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JACQUES LACAN

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JACQUES LACAN
Jacques Lacan nasceu em Paris, em 1901 e faleceu em 1981. Cursou Medicina na década de 20, especializando-se posteriormente em Neurologia e Psiquiatria. Durante a década de 30 também realizou estudos na área de Filosofia e clinicou em Psiquiatria no Hospital Psiquiátrico.
Somente após iniciar sua análise pessoal, em 1932, teve contato com a Psicanálise, com os psicanalistas e com a IPA (Associação Internacional de Psicanálise - 1910). Este contato ocorreu em um momento em que o Movimento Psicanalítico já havia alcançado um longo percurso (década de 20). Várias discussões já vinham sendo travadas, desde as questões teóricas e práticas até a importância do ensino da Psicanálise e da formação do analista.
Freud encontrava-se empenhado em discutir, junto aos seus discípulos e instituições, sobre os requisitos mínimos, importantes para a formação do analista – análise pessoal, ensino teórico e supervisão clínica. A análise pessoal deveria ser feita com um analista didata. Estava definido o tripé da formação analítica que orientaria toda a comunidade psicanalítica. No entanto, no decorrer do tempo, este modelo foi se tornando mais rígido e autoritário, com maiores exigências e controle excessivo.
Durante seu processo analítico, Lacan iniciou (1934) sua participação na Sociedade Psicanalítica de Paris (SPP), da qual se tornou membro em 1938. Sua formação aconteceu dentro do modelo tradicional. Havia terminado sua tese de doutorado sobre a paranoia em 1932, obtendo grande repercussão pelas suas ideias.
Em 1936, apresentou o trabalho Estádio do Espelho, no XIV Congresso Internacional de Psicanálise, em Marienbad, inspirado em ideias de Wallon sobre representação do esquema corporal na criança. Este trabalho se mostrou revolucionário e posteriormente foi aprofundado.
Desde sua filiação à SSP, trabalhava seriamente, tanto na produção de novos textos, divulgando e discutindo a Psicanálise, como também no ensino e formação dos futuros analistas. Por outro lado, desde que integrou o quadro da SSP, passou a apontar uma série de divergências quanto à rigidez das Instituições Psicanalíticas e sua forma de condução do processo formativo de um analista.
Em 1953, rompeu com a SSP e abraçou uma nova escola, a Sociedade Francesa de Psicanálise, fundada por dissidência de diferentes psicanalistas.
Em 1964, Lacan, após romper com a IPA (Associação Internacional de Psicanálise) e com todos os regulamentos institucionais, criou um modelo de transmissão e formação analítica com a fundação da Escola Francesa de Psicanálise.
Lacan pode ser considerado um grande renovador, um progressista da Psicanálise. Retornou à obra de Freud, repleto de contribuições e singularidades. O inconsciente assumiu um lugar privilegiado em sua obra.
Seguidor ou dissidente? O que realmente importa é sua contribuição, um tanto original, de imenso valor e que possui um lugar primordial na Psicanálise contemporânea.
Selecionamos um conjunto de novas ideias lacanianas que levarão você a uma introdução à obra. Das ideias originais, nos encontraremos com: o estágio do espelho; o entendimento do inconsciente estruturado como linguagem; e as categorias conceituais real, simbólico e imaginário. Quanto aos aspectos técnicos e clínicos: sujeito suposto saber; desejo do psicanalista; tempo variável de sessão; corte de sessão com o tempo lógico.
Estágio do espelho e a formação do eu: Esse período fundamental do desenvolvimento mental infantil tem sua ocorrência entre 6 e 18 meses, aproximadamente.
