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08/11/2020 Versão para impressão 1/25 Transações imobiliárias Metodologias de avaliação Para realizar uma avaliação imobiliária, antes de mais nada, é importante conhecer as metodologias aplicáveis a cada tipo de imóvel e os procedimentos de avaliação. As metodologias avaliatórias constantes na NBR 14.653, permitem avaliar um imóvel mercadologicamente, portanto, seguiremos o que a norma indica. Neste tópico de estudos, conheceremos os métodos que está norma aponta. A escolha de um método de avaliação deve levar em consideração sua adequação à finalidade da avaliação, à natureza do bem e à disponibilidade de dados de mercado. Os métodos disponíveis para essas finalidades estão previstos na NBR – 14.563:1 – Norma de avaliação de bens da ABNT – Parte 1. Dentre eles, estudaremos os mais utilizados. 1. Métodos para identificar o valor de um bem: a) Comparativo direto de dados de mercado b) Involutivo c) Evolutivo 2. Métodos para identificar o custo de um bem: a) Comparativo direto de custo e da quantificação de custo Método comparativo direto de dados de mercado 08/11/2020 Versão para impressão 2/25 Esse método é definido por meio da comparação entre dados de mercado relativos aos imóveis com características semelhantes ou assemelhadas ao imóvel avaliado. É utilizado na busca de valor de mercado de apartamentos, casas, salas e conjuntos comerciais, lojas, lotes, terrenos, prédios, galpões/depósitos/armazéns, valor locatício (aluguel). Neste método identificamos o valor de mercado do bem imóvel por meio de tratamento técnico dos atributos dos elementos comparáveis que fazem parte de nossa amostra de dados. Método evolutivo Esse método normalmente é utilizado para estimar o valor de mercado no caso da impossibilidade de utilização do método comparativo, por exemplo, como em residências de altíssimo padrão. Esse método é definido pelo somatório dos valores do terreno e benfeitorias existentes sobre ele. Valor do imóvel avaliando = valor do terreno + valor da benfeitoria Imóvel avaliando = o imóvel que está sendo objeto da avaliação Para cálculo do valor do imóvel, tomando por base os critérios do método evolutivo, este será resultante da conjugação de fatores iniciando-se pelo valor do terreno, considerado ainda o custo de reprodução das benfeitorias devidamente depreciado e o fator de comercialização, ou seja: VI = (VT + VB) + FC< VI = valor do imóvel VT = valor do terreno VB ou VC = valor da benfeitoria ou valor da construção FC = fator de comercialização Veja um exemplo: 08/11/2020 Versão para impressão 3/25 Verificaremos o valor de mercado de um pavilhão industrial médio e novo, construído em condomínio com outros três iguais. Não há área construída condominial. Dados: Terreno: 80 m x 90 m (dimensão do terreno) Área construída de cada pavilhão: 660 m2 Padrão simples: R$ 650,00/m2 Valor do m2 de terrenos semelhantes na região: R$ 480,00/m2 Aplicação do FC=10% VI = (VT + VB) + FC VT = 80 x 90 x 480 = 3.456.000,00 / 4 = 864.000,00 VB = 660 x 650 = 429.000,00 VI = (VT + VB) + FC VI = (864.000,00 + 429.000,00) + 10% (129.300,00) VI = (1.293.000,00) + (129.300,00) VI =R$ 1.422.300,00 VI igual a (VT mais VB) mais FC VT igual a 80 multiplicado por 90 multiplicado por 480 igual a 3.456.000,00 dividido por 4 igual a 864.000,00 VB igual a 660 multiplicado por 650 igual a 429.000,00 08/11/2020 Versão para impressão 4/25 VI igual a (VT mais VB) mais FC VI igual a (864.000,00 mais 429.000,00) mais 10% (129.300,00) VI igual a (1.293.000,00) mais (129.300,00) VI igual a 1.422.300,00 reais O valor de mercado de um pavilhão industrial médio e novo, construído em condomínio com outros três iguais é de R$ 1.422.300,00. Conforme enunciado, neste exemplo verificamos o valor de um pavilhão industrial médio e novo, construído em condomínio com outros três iguais, ou seja, ao total são 4 pavilhões neste terreno. Por este motivo é que no cálculo do Valor do Terreno = VT dividimos o valor encontrado por 4. Para calcularmos o Valor da Benfeitoria = VB, multiplicamos os valores correspondentes a área construída de cada pavilhão pelo valor do metro quadrado simples. Após chegarmos aos valores do VT e VB, podemos finalizar o cálculo do Valor do Imóvel = VI, aplicando o Fator de Comercialização (FC). Para a aplicação do método evolutivo, a norma ABNT 14653-2 ainda orienta sobre outras técnicas operacionais, são elas: a) O valor do terreno seja determinado pelo método comparativo de dados de mercado ou, na impossibilidade deste, pelo método involutivo. b) As benfeitorias sejam apropriadas pelo método comparativo direto de custo ou pelo método da quantificação de custo. c) O fator de comercialização seja levado em conta, admitindo-se que pode ser maior ou menor do que a unidade, em função da conjuntura do mercado na época da avaliação. 08/11/2020 Versão para impressão 5/25 Quando o imóvel estiver situado em zona de alta densidade urbana, no qual o aproveitamento eficiente é preponderante, o engenheiro de avaliações deve analisar a adequação das benfeitorias, ressaltar o subaproveitamento ou o super aproveitamento do terreno e explicitar os cálculos correspondentes. Quando puder ser empregado, o método evolutivo pode ser considerado como método eletivo para a avaliação de imóveis cujas características peculiares impliquem a inexistência de dados de mercado em número suficiente para a aplicação do método comparativo direto de dados de mercado. Método involutivo Esse método é utilizado da mesma forma que o método evolutivo, baseando-se em modelo de estudo de viabilidade, considerando o aproveitamento eficiente do bem por meio da comparação com outros imóveis semelhantes ao avaliando. Esse método é definido pelo estudo de viabilidade técnica e econômica de aproveitamento do terreno ou de uma gleba urbanizável, mediante hipotético empreendimento imobiliário compatível com as características do imóvel e com as condições do mercado. Entendendo-se por gleba urbanizável a área que pode ser loteada e considerando-se cenários viáveis para execução e comercialização deste produto. Avaliação de terreno pelo método involutivo VT = VGV - C - L VT igual VGV menos C menos L VT = Valor do terreno VGV = Valor de venda do empreendimento (receita) C = Custo da edificação do empreendimento (despesa) L = Lucro 08/11/2020 Versão para impressão 6/25 Avaliação de gleba urbanizável pelo método involutivo VG = VGV - Dd - Di - L ou VG = R - D - L VG igual a VGV menos Dd menos Di menos L ou VG igual a R menos D menos L VG = valor da gleba VGV = Valor de venda do empreendimento (receita) Dd = Despesa direta Di = Despesa indireta L = Lucro Método comparativo de custo Esse método é utilizado para a avaliação de custos de benfeitorias no qual deveremos considerar uma amostra composta por benfeitorias semelhantes. Entende-se por benfeitoria qualquer melhoramento, incorporado permanentemente ao solo pelo homem, que não pode ser retirado, sem destruição, fratura ou danos. Por exemplo, edificações em geral. Embora este método não seja o mais utilizado, é possível utilizá-lo desde que tenhamos informações sobre os custos das benfeitorias semelhantes a avalianda. Método da quantificação do custo Este método é utilizado exclusivamente quando há a necessidade de obtenção do custo do imóvel avaliando por meio de orçamento sumário, detalhado ou pela composição de outras iguais as que são objeto da avaliação ou equivalentes da época da avaliação, devendo ser somado o valor estimado do terreno e observação da comercialização. É utilizado em algumas situações de forma conjunta com o método comparativo. 