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Romantismo Brasil

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2° Bimestre
OBRA 
LITERÁRIA
PARA 
AVALIAÇÃO
2° Bimestre
LIVRO DIDÁTICO
CAPÍTULO 4
(PÁGINAS 19 a 22)
• Fichamento¹ 1 – Data de entrega: Até 
14/05 via Teams
¹Fichamento se resume as ideias 
principais de um conteúdo.
Romantismo no Brasil
Romantismo no Brasil
O Romantismo nasce, no Brasil, poucos anos depois da 
nossa independência política. Por isso, as primeiras obras e os 
primeiros artistas românticos estão empenhados em definir um perfil 
da cultura brasileira em vários aspectos: a língua, a etnia, as 
tradições, o passado histórico, as diferenças regionais, a religião, 
etc. 
Pode-se dizer que o
nacionalismo é o traço essencial que caracteriza a produção de 
nossos primeiros escritores românticos.
Momento histórico
A Coroa portuguesa muda-se para o Brasil, em 1808, e eleva a 
colônia à categoria de Reino Unido, ao lado de Portugal e Algarves. 
As consequências desse fato são inúmeras. A vida brasileira altera-se 
profundamente, o que de certa forma contribui para o processo de 
Independência política da nação.
As dinamizações da vida cultural da colônia e a criação de um
público leitor criam algumas das condições necessárias para o 
florescimento de uma literatura mais consistente e orgânica do que 
eram as manifestações literárias dos séculos XVII e XVIII.
Particularidades do nosso Romantismo
A Independência política, em 1822, desperta na consciência de
intelectuais e artistas nacionais a necessidade de criar uma cultura 
brasileira identificada com suas próprias raízes históricas, linguísticas 
E culturais.
O Romantismo assume em nossa literatura a conotação de um
movimento anticolonialista e antilusitano. Portanto, um dos traços
essenciais do nosso Romantismo é o nacionalismo, abrindo um leque
de possibilidades a serem exploradas:
a) o indianismo.
b) o regionalismo.
c) a pesquisa histórica, folclórica e linguística.
d) crítica aos problemas nacionais.
Marco inicial do Romantismo no Brasil: 
Suspiros poéticos e saudades (1836), de Gonçalves de Magalhães.
As gerações do Romantismo
Primeira geração
Nacionalista, indianista e religiosa.
Poetas: Gonçalves Dias e Gonçalves de Magalhães.
Segunda geração
Marcada pelo mal-do-século, apresenta egocen-
trimo exacerbado, pessimismo, satanismo e
atração pela morte.
Poetas: Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu,
Fagundes Varela e Junqueira Freire.
Terceira geração
Marcada pelo condoreirismo: poesia de cunho político e social.
Poeta de maior expressão: Castro Alves.
Gonçalves Dias
“ Um projeto de cultura brasileira”
(1823 - 1864)
Filho de português com uma cafuza, o maranhense fez os 
primeiros estudos em seu Estado natal e completou-os em Coimbra, 
Onde cursou Direito. De volta ao Brasil (1845), trouxe em sua bagagem 
boa parte de seus escritos. Fixa-se no Rio de Janeiro, e ali publica sua 
primeira obra Primeiros contos (1846). Fez várias viagens pelo país, 
incluindo a Amazônia, tendo chegado a escrever uma Dicionário da 
Língua tupi.
Embora Gonçalves de Magalhães seja considerado o 
introdutor do romantismo no Brasil, foi, na verdade, Gonçalves Dias
quem implantou e solidificou a poesia romântica em nossa literatura.
Gonçalves Dias
A obra de Gonçalves Dias pode ser considerada a realização 
de um verdadeiro projeto de construção da cultura brasileira.
O autor, buscando captar a sensibilidade e os sentimentos de
nosso povo, criou uma poesia voltada para o índio e para a natureza
brasileira, numa linguagem simples e acessível.
Seus versos, tais como os de sua Canção do exílio, são 
melódicos e exploram métricas e ritmos variados. Cultivou também 
poemas religiosos, de fundo panteísta (adoração da natureza como 
divindade).
