Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Segundo Alberts (2017), as células contêm quatro famílias principais de moléculas orgânicas: os açúcares (carboidratos), os ácidos graxos (lipídeos), os aminoácidos (proteínas) e os nucleotídeos (ácidos nucleicos). • Carboidratos: composto de açúcar simples Os açúcares são formados fundamentalmente por moléculas de carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O), sendo sua fórmula geral (CH2O)n, sua macromolécula é chamado de carboidratos. Os carboidratos podem ser divididos em monossacarídeos (glicose, galactose, ribose e frutose) que não podem ser hidrolisados em compostos mais simples, dissacarídeos são composto por dois monossacarídeos (sacarose – glicose + frutose, maltose – duas moléculas de glicose e lactose – glicose + galactose) e polissacarídeos são polímeros compostos por centenas a milhares de monossacarídeos (amido, celulose e glicogênio). A principal função apresentada pelos carboidratos é a função energética (produção e armazenamento), ele garante energia para as células, mas não apenas isso, eles também são utilizado para garantir sustentação mecânica. Um exemplo disso é a celulose, que forma a parede das células vegetais, ela é um polissacarídeo de glicose. Outra substância orgânica extraordinariamente abundante é a quitina que se encontra no exoesqueleto de insetos e da parede das células dos fungos, ela também é um polissacarídeo, nesse caso, um polímero linear de um derivado da glicose denominado N-acetilglicosamina. • Lipídeos: Composto de ácidos graxos Os ácidos graxos são componentes das membranas das células. São compostos orgânicos monocarboxílicos, ou seja, possuem apenas um grupo carboxila em uma de suas extremidades, eles são de cadeias abertas, longas, com 4 a 22 átomos de carbono (geralmente um número par), que podem ser saturadas ou insaturadas. Eles são encontrados em temperatura ambiente nas fases sólida e líquida e semissólida. Pertencem ao grupo dos ácidos carboxílicos, compostos que apresentam a carboxila, carbono ligado a um oxigênio e a uma hidroxila. Os ácidos graxos saturados não possuem ligações duplas entre seus átomos de carbono, e elas possuem um número máximo de hidrogênios, ou seja, apresentam apenas ligações simples entre os carbonos de suas cadeias. São ácido graxos saturados: ácido butírico (butanoico – apresenta quatro átomos de carbono em sua estrutura), ácido láurico (dodecanoico – apresenta doze átomos de carbono em sua estrutura), ácido palmítico (hexadecanoico – apresenta dezesseis átomos de carbono em sua estrutura) e ácido esteárico (octadecanoico – apresenta dezoito átomos de carbono em sua estrutura). Eles podem ser obtidos por meio do consumo de chocolates diversos, carne vermelha (bovina, suína etc.), ovos, leite integral e derivados, gordura animal etc. Os ácidos graxos insaturados possuem uma ou mais ligações duplas ao longo da cadeia. As ligações duplas produzem dobras na cauda hidrocarbonada, interferindo na capacidade de compactação dessas caudas entre si (ALBERTS, 2017). Eles podem ser divididos em dois grupos: os monoinsaturados apresentam apenas uma ligação pi entre os átomos de carbono e nele está o ácido oleico (também conhecido de ácido octadec-9,13-dienoico, pois apresenta dezoito átomos de carbono e uma ligação dupla no carbono 9 de sua estrutura), eles podem ser obtidos por meio do consumo de óleos (obtidos a partir de amendoim, oliva, canola etc.) ou de nozes e abacate. Os poli-insaturados apresentam duas ou mais ligações pi entre os átomos de carbono e nele estão os ácido linoleico (também conhecido por ácido octadec-9,13-dienoico, pois apresenta dezoito átomos de carbono e duas ligações duplas (nos carbonos 9 e 13) em sua estrutura), ácido araquidônico (também conhecido por ácido eicosa-5,8,11,14-tetraenoico, pois apresenta vinte átomos de carbono e quatro ligações duplas (localizadas nos carbonos 5,8,11 e 14) de sua estrutura). Eles podem ser obtidos por meio do consumo de óleos extraídos de vegetais (milho, girassol, soja, castanhas, amêndoas etc.), peixes etc. Os ácido graxos são exemplos de lipídeos, que por sua vez são definidos basicamente como moléculas insolúveis em água e solúveis em gorduras e em solventes orgânicos como o benzeno. Caracteristicamente, eles contêm uma longa cadeia hidrocarbonada, como nos ácidos graxos, ou então múltiplos anéis aromáticos ligados, como nos esteroides. A função mais exclusiva dos ácidos graxos é a formação de bicamadas lipídicas, que constituem a base de todas as membranas das células. Essas camadas finas, que englobam todas as células e suas organelas internas, são compostas em grande parte por fosfolipídios, ou seja, funções