08/11/2020 Versão para impressão 7/25 Segundo Fiker (2005), por meio deste método, o custo das benfeitorias, no estado de novo, é estimado pela reprodução dos custos de seus componentes, com base em orçamentos ou a partir de um custo unitário básico, em função do nível de fundamentação do trabalho avaliatório, devendoser justificados e quantificados os efeitos do desgaste físico, se houver. Escolhendo o melhor método O mais utilizado por nós corretores de imóveis e o mais recomendado é o método comparativo de dados do mercado. Por meio dele, é possível determinar o valor do imóvel fazendo a comparação com outros de natureza e características semelhantes, possibilitando a valoração do imóvel, levando-se em consideração as flutuações do mercado imobiliário, frequentemente diferente das flutuações dos outros ramos da economia. Corretores de imóveis não têm amparo legal para avaliar pelo processo da ponderação por inferência estatística. Em razão disto, usaremos a homogeneização. A inferência estatística é utilizada por engenheiros e arquitetos. Vejamos um exemplo de avaliação pelo método comparativo de dados de mercado. Baixe aqui o material em PDF (pdf/avaliacao_metodo_comparativo .pdf) Depreciação De acordo com a norma ABNT NBR 14653-1:2001, a depreciação é a perda de valor de um bem, devido à modificação em seu estado ou qualidade, ocasionada por decrepitude (desgaste de suas partes constitutivas, em consequência de seu envelhecimento natural, em condições normais de utilização e manutenção), deterioração (desgaste de seus componentes em razão de uso ou manutenção inadequados), mutilação (retirada de sistemas ou componentes originais existentes) e obsoletismo (superação tecnológica ou funcional). https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-5942020-dt-content-rid-83289093_1/institution/Senac%20RS/TTI/UC07/conteudos/materiais/html5_mtdo_aval/pdf/avaliacao_metodo_comparativo%20.pdf 08/11/2020 Versão para impressão 8/25 Denominamos de depreciação de ordem física a que é decorrente do desgaste nas partes constitutivas do bem, como avarias, decrepitude. A de ordem funcional pode ser provocada, no caso de bens imóveis, por inadequação, superação ou anulação. A depreciação funcional no caso de imóveis pode ser provocada por: Inadequação Devido às falhas no projeto e/ou na execução, resultando na inadequação à finalidade para o qual foi projetado. Exemplo: imóvel projetado de forma que para acessar um dormitório necessita passar por dentro de outro dormitório. Superação É consequência do desenvolvimento de novas técnicas e novos materiais. Exemplo: utilização de manilhas louças para banheiro e azulejos antigos, utilização de manilhas cerâmicas para a execução de esgoto, construção de garagens com dimensões adequadas aos veículos da época da construção, porém, atualmente não são suficientes para abrigar os veículos de passeio mais vendidos. Anulação É o resultado da inadaptabilidade para outros fins, por exemplo, o caso de uma edificação comercial que, por restrições de zoneamento, não pode funcionar no local em que foi construído e não pode ser adaptado para servir de residência. 08/11/2020 Versão para impressão 9/25 08/11/2020 Versão para impressão 10/25 Inadequação Devido às falhas no projeto e/ou na execução, resultando na inadequação à finalidade para o qual foi projetado. Exemplo: imóvel projetado de forma que para acessar um dormitório necessita passar por dentro de outro dormitório. Superação É consequência do desenvolvimento de novas técnicas e novos materiais. Exemplo: utilização de manilhas louças para banheiro e azulejos antigos, utilização de manilhas cerâmicas para a execução de esgoto, construção de garagens com dimensões adequadas aos veículos da época da construção, porém, atualmente não são suficientes para abrigar os veículos de passeio mais vendidos. Anulação É o resultado da inadaptabilidade para outros fins, por exemplo, o caso de uma edificação comercial que, por restrições de zoneamento, não pode funcionar no local em que foi construído e não pode ser adaptado para servir de residência. 