paciente a riscos de toxicidade e efeitos colaterais, depende do fármaco e da doença do paciente Antagonista químico ou fisiológico Químico (eles regem e não tem droga para efeito farmacológico, enquanto mistura ácido e básico, por ex, para fazer um sal não em vivo in vitro) Fisiológico: ex: médico da escopolamina (buscopan) para diminuir a contração da mulher outro médico da ocitocina para aumentar, da dois fármacos diferentes para o paciente que tenham ações opostas pode ter interação medicamentosa, então não consegue obter o efeito terapêutico desejado) Atuam independente do receptor, iniciando efeitos opostos ao agonista ou inativa quimicamente Abaixo, quando tem uma droga que é simplesmente antagonista não competitivo, por mais que aumenta continua não tendo o efeito (gráfico laranja), mas se for agonista competitivo ao aumentar que terá o msm efeito terapêutico (gráfico rosa); Agonista total: produz 100% do seu efeito, parcial menor que 100% e antagonista: não tem efeito biológico; → CARCATERÍSTICAS DOS RECEPTORES Especificidade Química Cada receptor é específico para uma droga Exemplo: Cloranfenicol possui 4 isômeros, mas apenas um deles apresenta atividade farmacológica. Especificidade Biológica Cada tecido possui receptores específicos. Exemplo: Epinefrina: Ação acentuada na musculatura estriada cardíaca e pouca ação na musculatura estriada esquelética, é uma afinidade do fármaco que diminui as 29 Lívia Santos TXVIA Farmacologia Prof° Soraia Guerra Silvares 04/02/2021 reações adversas, quanto mais especificidade menos efeitos colaterais → NOMENCLATURA CORRETA O fármaco de canal iônico: ele modula, ativa ou bloqueia, não pode falar antagonista ou agonista de canal de sódio, ação direta no canal iônico; Ativador ou inibidor enzimático Ex: antidepressivos Ative ou inibe o transporte
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