Buscar

Economia e Gestão do Setor Público indb 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

29
ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Re
vi
sã
o:
 N
íz
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 1
6/
12
/0
9
Unidade II
5
10
15
20
25
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC)
3 INTRODUÇÃO
A demonstração dos fluxos de caixa (DFC), a partir de 
01/01/2008, passou a ser uma demonstração obrigatória, 
conforme estabeleceu a lei nº 11.638/07, que alterou a lei nº 
6.404/76. Essa alteração formalizou uma tendência internacional 
no sentido de que a demonstração de origens e aplicações 
de recursos (DOAR) fosse substituída pela demonstração dos 
fluxos de caixa, pelo fato de ser a DOAR um demonstrativo 
contábil de difícil interpretação pelos não contadores, apesar 
de sua inegável utilidade na análise da situação econômica e 
financeira das empresas. A DOAR é mais abrangente em termos 
de informações do que a DFC, entretanto, as técnicas e os 
conceitos utilizados na elaboração da DOAR fazem com que ela 
seja de difícil compreensão por administradores, analistas de 
mercados e investidores.
Assim, ao se tornar a DFC uma demonstração contábil 
obrigatória, o Brasil passou a seguir a orientação do International 
Accounting Standards Board (IASB), órgão que estabelece 
as normas internacionais de contabilidade, e do Financial 
Accounting Standards Board (FASB), órgão normatizador das 
práticas contábeis americanas, engajando-se nas práticas dos 
principais mercados financeiros internacionais.
Durante a elaboração desta unidade II, a proposta de 
normatização da DFC, que estava em audiência pública colocada 
pelo CPC, acabara de ser aprovada.
30
Unidade II
Re
vi
sã
o:
 N
íz
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 1
6/
12
/0
9
Assim sendo, e seguindo o CPC-3, que trata da elaboração da 
demonstração dos fluxos de caixa que desenvolve o conteúdo 
sobre este demonstrativo contábil.
4 CONCEITO
A demonstração dos fluxos de caixa é um demonstrativo 
contábil que explica as modificações ocorridas no saldo das 
disponibilidades da empresa em um determinado período, por 
meio da exposição dos fluxos de recebimentos, registrados 
a débito (aumentos), e de pagamentos, registrados a crédito 
(reduções) da conta caixa.
Apesar do nome, devemos considerar, no saldo da conta 
caixa, as chamadas disponibilidades, ou seja, os equivalentes de 
caixa, assim constituídos por:
a) recursos disponíveis em caixa;
b) recursos disponíveis nas contas correntes bancárias;
c) aplicações financeiras conversíveis imediatamente em 
moeda.
5 ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DOS 
FLUXOS DE CAIXA
Considerando-se a estrutura como forma de apresentação, 
a DFC deve ser estruturada conforme as atividades, operações 
que provocam aumentos ou reduções de caixa, em três tipos, a 
saber:
1 – atividades operacionais;
2 – atividades de investimentos;
3 – atividades de financiamentos.
5
10
15
20
31
ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Re
vi
sã
o:
 N
íz
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 1
6/
12
/0
9
5.1 As atividades operacionais
As atividades operacionais estão diretamente relacionadas à 
demonstração do resultado do exercício e devem corresponder 
às entradas e saídas em dinheiro ou equivalente referentes às 
operações principais da empresa, tais como:
Entradas:
• recebimentos de vendas (à vista e a prazo);
• recebimentos de outras receitas (aluguéis, juros);
• recebimentos de indenização por sinistros, sentenças 
judiciais.
Saídas:
• pagamentos de compras (fornecedores em geral);
• pagamentos de despesas (salários, aluguéis, impostos, juros).
5.2 Atividades de investimentos
As atividades de investimentos estão diretamente 
relacionadas às operações que provocam aumentos e 
diminuições dos ativos de vida útil longa, utilizados na 
produção de bens e serviços, bem como a aquisição de títulos 
e valores de outras sociedades, classificados no ativo circulante 
ou permanente, tais como:
Entradas:
• recebimentos do principal de empréstimos e 
financiamentos concedidos;
• recebimentos de alienação e participação societárias;
• recebimentos de alienação de títulos de investimentos;
5
10
15
20
32
Unidade II
Re
vi
sã
o:
 N
íz
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 1
6/
12
/0
9
• recebimentos da venda de imobilizado e outros ativos 
utilizados na produção de bens e serviços.
