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AULA 2 e 3 – Alimentos Utilizados na Nutrição Animal Alimentos Volumosos x Alimentos Concentrados Concentrados x Concentrados Proteicos Fatores Antinutricionais A classificação dos alimentos se dá em função do teor de fibra: · Alimentos Volumosos: Fornecimento: Fibra; São alimentos de baixa energia. Utilização: Herbívoros Possuem mais de 18% de fibra bruta e menos de 60% de Nutrição Digestivas Totais (NDT). Qualidade depende da idade da planta. Ex.: Fabáceas (leguminosas); Poáceas (gramíneas); Pastagens, Forrageiras de corte, Fenos e Silagens, Restos Culturais (sabugos, cascas e resíduos). · Feno: Secagem; · Silagem: Fermentação, conserva qualidade dos alimentos, boa palatabilidade; · Palha: Secagem, restos de culturas. · Alimentos Concentrados: Fontes de Energia: Carboidratos e Lipídeos; Alto valor energético; Possuem menos de 18% de fibra bruta e mais de 60% de Nutrição Digestivas Totais (NDT). Ex.: Grãos de cereais; Gorduras vegetais e animais. Os alimentos concentrados ainda são divididos em dois subgrupos: 1. Concentrados Energéticos: Possuem menos de 20% de proteína bruta em sua composição. Fornecimento de energia com pouca fibra. Utilização: Não ruminantes como aves e suínos; · Milho Servido em forma de silagem, desintegrado e em grão. Possui baixo teor protéico, cerca de 9% de proteína bruta e é pobre em Lisina e Cálcio. É considerado o principal alimento energético para qualquer espécie. · Mandioca · Espécie rústica, adaptada ao clima e o solo, com bom valor nutritivo, e fonte de energia. É utilizado para substituir os alimentos energéticos tradicionais como o milho. · Ao fornecer deve-se atentar ás espécies (brava e mansa). · Sorgo Possui alto teor de tanino, e é prejudicial para aves e suínos. Também é utilizado para substituir o milho. Durante o pastoreio há a emissão das panículas. · Farelo de Trigo Possui alto teor de fibra e menos energia, indicado para frangos. Possui a proteína bruta entre 14-16%, e é rico em vitaminas do complexo B. · Melaço É o subproduto da cana-de-açúcar, possuindo aproximadamente 25% de água em sua composição, complementadas à CHO (Sacarose) em cerca de 25% á 40% e é fonte de minerais. Possui baixo teor de proteína bruta, cerca de 3%. · · · · Casca de Soja Possui em sua composição a celulose, e seu teor de proteína bruta é em torno de 13%. É altamente digestível, semelhante ao milho, porém não apresenta acidose ruminal. · Polpa Cítrica É o subproduto da indústria da laranja, com alto valor energético e rápida fermentação. Possui baixa proteína, cerca de 6-8%. · Palma Forrageira Ingrediente Básico, boa adaptação e mecanismo fisiológico. Rico em energia e fonte de Nutrição Digestivas Totais (NDT). Baixo teor de proteína e fibra. 2. Concentrados Proteicos: Possuem sua proteína bruta maior que 20%. A qualidade da sua proteína,está relacionada com o balanceamento de aminoácidos. Lisina: limitante para suínos; Metionina: limitante para aves; Ruminantes: síntese microbiana fornece aminoácidos. · Farelo de Soja Elevado teor de proteína bruta (cerca de 44-50%), é fonte primária de proteína na alimentação animal. Os grãos apresentam fatores antinutricionais (antitripsina- inibidores de tripsina) nos não ruminantes. Alimento deficiente em lisina e metionina. · Farelo de Algodão Possui um elevado teor de proteína bruta, e torno de 40%, e pode substituir parcial ou totalmente o farelo de soja. Alimento deficiente em Lisina. Fator antinutricional: Gossipol, alimento tóxico para não ruminantes, além de possuir efeitos adversos na reprodução de machos ruminantes. · Farelo de Girassol Teor de proteína bruta cerca de 26% e de 40% de FDN (celulose, hemicelulose e lignina). Possui degradabilidade do rúmen média. · Resíduo de cervejaria Teor de Proteína Bruta- 26% Possui valor energético semelhante à proteína bruta. Baixa concentração de amido Degradabilidade do rúmen: média · Fontes de Nitrogênio não protéico (NPP) Composto contém Nitrogênio, mas não estão na forma de proteína e peptídeos. Sua principal fonte é a uréia, que apresenta 45% de nitrogênio, é fonte de proteína bruta para ruminantes, realiza síntese de proteína microbiana hidrolisada para Amônia. Necessita a adaptação ao uso pois pode ser tóxica em casos de 50g/100kg. Alimentos Proteicos de Origem Animal · Farinha de carne, ossos e sangue Elevado teor de proteína bruta, cerca de 45-60%, porém apresentam problemas de ranicificação e palatabilidade. Seu processamento prejudica a qualidade se utilizadas altas temperaturas. Sua quantidade máxima de inclusão é de 5%. · Farinha de Peixe Teor de proteína bruta cerca de 50-60%, sendo rica em Cálcio e Potássio, fácil rancificação, boa palatabilidade e inclusão de 2-5%. · Farinha de Penas Elevado teor de proteína bruta- 80%; Pobre em aminoácidos; Substituição de 2 a 3% do farelo de soja; Difícil de ser aproveitada (Estrutura). Fatores Antinutricionais · Variedades de alimentos de origem vegetal: Reduzem o valor nutritivo; interfere na digestibilidade; absorção e utilização dos nutrientes; altas concentrações- danosos á saúde. · Taninos Polímeros fenólicos solúveis em água, presentes no grão de sorgo. Quando ingeridos, estes componentes inibem as proteínas (enzimas), apresenta sabor amargo e desagradável, formam complexos com os carboidratos, e inibem as enzimas digestivas do intestino. · Ácido Cianídrico (HCN) Presentes na raiz da mandioca in natura, seu principio tóxico é o glicosídio que ao ser ingerido ou inalado pode ter efeitos tóxicos. Ideal é colher, cortar, deixar 24hrs sob o sol para volatilizar este componente para que o alimento esteja próprio para consumo. Bravas: raiz e folha; Mansas (macaxeira): consumo in natura. · Gossipol e AG ciclopropenóides Semente de algodão ou grânulos; durante o processamento das sementes- libera o gossipol; já o AG ciclopropenóides estão contidos no óleo da semente. Monogástricos- diminui a digestibilidade da proteína e do aminoácido lisina; Aves- interfere na coloração da clara do ovo; Ruminantes machos- reprodução.
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