08/11/2020 Versão para impressão 11/25 Segundo Fiker (2005), a depreciação é fator importante na avaliação de imóveis, pois, na classificação do padrão construtivo, leva-se em conta a época em que foi construído. Para chegarmos ao valor do imóvel, será necessário fazer sua depreciação em função de sua idade, do estado de conservação e da localização. Poderemos depreciar a construção relacionando a sua idade real, geralmente encontrada no “habite-se”, e a sua idade aparente caso não haja dados sobre a data de sua construção. Para realizar uma avaliação, considerando a idade aparente, necessitaremos utilizar o tino comercial do avaliador para determiná-la. Ou seja, o próprio avaliador vistoria o imóvel e leva em consideração o estado geral da construção. Para a utilização da tabela utilizamos a primeira coluna (idade % de vida), da seguinte maneira: (100% corresponde a 50 anos – 80% a 40 anos, ou seja, é considerado como vida útil de uma edificação 50 anos), e dependendo do estado da construção, conforme as letras, estabelecer o fator de depreciação. Para fins de cálculo da depreciação imobiliária, utilizaremos o método de Ross- Heidecke, por ser o mais utilizado. Este método leva em consideração o obsoletismo, o tipo de construção e acabamento, bem como o estado de conservação da edificação na determinação de seu valor de venda. A tabela Ross-Heidecke aponta os percentuais de depreciação de um bem, em relação direta ao estado em que se encontram classificados pelos códigos: A, B, C, D, E, F, G, H e I. Na figura 1, tabela de Ross-Heidecke, temos o estado de conservação. utilize a barra de rolagem para visualizar a tabela por completo. 08/11/2020 Versão para impressão 12/25 IDADE EM % DE VIDA ESTADO DE CONSERVAÇÃO A B C D E F G H 2,00% 0,99 0,987 0,965 0,910 0,811 0,661 0,469 0,245 4,00% 0,979 0,976 0,955 0,900 0,802 0,654 0,464 0,243 6,00% 0,968 0,965 0,944 0,890 0,793 0,647 0,459 0,240 8,00% 0,957 0,954 0,933 0,879 0,784 0,639 0,454 0,237 10,00% 0,945 0,942 0,921 0,869 0,774 0,631 0,448 0,234 12,00% 0,933 0,930 0,909 0,857 0,764 0,623 0,442 0,231 14,00% 0,920 0,917 0,897 0,846 0,754 0,615 0,436 0,228 16,00% 0,907 0,904 0,884 0,834 0,743 0,606 0,430 0,255 18,00% 0,894 0,891 0,871 0,821 0,732 0,597 0,424 0,222 20,00% 0,880 0,877 0,858 0,809 0,721 0,588 0,417 0,218 22,00% 0,866 0,863 0,844 0,796 0,709 0,578 0,410 0,215 24,00% 0,851 0,848 0,830 0,782 0,697 0,569 0,403 0,211 26,00% 0,836 0,834 0,815 0,769 0,685 0,559 0,396 0,207 28,00% 0,821 0,818 0,800 0,754 0,672 0,548 0,389 0,204 30,00% 0,805 0,802 0,785 0,740 0,659 0,538 0,382 0,200 32,00% 0,789 0,786 0,769 0,725 0,646 0,527 0,374 0,196 34,00% 0,772 0,770 0,753 0,710 0,632 0,516 0,366 0,192 36,00% 0,755 0,753 0,736 0,694 0,619 0,504 0,358 0,187 38,00% 0,738 0,735 0,719 0,678 0,604 0,493 0,350 0,183 40,00% 0,720 0,718 0,702 0,662 0,590 0,481 0,341 0,179 42,00% 0,702 0,700 0,684 0,645 0,575 0,469 0,333 0,174 44,00% 0,683 0,681 0,666 0,628 0,560 0,456 0,324 0,169 46,00% 0,664 0,662 0,647 0,610 0,544 0,444 0,315 0,165 48,00% 0,645 0,643 0,629 0,593 0,528 0,431 0,306 0,160 08/11/2020 Versão para impressão 13/25 50,00% 0,625 0,623 0,609 0,574 0,512 0,418 0,296 0,155 52,00% 0,605 0,603 0,590 0,556 0,495 0,404 0,287 0,150 54,00% 0,584 0,582 0,569 0,537 0,478 0,390 0,277 0,145 56,00% 0,563 0,561 0,549 0,518 0,461 0,376 0,267 0,140 58,00% 0,542 0,540 0,528 0,498 0,444 0,362 0,257 0,134 60,00% 0,520 0,518 0,507 0,478 0,426 0,347 0,246 0,129 62,00% 0,498 0,496 0,485 0,458 0,408 0,333 0,236 0,123 64,00% 0,475 0,474 0,463 0,437 0,389 0,317 0,225 0,118 66,00% 0,452 0,451 0,441 0,416 0,370 0,302 0,214 0,112 68,00% 0,429 0,427 0,418 0,394 0,351 0,286 0,203 0,106 70,00% 0,405 0,404 0,395 0,372 0,332 0,271 0,192 0,100 72,00% 0,381 0,380 0,371 0,350 0,312 0,254 0,180 0,094 74,00% 0,356 0,355 0,347 0,327 0,292 0,238 0,169 0,088 76,00% 0,331 0,330 0,323 0,304 0,271 0,221 0,157 0,082 78,00% 0,306 0,305 0,298 0,281 0,250 0,204 0,145 0,076 80,00% 0,280 0,279 0,273 0,257 0,229 0,187 0,133 0,069 82,00% 0,254 0,253 0,247 0,233 0,208 0,170 0,120 0,063 84,00% 0,227 0,226 0,221 0,209 0,186 0,152 0,108 0,056 86,00% 0,200 0,200 0,195 0,184 0,164 0,1340,095 0,050 88,00% 0,173 0,172 0,168 0,159 0,142 0,155 0,082 0,043 90,00% 0,145 0,145 0,141 0,133 0,119 0,097 0,06 90,036 92,00% 0,117 0,116 0,114 0,107 0,096 0,078 0,055 0,029 94,00% 0,088 0,088 0,086 0,081 0,072 0,059 0,042 0,022 96,00% 0,059 0,059 0,058 0,054 0,048 0,040 0,028 0,015 98,00% 0,030 0,030 0,029 0,027 0,024 