Sua obra poética apresenta os gêneros lírico e épico. Na épica,
canta os feitos heroicos de índios valorosos que substituem a figura 
do herói medieval europeu (I-Juca -Pirama e Os timbiras). Na lírica, os
temas mais comuns são a pátria, a natureza, Deus, o índio e o amor
não correspondido - em grande parte, decorrente de sua frustrada
paixão por Ana Amélia do Vale.
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá:
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar sozinho à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras
Onde canta o Sábia.
Canção do Exílio – Gonçalves Dias
Este texto é uma espécie de síntese do indianismo de Gonçalves Dias
seja pela concepção épico-dramática da bravura e da generosidade
de tupis e timbiras, seja pela ruptura, ainda que momentânea, da
convencional coragem guerreira, seja ainda pelo belíssimo jogo de
ritmos que ocorre no texto. I-Juca Pirama significa "aquele que vai
morrer" ou "aquele que é digno de ser morto". Em sua abertura, o
poeta apresenta o cenário onde transcorrerá a história:
I-JUCA PIRAMA 
No meio das tabas de amenos verdores,
Cercadas de troncos - cobertos de flores,
Alteiam-se os tetos de altiva nação. (...)
São todos Timbiras, guerreiros valentes!
Seu nome lá voa na boca das gentes,
Condão de prodígios, de glória e terror!
Em seguida, inicia-se um ritual antropofágico: "Em fundos vasos
d'alvacenta argila / ferve o cauim. / Enchem-se as copas, o prazer
começa, / reina o festim." O jovem prisioneiro tupi, que vai ser
devorado, resolve falar antes do desenlace, e com "triste voz" narra a
sua vida desventurada.
Ao metro anterior, de dez sílabas poéticas, plástico e alegre, sucedem-
se os versos de cinco sílabas, curtos, rápidos, sincopados. Estas
variações contínuas indicam que o ritmo varia de uma parte do poema
a outra, traduzindo a multiplicidade de situações do argumento.
Meu canto de morte
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci:
Sou bravo, sou forte,
Sou filho do Norte;
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi.
O índio tupi no seu canto de morte lembra o velho pai, cego e débil, 
vagando sozinho, sem amparo pela floresta, e pede para viver: 
Deixai-me viver! (...)
Não vil, não ignavo,*
Mas forte, mas bravo,
Serei vosso escravo:
Aqui virei ter.
Guerreiros, não choro;
Do pranto que choro;
Se a vida deploro,
Também sei morrer. 
* Ignavo: preguiçoso. 
O chefe timbira manda soltá-lo. Não quer "com carne vil enfraquecer os 
fortes". Solto, o jovem tupi perambula pela floresta até encontrar o pai. Este, 
pelo cheiro das tintas utilizadas no ritual, pelo apalpar do crânio raspado do 
filho, e por algumas perguntas sem resposta, desconfia de uma terrível 
fraqueza diante dos inimigos. Pede então que o rapaz o leve até a aldeia 
timbira. Lá chegando, exige, em nome da honra tupi, que a cerimônia 
antropofágica ritual seja completada e que o filho seja morto. Mas o chefe 
timbira recusa-se, acusando o guerreiro tupi de ter chorado covardemente 
diante de toda a aldeia. Neste momento, o velho cego amaldiçoa o seu 
descendente: 
Tu choraste em presença da morte?
Na presença de estranhos choraste?
Não descende o cobarde do forte;
Pois choraste, meu filho não és!
Possas tu, descendente maldito
De uma tribo de nobres guerreiros,
Implorando cruéis forasteiros,
Seres presa de vis Aimorés. (...)
Sê maldito, e sozinho na terra;
Pois que a tanta vileza chegaste,
Que em presença da morte choraste,
Tu, cobarde, meu filho não és.
Mal termina a maldição, o velho escuta o grito de guerra do filho. Ouvindo o 
rumor da batalha, os sons de golpes, o pai percebe que o filho está lutando para 
manter a honra tupi,até que o chefe timbira manda seus guerreiros pararem, 
pois o jovem inimigo se batia com tamanha coragem que se mostrava digno do 
ritual antropofágico. Com lágrimas de alegria o velho tupi exclama: "Este, sim, 
que é meu filho muito amado!" 
