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Questões sucessões
Direito Civil – Sucessões (Centro Universitário de Brasília)
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Direito Civil – Sucessões (Centro Universitário de Brasília)
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Questões Discursivas – Sucessões – 1ª avaliação
Questão 1. Margarida, divorciada, viveu em união estável com Pato Donald - 
viúvo e pai de três filhos maiores e capazes - Zezinho, Luizinho e Huguinho, 
advindos do seu casamento com Clarabela - durante 10 anos consecutivos, 
desde janeiro de 2004. Durante a convivência adquiriu um apartamento em 
sociedade com Pato Donald em agosto de 2006, imóvel onde reside atualmente
com sua filha, advinda do casamento desfeito. Na escritura pública desse bem,
consta que Margarida e Pato Donald são proprietários em partes iguais do 
imóvel, ou seja, cada um é proprietário de 50% do imóvel. Margarida e Pato 
Donald não tiveram filhos em comum. Em maio do corrente ano, Pato Donald 
faleceu, e Margarida, desejando regularizar a situação do imóvel e diante da 
ausência de acordo com os herdeiros do companheiro, procurou um advogado
para receber orientações. Considerando o relato acima, responda as questões 
fundamentada com dois doutrinadores e uma jurisprudência. 
A) Como ocorrerá a divisão da herança? 
O Código Civil de 2002 prevê em seu artigo 1.790 o seguinte: “A companheira ou 
companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos 
onerosamente na vigência da união estável, nas seguintes condições: (...) II- se 
concorrer com os descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do 
que couber a cada um daqueles”. Na interpretação literal do artigo, se a viúva 
concorresse com os descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-ia a metade do 
que coubesse a cada um daqueles (PABLO STOLZE GAGLIANO, 2018, pg. 243). 
Tal dispositivo recebera diversas críticas de vários doutrinadores, considerando-o 
inconstitucional, haja vista violar a igualdade entre as famílias amparado no artigo 
226 da CF/88. Compreende Venosa que “o convivente somente terá direito ao total 
da herança, se não houver quaisquer parentes para concorrer à sucessão, ou seja, 
se ainda tiver o tio-avô ou primo-irmão do convivente falecido, estes terão 
preferência na sucessão”, dessa forma a inconstitucionalidade do artigo se daria 
pelo fato de colocar o convivente em situação inferior ao do cônjuge (2013). Da 
mesma forma entendeu o Supremo Tribunal Federal ao julgar em sede de Recurso 
Extraordinário a inconstitucionalidade do artigo 1.790, CC (RE 646.721 e RE 
878.694). A Corte Suprema firmou a seguinte tese: “No sistema constitucional 
vigente, é inconstitucional a distinção de regimes sucessórios entre cônjuges e 
companheiros, devendo ser aplicado, em ambos os casos, o regime estabelecido no 
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art. 1829 do CC/02”. O Ministro Luís Roberto Barroso afirma que o artigo 1.790 é 
incompatível com a Constituição Federal por violar também outros três princípios, 
dignidade da pessoa humana, proporcionalidade como vedação à proteção 
deficiente e vedação ao retrocesso. Sendo assim, Margarida terá direito aos 50% 
que lhe cabe pelo apartamento, haja vista o previsto na escritura pública, com 
relação aos 50% pertencentes ao Pato Donald, aplica-se o disposto no artigo 1829, 
I, do CC, Margarida não concorrerá com os herdeiros de Pato Donald, aqui aplica-se
o seguinte entendimento: “onde é meeiro, não é herdeiro”, sendo que esses 50% 
deverão ser dividido igualmente Zezinho, Luizinho e Huguinho. Além disso, como 
previsto no art. 1.831 do Código Civil, Margarida possui o direito de permanecer 
morando no apartamento, de acordo com o direito real de habitação, se o 
apartamento for o único imóvel do casal, inclusive, o STJ entendeu que o direito real 
de habitação independe da inexistência de outros bens no patrimônio particular do 
sobrevivente, no REsp 1.582.178/RJ, da relatoria do Ministro Ricardo Villas Bôas 
Cueva.
B) Quais são os direitos dos herdeiros diretos do companheiro no que se 
refere ao bem? 