0,020 0,014 0,007 100,00% 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 08/11/2020 Versão para impressão 14/25 IDADE EM % DE VIDA A B C D E F G H Figura 1 – Tabela de Ross-Heidecke Fonte: Adaptado de Fiker (2008, p. 69). Na segunda tabela, figura 2, encontramos os vários “estados de conservação” ou idade em % de vida, como: (A) Novo (B) Entre novo e regular (C) Regular (D) Entre regular e reparo simples (E) Reparos simples (F) Entre reparos simples e importantes (G) Reparos importantes e (H) Entre reparos importantes e sem valor (I) Sem valor Na figura 2, temos os critérios de Heideck, observe: 08/11/2020 Versão para impressão 15/25 Critério de Heideck Tabela de Ross/Heideck – Depreciação Física - Fator K Estado de Conservação Condições Físicas Classificação Coeficiente E% A NOVO - NÃO SOFREU NEM NECESSITA DE REPAROS Com até seis meses de uso e sem danos. Não sofreu nem necessita de reparos. Edificação nova ou com reforma geral e substancial, com menos de 2 anos, que apresente apenas sinais de desgaste natural da pintura externa. O -------- Ótimo 0,00% B ENTRE NOVO E REGULAR Apesar de já submetido ao uso, apresenta-se nas condições de novo ou bem próximo disso. Não recebeu e nem necessita de reparos. Edificação nova ou com reforma geral e substancial, com menos de 02 anos, que apresente necessidade apenas de uma demão leve de pintura para recompor a sua aparência. MB ------ Muito bom 0,32% 08/11/2020 Versão para impressão 16/25 C REGULAR - requer ou recebeu reparos pequenos. Quando o objeto de serviço de recuperação ou de restauração recente deixou em condições próximas ao de novo. Quando da existência de atividade de manutenção permanente e eficiente que mantém a aparência e/ou uso em condições de novo; Requer apenas limpeza sem utilização de mão de obra especializada para manter em boas condições de uso/aparência. Edificação seminova ou com reforma geral e substancial entre 2 e 5 anos, cujo estado geral possa ser recuperado apenas com reparos de eventuais fissuras superficiais localizadas e/ou pintura externa e interna. B --------- Bom 2,52% 08/11/2020 Versão para impressão 17/25 D ENTRE REGULAR E REPAROS SIMPLES. Atividade de manutenção eventual ou periódica que mantém uma boa aparência e condições normais de uso, mas sem o aspecto de novo ou recuperação recente. Requer intervenções superficiais em pontos localizados para recuperação de desgastes naturais. Pode requerer mão de obra especializada com uso de instrumentos especiais. Edificação seminova ou com reforma geral e substancial entre 2 e 5 anos, cujo estado geral possa ser recuperado com reparo de fissuras localizadas e superficiais e pintura externa e interna. I ------ Intermediário 8,09% 08/11/2020 Versão para impressão 18/25 E REPAROS SIMPLES - requer reparações simples. Requer intervenções em pontos localizados ou em partes/componentes definidos para restauração de aspectos e/ou funcionalidades originais. Necessitam de serviços generalizados de manutenção e limpeza. Implicam a realização de serviços superficiais ou reparos de partes ou componentes definidos/localizados com mão de obra especializada. Não comprometem a operação e a funcionalidade. Edificação cujo estado geral possa ser recuperado com pintura interna e externa, após reparos de fissuras superficiais generalizadas, sem recuperação do sistema estrutural. Eventualmente, revisão do sistema hidráulico e elétrico. R --------- Regular 18,10% 08/11/2020 Versão para impressão 19/25 F ENTRE REPAROS SIMPLES E IMPORTANTES. Requer intervenções generalizadas na maior parte ou com profundidades em peças ou componentes específicos sob pena de comprometimento iminente de operação e segurança. Implica restauração ou recuperação com remoção/ substituição/ adição de elementos ou peças com mão de obra especializada. Edificação cujo estado geral possa ser recuperado com pintura interna e externa, após reparos de fissuras, e com estabilização e/ou recuperação localizada do sistema estrutural. As instalações hidráulicas e elétricas possam ser restauradas