Como chave de ouro do poema, ocorre uma transposição temporal no seu 
último canto. O leitor fica sabendo que os acontecimentos dramáticos 
vividos pelos dois tupis já tinham ocorrido muito tempo e que tudo aquilo 
era matéria evocada pela memória de um velho timbira: 
Um velho timbira, coberto de glória,
guardou a memória
do moço guerreiro, do velho Tupi!
E à noite, nas tabas, se alguém duvidava
do que ele contava,
Dizia prudente: - Meninos, eu vi!
Segunda fase: O Ultrarromantismo
“Desinteresse pela vida político-social, retorno a si
mesmo, atitude profundamente pessimista diante
da vida, tédio, falta de perspectivas, sonho com 
amores impossíveis, espera da morte.”
O Ultrarromantismo
Nas décadas de 50 e 60 do século XIX, forma-se nos meios 
universitários de São Paulo e Rio de Janeiro um novo grupo de poetas, 
que vai dar origem à segunda geração da poesia romântica brasileira.
Esses poetas, na maioria, eram jovens que levavam uma vida 
desregrada, dividida entre os estudos acadêmicos, o ócio, o caos 
amoroso e a leitura de obras literárias europeias.
Com estilo de Byron e Musset, essa geração caracterizava-se
pelo espírito do “mal-do-século”, uma onda de pessimismo doentio 
diante do mundo que se traduzia no apego a certos valores decadentes
tais como a bebida, o vício, e na atração pela noite e pela morte.
Os ultra-românticos desprezavam certos temas e posturas da 
primeira geração, como o nacionalismo e o indianismo. Acentuavam
traços como o subjetivismo, o egocentrismo e o sentimentalismo, 
ampliando a experiência da sondagem interior e preparando terreno
para a investigação psicológica que caracterizará o Realismo.
O medo de amar
Quanto ao amor, os ultra-românticos possuem uma visão 
dualista, que envolve atração e medo, desejo e culpa.
Os ultra-românticos temem a realização amorosa. O ideal 
feminino é normalmente associado a figuras incorpóreas ou assexuadas,
como anjo, criança, virgem, etc., e as referências ao amor físico se dão
apenas de modo indireto, sugestivo ou superficialmente.
No fogo vivo eu me abrasara inteiro!
Ébrio e sedento na fugaz vertigem
Vil, machucava com meu dedo impuro
As pobres flores da grinalda virgem!
Vampiro infame, eu sorveria em beijos
Toda a inocência que teu lábio encerra,
E tu serias no lascivo abraço
Anjo enlodado nos pauis da terra
Se de ti fujo é que te adoro e muito,
És bela - eu moço; tens amor, eu - medo!...
Lascivo: sensual
pauis: brejo
Álvares de Azevedo
É a principal expressão da geração ultra-
romântica de nossa poesia. Paulista, fez os estu
dos básicos no Rio de janeiro e cursava o quinto
ano de Direito em São Paulo quando sofreu um
acidente, cujas complicações o levaram à morte,
aos 20 anos de idade.
O escritor cultivou a poesia, a prosa 
e o teatro. Toda a sua produção - sete livros, 
discursos e cartas - foi escrita em apenas 
quatro anos, período em que era estudante 
universitário.
(1831 - 1852)
As faces de Ariel e Caliban
A característica intrigante de sua obra reside na arti-
culação consciente de um projeto literário baseado na con
tradição, talvez a contradição que ele próprio sentido como
adolescente. Esse aspecto é visível nas partes que formam
sua principal obra poética: Lira dos vinte anos. A primeira
e a terceira partes mostram um Álvares de Azevedo adoles-
cente, casto, sentimental e ingênuo. Ele mesmo chama a 
essas partes de as faces de Ariel, isto, é a face do bem.