Conforme apontado acima, o conceito surgiu em uma conferência em 1936 e passou por alguns desdobramentos até 1949. A elaboração inicial baseou-se, principalmente, nas descrições feitas por Wallon sobre o comportamento infantil diante da percepção de sua própria imagem no espelho. Diferentemente da direção investigada por Wallon, Lacan ocupou-se do percurso que a criança irá fazer, a partir da relação de identificação estabelecida com a imagem e o significado deste aspecto na estruturação de seu eu. A partir de seu reconhecimento na imagem do espelho, e do prazer e contentamento esboçados através da identificação de seu corpo em integração com seu eu, encontramos o início da formação de uma identidade.
O bebê, logo quando do seu nascimento, não possui a experiência de um corpo em unidade, mas um amontoado de partes, sem reconhecer um mundo externo. Posteriormente, já é capaz de se perceber ao olhar para o espelho; o reflexo lhe oferece uma imagem do corpo para que ele, integrando-se, viva como sendo seu eu. Uma imagem que “fala” dele, um reflexo do eu. Reparem que a experiência de um corpo integrado, um eu, é apreendida a partir de uma imagem refletida.
Nesse sentido, Lacan aponta a ideia de um eu-ego-imaginário, e do momento inaugural da constituição da subjetividade. Este eu mesmo identificado é anunciado por Lacan como desvirtuado por, ao menos, dois motivos: a inversão da imagem e a identificação com algo que vem de fora.
Reconheço-me a partir de uma imagem que entendo como sendo eu mesmo, mas que vem de fora, por um outro (o espelho), que confirma minha existência. Ou seja, a constituição do eu é processada por um engano, liberto da não integração, mas aprisionado ao outro.
Saiba mais
O outro não diz respeito somente à imagem do espelho, pode ser entendido também como o olhar da mãe, a fala da mãe, etc.
O momento da vivência edipiana possibilitará a chance da conclusão do estádio do espelho. A figura paterna será crucial neste processo, pois agirá como interditora desta relação. Indicará para a criança a impossibilidade de continuar vivendo a ilusão de uma completude com a figura materna. O pai frustrará esta criança na satisfação de seu desejo, levando-o a viver um vazio, a falta. Primeiro, a completude (imaginária) e depois, a falta (simbólica). Estamos falando da experiência edipiana e da vivência da castração, momento estruturante do sujeito. Somente a partir desta experiência ela poderá iniciar um movimento desejante e ocupar um lugar no mundo social.
Registros imaginário, simbólico e real: A apresentação desses conceitos de forma separada tem fins puramente didáticos, pois os três funcionam absolutamente interligados e articulados. Um trânsito intenso ocorre entre estas três categorias.
Segundo o Dicionário de Psicanálise de Roudinesco e Plon (1988), imaginário é: Termo derivado do latim imago (imagem)... Aquilo que se relaciona com a imaginação, isto é, com a faculdade de representar coisas em pensamento, independentemente da realidade. Utilizado por Jacques Lacan a partir de 1936, o termo é correlato da expressão estádio do espelho e designa uma relação dual com a imagem do semelhante. Associado ao real e ao simbólico no âmbito de uma tópica, a partir de 1953, o imaginário se define, no sentido lacaniano, como o lugar do eu por excelência, com seus fenômenos de ilusão, captação e cilada. (p. 371).
A associação direta deste registro imaginário com o eu/ego foi claramente indicada acima pela descrição das relações de projeção, de identificação e reconhecimento do outro sobre mim. A forma como eu entendo o mundo encontra-se associada ao imaginário. Ele pode ser entendido como aquilo que eu interpreto sobre o outro e sobre o mundo, como se o eu tivesse total conhecimento desse outro, como se fossemos um só, não percebendo a existência de possíveis diferenças – projeção e identificação.
No Dicionário de Psicanálise, Roudinesco e Plon (1988), o simbólico é: Termo extraído da antropologia para designar um sistema de representação baseado na linguagem, isto é, em signos e significações que determinam o sujeito à sua revelia, permitindo-lhe referir-se a ele, consciente e inconscientemente, ao exercer sua faculdade de simbolização. (p. 714).