Saídas:
• desembolsos dos empréstimos concedidos pela empresa a 
coligadas/controladas /acionistas;
• pagamentos na compra de títulos de investimento de 
outras entidades;
• pagamentos na compra de títulos patrimoniais de outras 
sociedades;
• pagamentos à vista referentes à compra de imóveis, 
máquinas, etc.
5.3 Atividades de financiamentos
As atividades de financiamentos estão diretamente 
relacionadas às operações de captação de recursos próprios 
e de recursos de terceiros, assim como o pagamento e a 
remuneração desses recursos.
Entradas:
• integralização do capital em dinheiro;
• recebimentos em dinheiro de reservas de capital;
• recebimentos de empréstimos e financiamentos.
Saídas:
• pagamentos de empréstimos e financiamentos contraídos;
• pagamentos de dividendos;
• pagamentos de juros e encargos sobre empréstimos e 
financiamentos.
5
10
15
20
33
ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Re
vi
sã
o:
 N
íz
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 1
6/
12
/0
9
6 TRANSAÇÕES QUE NÃO AFETAM O CAIXA
Observemos agora algumas transações que não afetam o 
caixa da empresa, em virtude de não haver pagamento nem 
recebimento:
• depreciação, amortização, exaustão: representam reduções 
do ativo, sem afetar o caixa;
• provisão para devedores duvidosos: representa uma 
estimativa de eventuais perdas com clientes que não 
representam desembolso para a empresa;
• reavaliação: hoje não permitida pela atual legislação;
• ganhos ou perdas com investimentos (participações) 
através da aplicação do método da equivalência 
patrimonial.
7 MÉTODOS DE ELABORAÇÃO DA 
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC)
Existem dois métodos para a elaboração da demonstração 
dos fluxos de caixa, a saber:
1 – método direto;
2 – método indireto.
As diferenças entre o método direto e o indireto estão 
exatamente nos fluxos das atividades operacionais. Os fluxos das 
atividades de investimentos e financiamentos são demonstrados 
de forma idêntica nos dois métodos.
7.1 Método direto
A metodologia de elaboração da DFC direta mostra todos os 
recebimentos e pagamentos que contribuíram para a variação 
das disponibilidades no período.
5
10
15
20
34
Unidade II
Re
vi
sã
o:
 N
íz
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 1
6/
12
/0
9
A metodologia direta divulga informações mais complexas 
para o usuário da contabilidade. A estrutura da DFC pelo método 
direto pode ser assim exemplificada:
DFC
Fluxos das atividades operacionais
(+) Recebimentos de clientes (ajuste 1)
(+) Recebimentos de dividendos e juros
(+) Outros recebimentos provenientes das operações
(-) Pagamentos a fornecedores (ajuste 2)
(-) Pagamentos de despesas operacionais (ajuste 3)
(-) Pagamentos de despesas antecipadas (ajuste 4)
(-) Pagamentos de impostos e contribuições
(-) Outros pagamentos decorrentes das operações.
Fluxos das atividades de investimentos
(+) Recebimentos do principal de empréstimos e financiamentos concedidos
(+) Recebimentos provenientes do resgate de investimentos temporários
(+) Recebimentos provenientes da alienação de bens do imobilizado (ajuste 5)
(+) Recebimentos provenientes da alienação de investimentos permanentes
(-) Desembolsos de empréstimos e financiamentos concedidos
(-) Pagamentos na aquisição à vista de investimentos permanentes
(-) Pagamentos na aquisição à vista de bens do imobilizado (ajuste 6)
(-) Pagamentos na aquisição à vista de itens do diferido
(-) Pagamentos na aquisição de investimentos temporários.
Fluxos das atividades de financiamentos
(+) Recebimentos provenientes da realização de capital em moeda
(+) Recebimentos provenientes de empréstimos e financiamentos obtidos
(+) Outros recebimentos provenientes de financiamentos
(-) Pagamentos do principal de empréstimos e financiamentos obtidos
(-) Outrospagamentos decorrentes das atividades de financiamentos.
