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DAS TEORIAS PSICANALITICAS - JUNG
 	A criação da Psicanálise por Sigmund Freud aconteceu há mais de um século. Durante o período de 1896-1902, Freud trabalhou árdua e predominantemente sozinho, observando seus pacientes atentamente, com intuito de entender e tratar a doença mental apresentada por eles.
 	A descoberta original e fundamental – o inconsciente e a concepção da sexualidade infantil – tornaram-se os pilares da teoria psicanalítica e foram difundidos entre os médicos e pesquisadores da época que passaram a se reunir ao seu redor, colaborando e discutindo suas ideias. Entretanto, a aceitação de suas teorias não tardou em experimentar divergências e antagonismos vindos de alguns discípulos, o que acabaria por levar ao rompimento com tais pressupostos, inclusive, com o próprio Freud.
 	Carl Gustav Jung foi um dos preferidos de Freud. Desde o primeiro encontro, que aconteceu após interesse de Jung nas ideias sobre os sonhos, decorrente da leitura do texto freudiano A Interpretação dos Sonhos (1900), o fundador da Psicanálise reconheceu Jung como aquele que poderia ser o herdeiro oficial do Movimento Psicanalítico. No entanto, esse olhar sobre Jung também refletia algumas preocupações e motivações políticas que se referiam às garantias do reconhecimento da Psicanálise.
 	Existia em Freud um receio de considerarem a Psicanálise uma teoria judaica e, com a participação obstinada e mesmo passional de Jung (cristão, psiquiatra suíço, respeitado no meio científico), este temor poderia vir a se dissipar. Esse grande encontro, constituído de amizade e discussões teóricas durou um longo tempo, de 1907 até 1913, aproximadamente. Após muito trabalho realizado, muitas cartas trocadas, os antagonismos acabaram por surgir, tão fundamentais, até que um rompimento, um tanto violento, tornou-se inevitável. Observando a história, fica claro que a questão essencial de tal ruptura pode ser achada no entendimento do valor da sexualidade e da energia libidinal (sexual) como fundamento dos processos da psique humana, ponto essencial para Freud.
 	Iniciava-se a construção da Psicologia Analítica de Jung, que se tornou uma das mais importantes teorias e linhas de psicoterapias da atualidade.
A PSICOLOGIA ANALÍTICA DE JUNG
 	Antes de estudarmos os conceitos mais destacados de Jung, é importante mencionar que ele entendia o ser humano como um ser único, indivisível, uma unidade, resultado de uma conjugação entre aspectos psicológicos e biológicos, funcionando dinamicamente.
Filho de Pastor Luterano, teve fatos marcantes na infância e adolescência, professor da universidade de Zurick, estudava a psicologia e Patologia dos fenômenos ocultos, gostava de cultura oriental, (Hindu, tibetano e ocultismo), dentre seus estudos, Teste de Associação de palavras. Freud rompe com Jung, após Jung não aceitar que a repressão se dava por causas sexuais.
Livro: A Dinâmica do Incosciente, mas foi em Interpretação do Sonhos de Freu que teve a influência mais marcante, teve influencias de Goeth, Nietsh e alquimia., também teve a influência de Flor de Ouro- Richard Himann.
Principais proposições da Psicologia Analítica Jung:
O caráter da libido: O conceito de LIBIDO para Jung encontrou-se no cerne de sua divergência com Freud. A publicação de seu livro Metamorfoses e Símbolos da Libido (1912) apresenta sua visão, reconhecendo a libido como a totalidade da energia psíquica, ultrapassando a concepção puramente sexual. Não se tratava de excluir a disposição sexual da libido, mas incluí-la em uma nova perspectiva, mais ampla, da dinâmica da psique. Essa concepção monista da libido se contrapunha à de Freud, dualista.
 	A sexualidade era vista por Jung como um aspecto da vida e a energia psíquica, uma manifestação vital total. Neste sentido, a libido pode ser dirigida a um amplo espectro de interesses: sexualidade – fome – sono – afetos – estados emocionais, em um constante ir e vir, em um contínuo de substituições.