No que tange à união estável, se os conviventes não estipularem diferente, aplica-se
o regime de comunhão parcial de bens, isso significa que o convivente sobrevivente 
será meeiro naquilo que adquiriram na constância da união estável, no que tange 
aos bens comuns. Porquanto, os filhos de Pato Donald terão direito somente aos 
50% que correspondiam ao pai. Dessa forma, sendo parte indisponível da herança 
(a chamada legítima), que corresponde à metade dos bens da herança que a lei 
impõe seja transferida a determinadas pessoas da família (os herdeiros 
necessários), que só deixarão de recebê-la em casos excepcionais também 
previstos em lei. Sobre essa parcela, o sucedido não tem liberdade de decisão, pois 
se trata de norma cogente (TARTUCE, 2018). Contudo, a filha direta de Margarida 
não terá direito de herança, pois a mesma não é herdeira de Pato Donald.
Questão 2. Pato Donald, companheiro de Margarida, ao falecer sem 
descendentes nem ascendentes, tinha dois bens: uma casa de praia que 
comprou antes do início da união estável e um apartamento que comprou após
o início da união estável. Deixou seu tio-avô vivo. Considerando o relato 
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apresentado acima, responda as questões de forma fundamentada (dois 
doutrinadores e uma jurisprudência): 
A) Como ocorrerá a divisão da herança? 
No caso em questão, Margarida terá direito a receber a herança em sua totalidade, 
haja vista inexistir descendentes e ascendentes de Pato Donald, aplicando-se o 
artigo 1829, inciso III, CC. O tio-avô do de cujus só teria direito hereditário se Pato 
Donald não tivesse cônjuge/companheiro. Carlos Roberto Gonçalves explica que “se
o companheiro está vivo, colaterais não podem questionar a herança. É que o 
regime de sucessão de cônjuges estabelece que os colaterais só terão direito à 
herança se não houver mais cônjuge, ascendentes ou descendentes” (2018). Esse 
foi o entendimento do Superior Tribunal de Justiça ao julgar o REsp nº 1.337.420/RS,
da relatoria do ministro Luis Felipe Salomão, o qual relatou “a partir de agora o 
companheiro concorrerá com os descendentes (inciso I), a depender do regime de 
bens adotado para união (comunhão universal, separação obrigatória e comunhão 
parcial); concorrerá com os ascendentes, independentemente do regime (inciso II); e
na falta de descendentes e de ascendentes, receberá a herançasozinho, excluindo 
os colaterais até o quarto grau (irmãos, tios, sobrinhos, primos, tios-avôs e 
sobrinhos-netos), antes com ele concorrentes”.
B) Se Pato Donald tivesse casado com Margarida sob o regime de separação 
legal de bens incidiria a Súmula 377 do STF? Como ocorrerá a divisão da 
herança?
No caso, não incidiria a Súmula 377, pois o disposto no art. 1.829, inciso III, do CC 
independe do regime de bens do casal. Portanto, como não tem descendentes 
concorrendo com Margarida, esta terá direito à herança por inteiro, os adquiridos 
antes da união estável e durante a união estável. Nesse sentido: “Como se pode 
notar, tal direito é reconhecido ao cônjuge ou companheiro independentemente do 
regime de bens adotado no casamento ou na união estável com o falecido, que mais
uma vez não influencia no presente tópico sucessório, mas apenas na meação. De 
forma suplementar, sendo herdeiro de terceira classe, o cônjuge – e agora o 
convivente – exclui totalmente os colaterais, que são herdeiros de quarta classe, não
havendo concorrência com os últimos em hipótese alguma. Eis aqui um dos grandes
avanços da decisão do STF (...)” (TARTUCE, 2018).
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Questão 3. Pato Donald, com 87 anos de idade e pai de três filhos - Huguinho, 
Zezinho e Luizinho, casa-se com Margarida, de 18 anos, pelo regime de 
separação obrigatória de bens. Pato Donald veio a falecer deixando apenas um
apartamento onde residia com Margarida.
A) Passado algum tempo Margarida casa-se com Pateta, um rapaz de 21 anos. 
Logo em seguida Margarida falece. Pateta tem o direito de permanecer no 
apartamento?
O artigo 1.831 do Código Civil prevê: “ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o 
regime de bens, será assegurado, sem prejuízo de participação que lhe caiba na 
herança, o direito real de habitação relativamente ao imóvel destinado à residência 
da família, desde que seja o único daquela natureza a inventariar”. Portanto, o direito
real de habitação é a garantia que possui o cônjuge sobrevivente de permanecer 
residindo no imóvel do casal após o falecimento do cônjuge/companheiro. O direito 
real de habitação não se extingue se o cônjuge sobrevivente se casar novamente, 
entretanto, tal direito é personalíssimo, dessa forma, Pateta não teria direito de 
permanecer no apartamento. Além disso, para ser concretizado o direito de 
permanecer no imóvel, o bem deve pertencer integralmente ao falecido. Segundo 
Pablo Stolze Gagliano o direito real de habitação é temporário e extingue-se pela 
morte ou pelo término do estado de viuvez do cônjuge sobrevivente, portanto, pode-
se concluir que se o viúvo morre ou casa-se novamente o direito de moradia não 
existirá mais, e o bem passará para os demais herdeiros.
