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RESUMO TEXTO E TEXTUALIDADE

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CURSO DE LETRAS / PORTUGUÊS/DTED - EAD POLO URBANO SANTOS
GABRIELA DA SILVA PESTANA
RESUMO INFORMATIVO DO TEXTO: TEXTO E TEXTUALIDADE
COSTA VAL, M.G. Redação e Textualidade. S. Paulo, Martins Fontes: 1991.
O texto procura discutir algumas das noções mais relevantes da teoria de linguística textual, que estuda a natureza do texto e os fatores envolvidos em sua produção e recepção. A autora faz uma explicação para situar o leitor, a respeito do que vem a ser um texto, as suas características, quando podemos chamar algo de texto e não apenas um amontoado de palavras.
Texto ou discurso é uma ocorrência linguística escrita ou oral, de qualquer extensão, dotada de unidade sociocomunicativa, semântica e formal, as quais são compreendias como propriedades básicas do texto. O contexto sociocultural delimita os conhecimentos compartilhados pelos interlocutores, inclusive quanto às regras sociais de interação comunicativa; a unidade semântica precisa ser percebida pelo recebedor como um todo significativo, e, a unidade formal, que traz constituintes linguísticos integrados, permite que o texto seja um todo coeso.
Entre os fatores envolvidos no processo de produção e recepção de textos, estão as intenções do produtor; o jogo de imagens mentais que cada um dos interlocutores faz de si, do outro e do outro em relação a si mesmo e ao tema do discurso; e o espaço de perceptibilidade visual e acústica comum, na comunicação face a face. Segundo a autora, um texto será bem compreendido quando avaliado sob os aspectos pragmático, semântico-conceitual e formal.
Textualidade é definida como um conjunto de características que fazem com que um texto seja um texto, e não apenas uma sequência de frases. A autora cita Beaugrande e Dressler (1983), que apresentam sete fatores responsáveis pela textualidade de um discurso qualquer: coerência e coesão (material conceitual e linguístico do texto), intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade, intertextualidade (fatores pragmáticos no processo sociocomunicativo).
A coerência é a configuração que assumem os conceitos e relações subjacentes à superfície textual, sendo o responsável pelo sentido do texto, envolvendo fatores lógicos, semânticos, cognitivos na medida em que depende do partilhar de conhecimentos entre os interlocutores.
Já a coesão é a manifestação linguística da coerência, a maneira como os conceitos e relações subjacentes são expressas na superfície textual. É responsável pela unidade formal do texto, constrói-se através de mecanismos gramaticais e lexicais.
Os fatores pragmáticos de intencionalidade e aceitabilidade referem-se aos protagonistas do ato de comunicativo. O primeiro concerne ao empenho do produtor em construir um discurso coerente e coeso, enquanto que o segundo concerne à expectativa do recebedor de que o conjunto de ocorrências com que se defronta seja um texto coerente, coeso, útil e relevante, capaz de levá-lo a adquirir conhecimentos ou a cooperar com os objetivos do produtor.
A situacionalidade trata-se dos elementos responsáveis pela pertinência e relevância do texto quanto ao contexto em que ocorre. E a informatividade diz respeito à medida na qual as ocorrências de um texto são esperadas ou não, conhecidas ou não, no plano conceitual e no formal. Demonstra que o interesse do recebedor pelo texto vai depender do grau de informação de que o último é portador. 
A intertextualidade concerne aos fatores que fazem a utilização de um texto dependente do conhecimento de outro(s) texto(s). Logo, informatividade e intertextualidade, ao mesmo tempo que contribuem para a eficiência pragmática do texto, conferindo-lhe interesse e relevância, também se colocam como constitutivos da unidade lógico-semântico-cognitiva do discurso, ao lado da coerência.
Diante disso pode-se afirmar que esse texto é fundamental para o desenvolvimento das habilidades envolvidas na produção de textos falados e escritos, destacando a importância da coerência das ideias dentro de um texto.

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