Lacan faz uma associação direta do simbólico com a linguagem, como a possibilidade de organização de tudo que ocorre com o sujeito, em particular, e com o mundo. Falar no registro do simbólico é acessar o que é da ordem da representação, ou seja, representa, mas não é.
Existe uma coisa colocada no lugar de outra.Vamos novamente a um exemplo: quando, em um sonho, relato meu encontro com um amigo, mas a fisionomia que aparece é de minha tia, podemos perguntar qual sentido faz isso para aquele que sonha. Na verdade, o sistema simbólico não tem uma significação por si mesmo, mas pelas relações que apresenta com o conjunto.
O simbólico não é linear, ele é múltiplo!
E o real: Antes de mais nada, cabe dizer que o real de Lacan não tem correlação com o que chamamos de realidade, ou aquilo que experienciamos e no senso comum assim chamamos. Roudinesco (1988) o trata como uma realidade fenomênica que é imanente à representação e impossível de simbolizar.
O real é aquilo que não tem unidade, é o imprevisível, tudo aquilo que não tem lugar. A impossibilidade de simbolização é a marca do real. Ele não se encaixa no simbólico e nem no imaginário; é o impensável, o impossível de representar, o traumático, o que não consegue ser dito, o típico “sem palavras” e que, de repente, se impõe. Atravessando o ser em um momento de angústia, aparece e não se faz choro, grito ou fala. É o inexpressivo, uma angústia que paralisa, sem sentido. Aquelas situações que costumamos traduzir como “não tenho palavras para dizer”, “não consigo dar um sentido”, “nem parece real”, aproximam-se do que Lacan denomina de real.
Inconsciente estruturado como uma linguagem: Em 1953, Lacan faz uma proposta bastante diferenciada de Freud em relação ao que entende por inconsciente. Essa ideia foi baseada nas proposições de Lévi-Strauss e outros, tais como Saussure, com seu estruturalismo, que enfatizava a função simbólica como reguladora de todos os fatos e relações sociais. Claro que a linguagem, o discurso, sempre foi importante para Freud, - basta lembrar que a psicanálise tinha como método a talking cure, cura pela fala. Também basta recorrer a alguns textos famosos, tais como Psicopatologia da vida cotidiana (1966) e A Interpretação dos sonhos (1900) para entender a multiplicidade de sentidos de uma única palavra, ou imagem, ou lembrança.
No entanto, Lacan, influenciado pelos estruturalistas e linguistas, produz uma entorse na relação entre significado e significante, introduzindo uma nova perspectiva do inconsciente. Estes conceitos podem ser assim entendidos na linguística de Saussure: significado de maior valor é o que se refere ao conceito, à ideia em si; significante alude a uma representação da imagem psíquica do som, do nome atribuído ao conceito.
Encontram-se em íntima relação de interdependência, onde, para cada significado, existe um significante que o representa, o que remete à ideia de imobilidade ou automatismo de sentido.
O deslocamento apresentado por Lacan refere-se à importância na organização da vida psíquica. A relação entre os dois elementos deixa de ser natural e passa a ser entendida como engendrada pelo grupo social. Quando falamos algo, o significado só consegue ser dado no depois, após a finalização do expressado e captura das correlações entre os significantes. Vale insistir que um significante por si mesmo não tem significado, mas será na relação em cadeia que se chegará a um sentido. Nesse sentido, os significantes se apresentam para, em seguida, o significado ser apreendido.
Lacan entendia que através da regra fundamental da associação livre seria possível se deparar com as manifestações do inconsciente e perceber as substituições sucessivas.
As contribuições inovadoras de Lacan também tiveram efeito na prática do psicanalista. Indagações foram realizadas sobre a posição que o analista deveria assumir durante um processo analítico.
Uma das principais questões refere-se ao desejo do analista em relação ao analisando. Lacan é muito claro ao afirmar que o único desejo do analista deve ser o de análise. O analista não deve desejar nada para seu analisando, tal como que ele consiga ser feliz ou que encontre um caminho melhor, por exemplo, e muito menos imaginar que ele sabe o que é melhor para seu analisando.