orgânicas como reserva energética (fonte de energia para os animais hibernantes), isolante térmico (mamíferos), além de colaborar na composição da membrana plasmática das células. • Proteínas: composto de aminoácidos As proteínas são as macromoléculas orgânicas mais abundantes das células, são constituídas de aminoácidos que formam cadeias entre si por intermédio de ligações peptídicas e são fundamentais para a estrutura e função celular. Os aminoácidos são pequenas moléculas orgânicas com uma propriedade que os define: todos possuem um grupo carboxila e um grupo amino, ambos ligados ao seu átomo de carbono α. Os aminoácidos são moléculas formadas por carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, em que são encontrados um grupo amina (-NH2) e um grupo carboxila (-COOH). Normalmente, são encontrados 20 tipos de aminoácidos nas proteínas, cada um deles com uma cadeia diferente ligada ao átomo de carbono α (ALBERTS, 2017). As proteínas podem ser classificadas em 2 grupos: dinâmicas – que tem como funções a defesa do organismo, transporte de substâncias, catálise de reações, controle do metabolismo; e estruturais – onde sua principal função é a estruturação das células e dos tecidos no corpo humano. O colágeno e a elastina são exemplos desse tipo de proteína. Dentre as principais funções das proteínas temos o fornecimento de energia; a estruturação da célula. catalisador de funções biológicas (enzimas); regulação de processo metabólicos; armazenamento e transporte de substâncias; construção e reparação dos tecidos e músculos; defesa do organismo (anticorpos); produção de hormônios e neurotransmissores. • Ácidos nucleicos: constituído de nucleotídeos Os nucleotídeos são as subunidades do DNA e do RNA. “Os nucleotídeos são nucleosídeos que contêm um ou mais grupos fosfato ligados ao açúcar, sendo que existem dois tipos principais: os que contêm ribose são denominados ribonucleotídeos, e os que contêm desoxirribose são de-nominados desoxirribonucleotídeos.” (ALBERTS, 2017). Os nucleosídeos são compostos por um anel que tem nitrogênio ligado a um açúcar de cinco carbonos, que pode ser tanto ribose ou desoxirribose. Esses açúcares diferenciam-se pelo fato de que a desoxirribose apresenta um átomo de oxigênio a menos que a ribose. A desoxirribose está presente no DNA, enquanto a ribose é encontrada apenas no RNA. O DNA possui dupla hélices mantidas por ligações de hidrogênio, funciona como depositário da informação hereditária, essas informações genéticas estão organizadas em unidades chamadas de genes, os quais são herdáveis. Suas bases nitrogenadas são: adenina, citosina, guanina e timina. O pareamento é feito de adenina com timina, e citosina com guanina. Já o RNA é composto de fita simples geralmente é um carreador transitório de instruções moleculares. Ele pode ser classificado em 3 tipos: RNA mensageiro (RNAm) que codifica as proteínas, uma vez que porta as informações do DNA; RNA transportador (RNAt) é o responsável por transportar os aminoácidos que formarão a nova proteína. Esse RNA identifica a sequência de três nucleotídios que codificam um aminoácido (códon) e garante que o aminoácido correspondente àquela informação seja adicionado à cadeia em formação e RNA ribossomal(RNAr que são os locais onde ocorrem a síntese de proteínas. Suas bases nitrogenadas são citosina, guanina, adenina e uracila. Os ácidos nucleicos constituem o material genético dos seres vivos, ou seja, o DNA armazenar e transmitir as informações genéticas e funciona como molde para a síntese da molécula de RNA. Já o RNA é o responsável por garantir a síntese de proteínas. Referencias: ALBERTS, B. Fundamentos da Biologia Celular. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed. 2017. SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Ácidos Nucleicos"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/acidos-nucleicos.htm. Acesso em 18 de maio de 2021. SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "DNA"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/dna.htm. Acesso em 18 de maio de 2021. SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "O que é RNA?"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-rna.htm. Acesso em 18 de maio de 2021. DIAS, Diogo Lopes. "Ácidos graxos"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/acidos-graxos.htm. Acesso em 18 de maio de 2021. SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "O que é proteína?"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-proteina.htm. Acesso em 18 de maio de 2021. RIBEIRO, Krukemberghe Divino Kirk da Fonseca. "Lipídios"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/lipidios.htm. Acesso em 18 de maio de 2021.
Compartilhar