 	Libido é movimento! Encontramos progressão e regressão, termos indicadores da direção da libido, responsáveis pelo ajuste às condições da vida, externa e interna. Na progressão, encontramos o avanço da libido, fluindo na direção do exterior e se adaptando ao mundo externo. Já na regressão, podemos perceber uma paralisação, um represamento devido à ativação de conteúdos e fantasias infantis que provocaram um fracasso adaptativo e veremos um encontro com alguma imagem arquetípica e a possibilidade de transpor um determinado obstáculo, ou seja, um complexo. Para tal, muito trabalho mental é necessário.
Personalidade: Para Jung, personalidade e/ou psique é a dinâmica de forças que vem do interior e avança para o exterior e vice-versa, sendo considerada como uma entidade total. Um dos processos importantes de desenvolvimento da personalidade é a individuação. Encontramos aí uma busca pelo singular e pela diferença em relação ao grupal. O processo de individuação é complexo, difícil, com etapas e pressupõe conflitos para se atingir uma integração e plenitude. 
Pressupõe a integração dos aspectos, consciente e inconsciente, através do autoconhecimento e do encontro com o funcionamento arquetípico, principalmente, com os arquétipos anima/animus, persona/sombra.
O conceito de inconsciente coletivo e arquétipos: Para falar do conceito de inconsciente coletivo, faz-se necessário estabelecer comparação com os conceitos de consciência e inconsciente individual.
Consciência: Pode ser definida como a possibilidade de acesso a uma série de elementos psíquicos, um fluxo contínuo que se alterna indefinidamente; presença e ausência, interior e exterior, pelo qual teremos a possibilidade de conhecer nossa essência e de nos tornarmos cientes de nossa personalidade. Nosso eu/ego e consciência encontram-se intimamente associados.
Inconsciente individual ou pessoal: É entendido como o extrato mais básico e aparente, próximo à superfície, ou seja, o que já foi acessado pela consciência. Refere-se à sorte de experiências pessoais adquiridas na interação com o mundo durante sua existência. Nesse sentido, ele é único. É nesse inconsciente que podemos encontrar o fato gerador do conflito, o que um dia quisemos esquecer, o que foi rejeitado/recalcado, experiências consideradas traumáticas. Tudo aquilo que foi consciente e que da consciência foi subtraído – memórias, emoções, dores, imagens – e que, portanto, não se tornou conciliável com meu eu, pertence ao inconsciente pessoal e gera o que chamamos de complexos.
Estes complexos têm uma energia psíquica e podem ser acionados por situações do cotidiano. São agrupamentos de sensações, pensamentos e afetos que, ao serem ativados, reagem de forma vigorosa e tendem a controlar o comportamento, a personalidade. Um complexo despertado domina pensamentos, ações e comportamentos, e pode produzir sintomas. Muitas vezes, encontramos arquétipos associados aos complexos.
 	Chegamos ao inconsciente coletivo, é constituído numa proporção de arquétipos (estruturas psíquicas), são condições ou modelos prévios de formação psíquica em geral, um conceito essencial da Psicologia Analítica. Caracteriza-se como uma parte que se distingue do inconsciente individual, pois nunca fora consciente. Para entendê-lo, será necessário conhecer alguns aspectos da Mitologia e Antropologia.
 	Define-se pelo herdado, inerente, pelo que há de mais primitivo e profundo na psique. É um depósito de experiências universais, atemporal, de temas vividos em diferentes culturas e espaços por todos os indivíduos. É, portanto, um conjunto de experiências de caráter repetitivo que recebemos de nossos ancestrais e que moldam nossa forma de reagir e entender o mundo, geração após geração. Iremos perceber essas imagens - registros simbólicos comuns - em cada um dos indivíduos.
 	Segundo o dicionário Michaelis, versão on-line, arquétipo é um “tipo primitivo ou ideal; original que serve de modelo; modelo, o exemplar ou o original de uma série qualquer”/ dicionário Aurélio, versão on-line, “modelo ou padrão passível de ser reproduzido em simulacros ou objetossemelhantes”.