Claro que o analisando, ao procurar um analista, em um momento inicial de transferência, acredita que este saberá o que se passa com ele, saberá sobre o seu sofrimento e como extirpá-lo, curá-lo. Só se inicia um tratamento se o futuro analisando transfere para esse analista a posição de saber de si e de sua verdade. Fazendo parte desta relação, na direção do analista, encontramos movimentos transferenciais e de idealização. No entanto, o analista deve estar analisado o suficiente para não ceder a esta tentação imaginária. Precisa permitir que o analisando assim o veja, mas não assumirá tal posição, não cometerá o engano de se sentir possuidor de tal saber. Ao contrário, ciente de que nada sabe, não responderá ao desígnio que lhe foi dado, e irá ocupar um lugar de vazio, impulsionando o analisando, através desse encontro com a falta, para a busca de seu próprio desejo. Irá trabalhar constituindo-se como “sujeito suposto saber”, diria Lacan.
Nesse sentido, caminha com o analisando, aprendendo com ele, no compasso dado por ele, atravessando seu sofrimento e seguindo na direção da cura. A prática analítica se caracteriza pela construção de um saber junto com o analisando que associa livremente.
Outra consideração importante a ser feita remete-se à duração do tratamento e o tempo da sessão. Podemos lembrar facilmente das inúmeras vezes que um analista recebe a pergunta:
Quanto tempo vai demorar para ficar bom? Quanto tempo vai durar o tratamento?
Questões com uma única resposta – associe livremente. Durante esse associar, o analisando vai se encontrando com suas questões e com a dureza desse caminhar, sem tempo previamente determinado. Cada um é cada um e o analista sabe disso. Portanto, não existe uma única jornada, existem jornadas singulares.
Freud mencionava a existência de uma atemporalidade do inconsciente, revelando que a passagem do tempo não ocorre no inconsciente, onde as representações não se importam com passado, presente e futuro, ligando-se e se misturando ao seu livre arbítrio. Na análise, seria necessário, pela via da transferência, indagar um tempo de antes vivido no agora.
Vivemos mais diretamente o tempo cronológico, o desenrolar dos fatos e acontecimentos, os dias, as estações do ano, horário do recreio na escola e assim sucessivamente. É o tempo da realidade e da história. O tempo psicológico tem um aspecto mais subjetivo, individual, referindo-se a como é sentida a passagem do tempo, como o evento é vivido pelo sujeito. Se quisermos exemplificar, podemos imaginar que a Segunda Guerra Mundial terminou em 1945, um fato histórico, mas a descrição dada por um ex-combatente é a de que a Guerra parecia nunca terminar.
Prática do analista e tempo lógico: O tempo lógico é descrito por Lacan como um recurso no trabalho com o discurso do analisando, já que é preciso estar atento ao funcionar do inconsciente. O tempo da análise é o tempo do inconsciente. A Psicanálise trabalha com a fala do paciente, mais precisamente, com o desenrolar desta fala. Ou seja, como o sujeito encadeia suas palavras, como organiza sua história contada, como ordena os fatos relatados, ou como o sujeito desenrola a cadeia de significantes e as infinitas possibilidades de sentido.
O analista precisa escutar esta cadeia, esta organização, qual lógica está se evidenciando e será capaz de intervir, interrompendo e sinalizando um significante repleto de novos caminhos, muito adiante de um sentido convencional e social. Para realizar tal façanha, será necessário se desligar do tempo cronológico, das historinhas contadas e, em atenção flutuante, encontrar o que precisa ser entendido e associado.
O tempo lógico que pode ser associado à intervenção que interrompe a sessão revela uma escuta do analista de algo que, possivelmente, o analisando não escutou. Será que ele escutou o que disse? Afinal, o que está sendo dito?
