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DOCUMENTOS MEDICO LEGAIS

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DOCUMENTOS MEDICO LEGAIS
 
São expressões gráficas, públicas ou privadas, que têm o caráter representativo de um fato a ser avaliado em juízo.
Os documentos que podem interessar à Justiça, são:
Notificações
Atestados, prontuários, relatórios e pareceres
São comunicações compulsórias (obrigatórias) feitas pelos médicos às autoridades competentes por necessidade social ou sanitária. 
Exemplos: acidentes de trabalho, doenças infecto contagiosas (ex: Covid, HIV, etc), crimes de ação pública
Morte encefálica (pelo artigo 12 da Lei dos Transplantes: “A notificação, em caráter de emergência, em todos os casos de morte encefálica comprovada, tanto para hospital público, como para a rede privada, é obrigatória.”)
Atestados médicos
É o documento que tem por objetivo firmar a veracidade de um fato ou a existência de um determinado estado, ocorrência ou obrigação.
É uma declaração, por escrito, de um fato médico e suas possíveis consequências.
É somente o médico que pode redigir. Pode ser em um papel de receita, mas tem que ser um papel timbrado (com endereço e tal), carimbado e assinado.
Atestados médicos - CLASSIFICAÇÃO:
· Quanto à procedência ou finalidade:
Administrativo: destinado à administração pública. Ex: funcionário público que recebe um atestado
Judiciário: quando por solicitação da autoridade judiciária (juiz). 
Oficioso ou Particular: interesse de pessoas físicas ou jurídicas de direito privado (ex: funcionário de uma empresa, aluno de escola, etc) – é o que a maioria estão incluída, é o mais frequente. 
· Quanto ao Conteúdo ou Veracidade:
Idôneo: precisa ser de fato médico verdadeiro. Ex: pessoa com conjuntivite que está com atestado de 7 dias. 
Gracioso: à pedido do paciente, sem que tenha fato verdadeiro. Tem a finalidade de agradar. Ex: atestado para faltar ao trabalho sem que esteja doente
Imprudente: é dado somente pelo crédito da palavra do paciente. Sem que seja feito um exame. Ex: atestado de saúde para academia, sem que seja feito realmente o exame
Falso: feito por médico, porem o fato médico relatado não é verdadeiro. Ex: atestar uma doença que não exista, atestar que o indivíduo é cego de um olho para aposentar no INSS. 
Obs: não confundir o atestado falso com o atestado gracioso, pois o gracioso tem a finalidade de agradar, já o falso normalmente é um atestado comprado
Prontuários
Constitui-se de todo acervo documental do paciente (exame clínico, suas fichas de ocorrências, prescrições terapêuticas, relatórios da enfermagem, da anestesia/cirurgia, etc) – é todas as anotação que o paciente teve em determinado lugar (consultório, hospital)
Produz efeitos jurídicos de grande significação médico legal pode incriminar/absolver condutas médicas caso este venha a ser responsabilizado por algum resultado atípico/indesejado
Apesar de redigido pelo médico, o prontuário é de propriedade do paciente. Do médico e da instituição apenas o direito de guarda. O médico é obrigado a dar uma cópia do prontuário para o paciente caso ele queira, não pode impedir. 
Relatórios
É a descrição mais minuciosa de uma perícia médica a fim de responder à solicitação da autoridade policial (delegado) ou judiciária (juiz) frente ao inquérito
Laudo: realizado diretamente pelos peritos
Auto: exame é ditado pelo perito diretamente a um escrivão e diante de testemunhas 
· Relatório: Partes
Preâmbulo Dados como data, hora e local em que o exame é feito, autoridade que a requereu, qualificação dos peritos, qualificação do examinado.
Quesitos são perguntas que são pré formuladas e devem ser respondidas nos relatórios. Ex: 1) A arma de fogo questionada pode produzir tiro acidental? 2) Em caso afirmativo, em que condições?
Histórico registro dos fatos que motivaram o pedido da perícia. É a narrativa do periciado ou da descrição policial. Dá ideia da dinâmica do evento.
Descrição É a parte mais importante do relatório médico legal . Faz o detalhamento das particularidades da lesão. Ex: formato, extensão, largura, disposição, profundidade. Ex: lesão com bordas elevadas, em linha médica, de característica de arma cortocontusa – descrição da lesão
Discussão nessa fase são analisadas as várias hipóteses baseadas em todas as circunstâncias do contexto analisado.
Conclusão corresponde a síntese diagnóstica redigida com clareza. É a análise sumária daquilo que os peritos puderam concluir após o exame minucioso.
Respostas aos quesitos ao encerrarem o relatório, respondem aos quesitos de forma sintética e convincente, afirmando ou negando, não deixando escapar nenhum quesito sem resposta. 
Pareceres
Ocorre quando o perito é chamado a intervir em uma ação em andamento mediante a análise dos dados já contidos nessa ação. É quando já há uma investigação ativa, mas o perito tem dúvidas, então chama outros peritos para virem dar seu parecer, ele viaja em cima de um relatório já pronto, com discussão entre eles para terem uma conclusão do caso, mas não tem que realizar a descrição do caso novamente, isso já está pronto. 
Não há o exame da vítima, portanto não há a parte da descrição
Nesse caso não há a parte da descrição. 
A discussão e a conclusão são os pontos de maior relevância

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