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Exame parasitológico de fezes Ainda que em inúmeras investigações se tenha tentado explorar recursos imunológicos, com resultados ora satisfatórios, ora discutíveis, não há a menor dúvida de que, no estágio atual do nosso conhecimento, é o exame parasitológico das fezes, geralmente, o melhor recurso para o diagnóstico das enteroparasitoses. Assim sendo, o seu uso é de acentuada importância na clínica, como também no controle do tratamento e da cura. Desnecessário é comentar o seu extraordinário valor nos estudos epidemiológicos referentes às endemias parasitárias. FINALIDADE ► Detectar e identificar os parasitos intestinais ● PROTOZOÁRIOS (trofozoitos, cistos, oocistos) ● HELMINTOS (ovos, larvas, adultos) FEZES EMITIDAS ESPONTANEAMENTE A detecção e a identificação dos parasitos intestinais estão em relação direta com a amostra entregue no laboratório. EPF Coleta e preservação da amostra fecal Exame macroscópico e microscópico da amostra fecal fresca e preservada Expressão dos resultados no EPF COMPOSIÇÃO Identificação segura e correta de um parasito depende de critérios morfológicos, os quais estão sujeitos: ◦ Coleta bem feita ◦ Boa preservação dos espécimes fecais NA COLETA DA AMOSTRA VÁRIOS FATORES DEVEM SER CONSIDERADOS Tipo do recipiente Volume Idade da amostra Drogas e compostos químicos ➢ Intermitência da passagem de certos parasitos ➢ Distribuição não uniforme dos ovos dos helmintos ➢ Distribuição não uniforme dos estágios dos protozoários ➢ Limitações das técnicas de diagnóstico Amostra única são revelados de um terço a metade das espécies presentes na massa fecal AMOSTRA ◦ Nome do paciente ◦ Número de identificação ◦ Nome do médico ◦ Data e hora da colheita ◦ Quantidade mínima: 20g a 30g RECIPIENTE ◦ Limpo e seco ◦ Com boca larga ◦ Capacidade: 250ml ◦ Vedação hermética Materiais fecais não preservadas Consistência Odor Cor Presença ou a ausência de sangue, muco Vermes adultos Proglotes O exame macroscópico deve sempre anteceder o exame microscópico Ovos , larvas e pequenos adultos de helmintos intestinais; Trofozoitos , cistos , oocistos e esporos de protozoários intestinais ; Hemácias; Leucócitos; Cristais; Células epiteliais; Fungos; Células vegetais; Grãos de pólen; Fibras vegetais; Filamentos de raízes; Pelos de animais; Ovos de artrópodes ➢ Para trabalhos de diagnóstico ou programas de controle 1º) Grau de confiança 2º) Critérios de exatidão e precisão 3°) Suspeita Clínica O técnico deve estar familiarizado com vários métodos e técnicas, além de conhecer suas vantagens e desvantagens ➢ Técnicas de concentração ➢ Técnicas de flutuação ● Cada grama (g) de fezes de uma pessoa saudável – carrega cerca de 100 bilhões de bactérias, contém aproximadamente 100 milhões de vírus e archaea (um tipo de organismo unicelular que antes eram classificadas como bactérias). ● 1g de fezes - cerca de um milhão de colonócitos (céls. epiteliais humanas que ajudam a proteger o cólon), cerca de um milhão de leveduras e outro fungos unicelulares. Juntos, todos esses microcomponentes biológicos compõem a matéria fecal, que ainda contém cerca de 75% de água e 5% sólida. ● Segundo Bordenstein: é pouco provável que as bactérias por si só sejam responsáveis pelo sucesso dos transplantes de fezes. Os vírus, as archaeas e outros elementos também tem um papel renovador na microbiota do intestino doente. Mas ele esclarece “As pesquisas estão apenas começando” Fezes líquidas Fezes em tirinhas finas PRINCÍPIOS: ➢ Sedimentação espontânea: Permite o encontro de ovos e larvas de helmintos, cistos , protozoários e alguns oocistos que possuem o tamanho maior. Ex: Método de Hoffman; ➢ Sedimentação por centrifugação: Utilizam a centrifugação para concentrar as formas parasitárias. Ex: Método de Blagg e Ritchie; ➢ Flutuação espontânea: Indicado para a pesquisa de ovos leves, principalmente ovos de ancilostomídeos. Ex: Método de Willis; ➢ Centrífugo-flutuação; ➢ Hidrotermotropismo ➢ Concentração de ovos através das fezes por tela metálica ou de náilon Objetivos: Aumentar o numero de cistos, oocistos, ovos ou larvas na preparação; Eliminar a maioria de detritos fecais; Apresentar os organismos em um estado inalterado facilitando sua identificação; Indicadas para separar os cistos e oocistos de protozoários e ovos de helmintos dos detritos fecais através de diferenças específicas de densidade ◦ Flutuação – Flutuação simples e Centrífugo - flutuação ◦ Sedimentação – Sedimentação simples e Centrífugo - sedimentação Desvantagem Alta densidade dos reagentes: ◦ alteração das parede dos ovos e dos cistos tornando os parasitas com aparência distorcidas, dificultando a identificação ◦ Material examinado entre 10 a 20 minutos Soluções usadas ◦ Solução saturada de cloreto de sódio ◦ Sacarose ◦ Sulfato de zinco ◦ Sulfato de magnésio 1. Método de Ritchie (1948) ➢ Fundamento: centrífugo-sedimentação em um sistema formol-éter 2. Método de Faust (1939) ➢ Fundamento: centrífugo-flutuação em uma solução de sulfato de zinco de densidade 1.182 3. Método de sedimentação (Lutz, 1919) ➢ Fundamento: sedimentação espontânea das fezes em água. 4. Método de Baermann (1917). Modificado por Moraes (1948) ➢ Fundamento: termo-hidrotropismo das larvas de nematódeos encontradas nas fezes associado à ação da gravidade. 5. Método de Willis (1921) ➢ Fundamento: Flutuação dos ovos de helmintos em uma solução saturada de cloreto de sódio em água (densidade: 1.200) Procedimento simples e eficiente permitindo observar trofozoítos vivos de protozoários Requer mínimo de material: 2mg Esfregaços com fezes frescas preparadas com as soluções salina a 0,85% e iodo: ● Colocar de 2 a 3 gotas de salina a 0,85% em uma lâmina de microscopia; ● Tocar a ponta de um palito em vários pontos das fezes, transferindo uma pequena porção destas para a lâmina; ● Espalhar as fezes fazendo um esfregaço e examinar com as objetivas de 10x e/ou 40x. A espessura do esfregaço não deve impedir a passagem de luz. Fezes preservadas ◦ A formalina atua como diluente (não é necessário adicionar salina) LUGOL - (solução de iodo) Auxilia na localização e identificação de protozoários Desnecessário para pesquisa de ovos e larvas de helmintos* ● Para a identificação dos parasitas utiliza-se o lugol e o uso de lamínula é facultatico A.Cálice contendo água morna;B.Aparelho já montado, com as fezes sobre a gaze, em contato com a água morna. Método de Rugai. Fezes dentro da água em contato com água morna contida no cálice de sedimentação Cropotest Demonstração e quantificação de ovos nas fezes; Determinação da intensidade do parasitismo em um indivíduo ou grupo populacional; O conhecimento da carga parasitária é útil para: ◦ Determinar a intensidade da infecção ◦ Decidir pela medicação ◦ Avaliar a eficácia dos medicamentos administrados 1. Método de Stoll ➢ Fundamento: suspensão titulada de fezes em NaOH 2. Método de Kato-Katz ➢ Utiliza: ● tela que concentra o material a ser examinado ● lamínulas de papel celofane semipermeável mergulhados na solução de verde malaquita por pelo menos 24 horas ➢ Indicação geral: detectar ovos de helmintos, principalmente: Schistosoma mansoni, Ascaris lumbricoides e Truchuris trichiura. Objetivo: 1. Fornecer informações úteis ao diagnóstico 2. Servir como guia para o tratamento 3. Acompanhar e determinar a eficiência do tratamento4. Trazer informações de valor para estudos epidemiológicos 5. Fornecer os elementos básicos para corrigir as deficiências nos programas de profilaxia do meio ambiente Todos os parasitos patogênicos ou não-patogênicos deverão ser reportados nos seus nomes científicos, dando ênfase ao estágio de diagnóstico identificados ◦ Nomes científicos obedecem às regras de nomenclatura binária (nome genérico e nome específico) ◦ Nomes científicos: grifados, ou escritos em itálico ou em negrito Exemplos: Ovos de Ascaris lumbricoides Cisto de Giardia lamblia Larvas de Strongyloides stercoralis Método executado Consistência das fezes Número de amostras colhidas Nome do paciente: ________________ Nome do paciente: ___________________ Idade: _____________ Sexo: ________ Nome do médico: _________________ Data: ___________________________ EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES Consistência das fezes: dado não disponível (fezes no conservador) Método empregado: MIFC Resultado: Não foram encontrados ovos ou larvas de helmintos, nem cistos ou trofozoítos de protozoários no material examinado. Observação: coleta de três amostras em dias alternados Idade: ______________ Sexo: _________ Nome do médico: ____________________ Data:___________________________ ___ EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES Consistência das fezes: pastosas Método empregado: Hoffman, Pons e Janer Resultado: Ovos de Ascaris lumbricoides Larvas de Strongyloides stercoralis Cistos de Giardia lamblia Ovo fértil Ovo infértil
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