Atenção
Cumpre-se a função de analista, interferindo em um discurso para realizar uma abertura à reflexão. Interrogar sobre as histórias contadas, criando uma dúvida no sentido apresentado como óbvio e levando um sujeito arefletir sobre qual verdade ele fala.
Interromper (o corte) a sessão sob os auspícios da escuta do tempo lógico, produz uma tarefa, um “dever de casa”. Quando se interrompe a sessão, incita-se ao sujeito a ir trabalhar para além da sessão analítica. Aliás, já sabemos que o inconsciente não para e o trabalho psíquico está sempre a acontecer em todos os cantos do mundo pessoal e particular.
Questões de Prova:
- A respeito das teorias médicas sobre a histeria: Charcot pensava a histeria como uma doença produzida por uma representação carregada intensamente de afeto, sendo que a força deste se transpunha para o corpo.
- A respeito do método hipnótico: Freud ficou insatisfeito com o método hipnótico, pois embora aparentemente bem-sucedido em aliviar ou eliminar sintomas, não parecia capaz de curar.
- O método catártico freudiano busca descobrir e desmontar, pacientemente, todas as armaduras do inconsciente. A respeito do método catártico: O método de Breuer, chamado de catártico, era baseado na hipótese de que os sintomas dos pacientes histéricos eram situações passadas que tiveram grande repercussão, mas que foram esquecidas.
- A clínica da histeria configura-se uma das bases principais da Psicanálise. A respeito das causalidade da histeria: Freud modificou sua teoria sobre a histeria, reconhecendo o conflito psíquico inconsciente como a principal causa da histeria.
- De acordo com a teoria da sexualidade infantil de Freud: A sexualidade infantil está submetida à atuação das pulsões parciais, ligada à diversidade das zonas erógenas, cuja disposição é descrita como perversa polimorfa.
- A respeito da pulsão sexual: De acordo com Freud, contrariamente ao que era dito em sua época, a pulsão sexual existe na criança antes da puberdade.
- De acordo com as fases do desenvolvimento psicossexual: Na fase anal, a obtenção do controle fisiológico é ligada à percepção de que esse controle é uma nova fonte de prazer.
- Freud acreditava em um desenvolvimento psicossexual em fases. De acordo com a teoria freudiana: A fase oral vai do nascimento a aproximadamente 2 anos de idade, a libido está vinculada com a necessidade de manter-se vivo mediante a sucção e a mastigação.
- A respeito do Complexo de Édipo: No Complexo de Édipo, a criança precisa resolver o dilema edipiano, expurgando-se dos desejos sexuais pelo genitor do seu oposto e aniquilando a hostilidade sentida ao genitor do mesmo sexo.
- Segundo Freud, a castração pode ser considerada o ponto nodal de toda estruturação psíquica do sujeito. A respeito da psicanalítica da castração: O Complexo de Édipo masculino vai ter seu término, concomitantemente com o término da angústia de castração.
- Sobre a primeira tópica freudiana: O pré-consciente abriga as porções da memória que são acessíveis.
- A respeito das características do inconsciente: O inconsciente é constituído por atos psíquicos que carecem de consciência.
- Quais os conflitos psíquicos que Freud identifica para além da esfera sintomática? Atos falhos, chistes, sonhos e lapsos de memória.
- A respeito das formações do inconsciente: O inconsciente é um espaço psíquico que pode se manifestar por meio dos sonhos, chistes, atos falhos e lapsos de linguagem.
- De acordo com a teoria psicanalítica dos sonhos: Em seu livro “A interpretação dos sonhos”, Freud apresenta a concepção da primeira tópica do aparelho psíquico e o funcionamento da personalidade.
- A respeito da interpretação dos sonhos na clínica psicanalítica, assinale a alternativa correta: A interpretação dos sonhos é considerada por Freud como a principal via de acesso ao inconsciente, pois permite o conhecimento acerca dos conteúdos recalcados e do funcionamento psíquico do paciente.