Quando se abre a segunda parte da Lira dos vinte anos, contudo, o leitor
depara com um segundo prefácio da obra, com os seguintes dizeres:
Cuidado, leitor, ao voltar esta página!
Aqui dissipa-se o mundo viosionário e platônico. Vamos entrar num 
mundo novo (...) Quase que depois de Ariel esbarramos em Caliban. (...) Nos meu lábios
onde suspirava a monotonia amorosa, vem a sátira que morde.
Com esse comentário o poeta introduz o leitor no mundo de Caliban, que 
retratam um mundo decadente, povoado de viciados, bêbados e prostitutas, de 
andarilhos solitários, sem vínculos e sem destino: Noite na taverna e Macário.
Lira dos vinte anos
ARIEL E CALIBAN
As poesias são escritas sob o signo das entidades místicas Ariel e Caliban, que 
foram tomadas emprestadas da peça A Tempestade, de William Shakespeare. 
Pode-se dizer que, grosso modo, Ariel representa a face do bem e Caliban, a do 
mal. Em Lira dos Vinte Anos, esses personagens encarnam as duas facetas 
exploradas pelo autor na primeira e na segunda partes do livro.
http://guiadoestudante.abril.com.br/busca/?qu=Lira%20dos%20Vinte%20Anos
Lira dos vinte anos 
Com Ariel estão os temas caros ao Romantismo, como:
-o amor, 
-a mulher,
-e Deus.
trabalhados num viés platônico e sentimental. A mulher assume caráter 
sobre-humano de virgem angelical, objeto amoroso de um encontro que, 
para a angústia do eu lírico, nunca se realiza. 
Pálida, à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!
Era a virgem do mar, na escuma fria
Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre nuvens d'alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!
Era mais bela! o seio palpitando
Negros olhos as pálpebras abrindo
Formas nuas no leito resvalando
Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!
Lira dos vinte anos 
Caliban
Calibam, por sua vez, é a face sarcástica, irônica e autocrítica do fazer 
poético. Sobressaem os temas:
-melancolia, 
-tristeza, 
-morbidez e 
-Satã.
A primeira parte recebe uma influência mais idealizada e terna, típica 
dos franceses Musset e Lamartine; a segunda, irônica e satânica, vem 
diretamente do poeta Lord Byron.
Ela! É Ela! É Ela! É Ela!
É ela! é ela! murmurei tremendo,
E o eco ao longe murmurou - é ela!
Eu a vi... minha fada aérea e pura -
A minha lavadeira na janela!
Dessas águas-furtadas onde eu moro
Eu a vejo estendendo no telhado
Os vestidos de chita, as saias brancas;
Eu a vejo e suspiro enamorado!
Esta noite eu ousei mais atrevido
Nas telhas que estalavam nos meus passos
Ir espiar seu venturoso sono,
Vê-la mais bela de Morfeu nos braços!
Como dormia! que profundo sono!...
Tinha na mão o ferro do engomado...
Como roncava maviosa e pura!...
Quase caí na rua desmaiado! [...]
Noite na Taverna
Basicamente, o livro trata de contos macabros revelados pelos
diversos personagens que dividem uma mesa na taverna. Enquanto
bebem, ele apresentam suas narrativas e revelam os sentimentos mais
apaixonados e devassos, por meio de personagens capazes de realizar
atos profanos como morte, traição, antropofagia, incesto e suicídio.
Por fim, o livro liga todas as narrativas num desfecho igualmente
extremo e teatral.
Macário
Esta é uma peça de teatro de Álvares de Azevedo, passada em dois atos.
No primeiro ato o estudante Macário chega a uma taverna para passar
a noite e começa a conversar com um estranho. Este estranho revela ser Satã e
leva-lhe a uma cidade, possivelmente São Paulo, pois na narrativa não fica
muito claro. A cidade era caracterizada pela devassidão, era povoada por
prostitutas e estudantes, onde Macário tem uma alucinação envolvendo sua
mãe.
Macário, acorda na pensão e a empregada reclama que ele dormiu
logo após comer, portanto, é muito provável que tenha tido um pesadelo. Ele
acha que foi tudo um sonho, mas ambos veem pegadas de pés de cabra
queimadas no chão.