5
10
15
20
25
35
ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Re
vi
sã
o:
 N
íz
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 1
6/
12
/0
9
Variação das disponibilidades no período
Saldo final das disponibilidades
(-) Saldo inicial das disponibilidades
Variação das disponibilidades no período.
Vejamos agora os ajustes mencionados na estrutura da DFC 
como meios alternativos para a mensuração de alguns itens das 
atividades operacionais e de investimentos.
7.1.1 Ajustes de atividades operacionais
7.1.1.1 Recebimentos de clientes (ajuste 1)
A obtenção do valor dessa atividade operacional pode ser 
obtida pela seguinte soma algébrica:
Vendas do exercício (à vista e a prazo)
(+) Saldo inicial de duplicatas a receber
(-) Saldo final de duplicatas a receber
(-) Saldo inicial de duplicatas descontadas
(+) Saldo final de duplicatas descontadas
= Total dos recebimentos de clientes no exercício.
Exemplo
Suponhamos que uma determinada empresa tenha os 
seguintes saldos:
• duplicatas a receber – saldo inicial – 30
• duplicatas descontadas – saldo inicial – 20
• duplicatas a receber – saldo final – 22
• duplicatas descontadas – saldo final – 17
• vendas – 100
5
10
15
20
36
Unidade II
Re
vi
sã
o:
 N
íz
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 1
6/
12
/0
9
No razão, teríamos:
Duplicatas a receber
Duplicatas 
descontadas Vendas Disponibilidade
30 30 (a) (a) 20 20 100 (b)
(a) 10
(b) 78
(c) 17
22 (b) 105
Supondo-se que:
a) os clientes deviam 30 no início do ano e pagaram 10 
em dinheiro e 20 foram baixados a débito de duplicatas 
descontadas (a empresa já tinha recebido do banco);
b) como há um saldo final de 22 em duplicatas a receber, 
infere-se que a empresa recebeu 78 dos clientes referentes 
às vendas de exercícios;
c) a importância de 17 foi recebida pela empresa através de 
desconto junto ao banco. Esse valor poderia ser deduzido 
utilizando-se a fórmula:
Vendas do exercício 100
(+) Saldo inicial duplicatas a receber 30
(-) Saldo final duplicatas a receber (22)
(-) Saldo inicial duplicatas descontadas (20)
(+) Saldo final duplicatas descontadas 17
= Recebimento de clientes 105
7.1.1.2 Recebimentos de clientes (ajuste 1) com perdas 
de créditos a receber e PDD
Se os clientes da empresa não pagaram seus compromissos, 
a perda com esses clientes deve ser deduzida da soma algébrica 
indicada no item anterior para que se obtenha o valor correto 
recebido pelas vendas, uma vez que esse recurso não ingressou 
no disponível da empresa. Assim, teremos:
5
10
15
20
37
ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Re
vi
sã
o:
 N
íz
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 1
6/
12
/0
9
Vendas do exercício
(+) Saldo inicial de duplicatas a receber
(-) Saldo final de duplicatas a receber
(-) Saldo inicial de duplicatas descontadas
(+) Saldo final de duplicatas descontadas 
(-) Perdas com duplicatas a receber
= Total de recebimentos de clientes do exercício.
Por outro lado, se a empresa, prevendo o não pagamento, 
constituiu uma provisão para devedores duvidosos (PDD) 
e lançou a perda a débito de PDD, o ajuste deverá ser feito 
diminuindo-se da PDD que não foi revertida no exercício do 
valor das vendas.
Exemplo
Vendas do exercício 200
Saldo inicial de clientes 40
Saldo final de clientes 30
PDD constituída no final do exercício anterior 10
Reversão de PDD no final do exercício 3
PDD constituída no final do exercício 12
A perda com clientes foi no exercício de sete, correspondente 
à perda da PDD que não foi revertida. O valor recebido de clientes 
será assim calculado:
Vendas do exercício
(+) Saldo inicial de clientes
(-) Saldo final de clientes
(-) PDD do exercício anterior
(+) Reversão de PDD no exercício
= Recebimento de clientes
200
 40
(30)
(10)
__3
203
7.1.1.3 Pagamentos a fornecedores (ajuste 2)
O pagamento feito a fornecedores é obtido de maneira 
análoga à do recebimento de clientes, ou seja, toma-se o valor 
5
10
15
20
38
Unidade II
Re
vi
sã
o:
 N
íz
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 1
6/
12
/0
9
das compras no exercício e ajusta-se pela variação dos saldos da 
conta fornecedores.