- De acordo com a segunda tópica freudiana: A psique assemelha-se a um iceberg, com a área de pulsões primitivas, o id, oculta no inconsciente. O ego lida com o pensamento consciente e regula tanto o id quanto o superego a voz crítica, julgadora.
- Freud desenvolveu a segunda tópica estruturada em três sistemas: id, ego e superego, sendo que cada um deles desempenha uma função específica. A partir dessas informações, assinale a alternativa correta a respeito do ego: O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer, mas para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id.
- No texto “O mal-estar na civilização”, Freud aponta três fontes de que nosso sofrimento provém. Assinale a alternativa correta sobre essas três fontes: O poder superior da natureza, a fragilidade dos nossos corpos e a fonte social.
- No texto “O mal-estar na civilização”, Freud refere-se à busca do homem pela busca da felicidade: A felicidade provém da satisfação de necessidades represadas em alto grau, sendo, por sua natureza, possível apenas como uma manifestação episódica.
- A respeito dos mecanismos de defesa descritos por Freud, assinale a alternativa correta: Os mecanismos de defesa são distorções que o ego utiliza para proteger a personalidade contra uma ameaça.
- Sobre os mecanismos de defesa: A racionalização é uma forma de aceitar as pressões do superego. Disfarça nossos motivos, tornando nossas ações moralmente aceitáveis.
- Sobre os mecanismos de defesa e a formação dos sintomas: O sintoma é resultado de um conflito psíquico inconsciente, pelo retorno dos desejos recalcados, os quais devem ser interpretados para que ocorra a decifração do enigma que os sintomas psíquicos colocam.
Freud apresenta o sintoma psíquico como via direta de uma insatisfação pulsional. A relação dos sintomas com os mecanismos de defesa: Os sintomas neuróticos representam uma expressão simbólica de conflitos relacionados à expressão de um determinado desejo e mecanismos de defesa que impedem essa expressão.
- De acordo com a Psicologia Analítica de Jung, sobre o inconsciente coletivo: O inconsciente pessoal é formado pelas experiências reprimidas de um indivíduo em particular e é o reservatório dos complexos./ Para Jung, as diferentes pessoas, de diferentes culturas, partilham certos mitos e imagens como, por exemplo, a figura da mãe associada a um símbolo da criação. / No inconsciente coletivo estão as possibilidades herdadas para representar imagens similares, formas instintivas de imaginar / O inconsciente coletivo é o nível mais profundo da psique que contém as experiências herdadas das espécies humanas e pré-humanas.
- A respeito Psicologia Analítica de Jung: A persona é a personalidade pública e designa os papéis sociais aprendidos, para que possamos interagir com outras pessoas.
- Ferenczi propôs técnicas ativas para abreviar o tratamento, sobre esse técnicas: Ferenzci aponta a importância de fixar uma data para o término do tratamento, a fim de criar a possibilidade de trabalhar questões ligadas à separação.
- A função do analista para Ferenczi: O analista exerce uma influência sobre a relação do paciente com os seus familiares, seus amigos, seus colegas e superiores.
- Sobre a teoria do desenvolvimento emocional de Winnicott, sobre esse técnicas: No início do desenvolvimento, o ambiente que circunda a criança, representado principalmente pela mãe, pode se configurar de maneira a suprir as necessidades da criança, quando é denominado suficientemente bom, propiciando ao bebê alcançar as satisfações de suas necessidades físicas e emocionais.
- Sobre o tratamento analítico proposto por Winnicott: De acordo com Winnicott, o foco do trabalho terapêutico é o desenvolvimento da autenticidade ou do “verdadeiro self”.
- Sobre a estruturação da personalidade, segundo Lacan: A criança inicialmente não está inserida no simbólico e seu contato com o mundo ocorre por intermédio da mãe, que identifica o filho como objeto de seu desejo e o sujeita às suas escolhas.
- Conceito lacaniano de inconsciente: Lacan considera o inconsciente estruturado como linguagem, pois o sujeito tem uma estrutura de metáfora.

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