 	Desde o nascimento, já se encontram impressas experiências significativas da humanidade que, servindo de modelo, inclinam o indivíduo a pensar, pressupor e agir de forma semelhante, ou seja, um padrão pré-formado de comportamento, independentemente do tempo e cultura. A estas predisposições inatas, Jung deu o nome de arquétipos – estruturas psíquicas, são condições ou modelos prévios de formação psíquica em geral, são porções da própria vida. Uma série de símbolos e imagens universais representativas observadas no comportamento. Os arquétipos podem ser encontrados em sonhos, fantasias, mitos.
 	Existem diferentes arquétipos na mente humana, todos relacionados ao cotidiano da experiência e existência do ser humano. Vamos exemplificar alguns deles, tais como self; animus e anima; a persona e a sombra; a mãe e o herói.
Self : Arquétipo Central, totalidade da personalidade, fator interno da orientação, estranho ao ego e a inconsciência. Representa a integração, a totalidade da psique, o que inclui o consciente-inconsciente e os arquétipos. Executa um trabalho de mediador e organizador das temáticas psíquicas. É o centro da totalidade.
Animus e anima: parte sexual posta em cada um de nós, que não se adapta ao ego inconsciente. Essas duas imagens são, para Jung, “imagens da alma”. Consideradas representações inconscientes, imagens psíquicas do que reconhecemos nas manifestações do masculino e feminino respectivamente. Cada ser humano possui representações de ambos os arquétipos na sua psique, integrados em uma constituição bissexual, andrógina. De acordo com o extrato biológico e o contexto cultural, observamos uma diferenciação maior ou um predomínio de manifestações do masculino ou do feminino, no homem e na mulher. Interessante lembrar que, nos relacionamentos afetivos, estas representações arquetípicas cruzadas estarão presentes na construção do ideal de parceria para cada um dos envolvidos. Observe a importância deste aspecto nas psicoterapias de casal.
Persona e sombra: São dois arquétipos que não se confrontam, mas são polos facilmente observáveis nas relações do dia a dia. 
Persona é a forma com que nos apresentamos ao mundo, como nos relacionamos, roupas papeis sociais (arquétipo da conformidade), um conceito que apresenta interfaces do eu com a cultura. Mais precisamente, uma negociação do eu/ego com as exigências da cultura no cumprimento de papéis sociais, sejam eles familiares, pessoais e/ou sociais. É comum ser descrito como “a máscara social”, já que revela um sentido de adaptação ao esperado socialmente. Portanto, persona é o que encenamos socialmente, como nos mostramos nos diferentes espaços que frequentamos por meio dos diferentes papéis sociais – filho, aluno, professor, profissional. Pertencer ao grupo social, se inter-relacionar, ser aceito, acarreta, muitas vezes, submissão ao desejado socialmente. Essa perspectiva indica a direção do próximo conceito. 
Sombra centro do inconsciente pessoal, núcleo do reprimido, antissocial, inadequado (ego negativo ou sombra do ego), sendo perigosa quando não reconhecida, requer certa dose de honestidade, também é um conceito que se refere a conteúdos inconscientes, nosso lado obscuro, recusado por nós – o abominável, logo, temido. Organiza-se durante todo o desenvolvimento do indivíduo, pelos sucessivos “nãos” recebidos na tentativa de obtenção de aprovação social e pessoal. Trata-se de um aglomerado de frustrações, atitudes, afetos e concepções que reconhecemos como inaceitáveis e que encaramos como um “limbo” da psique, na esperança de mantê-los afastados, inclusive, de nós mesmos. A sombra nos revela a existência de um outro dentro de nós, ameaçando-nos de dentro, arriscando a perda do amor e lugar ocupados na sociedade. Contudo, quanto mais nos ocupamos em deixá-la fora de cena, por meio de diferentes mecanismos de defesa, em busca de uma imagem idealizada, mais a sombra crescerá e mais ameaçará nossa existência. A integração entre o que realmente somos e o que podemos atender ao outro é o caminho da individuação e da saúde mental.
Grande mãe: Ligada à representação da maternidade, com seus aspectos positivos e negativos. A energia da maternagem é o que encontramos associado ao arquétipo. Você já visitou uma família com um recém-nascido? Se sim, já deve ter experimentado esse fluxo energético no qual todos parecem envolvidos. Todos que se aproximam deste bebê conectam-se com tal energia. O -nascimento de uma criança coloca em jogo este arquétipo; na verdade, a relação mãe-bebê faz emergir esta energia psíquica.