Macário
O segundo ato se passa na Itália e, ao invés de esclarecer a 
história, acentua a confusão. Macário e outros estudantes aparecem em 
cena, confusos, deprimidos e em busca do amor puro e virginal. Seu 
amigo Penseroso acaba matando-sepor amor, enquanto Macário está 
bêbado.
A peça então acaba com Macário sendo levado por Satã a uma 
orgia num bar, que parece ser resíduo do conto Noite na Taverna.
O condoreirismo
• A terceira geração romântica foi chamada 
de condoreira ou de poesia social, pois 
buscava demonstrar em sua obra os 
problemas sociais do Brasil da época, como 
escravidão, proletariado e outros.O seu 
principal representante foi
Castro Alves.
Condoreirismo
• O nome provém de condor, ave que voa à grande 
altitude. Simboliza a liberdade. Os poetas dessa 
geração manifestaram-se inconformados e lutaram 
em defesa dos oprimidos e escravizados. A poesia 
desse período ficou conhecida como poesia social. 
Isso porque os temas defendiam os ideais do 
abolicionismo e da República. Os poetas foram 
bastante influenciados por Victor Hugo, poeta 
francês, também preocupado com as causas sociais 
(hugoanismo)
Obra condoreira
Navio Negreiro
O navio negreiro é um poema de Castro Alves e um 
dos mais conhecidos da literatura brasileira. O 
poema descreve com imagens e expressões 
terríveis a situação dos africanos arrancados de 
suas terras, separados de suas famílias e tratados 
como animais nos navios negreiros que os traziam 
para ser propriedade de senhores e trabalhar sob as 
ordens dos feitores. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Poema
http://pt.wikipedia.org/wiki/Castro_Alves
http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_brasileira
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Navios_negreiros
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Feitor&action=edit&redlink=1
Navio Negreiro
• Tostados pelo sol dos quatro mundos! 
Crianças que a procela acalentara No berço 
destes pélagos profundos! 
• Esperai! esperai! deixai que eu beba Esta 
selvagem, livre poesia Orquestra — é o 
mar, que ruge pela proa, E o vento, que nas 
cordas assobia
• Por que foges assim, barco ligeiro? Por que 
foges do pávido poeta? Oh! quem me dera 
acompanhar-te a esteira Que semelha no 
mar — doudo cometa! 
• Albatroz! Albatroz! águia do oceano, Tu 
que dormes das nuvens entre as gazas, 
Sacode as penas, Leviathan do espaço, 
Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas. 
• A poesia lírico-amorosa de Castro Alves, reunida em 
Espumas Flutuantes, diferencia-se dos românticos 
anteriores pela visão poética do amor como 
sentimento plenamente vivenciado e concretizado no 
plano emocional e no plano físico. O amor é descrito 
com vigor, desejo e sensualidade, através de 
metáforas da natureza. A mulher amada é real, de 
carne e osso e a paixão envolve e motiva o poeta a 
traduzir o relacionamento amoroso em versos.
Sobre a poesia lírica de 
Castro Alves
Espumas flutuantes
Castro Alves
Adormecida
(Espumas Flutuantes)
Uma noite, eu me lembro...Ela dormia
Numa rede encostada molemente...
Quase aberto o roupão...solto o cabelo
E o pé descalço do tapete rente.
'Stava aberta a janela.
Um cheiro forte de agreste.
Exalavam as silvas da campina
E ao longe, um pedaço do horizonte,
Via-se a noite plácida e divina.
•
Adormecida
(Espumas Flutuantes)
• (...)
Era um quadro celeste...A cada afago
Mesmo em sonhos a moça estremecia...
Quando ela serenava... a flor beijava-a...
Quando ela ia beijar-lhe... a flor fugia...
(...)
Eu fitando esta cena, repetia
Naquela noite lânguida e sentida:
" Ó flor! - tu és a virgem das campinas! “ irgem! 
- tu és a flor da minha vida!...
Castro Alves

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