B) Se ao invés de Margarida ser casada com Pato Donald eles tivessem apenas
união estável, Margarida teria o direito real de habitação?
O direito real de habitação do companheiro foi previsto no art. 7º da Lei nº 9.278/96, 
existem diversas discussões se esse dispositivo teria sido revogado pelo código civil 
de 2002, haja vista que este trouxe o artigo 1.790 que trataria da sucessão 
especificamente no âmbito da união estável, sendo considerado inconstitucional, as 
discussões continuaram, o que deu origem a diversas correntes doutrinárias. “Para 
uma primeira vertente, o companheiro não teria o citado direito real de habitação, o 
que é defendido por Flávio Augusto Monteiro de Barros, Francisco José Cahali, 
Inácio de Carvalho Neto, Mário Roberto Carvalho de Faria e Mário Luiz Delgado, 
expressamente na citada tabela. Argumentava-se que o legislador fez silêncio 
eloquente, não pretendendo tratar desse direito, pois não quis incluí-lo, como 
doutrina Francisco Cahali.” (TARTUCE, 2018). O enunciado nº 117 do CJF/STJ 
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reconheceu o direito real de habitação do convivente pelo motivo de o art. 7º da Lei 
nº 9.278/96 não ter sido revogado e por fazer uma interpretação analógica do art. 
1.831 do CC/02 (TARTUCE, 2018). Segundo entendimento do Superior Tribunal de 
Justiça no REsp nº 1.156.744/MG, da relatoria do ministro Marco Buzzi, também 
possui direito real de habitação o convivente supérstite, sob a seguinte 
fundamentação: “O direito real de habitação confere ao seu titular a utilização do 
bem, com fim de que nele seja constituída a sua residência. Substancia-se, assim, o 
direito à moradia previsto no art. 6° da Constituição Federal. Com efeito, o art. 1.831 
do Código Civil dispõe que o direito real de habitação é assegurado ao cônjuge 
sobrevivente, independentemente do regime de bens do casamento. Certo é que 
não há norma expressa no Codex Civil que assegure o direito real de habitação ao 
companheiro sobrevivente. Entretanto, o silêncio não é eloquente, pois a evolução 
jurídica do instituto indica que este é aplicável, também, à união estável.” Dessa 
forma, Margarida possui o direito real de habitação mesmo se tratando de uma união
estável.
Questão 4. Analise a Súmula 377 do STF que foi criada em 03 de abril de 1964 e
responda o que se pede:
A) Mesmo com o advento do Código Civil essa Súmula está em aplicação? 
Responda com base em dois doutrinadores e com uma jurisprudência.
A súmula 377 do STF continua sendo aplicada mesmo após a edição do Código Civil
de 2002, em especial no artigo 1.641, que regulamenta o regime de separação 
obrigatória de bens, incidindo sobre esse quando tiver a prova do esforço comum do 
casal para a aquisição de bens. Nesse sentido decidiu o Superior Tribunal de Justiça
no julgamento do Agravo Interno no AREsp nº 233.788/MG, sob a relatoria do 
ministro Ricardo Villas Bôas Cueva (3ª turma), sob a seguinte argumentação: “A 
jurisprudência desta Corte encontra-se consolidada no sentido de que, no regime de 
separação obrigatória de bens, comunicam-se aqueles adquiridos na constância do 
casamento desde que comprovado o esforço comum para sua aquisição, consoante 
interpretação conferida à Súmula nº 377/STF.” Da mesma forma, Carlos Roberto 
Gonçalves diz que “suprida a idade de um dos nubentes, ou de ambos, o casamento
será realizado no regime de separação de bens (CC, art. 1.641, III), comunicando-
se, porém, os aquestos provenientes do esforço comum, a teor do estatuído na 
Súmula 377 do Supremo Tribunal Federal” (2018, pg. 342/343). Paulo Nader explica 
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ainda: “Não a título de punição, mas no propósito de salvaguardar certos interesses, 
a Lei Civil, pelo art. 1.641, impõe o regime matrimonial de separação de bens em 
algumas circunstâncias. A Súmula 377 do Supremo Tribunal Federal abrandou o 
rigor da imposição, ao considerar que: ‘No regime de separação legal de bens, 
comunicam-se os adquiridos na constância do casamento.’” (2016, pg. 419).
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