 	Desde o nascimento, construímos internamente essa imagem primordial a partir das vivências e relações travadas com essa que nos gerou e com todos que se aproximam, a partir desta perspectiva energética. A grande mãe pode ser caracterizada como aquela que dá a vida, nutre e cuida. Vários são os traços essenciais definidos por Jung deste arquétipo. Seus atributos são o maternal: simplesmente, a mágica autoridade do feminino; a sabedoria e a elevação espiritual além da razão; o bondoso, o que cuida, o que sustenta, o que proporciona as condições de crescimento, fertilidade e alimento; o lugar da transformação mágica, do renascimento; o instinto e o impulso favoráveis; o secreto, o oculto, o obscuro, o abissal, o mundo dos mortos, o devorador, sedutor e venenoso, o apavorante e fatal (JUNG, 2002).
Encontramos nesta descrição dois lados desta grande mãe:
Positivo: A vida e a proteção.
Negativo: O engolfamento e a alienação.
 	Através de Jung, podemos perceber que aquela que protege e acolhe pode também apresentar seu lado castrador e aprisionante. Vida e morte!
 	Com o amadurecimento, esta imagem arquetípica será a base da forma como vivemos nossa autoestima, nosso autocuidado, nossa capacidade de amar e cuidar do outro.
Herói: Tem como representação a imagem daquele que está disposto a lutar, defender e proteger o outro e o mundo. Disponibiliza-se a desafios, enfrentamentos e missões que concedem sentido à sua vida. De acordo com as experiências familiares e sociais, positivas ou negativas relativas a esse panorama, o indivíduo poderá apresentar potencial e capacidade plena de conquistar mudanças e buscar seus objetivos, ou encontraremos comportamentos negativos de insegurança, evitações e paralisações diante de desafios.
Tipos Psicológicos: Os tipos psicológicos, de maneira geral, podem ser descritos como introvertido e extrovertido, que são absolutamente díspares e se distribuem sem distinção de classe, cor ou credo, o que demonstra sua característica inconsciente. Desde o início do desenvolvimento infantil, já podemos observar a construção e a dominância de um dos tipos.
Para comentar os tipos psicológicos, sempre é necessário destacar qual a sua conexão em relação ao objeto, mundo externo, ou à própria subjetividade. Nesse sentido, veremos a direção da energia para o exterior ou interior. Podemos identificar a existência de uma alternância entre os tipos em um mesmo indivíduo, mas encontraremos uma atitude prevalente. Ninguém se manifesta exclusivamente a partir de um dos tipos.
Extrovertido: O tipo extrovertido tem sua ênfase no objetivado, no exterior, que assume vital importância. A sua força determinante encontra-se no exterior, mais do que, no subjetivo, mais do que na sua própria ótica. Para Jung, este tipo pensa, sente e atua diretamente em acordo com as relações objetivas e suas premissas.
Introvertido: O tipo introvertido direciona sua atenção para seu mundo interno, sua subjetividade, priorizando seus pensamentos e sentimentos, seus processos internos. Apesar de examinar o exterior, ocupando-se das impressões que o objeto lhe causou, sua referência máxima encontra-se nas suas disposições subjetivas.
A partir destes tipos gerais, Jung formulou oito tipos ditos especiais, mais singulares, devido às tentativas de adaptação a partir de seu funcionamento psicológico essencial.
Duas atitudes - extroversão e introversão  
Quatro funções:  Os quatro elementos dão uma função equilibrada.
Pensamento: relacionado coma verdade; que estabeleça o que é ou não apropriado;
Sentimento: sentir é tomar decisões através de julgamentos próprios, que estabeleça o que é ou não apropriado, se queremos aceita-lo ou não;
Sensação: pensamentos de forma conjunta, percepção de detalhes, e a fim de nos orientarmos temos que ter essa função que nos assegure de que algo esta aqui;
Intuição: processa informações entre o passado e futuro. 
Cada uma destas funções, se conjugará com as atitudes. Desta forma, veremos, por exemplo, tipos como: intuitivo extrovertido, pensativo introvertido, pensativo extrovertido, sentimental introvertido etc.