Compras do exercício
(+) Saldo inicial de fornecedores
(-) Saldo final de fornecedores
= Pagamento a fornecedores no exercício
• Para empresas comerciais
O valor das compras em empresas comerciais pode ser obtido 
pela fórmula:
C = CMV – EI + EF
Exemplo
A empresa “X” apresenta os seguintes dados, extraídos de 
seus demonstrativos contábeis (BP e DRE)
Saldo inicial da conta fornecedores 100
Saldo final da conta fornecedores 130
Saldo inicial da conta mercadorias 200
Saldo final da conta mercadorias 190
Custo das mercadorias vendidas 500
O valor das compras efetuadas no exercício (C) é:
C = CMV – EI + EF
C = 500 – 200 + 190 = 490
O valor pago a fornecedores no exercício é:
Compras do exercício 490
(+) Saldo inicial de fornecedores 100
(-) Saldo final de fornecedores (130)
= Pagamentos a fornecedores 460
5
10
15
20
25
39
ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Re
vi
sã
o:
 N
íz
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 1
6/
12
/0
9
• Para empresas industriais
O valor das compras em empresas industriais pode ser obtido 
utilizando-se a fórmula seguinte para obtenção do custo dos 
produtos vendidos (CPV):
Estoque inicial de materiais
(+) Compras de materiais
(-) Estoque final de materiais
= Materiais consumidos (MAT)
(+) Mão de obra direta (MOD)
(+) Custos indiretos de fabricação (CIF)
= Custo de produção do período (CPP)
(+) Estoque inicial de produtos em elaboração (EIPE)
(-) Estoque final de produtos em elaboração (EFPE)
= Custo da produção acabada (CPA)
(+) Estoque inicial de produtos acabados (EIPA)
(-) Estoque final de produtos acabados (EFPA)
= Custo dos produtos vendidos (CPV)
Uma vez obtido o valor das compras de materiais, utiliza-se 
de forma semelhante à das empresas comerciais e obtém-se o 
valor pago a fornecedores no exercício.
7.1.1.4 Pagamento de despesas operacionais (ajuste 3) e 
despesas antecipadas (ajuste 4)
Os pagamentos de despesas no exercício englobam:
1) o pagamento de despesas operacionais incorridas em 
exercícios anteriores e pagos no exercício corrente;
2) o pagamento de despesas operacionais incorridas e pagas 
no próprio exercício;
3) o pagamento de despesas operacionais ainda não 
incorridas (antecipadas).
5
10
15
20
25
40
Unidade II
Re
vi
sã
o:
 N
íz
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 1
6/
12
/0
9
Por outro lado, os pagamentos citados não englobam:
a) os valores de despesas incorridas no presente exercício, a 
serem pagas no exercício seguinte;
b) as transferências de despesas antecipadas pagas em 
exercícios anteriores e que foram computadas como 
despesas do exercício seguinte;
c) os valores de despesas que foram incorridas no período, 
mas que não representam saídas de caixa (depreciação/
exaustão/amortização/saldo devedor de equivalência 
patrimonial).
Supondo-se que todas as despesas operacionais transitaram 
pelo contas a pagar, o pagamento de despesas do exercício pode 
ser obtido da seguinte forma:
Despesas operacionais incorridas no exercício
(+) Saldo inicial de contas a pagar
(-) Saldo final de contas a pagar
(-) Despesas que não implicam desembolso
(-) Transferência de despesas antecipadas para o resultado 
do exercício
= Desembolso com despesas operacionais já incorridas
(+) Transferências de despesas antecipadas
(-) Saldo inicial de despesas antecipadas
(+) Saldo final de despesas antecipadas
= Pagamentos de despesas operacionais e de despesas 
antecipadas no exercício.