mediante a revisão e com substituição eventual de algumas peças desgastadas naturalmente. Eventualmente possa ser necessária a substituição dos revestimentos de pisos e paredes, de um, ou de outro compartimento. Revisão da impermeabilização ou substituição de telhas da cobertura. D --------- Deficiente 33,20% 08/11/2020 Versão para impressão 20/25 G REPAROS IMPORTANTES - requer reparações importantes. Requer intervenções generalizadas e com profundidade em partes ou peças críticas sob o aspecto de estética, salubridade, segurança e funcionalidade. Implica restauração ou recuperação com remoção/ substituição/ adição de elementos ou peças com mão de obra especializada. Edificação cujo estado geral possa ser recuperado com pintura interna e externa, com substituição de panos de regularização da alvenaria, reparos de fissuras, com estabilização e/ou recuperação de grande parte do sistema estrutura. As instalações hidráulicas e elétricas possam ser restauradas mediante a substituição das peças aparentes. A substituição dos revestimentos de pisos e paredes, da maioria dos compartimentos. Substituição ou reparações importantes na impermeabilização ou no telhado. M --------- Mau 52,60% 08/11/2020 Versão para impressão 21/25 H ENTRE REPAROS IMPORTANTES E SEM VALOR. Restauração total de elementos ou peças importantes. Degradação generalizada e com alto grau de exposição. Alto nível de comprometimento da funcionalidade, segurança e operação. Edificação cujo estado geral possa ser recuperado com estabilização e/ou recuperação do sistema estrutural, substituição da regularização da alvenaria, reparos de fissuras. Substituição das instalações hidráulicas e elétricas. Substituição dos revestimentos de pisos e paredes. Substituição da impermeabilização ou do telhado. MM ------ Muito mau 75,20% I SEM VALOR - valor de demolição residual. Máquina/equipamento em estado de demolição. Sem condição de operação ou uso. DM ------ Demolição 100,00% Figura 2 – Critérios de Heideck Fonte: Adaptado de Fiker (2008, p. 68). 08/11/2020 Versão para impressão 22/25 essa tabela apresenta a relação entre a idade em vida % de um imóvel em relação ao seu estado de conservação. Sendo seus estados de conservação classificados de A até I, seguindo a tabela de Ross-Heidecke. A figura 3 representa as classificações das edificações em relação aos seus padrões construtivos e sua vida útil. 08/11/2020 Versão para impressão 23/25 CLASSE TIPO PADRÃO VIDA REFERENCIAL (ANOS) VALOR RESIDUAL (%) RESIDENCIAL BARRACO RUSTICO 5 0 SIMPLES 10 0 CASA RUSTICO 60 20 PROLETÁRIO 60 20 ECONÔMICO 70 20 SIMPLES 70 20 MÉDIO 70 20 SUPERIOR 70 20 FINO 60 20 LUXO 60 20 APARTAMENTO ECONÔMICO 60 20 SIMPLES 60 20 MÉDIO 60 20 SUPERIOR 60 20 FINO 50 20 LUXO 50 20 COMERCIAL ESCRITÓRIO ECONÔMICO 70 20 SIMPLES 70 20 MÉDIO 60 20 SUPERIOR 60 20 FINO 50 20 LUXO 50 20 GALPÕES RUSTICO 60 20 SIMPLES 60 20 08/11/2020 Versão para impressão 24/25 Figura 3 – Tabela da vida referencial e do valor residual Fonte: Adaptado de Fiker (2008, p. 66-67). Observe um exemplo prático: Tipo de imóvel: apartamento Vida útil: 60 anos Idade do imóvel (ano atual): 15 anos Para chegarmos a idade em % de vida (ϰ), aplicamos a regra de três simples: 60 anos ------------------- 100 15 anos de uso --------- ϰ 60ϰ = 100 x 15 60ϰ = 1.500 ϰ = 1.500 / 60 ϰ = 25 Assim, podemos afirmar que um apartamento simples com 15 anos de construção, já atingiu 25% da sua vida útil (neste caso arredonda-se para 26% na tabela) Verificaremos no alto da MÉDIO 80 20 SUPERIOR80 20 COBERTURAS RUSTICO 20 10 SIMPLES 20 10 SUPERIOR 30 10 08/11/2020 Versão para impressão 25/25 tabela (códigos: A, B, C, D, E, F, G, H e I), o percentual de depreciação a ser adotado na avaliação. Todas estas metodologias que estudamos são essenciais para conseguir desenvolver com excelência nossas avaliações imobiliárias. Para cada tipo de avalição imobiliária, devemos escolher o melhor método aplicável e levar em consideração a idade do imóvel e seu estado de conservação.
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