A atitude religiosa: Um outro ponto bastante importante da Psicologia Analítica refere-se ao pensamento sobre a religiosidade, que não está atrelada à participação em algum tipo de religião. Desde sempre, Jung encontrava-se conectado a este tema, pois era filho de um pastor protestante.
Jung aborda que todos os seres humanos possuem uma atitude religiosa que é fundamental para o desenvolvimento da personalidade.
Mas, efetivamente, do que se trata esta atitude religiosa?
Encontra-se associada a uma observação (consciente) zelosa de experiências vividas no mundo que, entretanto, ultrapassam a objetividade. Estaríamos falando de situações que podem ser sentidas e interpretadas como atravessamentos da materialidade, do real experimentado, tais como, sensações espirituais, ideias e contatos com o divino e com o inominável etc. Talvez, venha daí a imagem de que Jung era místico, pelo seu interesse no religioso. Contudo, a intenção de Jung era definir a atitude religiosa como uma atitude mental, pertencente ao mundo da psique de todos os indivíduos. Mais do que isso, entendia a atitude religiosa como uma possibilidade de reconciliação entre os elementos conscientes e inconscientes da psique (Jung, 1977).
Poderíamos vislumbrar no horizonte a ideia de um arquétipo?
Sim, claro! A imagem simbólica do divino e do sagrado encontra-se presente em todos os seres humanos. Aquilo que é da ordem do implacável, do arrebatador, que excede qualquer compreensão consciente, com morada no inconsciente, no desconhecido.
O lugar dos sonhos pra Jung
Falar em sonhos é falar em inconsciente. Foi a partir da leitura do trabalho de Freud A Interpretação dos Sonhos (1900), que Jung se interessou pela Psicanálise. Apesar de seu interesse, observamos uma grande divergência no método de interpretação adotado por cada um deles. A ideia de Freud de que todo sonho encerraria a satisfação de um desejo infantil recalcado foi abolida por Jung, que apresentou uma nova forma de entender os conteúdos oníricos. Segundo Jung, para interpretar um sonho não será buscada a causa (como acontece com Freud), que aparece encoberta, e sim uma finalidade, uma prospecção, um “para quê”.
O sonho é um indicador, uma mensagem a quem sonha, são pontes entre o consciente e inconsciente que tem como função geral manter o equilíbrio psíquico. Falar em sonhos é estabelecer uma conexão com o mundo inconsciente. Segundo Jung, encontramos nos sonhos toda uma simbologia bastante individual, espontânea e sem disfarces ou defesas, uma expressão clara do inconsciente pessoal e coletivo. 
A interpretação dos sonhos ocupa um lugar fundamental na terapia junguiana.
QUATRO DINÂMICAS DA PSICOLOGIA ANÁLITICA:
Crescimento Psicologico - Passos para o processo de individuação:
- Desnudamento da persona (cai as mascaras);
- Confronto com a sombra (podemos nos livrar das sombras);
- Confronto com o animus/anima;
- Desenvolvimento do Self (crescimento pisiquico).
Individuação: tornar-se a sí mesmo, desenvolvimento do Self (não é um processo fácil e agradável).
Obstáculos do crescimento: 
- A identificação com a Persona: (a retirada da mascara), quando há confusão, há idealização;
- Sombra;
- Confronto com o animus: pode trazer instabilidade de humor;
Estrutura do Pensamento Jugiano nas Teorias Analiticas:
- Noção do corpo (corpo físico e mundo externo são conhecidos como uno);
- Corpo;
- Relacionamento social;
- Vontade: energia e disposição da consciência, não afeta os instintos e processos inconscientes;
- Emoções: material psíquico ligado a arquétipos desperta emoções (principal fonte da consciência);
- Intelecto: processos de pensamento inconsciente;
- Terapeuta: terapia é esforço conjunto e igual entre paciente e analista. Não considerava técnicas, método mecânico e não natural.
Quatro fases do processo terapêutico
- a confissão: estágio analítico – analítico;
- momento da elucidação do material – analítico;
- educação: novas experiências – sintético;
- transformação: individuo assume responsabilidade por seu crescimento – sintético.

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