Exemplo
A empresa Beta S.A. apresentou os seguintes dados 
referentes a despesas operacionais e despesas antecipadas:
5
10
15
20
25
41
ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Re
vi
sã
o:
 N
íz
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 1
6/
12
/0
9
Saldo inicial de contas a pagar
Saldo final de contas a pagar
Saldo inicial de despesasantecipadas
Saldo final de despesas antecipadas
Despesas operacionais incorridas
Transferência de despesas antecipadas para despesas operacionais
Despesas que não implicaram desembolso
 300
 280
 60
 70
 850
 40
 120 (depreciação 
90 e equivalência 
patrimonial 30)
A movimentação do caixa e das contas correlatas pode assim 
ser decomposta:
a) a empresa pagou o saldo de contas a pagar no início do 
exercício;
b) o saldo inicial de despesas antecipadas era de 60 e o 
final, de 70; como houve no exercício uma transferência 
de 40 de despesas antecipadas para resultado (fato que 
não afetou o saldo de caixa), concluiu-se que a empresa 
pagou 50 de despesas antecipadas;
c) as despesas de depreciação e equivalência patrimonial não 
afetam o caixa e tiveram um valor de 120; as despesas do 
exercício que teriam implicado desembolso equivalente a 
690 (850 – (120 + 40));
d) como havia um saldo final de 280 em contas a pagar e 
as despesas operacionais incorridas e pagas no exercício 
somam 410 (690 – 280), no razonete as disponibilidades 
seriam:
Disponibilidades
300 (a)
50 (b)
410 (d)
 760
O mesmo valor de 760 poderia ser encontrado aplicando-se 
a fórmula:
5
10
15
20
25
42
Unidade II
Re
vi
sã
o:
 N
íz
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 1
6/
12
/0
9
Despesas operacionais incorridas
(+) Saldo inicial contas a pagar
(-) Saldo final contas a pagar
(-) Despesas efetuadas sem desembolso
(-) Transferência de despesas antecipadas para resultado
= Desembolso com despesas operacionais
(+) Transferências de despesas antecipadas para resultado
(-) Saldo inicial de despesas antecipadas
(+) Saldo final de despesas antecipadas
= Desembolso total com despesas
850
300
(280)
(120)
(40)
710
40
(60)
70 
760
7.2 Método indireto
Por esse método, também conhecido como “método da 
reconciliação”, a DFC é elaborada a partir do resultado de 
exercício, efetuando-se ajustes para:
a) somar ao resultado todas as despesas que não 
representam desembolso (depreciação/amortização/
exaustão/gastos em constituição de provisão/perda na 
venda de itens do imobilizado/perda com a aplicação do 
método da equivalência patrimonial) e diminuir todas 
as receitas que não impliquem entrada de numerário 
(reversão de provisões/ganhos na venda de itens do 
imobilizado/ganhos com a aplicação de método da 
equivalência patrimonial);
b) excluir do lucro a parcela que foi aplicada no aumento 
de outros bens e direitos do AC (exceto disponível) ou na 
diminuição das obrigações do PC e somar a ele os recursos 
advindos da diminuição do AC (exceto disponível) e do 
aumento do PC.
O fluxo de caixa das atividades de investimentos e 
financiamentos é igual ao do método direto.
A estrutura da DFC pelo método indireto é:
5
10
15
20
43
ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Re
vi
sã
o:
 N
íz
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 1
6/
12
/0
9
1 – Fluxo de caixa de atividades operacionais
Lucro líquido do exercício
(+) Depreciação/amortização/exaustão
(+) Despesas com constituição de provisões
(+) Transferências de despesas antecipadas para resultado
(-) Reversão de provisões
(-) Despesas antecipadas pagas no exercício
(+) Receita negativa (positiva da equivalência patrimonial)
(+) Perda (ganho) de capital
(+) Outras receitas e despesas que não envolvam numerário
(+) Aumento/diminuição em bens e direitos do AC
(+) Decréscimo/aumento em obrigações do PC.
2 – Fluxo de caixa das atividades de investimentos
Igual à do método direto.
3 – Fluxo de caixa das atividades de financiamentos
Igual à do método direto.
4 – Variação do disponível (1 + 2 + 3).
5 – Saldo inicial das disponibilidades.
6 – Saldo final das disponibilidades.
5
10
15

Continue navegando